quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Nossa visita a Rio Grande - Parte 02


Continuidade dos registros de nossa visita a Rio Grande/RS em janeiro.






Sobrenome Etchegoyen


"ETCHEGOYEN - Sobrenome toponímico basco. Resultado da aglutinação dos termos 'etche' (=casa) e 'goyen' (=bosque). Portanto: casa do bosque."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 27 de Setembro de 1991, pág. 02 

Sobrenome Abreu


"ABREU. - Teria sua origem em Avredo, do germânico awi, agradecimento; e red, proferir. É a lição de L. de Vasconcelos. Supõe-se que o primeiro a portar esse sobrenome tenha sido Vasco Nunes de Abreu, no século XI. O solar localiza-se a Valença, no Minho, e é a torre de Abreu.

Sobrenome muito comum e nobilitado, ele também identifica acidentes geográficos: é a ponta na Lagoa dos Patos, em Viamão, RS; é ilha no Atlântico, no Rio de Janeiro, município de Cabo Frio; e é serra no Estado de São Paulo e município.

Entre os muitos Abreus, destacam-se: Aleixo de Abreu, médico português (1538-1630), médico pessoal de Felipe IV; Antonio de Abreu, companheiro e amigo de Luiz Vaz de Camões, na Índia, era senhor da Quinta da Charneca, suas obras foram publicadas em 1805; Antonio Paulino Limpo de Abreu, estadista brasileiro (1798-1883); Benedito Luiz Rodrigues de Abreu, poeta brasileiro; Casimiro José Marques de Abreu (1837-1860), é o inolvidável cantor das Primaveras, Patrono da Cadeira no 6 da Academia Brasileira de Letras; Francisco Bonifácio de Abreu, cientista, parlamentar e poeta brasileiro (1819-1887). João Capistrano de Abreu, historiador brasileiro (1853-1927); José de Abreu, Barão do Serro Largo, general rio-grandense, comandante de cavalaria (1775-1827); Manuel de Abreu, cientista brasileiro, criador da abreuscopia (1894); Maria Úrsula de Abreu, heroína brasileira, nascida em 1682 e falecida em Goa em 1718, sentou praça como soldado, com o nome de Baltasar de Coito em 1718, valentíssima, casou-se mais tarde com Afonso Arrais de Melo, que tinha sido governador da Fortaleza São João Batista, em Goa.

O sobrenome aparece ainda com os Lima: Abreu e Lima."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 13 de Maio de 1990, pág. 03

Enchente de 1891 em Pelotas e região


"Grande enchente

Conta o Diario Popular de Pelotas:

'As grandes chuvas que cairam ininterrompidamente n'esta cidade durante os ultimos dias occasionaram o transbordamento dos rios e arroios que cortam os terrenos d'esta cidade e immediações.

As enxurradas de agua innundaram Pelotas em muitos pontos, accarretando estragos de alguma importancia.

Desabou o boeiro existente á rua Felix da Cunha, esquina General Argollo, entrando a agua em muitas casas d'essas ruas e outras proximas.

A agua filtrava-se pelas paredes lateraes de muitos edificios e alagava os domicilios.

O nivel do S. Gonçalo attingiu a uma altura extraordinaria e invadiu todas as casas das duas margens d'esse rio.

As aguas do arroio Pelotas invadiram tambem diversas xarqueadas.

Desabaram muitos muros e arvores devido não só a faiscas electricas como á intensidade das chuvas.

Na praça da Constituição houve moradores que, para retirarem as aves de seus quintaes, tiveram que caminhar n'elles com agua pela cintura.

O arroio Santa Barbara corria impetuosamente e as aguas passaram por cima da ponte de madeira da rua 7 de Abril.

- Sabemos que o rio Jaguarão cresceu tambem muito, inundando a cidade d'esse nome e a villa oriental de Artigas, cujos habitantes estão sendo soccorridos pelo vapor Mirim.

- A alvenaria em que estava assente a extremidade da ponte da estrada de ferro sobre o rio Piratiny, na margem esquerda, veiu abaixo horas depois da passagem do trem que sexta-feira vinha de Bagé, interrompendo o transito, que só poderá estar restabelecido depois do dia 16.

- As margens do arroio de Pelotas, no Retiro, ficaram alagadas completamente, estando a ponte quasi submersa.

N'esse lugar está tambem interrompido o transito, o que impede a vinda de colonos á cidade, razão por que já se sente falta de muitos generos coloniaes taes como ovos, manteiga, etc., que não se encontram á venda."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 27 de Maio de 1891, pág. 01, col. 05
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