sábado, 24 de outubro de 2015

Significado e origem de sobrenomes alemães - Parte 2


16. Wolf: sobrenome poligenético que significa lobo. Sua origem é diversa, pois pode se referir a uma característica física, moral, profissional, ou ainda a referência de um lugar ou região. Nos burgos medievais alemães, durante o século XII, as casas ao invés de serem numeradas para uma melhor identificação, possuíam representações de animais em suas portas. Por isso, também poderia corresponder a este detalhe específico. Wolf pode ser igualmente a contração de nomes próprios germânicos como Wolfgang, Wolfhart, etc. Por fim, algumas pequenas ordens de cavalaria na Idade Média na Alemanha e Europa Central tinham também um lobo como animal heráldico. O sobrenome tende a aparecer com força na faixa centro-sul da Alemanha, principalmente em regiões como Hesse, Turíngia e Saxônia e estados circundantes. No norte, a ocorrência é mais esporádica.
Variantes:
Woolf, Wolff. Woolff, Wulf, Wulff - variantes simples por aliteração ou por zona de origem.
Wölfli - variante comum na Suíça.
Wölfle - variante comum na Suábia.
Wülf, Wülff - com ou sem trema, variante mais relacionado à região de Schleswig-Holstein e sul da Dinamarca.
Vouk - variante na língua eslovena.
Vuk - variante na língua sérvio-croata.

17. Schröder: sobrenome poligenético que pode ser uma simples aliteração do sobrenome Schneider, com ocorrência principal no norte da Alemanha. Bem como pode possuir uma origem completamente diversa. O fato é o seguinte, Schneider ou Schröder são sobrenomes alemães que derivam da antiga palavra do alto alemão medievel schroden que, enquanto verbo, corresponde a cortar, moer ou ainda puxar. Em resumo, ambos os sobrenomes significariam a grosso modo cortador, moedor. Só que enquanto Schneider é sinônimo de alfaiate, costureiro, Schröder estaria relacionado a um tipo de profissional especializado no comércio de vinhos e/ou cerveja em barris, cujo termo exato é Schröter. Mesmo que haja a existência de linhagens relacionadas ao segundo tipo de profissão, no norte da Alemanha entre os séculos XVI e XIX as palavras Schröder ou Schroeder podiam também ser entendidas como sinônimos de cortadores de tecido, isto é, alfaiates. A Genealogia alemã explica estes problemas de interpretação devido às particularidades semânticas da antiga língua dos saxões (tribo germânica), cujos conceitos expressos em palavras podiam variar de situação para situação, dependendo das circunstâncias que estivessem envolvidas na formação de uma denominação qualquer. No caso, neste tópico abordaremos o sobrenome Schröder como derivado da profissão Schröter.
Variantes:
Schroder - variante comum sem o trema.
Schröter - variante comum na Silésia.
Schrodter - variante comum na Saxônia.
Schrötter - variante comum na Turíngia.
Schrader - variante comum em Ostfalen, Hanover, Hamburgo e Berlim.
Schröer - variante com origem na Saxônia.

18. Neumann: sobrenome poligenético que significa homem novo. A origem mais provável se relaciona a recém-chegado, forasteiro, colonizador, migrante numa cidade, herdade, associação ou região. Não há uma única origem geográfica do sobrenome, como já foi afirmado em algumas fontes genealógicas, pois o sobrenome pode aparecer tanto no Oeste quanto no Leste da área de influência da língua alemã na Idade Média. Sobretudo, porque os deslocamentos migratórios no Sacro Império Romano-Germânico foram constantes no fim da Idade Média e início da Idade Moderna. Os migrantes tendiam sempre a serem alcunhados de "homens-novos".
Existe uma família da Pomerânia, estritamente judia, que ostenta o sobrenome Neumann e que parece estar relacionada aos Neumann judeus norte-americanos. Sua origem dataria do século XVII. Outra linhagem dos Neumann pode ser identificada na região da Renânia-Palatinado com ascendência no século XVI, porém  sem ser judia.
Variantes:
Neuman - variante simples.
Niemann, Nieman - variante do antigo baixo alemão.
Naumann, Nauman - variante do antigo alemão central, principalmente Turíngia e Hesse.
Neumann-Cosel - família com origem determinada em David Neumann que em 1734 tornou-se senhor de um feudo em Wehlau, Prússia Oriental. O Cosel foi adicionado posteriormente durante as guerras napoleônicas em virtude de uma batalha na Silésia. Todavia, os Neumann-Cosel ou Von Neumann-Cosel desta linhagem perderão o Cosel antes do início do século XX. Alguns descendentes migraram para a América do Norte e conservaram somente o Neumann. 

