segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Significado e origem de sobrenomes alemães - Parte 37


576. Backhaus: sobrenome poligenético que significa casa do forno. Na Idade Média, no Sacro Império Romano-Germânico, em determinadas comunidades se generalizou o costume de construir fornos comunitários. Atestadas desde o século XIV, as casas de forno surgiram por meio de éditos imperiais para evitar incêndios nas habitações rústicas da população. Generalizaram-se desde então, sendo considerado um prédio público obrigatório a partir do século XVII. Enquanto sobrenome designa o oficial responsável por uma casa do forno. Ocorre principalmente no noroeste  e centro-oeste da Alemanha, em regiões como o norte do Hesse, Westfália, centro e sul da Baixa Saxônia e oeste da Turíngia. Data justamente do século XIV.
Backhaus também é um topônimo comum na Alemanha.
Variantes:
Backhauser - variante derivada.
Backes - variante no baixo alemão.
Bakhus - variante arcaica.
Backaus, Backhus - variantes relacionadas.

577. Hannemann: sobrenome que pode ser uma derivação do patronímico de Johannes, porém em Brandemburgo pode designar o homem que habita nas terras de sua esposa ou da família de sua esposa. Ocorre com mais frequência no norte da Alemanha.
Variante:
Hanemann, Hanneman, Haneman - variantes comuns.
Hahnemann - variante encontrada no noroeste e região renana.
Hannebauer - variante relacionada.

578. Wüst: sobrenome poligenético que significa desolado, deserto. Provém etimologicamente do alto alemão medieval wueste ou wuoste com o mesmo sentido. Designa portanto o habitante de um lugar desolado, deserto. O sobrenome ocorre com mais frequência na Renânia-Palatinado, sul do Hesse e norte de Baden-Württemberg. Data do século XIV.
Variantes:
Wüste - variante que significa literalmente deserto na língua alemã, porém não é um sobrenome muito comum, sendo predominante realmente a forma Wüst. É mais comum como topônimo.
Wust - variante comum.
Wiest - variante comum no sudeste de Baden-Württemberg. É própria da língua alemânica.
Wieste - variante do centro-sul da Alemanha. É próprio da língua alemânica.
Wiestner - variante comum no sul da Alemanha.
Wüstner - variante mais comum na Baviera.
Wustner, Wistner - variantes relacionadas.

579. Küpper: sobrenome poligenético que significa o oficial portuário responsável pela conferência, controle e armazenamento de mercadorias. A forma usual é Küper, porém Küpper é mais corrente como sobrenome. O substantivo é próprio do baixo alemão e da língua holandesa. Atualmente, o sobrenome ocorre com mais frequência na Renânia do Norte-Westfália, sendo raro ou inexistente no sul e leste da Alemanha. Data do século XIV.
Variantes:
Cuyper, Cuypers, Cuipers, Cuiper, Cuijper, Cuijpers, Cupper, Cuppers, Cuppen, Kuiper, Kuipers, Kuper, Kupers, Küppers, Küper, Küpers, Kuijpers, Kupenmaker - variantes comuns no baixo alemão e na língua holandesa.
Küpker - variante no frísio oriental.
Küppenbender - variante encontrada em Düren, Renânia do Norte-Westfália.
Küver - variante do alto alemão.
Cuvelier - variante na língua francesa.

580. Hölscher: sobrenome poligenético que significa sapateiro de tamancos de madeira. É um sobrenome como substantivo típico da Westfália, sendo que o ofício surgiu de forma independente no século XV. Particularmente, o sobrenome ocorre fortemente no noroeste, principalmente Westfália, Baixa Saxônia e Hamburgo.
Variantes:
Holzschuhs - variante no baixo alemão.
Holscho, Holschou, Holtsche, Holsche, Holsch - variantes curtas arcaicas encontradas no noroeste da Alemanha.
Hoelscher - variante comum.
Holtschomaker, Holtschomeker, Holtschen, Holtschen, Holschenmaker, Holschen, Holschumacher, Holschumahcher, Holschenmacher, Holschemacher, Holschmacher - variantes que significam sapateiro de madeira.
Holtschumekere, Holtschomeker, Holscomeker, Holtschoster - variantes arcaicas.
Holzschuster - variante comum.
Hölschke, Hölske, Holtsche, Holtsch, Holschke, Holtschke - variantes do norte da Alemanha.

