"Herói da Guerra do Paraguai, cujo nome completo era Francisco Manuel Barroso da Silva (1804-1882). Nascido em Lisboa, tinha quatro anos de idade quando sua família veio para o Brasil. Estudou na Academia de Marinha do Rio de Janeiro, participando pouco depois de sua formatura da Guerra Cisplatina (1826-1828). Vice-almirante em 1856, quando eclodiu a Guerra do Paraguai (dezembro de 1864), chefiou o Estado-Maior da Divisão sob o comando do Almirante Tamandaré e comandou a Segunda Divisão Naval do Rio da Prata, notabilizando-se especialmente no Combate do Riachuelo, em 11 de junho de 1865; as forças navais brasileira e paraguaia encontraram-se no Arroio Riachuelo, afluente do Rio Paraná, nas proximidades da localidade argentina de Corrientes. Dispunham os brasileiros de cinco navios sob o comando de Barroso, ao passo que a frota inimiga era composta de oito navios e seis chatas, auxiliadas por uma bateria de 22 canhões, levantada na margem direita do arroio. As embarcações paraguaias tiveram a iniciativa do ataque. Içando no mastro grande do Amazonas o sinal - 'O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever', Barroso contra-ataca. Escreve Rocha Pombo: '...decide-se (Barroso) a destruí-los à maneira romana, do choque de proa; e lança para diante sua fragata a todo o poder das máquinas. Afundou o primeiro barco, cortado ao meio, o segundo, do mesmo modo posto a pique, afinal o terceiro. Toda a frota de López (o ditador paraguaio) teria esse fim se os demais não retrocedessem, avariados, arrastando-se rio acima, de fato imprestáveis para outra ação de conjunto'.
O Combate do Riachuelo foi um dos mais notáveis de toda a História e decisivo para a derrota do Paraguai; mas custou perdas valiosas aos brasileiros, entre as quais a de Marcílio Dias, que morreu defendendo a canhoneira Parnaíba. Por seus feitos, Barroso recebeu o título de Barão do Amazonas (nome do cruzador que comandou em Riachuelo) e em 1868 foi nomeado comandante-chefe da Esquadra Brasileira. Reformado em 1873, morreu em Montevidéu, Uruguai, em 1882."
Fonte: Dicionário Cívico-Histórico Brasileiro, 1980.
Um comentário:
Ótima matéria sobre o meu tatatataravô Domingos Barroso, parabéns!
Sou neta do Domingos Barroso e Francisca Barroso .
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