19. Schwarz: sobrenome poligenético que significa preto, escuro, ou ainda marrom-escuro. Normalmente tende a se referir à cor do cabelo, mas pode se referir a outra característica física, como a cor da pele. O que não significaria necessariamente a referência a uma pessoa da África Sub-saariana, mas provavelmente a um habitante das regiões mais quentes do Mediterrâneo. Quanto mais ao sul da Alemanha e, principalmente na Áustria, torna-se muito comum sua ocorrência.
Variantes:
Schwartz - variante simples.
Schwarze - variante que na língua alemã designa modernamente o termo negro, no sentido de pessoas de cor de pele negra. Entretanto, os Schwarze alemães provavelmente estão relacionados a uma antiga comunidade tribal do leste do rio Oder que é citada em documentos medievais.
Schwarzer - variante que pode ser uma derivação tanto de Schwarz quanto de Schwarze.
Schwarzmann, Schwartzmann, Schwarzman, Schwartzman - variante que significa homem preto. Historicamente, essas variantes genealógicas estão relacionadas a região do Tirol, Áustria, e a região da Bavária, sul da Alemanha.
Schvartzmann - variante de Schwartzmann encontrada na Ucrânia e marcadamente relacionada a uma família judia.
Schwarz (desambiguação) - não é uma variante, pois historicamente as famílias judias Schwarz da Europa Central, Áustria e Alemanha se originaram de judeus ashkenazins que segundo sua própria tradição diziam-se descendentes das antigas tribos hebraicas de José e Benjamin. Faltam-nos dados sobre essa relação.
Szwarc - variante na língua polonesa.
Schwarzhaupt - variante aglutinada que pode ser traduzida como cabeça preta.
Schwarzkopf - variante aglutinada que significa também cabeça preta.

20. Zimmermann: sobrenome poligenético que significa carpinteiro, trabalhador em madeira. Muito comum no Hesse, Baden-Württenberg, Bavária, Renânia-Palatinado e Westfália. Torna-se mais escasso à medida que se dirige ao norte e noroeste da Alemanha. Variantes simples: Zimmerman, Zimerman.

21. Braun: sobrenome poligenético que significa castanho. Está relacionado precisamente a cor do cabelo. Todavia, etimologicamente a raiz seria a palavra beran do antigo saxão que designava tão somente o animal urso. A correlação faz sentido, pois o urso europeu possui a pelagem castanha.
Variantes:
Von Braun - variante que inclui 16 famílias nobres com origens diferentes que faziam parte do antigo Império Alemão. Há desde Von Braun que aparecem na Baixa Silésia, bem como na Morávia, no Hesse, na Áustria, na Renânia, em Brandemburgo, etc. A relação das diferentes linhagens é descrita na obra "Neues Allgemeines Deustches Adels-Lexicon" de 1871, de autoria de Ernst Heinrich Kneschke, que trata da aristocracia do Império Alemão.
Braune - variante comum na Saxônia.
Brauner - variante que pode ser traduzida como acastanhado, com tom castanho. A origem semântica é a mesma de Braun.
Brauns - variante simples de Braun, porém também uma linhagem distinta relacionada a Arnsberg, no vale do Reno.
Bruhn, Brune, Bruns - variantes mais comuns no noroeste da Alemanha, ao longo da Renânia e Sarre.
Bruno - variante na língua latina que aparece a partir do século XVI.
Brunowe, Brunow - variantes encontradas na língua pomerana.
Branau, Bronau - variantes relacionadas à expansão prussiana no leste da Europa.
Bronne - variante incerta.
Brawnaw, Brawna - variante na língua polonesa.
Brunonen - variante que tem origem determinada num nobre saxão de nome Brun que viveu no século IX, por isso é um patronímico.