581. Kowalski: sobrenome poligenético que significa ferreiro ou filho de um ferreiro. Etimologicamente é um termo de origem eslava, proveniente de kowal que significa ferreiro. Atualmente é um sobrenome de ocorrência significativa na Alemanha, principalmente devido às migrações polonesas para o país durante boa parte do século XIX. Ocorre com frequência no vale do Ruhr, Renânia do Norte-Westfália e na área de Berlim. 
Variantes:
Kowalska - variante feminina.
Kowalscy - variante no plural.
Kowalczyk, Kowalerowski, Kowalwitz, Kowalewski, Kowalik, Kowalkowski, Kowall, Kowal, Kowallik, Kowol, Kowoll, Kowollik - variantes comuns encontradas na Alemanha.

582. Weslch: sobrenome poligenético de origem muito antiga que corresponde à forma com que as tribos germânicas se referiam às populações romanas e celtas romanizadas da Europa Ocidental. Welsch tende a significar estrangeiro, indivíduo de língua incompreensível. Na Idade Média, as populações germânicas chamavam as regiões da França e da Itália atuais como Welschland - "terra dos estrangeiros". Aliás, na Baixa Idade Média o termo Welsch foi quase que um sinônimo para denominar alguém procedente da Península Itálica.
O uso do sobrenome é muito antigo, pois era um diferencial importante na sociedade medieval alemã. Encontra-se espalhado (bem como suas variantes) em toda a Europa de língua alemã.
Variantes:
Welsche - variante mais comum.
Welschen, Welzen, Welches, Waelsch, Walech, Wahl, Wahle, Wahlen, Wahlich, Wallisch, Walke, Walko - variantes encontradas em toda a Alemanha, também na Suíça e Áustria, variando conforme dialetos regionais.
De Waal, Waal, De Waele, Waele, Waelhens, Swalen, Swelsen - variantes na língua holandesa, mas que também são encontradas no noroeste da Alemanha.
Welsh, Welch, Walsh, Walch - variantes na língua inglesa, mas que também correspondem a galês, procedente de Gales.
Vlaco, Vlako, Vlah - variantes eslavas.
Wloch, Wlochy, Woloch, Wolos, Woloszyn, Woloszek, Woloszczak, Woloszczuk, Boloch, Boloz - variantes na língua polonesa.
Blasius - variante latinizada medieval.
Wälchli, Wale, Walsch - variantes da Suíça.

583. Reif: sobrenome poligenético que significa literalmente geada. Porém pode corresponder a diversas acepções:
1 - Um nome de casa.
2 - O ofício de fabricante de cordas.
3 - O ofício de fabricante de aros para barris, consequentemente uma denominação figurativa para tanoeiro.
4 - O ofício de estalajadeiro ou taberneiro no norte da Alemanha.
5 - O ofício de fabricantes de rodas de madeira.
6 - Alguém com cabelos grisalhos.
7 - O ofício de operador de tear.
Os itens 3, 6 e 7 são considerados mais aceitáveis pela Genealogia.
O sobrenome é comum em toda a Alemanha. Data do século XIV.
Variantes:
Reiff - variante comum.
Reife - variante arcaica.
Reyfe, Reyffe, Reyff - variantes do noroeste da Alemanha.
Reifer, Reifering, Reifinger - variantes derivadas.

584. Aigner: sobrenome poligenético de origem bávara que significa proprietário de terras. Juridicamente na sociedade medieval feudal, o Aigner pode ser entendido como o camponês livre que não possuía seus bens como feudo mas como área própria. O sobrenome data do século XIII e ocorre principalmente na Baviera e Áustria.
Variantes:
Aign, Aigen, Eigner, Aignmann, Aigenmann, Eigenmann, Eigen - variantes comuns da Baviera e sul da Alemanha.
Eigenherr, Aigenherr, Eigenher, Aigenher - variantes com o sufixo herr (senhor).