22. Krüger (1a. vertente): sobrenome poligenético que significa estalajadeiro ou taberneiro. A palavra deriva do baixo alemão medieval kruger que significa literalmente jarro, caneca, recipiente de beber. Em sentido mais amplo, o termo kruger denominava "aquele que serve os jarros". 
Krüger (2a. vertente): sobrenome poligenético que significa guerreiro, combatente. Relaciona-se com o vocábulo krieg que quer dizer luta, combate, guerra.
Variantes:
Kruger - variante simples.
Krueger - variante comum no centro e leste da Alemanha.
Crüger, Cruger - variante simples.
Kroger - variante mais comum nos estados do norte da Alemanha.
Krug, Krog, Kruk, Krukk, Kruke, Kruch - variantes típicas do norte da Alemanha e Dinamarca.
Krügel - variante que pode estar relacionada ao idioma iídiche (judeu alemão).
Krugmann, Krugman - variantes que significam homem do jarro ou homem que serve o jarro.
Kriger, Krieger - variantes do centro da Alemanha.
Krigel, Krygel - variantes encontradas no leste da Europa com muita frequência.
Kröger, Kroger, Kroeger, Kreuger - variantes com origem no noroeste da Alemanha.

23. Hartmann: sobrenome poligenético que significa homem duro ou homem forte, mas outra variante igualmente importante pode indicar como significado mais próximo homem da floresta. Hartmann antes de ser um sobrenome comum na Idade Média alemã, foi um primeiro nome muito comum, já aparecendo no século X. O termo hart ou hard no baixo alemão medieval pode significar ambas as coisas: ora duro, forte, bruto, embrutecido, ora floresta, silvestre, da floresta, florestal. A própria genealogia alemã reconhece as dificuldades de interpretação derivadas da intricada semântica da língua medieval alemã e sua enorme influência saxônica.
Variantes:
Hartman - variante simples.
Hardmann, Hardman - variantes raras que aparecem no sul da Alemanha.

24. Lange: sobrenome poligenético que significa literalmente longo, mas deve ser entendido como homem ou pessoa longa, isto é, alta, de estatura grande. No alto alemão medieval existe o termo lanc, já no baixo alemão medieval o correspondente é lank - ambos com o mesmo significado. É um sobrenome particularmente comum na Alemanha, principalmente no norte em que a variante Lang predomina. O Lange é típico do sul, mas se estende na região de Brandemburgo com alguma frequência.
Variantes:
Lang - variante comum no norte da Alemanha.
Langer - variante muito comum na Saxônia e Saxônia-Anhalt. Aparece também consideravelmente na Boêmia, República Tcheca.
DeLange, Delange - variante com o mesmo sentido derivada do original alemão, porém relacionada à Bélgica e aos Países Baixos. O prefixo "de" aponta origem nobre.
Langner - variante comum na Saxônia-Anhalt e Brandemburgo.
Langen - pode ser uma variante de Lange, mas é pouco provável e no caso, raro. Langen é um sobrenome com origem geográfica que somente uma pesquisa genealógica profunda poderia apontar com precisão. Eis os locais relacionados:
* Uma cidade no distrito de Offenbach, Hesse, Alemanha.
* Uma cidade extinta, atualmente parte da cidade de Geestland, no distrito de Cuxhaven, Baixa Saxônia, Alemanha.
* Um município no distrito de Emsland, Baixa Saxônia, Alemanha.
* Um município no distrito de Fehrbellin Ostprignitz-Ruppin, Brandemburgo, Alemanha.
* Um município no distrito de Osnabrück, Baixa Saxônia, Alemanha.
* Um município no departamento de Moselle, região da Lorena, França. Obs.: nome atual Langatte, mas provém do original alemão já que foi fundada em 1142 por população germânica.
* Um município no distrito de Bregenz, , Vorarlberg, Áustria.
* Uma localidade no município de Klösterle no distrito de Bludenz, Vorarlberg, Áustria.
* Uma vila rural na cidade de Świdwin, Pomerânia Ocidental, Polônia.
* Uma localidade no município de Przemków, Baixa Silésia, Polônia.
Von Langen - três famílias nobres alemãs com origens distintas:
* Uma família do século XII de Warendorf, Westfália.
* Uma família do século XIV de Lübbenau, Brandemburgo.
* Uma família do século XVII de Sttetin, Mecklembrugo-Pomerânia.

25. Werner: sobrenome patronímico de Werner, que é um primeiro nome muito comum na Alemanha. A origem do termo remonta ao alto alemão medieval weren que significa lutar, por isso o significado seria aquele que luta, lutador, guerreiro, combatente. Pode também significar avisar, anunciar, aquele que avisa ou anuncia.
Variantes:
Wernher - variante simples.
Warner - variante na língua frísia.
Warn - variante no baixo alemão medieval.
Warren - variante que pode significar o mesmo na língua inglesa, mas o sentido pode estar ligado ao verbo avisar, anunciar.
Verner - variante que pode aparecer tanto nas línguas escandinavas quanto na língua tcheca, mas com o mesmo sentido. Nas Américas, pode ser a simples aliteração do original Werner.
Garnier, Vernier, Grenier - variantes na língua francesa.
Guarniero, Guarnieri - variantes na língua italiana.
Verneri - variante na língua finlandesa.
Wessel - variante típica do baixo alemão e da língua frísia, distribuindo assim na Frísia e noroeste da Alemanha.
Wesseling - derivação de Wessel típica da região da Westfália.
Wesel - variante encontrada na região renana e Países Baixos.
Wessels, Wesels - variantes no plural.
Wessele - variante relacionada ao leste europeu de forma geral, mas com ocorrência no leste da Alemanha.
Wörner, Woerner - variantes relacionadas a Baden-Württemberg.
Wernerus - variante latinizada.
Wörnhör - variante encontrada no centro-sul da Alemanha.
Werners - variante simples no plural.
Wern, Werne - variante encontrada na região alpina e também centro-sul da Alemanha.
Wörn, Woern, Wörne, Woerne - variantes do sul da Alemanha.
Wernecke, Werneke - variantes do norte da Alemanha.
Wernicke - outra variante do norte da Alemanha.
Warnken - variante encontrada na Saxônia-Anhalt.
Werning, Warning - variantes derivadas.
Werndl, Werndel, Wörndl, Woerndl, Wörndel, Woerndel - variantes derivadas relacionadas a Baviera e Saxônia.
Wehrl, Wehrle, Werl, Werlle, Wehrle, Vehrle, Vehrl, Verle, Vehrlle, Verlle, Woerl, Woerle, Voerle, Voerl - variantes do oeste e sul da Alemanha.
Wehrlein, Wehrlin, Werlein, Werlin, Vehrlein, Vehrlin, Verlein, Verlin - variantes meridionais alemãs.
Werz, Wörz, Woerz - variantes curtas da região renana e Hesse.



26. Krause: sobrenome poligenético que significa crespo, de cabelo crespo, de cabelo ondulado
Variantes:
Krausse - variante comum no leste da Alemanha.
Krauss, Kraus - variantes mais comuns no norte da Alemanha e regiões do leste europeu de influência histórica alemã.
Kruse - variante particularmente ligada à região da Frísia Oriental, no estado da Baixa Saxônia, correspondendo a "ponta" do extremo noroeste da Alemanha.
Crusius - variante em latim que surgiu no século XVI.
Cruse - variante que é a germanização da variante latina Crusius. Aparece a partir do século XIX.
Kraushaar, Kraushar - variantes que significam cabelo crespo.
Krauskopf, Krauskopff - variantes que significam cabeça crespa.

27. Lehmann: sobrenome poligenético que significa vassalo, isto é, possuidor de feudo outorgado por outrem. É a aglutinação das palavras alemãs lehngut (feudo) e mann (homem). Originalmente aparece relacionado a região sudeste de Brandemburgo. Aparece também com alguma frequência em torno da região da Floresta Negra, na porção ocidental de Baden-Württemberg. De qualquer maneira, o sobrenome e suas variantes aparece em todas as regiões da Alemanha, mesmo que com menor frequência.
Variantes:
Lehman - variante simples, comum nas Américas.
Lemann - variante simples, comum nas Américas e nas áreas alemãs próximas à França.
Léman - antigo cantão (unidade administrativa) da Suíça que existiu entre 1798 e 1803 e que hoje faz parte do cantão de Vaud. A palavra está no dialeto romanche (típico da Suíça), porém relacionada historicamente ao termo Lehmann em alemão.
Leemann, Leeman - variantes comuns e próprias da Suíça.
Lechner - variante muito abundante no sul da Alemanha, Áustria e Suíça, possuindo o mesmo significado.
Lehner, Lerner, Leiner - variantes muito comuns nas áreas meridionais como um todo, além da região alpina.
Lohmann, Lohman, Lomann, Loman - variantes do Hesse e região renana.


28. Köhler: sobrenome poligenético que significa carvoeiro, fabricante de carvão. No caso específico, é o profissional que fabrica carvão de madeira, não o trabalhador em minas de carvão (hulha). A única variante simples é Kohler. As variantes Koler Coler são aliterações que podem ocorrer nas Américas.