585. Berner: sobrenome toponímico que significa habitante ou procedente da cidade de Berna ou do cantão de Berna, Suíça. Figurativamente o vocábulo também servia para denominar pessoa lenta. Há três concentrações da família na Alemanha: no centro de Baden-Württemberg, na região de Dresden, Saxônia, e em Mecklemburgo-Pomerânia. Porém, o sobrenome é corrente em toda a Alemanha, datando do século XV.
Variantes:
Berners - variante no genitivo da língua alemã.
Bärner, Barner - variantes no suíço-alemão e no dialeto alemânico.
Bernois - variante na língua francesa.
Bernais - variante no dialeto romanche.
Benenczyk, Berenczyk - variantes na língua polonesa.
Bern - variante que corresponde literalmente à cidade ou ao cantão.
Berne - variante curta.
Berna - variante encontrada na região do Reno.

586. Bormann: sobrenome poligenético que significa habitante da fonte ou aquele que habita junto a uma fonte. É originário do centro-norte da Alemanha. Etimologicamente compõe-se da aglutinação dos termos do alto alemão medieval born (fonte) e mann (homem). O sobrenome data do século XIII e concentra-se principalmente na Baixa Saxônia.
Variantes:
Bornemann - variante arcaica.
Borman - variante comum.
Bohrmann - variante comum encontrada na região renana e centro da Alemanha.
Borrmann - variante do norte e nordeste da Alemanha.
Boremann, Borremann, Boremanns, Borremanns, Bormanns, Bormans - variantes relacionadas.

587. Armbruster: sobrenome poligenético que significa fabricante de bestas ou balestras (arma medieval). A besta ou balestra é um tipo de arco de flechas usado na posição horizontal que é acionado por gatilho. O sobrenome concentra-se no sul da Alemanha e ocorre principalmente em Baden-Württemberg e data do século XV.
Variantes:
Armbrust - variante que significa literalmente besta ou balestra.
Armbrüster - variante do norte e leste da Alemanha.
Armbruester - variante encontrada no centro-sul da Alemanha.

588. Bolz: sobrenome poligenético que significa literalmente pino ou parafuso. Provém etimologicamente do alto alemão medieval bolze com o mesmo sentido. O sobrenome pode ter duas explicações aceitas pela Genealogia conforme a região:
1 - No sul da Alemanha figurativamente designa uma pessoa desengonçada, de andar cambaleante ou engraçado.
2 - Na Áustria e na Silésia tende a designar o besteiro ou fabricante de bestas.
O sobrenome data do século XIV e ocorre irregularmente no norte da Alemanha.
Variantes:
Boltz - variante mais comum na Renânia-Palatinado.
Polz, Poltz - variantes causadas por aliteração, mais comuns no leste da Alemanha.
Polcz - variante da Silésia.
Bolze, Boltze - variantes derivadas.
Bols - variante incerta.

589. Mangold: sobrenome poligenético que significa acelga (Beta vulgaris var. cicla). Tal como se aplica no caso de outros sobrenomes que remetem a vegetais, o sobrenome é compreendido como alcunha para plantador de acelgas ou tão somente horticultor. O sobrenome ocorre em toda a Alemanha, com uma especial concentração no noroeste. Data do século XV.
Variantes:
Mangolt - variante mais comum no sul e leste da Alemanha.
Mangoldt - variante mais comum no norte e nordeste da Alemanha.

590. Scheel: sobrenome poligenético que significa tanto caolho quanto vesgo, estrábico. Etimologicamente está aparentado com o vocábulo dinamarquês skeel com o mesmo sentido. Atualmente está distribuído em toda a Europa de língua alemã, concentrando-se especialmente na região de Werther e Bielefeld. Também é um sobrenome muito antigo, pois remonta ao ano de 1050, vinculado a uma família nobre da Dinamarca.
Variantes:
Skeel - variante que corresponde ao original na língua dinamarquesa.
Scheil, Scheile, Schiele, Schielen, Scheele - variantes comuns, encontradas sobretudo no norte e oeste da Alemanha.



VI Levante da Canção Gaúcha de Capão do Leão


Juntamente com a realização da 11a. Festa da Melancia e Potencialidades Regionais de Capão do Leão, estará ocorrendo o já tradicional festival nativista "Levante de Canção Gaúcha em Capão do Leão" nos dias 04 e 05 de Março de 2016.
As inscrições para o festival estão abertas até 28 de Janeiro.
Para maiores informações, seguem os links:

E-mail de contato: levantedacancao@gmail.com 

Obs.: Não fazemos parte da organização do evento, esta é apenas uma divulgação. 

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