29. Hermann: sobrenome poligenético com significado aproximado de guerreiro, lutador, combatente. O termo se origina da aglutinação de duas palavras do alto alemão medieval: heer que significa exército e mann que significa homem. O sobrenome é comum na Alemanha atualmente, particularmente no centro-leste em torno da Saxônia. Até meados do século passado também foi um primeiro nome masculino muito usado, mas que caiu em desuso desde 1980. Por isso, com a mesma raiz semântica, que já remete à matriz linguística indo-europeia, o nome ou sobrenome Hermann possui muitos correlatos em outras línguas.
Variantes:
Herrmann - variante muito comum, provavelmente mais abundante que o original Hermann.
Herman, Herrman - variantes simples e comuns.
Harman - variante que aparece com o mesmo significado ou com significado aproximado nas línguas inglesa e turca.  Também é um sobrenome judeu alemão (ashkenazi). Por esta razão, conclui-se que são homônimos que curiosamente tem igual sentido, mas seguramente evoluções históricas diferentes.
Herment, Hermant, Herman - variantes na língua francesa.
Hermanns, Herrmanns, Hermans, Herrmans - variantes no plural.
Heermann, Heerrmann, Heerman, Heerrman - variantes arcaicas do sobrenome Hermann que permaneceram em alguns locais do sul da Alemanha, em especial em Baden-Württemberg.
Armand - variante na língua francesa.
Armando - variante na língua espanhola.
Ermanno, Ermano - variantes na língua espanhola.
Hermano, Hermanno - variantes na língua espanhola.
Heřman - variante na língua tcheca.
Hermannus, Arminius - variantes na língua latina, com surgimento datado a partir do século XVI.
Hero - variante na língua frísia.

30. König: sobrenome poligenético que significa rei. O termo se origina dos termos do alto alemão medieval künec e kuning, sendo que ambos são originários do proto-germânico kuningaz. O sentido é o mesmo. Embora não haja consenso sobre a origem do uso do sobrenome, a genealogia considera que o mesmo passou a ser adotado por pessoas que tinham algum tipo de serviço ou prestação de trabalho com uma casa real. Isso poderia incluir desde um alto burocrata que respondia por funções administrativas até servos camponeses de um feudo real. Estudos indicam que o sobrenome é próprio da região oeste da Alemanha, sendo seu uso já detectado em Colônia, no século XV.
Variantes:
Konig - variante simples.
Koenig - variante simples.




Significado e origem de sobrenomes alemães - Parte 1


1. Müller:  sobrenome mais comum da língua alemã em todo o mundo, sendo que, somente na Alemanha, corresponde a cerca 1,5% da população. Seu significado é moleiro, isto é, trabalhador ou dono de moinho. A origem remonta a Idade Média e quase todo o burgo medieval do antigo Sacro Império Romano-Germânico possuía pelo menos um habitante Müller. 
Variantes:
Mahler (moagem) - mais comum na Áustria.
Mahlmann, Mallmann - literalmente "homem do moinho".
Meller - palavra do baixo-alemão com o mesmo significado.
Meulenaers, Meuleneers - variante na língua flamenga (belga).
Meuleners - variante na língua holandesa.
Meunier - variante na língua francesa.
Miller - variante na língua bávara, da Bavária, sul da Alemanha.
Mlynk - variante na língua sérvia.
Moeller - variante no baixo-alemão, mais comum no norte da Alemanha.
Molenaar - variante na língua holandesa, todavia mais comum na Renânia.
Molitor - é a versão em latim do sobrenome, todavia surgiu no século XVI na região da Bavária, em torno de Munique, sendo usado por uma importante família nobre.
Mölleman - variante comum na Suábia, região alemã.
Moller - variante comum no sul da Alemanha.
Möller - outra variante comum no sul e centro da Alemanha.
Møller, Møllers - variante na língua dinamarquesa.
Molnar - variante na língua húngara.
Möllmann, Mueller, Mühlemann, Mühler, Mühlmann, Muller, Müllner, Myller, Miller - variantes muito provavelmente por aliteração na grafia ou transposição para dialetos locais.
Mulder, Mulders - variante na língua holandesa, comum no interior da Holanda.
Mulerius - versão latinizada surgida em Groeningen, Holanda no século XVII.

2. Schmidt: sobrenome cujo significado é ferreiro. Origem medieval e tal como Müller é poligenético, já que diz respeito a uma profissão. 
Variantes:
Schmitt - variante do norte da Alemanha.
Schmitz - variante do leste da Alemanha e Europa Central.
Schmid, Schmidl, Schmidli - variantes comuns na Renânia, Hesse e Palatinado.
Schmidtke - variante comum na Pomerânia e Mecklemburgo.
Smid, Smidt - variante de uma família tradicional de Bremen.

3. Schneider: o significado literal é cortador, mas a palavra em sentido amplo quer dizer alfaiate. Sobrenome poligenético.
Variantes:
Schneiders, Schneyder, Schneiter - variantes mais comuns e que são encontradas em quase toda a Alemanha, com exceção do estados do norte.
Schnider, Schnyder - variantes na Suíça.
Snider, Snyder, Snaijder, Sneijder - variantes imprecisas pois podem aparecer em variantes da língua inglesa medieval como da língua holandesa. Todavia, estão mais intimamente relacionados aos Países Baixos.
Sznajder - variante na língua polonesa.
Schröder, Schroeder, Schrader - variantes próprias do norte da Alemanha.

4. Fischer: sobrenome poligenético que significa pescador.
Variantes:
Fisher - variante na língua inglesa.
Visser - variante na língua holandesa.
Fischler, Fischl - variantes comuns na Áustria.
Vischer - variante comum na Suíça.
Fischers - variante no plural.
Fischl - variante na língua iídiche (judeu alemão), mas sem precisão, pois indica uma localidade próxima a Jenbach, Tirol, Áustria. Por isso pode haver dois sobrenomes homônimos "Fischl" mas com origens distintas.
Fischel - variante no alto-alemão, mas sem precisão, pois historicamente "Fischel" também é uma antiga medida de volume para grãos comum no cantão de Valais, Suíça.
Fischle - variante na língua suábia.
Fischmann, Fischman, Fishman, Fiszman - variantes comuns no oeste e norte da Alemanha.

5. Weber: sobrenome poligenético que significa tecelão.
Variantes:
Textor - variante em latim que aparece no século XVI no Hesse e Turíngia.
Waeber - variante comum na Suíça.
Weeber - variante comum no sul da Alemanha.
Von Weber - família nobre da Bavária com origens no século XV.
Wefer - variante comum na região de Bremen.
Wefers - variante com origem na Westfália.
Wever - variante encontrada entre os nobres do antigo Reino da Prússia.
Webster - é a palavra tecelão na língua inglesa. Entretanto, teoricamente pode ter raízes germânicas em alguns casos, pois tanto "webster" quanto "weber" derivam do saxão webbestre, sendo já documentado no século X.

6. Meyer: sobrenome poligenético que significa aproximadamente prefeito ou governador de uma vila, burgo, cidade ou ainda líder local de um povoado. A origem remonta a palavra latina magnus que significa "grande, maior". Os romanos já na Antiguidade Tardia se referiam assim aos chefes tribais bárbaros germânicos ou mesmo celtas romanizados. No século V, os saxões já usam o termo maire. No alemão medieval do século XI, há o termo meiger com o mesmo significado. A partir do século XII, o sobrenome já aparece com mais frequência, ora indicando a profissão, ora como patronímico. O sobrenome e suas variantes são frequentes no norte e noroeste da Alemanha.
Variantes:
Mayer, Maier, Meier, Mair, Meyers, Meiers - variantes com o mesmo significado.
Meir - variante do iídiche.
Meijer - variante na língua holandesa.

7. Wagner: sobrenome poligenético que remete a uma antiga profissão da Europa Medieval que literalmente pode ser entendida como fabricante de carros. O fabricante de carros medieval seria um profissional especializado na confecção de veículos agrícolas de qualquer natureza, comumente carroças, charretes, pequenos coches, seja para transporte ou para trabalho. Em alguns casos, o fabricante de carros podia ser especializado somente na manutenção de veículos, ou na produção de um determinado tipo de veículo, ou mais ainda somente na confecção de rodas e eixos. Em todos os casos, era um profissional com íntima ligação à carpintaria. Na Alemanha, o ofício ainda existe com a denominação stellmacherei. O termo medieval original era wagnerei.
Variantes:
Wegner, Wegnerer, Wahner, Wehner, Weiner, Weener, Wehnert, Wagener - comuns em toda Alemanha.
Wagoner - variante em latim que aparece no século XVI.

8. Becker: sobrenome poligenético que significa padeiro.
Variantes:
Bäcker, Bäker - variantes mais raras encontradas no norte da Alemanha.
Backer, Baker - variantes típicas da língua inglesa, com pouca ou nenhuma relação genealógica com o continente.
Beckers, Beckert - variantes que são derivações do nome Becker.
Beck, Bec - variante que pode ser uma contração do sobrenome Becker, encontrado com mais frequência no sul da Alemanha. Todavia, pode derivar de bach (riacho, rio), havendo portanto sobrenomes homônimos mas com origens etimológicas diferentes. Em ambos os casos, aparecem mais frequentemente nos estados meridionais.
Brodbeck - literamente "fazedor de pão". Variante mais comum no oeste da Alemanha.
Pistorius - variante em latim que aparece no século XVI.

9. Schulz: sobrenome poligenético com significado preciso: Schulz era a palavra que designava o burgomestre, o prefeito de um burgo medieval alemão, que também possuía as funções de juiz local. Enquanto Meyer poderia designar qualquer tipo de líder, independente de seu estado ou funções, Schulz é um termo com abrangência delimitada. Curiosamente, o sobrenome Schulz ocorre com muita frequência no norte da Alemanha, principalmente na região de Brandemburgo, mas é raro no centro e no sul, reaparecendo com muita força na Áustria. A origem etimológica de Schulz provém do alto alemão antigo Sculdheizo que significa "comando, poder".
Variantes:
Schulze - variante que significa "o gabinete do prefeito" ou ainda "funcionário judicial". No caso, no oeste do antigo Sacro Império Romano-Germânico, Schulze poderia designar funcionários que desempenhavam funções burocráticas, legais e judiciais em zonas que não tinham estatuto livre. Entretanto, é possível que ocorra linhagens de Schulze que sejam puramente aliterações do sobrenome Schulz.
Schultheiss, Schultheis - variante literal de "gabinete do prefeito". Pouco comum entre os sobrenomes de origem germânica, mas conserva o significado. Na verdade, a genealogia considera que Schulz é a contração destes termos que seriam os originais no alemão medieval.
Schulte, Schultes - variantes simples de Schulz.
Schulzke - variante em Mecklemburgo e Pomerânia.
Shultz - variante adaptada á língua inglesa que começou a ser usada principalmente nos Estados Unidos da América.
Szulc - variante na língua polonesa.
Šulc - variante na língua tcheca.

10. Hoffmann: sobrenome poligenético que significa literalmente "homem da herdade" ou "homem da herança". Herdade é a palavra mais apropriada para o caso, no sentido de designar uma propriedade rural recebida por herança. Pode caracterizar tanto um agricultor ou pastor com um lote próprio, ou ainda mero dono de um senhorio que possuía área rural qualquer, bem como designar um inquilino ou arrendatário de um pedaço de terra de outrem. Seja como for, a genealogia alemã tende a considerar a Silésia, o oeste e o sul da Alemanha como locais de origem do sobrenome. 
Variantes:
Hofman - variante simples, porém muito frequente.
Huber, Hüber, Hubermann, Hübermann, Huberman, Hüberman  - variantes relacionadas ao termo Huber do alto alemão medieval, que tinha o mesmo que significado de Hoffmann.
Hobemann, Hobeman, Hobermann, Hoberman - variantes com origem na região do Hesse.
Havemann, Haveman, Hamann, Haman, Hahmann, Hahman, Hammann, Haarmann, Haarman, Harmann, Harman - variantes derivadas do baixo alemão medieval.
Goffmann, Gofmann, Goffman, Gofman - variantes surgidas nas regiões do leste europeu, particularmente relacionadas à Prússia, Ucrânia, Bielorrússia e Rússia, isto é, zonas que tiveram ondas de colonização germânica durante a Idade Média e a Idade Moderna. Entretanto, embora não sendo regra, essas variantes aparecem relacionadas à famílias judias.
Coffmann, Cofmann, Coffman, Cofman - variantes adaptadas à língua inglesa, usadas principalmente nos Estados Unidos da América.
Hoffbauer, Hofbauer - variante que aglutina Hoff (herdade) a Bauer (agricultor, camponês, trabalhador da terra). O significado é idêntico. Muito comum na Áustria.
Hofbauer - não é uma variante, mas um homônimo que remete a uma localidade em Attergau,  distrito de Vöclklabruck, na Alta Áustria.
Hoffer, Hofer - variante comuns na Áustria.
Hoffner, Hofner, Höffner, Höfner - variantes mais comuns na Áustria e sul da Alemanha.

11. Schäfer: sobrenome poligenético que significa pastor (de animais). Ocorre principalmente na Baixa Saxônia, passando pelo Hesse até extremo sudoeste. A forma entretanto com "ä" (letra a com trema) é própria do norte da Alemanha.
Variantes:
Schaefer - variante comum em toda a Alemanha.
Schäffer, Schaeffer - outras variantes comuns geradas por aliteração.
Schäffers, Schaeffers - variantes derivadas.
Shepherd - variante com origens em Hamburgo. Aparece igualmente como variante na língua inglesa. Incluem-se como derivações: Sheppherd, Shepherds, Sheferd, Sheferds, Shefferd, Shefferds.
Schaaf - variante curta muito comum no noroeste e norte da Alemanha.
Schaf, Hausschaf - variantes que significam literalmente ovelha, carneiro (Ovis orientalis aries)

12. Koch: sobrenome poligenético que significa cozinheiro. Provém etimologicamente do alto alemão medieval kok com o mesmo sentido, derivado do latim cocta que significa cozido. O sobrenome data do século XIII e está fortemente concentrado me toda a porção ocidental da Alemanha.
Variantes:
Kochs - variante no plural.
Kock - variante concentrada no oeste da Baixa Saxônia e Schleswig-Holstein.
Coch, Coc - variantes arcaicas.
Kok, Kokk, Kokke - variantes do extremo-norte da Alemanha.
Köchin - variante derivada.


13. Bauer: sobrenome poligenético que significa agricultor, trabalhador da terra. Praticamente há poucas variantes em toda a região de língua alemã na Europa. Provém do termo do alto alemão médio gebûre que aproximadamente pode ser traduzido como vizinho, companheiro de afazeres, aldeão
Variantes:
Gebauer, Gehbauer - variantes relacionados ao radical original da palavra.
Bauerl, Bauerle - variantes do sul da Alemanha.


14. Richter: sobrenome poligenético que significa juiz. Provém do latim rector (reitor). Na Idade Média, o termo tendia a se aproximar de Schulz, por sua função, entretanto, sua origem é diversa. No período de expansão germânica do século XII ao século XIV, o Richter tendia a ser um funcionário responsável pela aplicação da justiça em zonas recém-colonizadas e quase sempre isto incluía receber pelo seu título o direito de exploração feudal de uma área. Por isso, enquanto o Schulz aparece relacionado mais ao lado ocidental do Sacro Império Romano-Germânico, o Richter a regiões como a Boêmia, a Morávia, a Silésia, a Oberlausitz e a Saxônia. Em outras palavras, o que o Schulz é para o Oeste, o Richter é para o Leste. A derivação imediata é Richters.

15. Klein: sobrenome poligenético com uma gama de significados, o mais comum seria pequeno, mas pode também corresponder a puro, fino, inteligente, sagaz, bonito, agradável, macio, fino, magro, feio, fraco. A origem pode estar relacionada a uma característica física pessoal, a um aspecto de um lugar ou mesmo a um tipo de propriedade rural típica do Sacro Império Romano-Germânico que seria próximo do nosso entendimento de chácara - isto é, um lote menor que serve como vivenda mínima para uma família. No alto alemão medieval, consta a palavra kleini com os significados de brilhante, liso, limpo, delicado, fino, pouco. Etimologicamente, seria um termo aparentado com o palavra clean da língua inglesa. Na Alemanha atual, o sobrenome aparece com mais frequência no Sarre e na Renânia-Palatinado. Todavia, ocorre consideravelmente na Áustria e Suíça, estendendo-se até a Romênia e a Rússia, sempre com o mesma grafia.
Variantes:
Kleine, Kleiner - no alemão moderno, as palavras são usadas respectivamente como sinônimos de pequena, pequenas. Podem ser simples variantes ou sobrenomes homônimos.
Kleinecke - variante que significa canto pequeno.
Kleinke - variante que significa aproximadamente lugar pequeno, lugarejo.
Kleinmann, Kleinmann - variante que significa homem pequeno.
Kleinert - variante com origem na região da Silésia.
Kleinová - variante na língua tcheca.







As obras da Companhia Francesa e seu impacto no porto de Rio Grande


Trecho extraído de: NEU, Márcia Fernandes Rosa. Os portos do sul do Brasil: da formação ao século XXI. São Paulo: Tese de Doutoramento do Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Orientação: Prof. Dr. Armen Mamigonian), 2009, p. 74-75.

"No início do século XX, as autoridades governamentais sugeriram a organização e contratação de uma empresa que reunisse capital estrangeiro e aporte técnico para a realização das obras. Um acordo foi firmado com uma Cia. Francesa, e, em 1908, tiveram início as obras de construção dos molhes do Rio Grande. 

A proporção da obra foi comparada com a construção do canal do Panamá, tamanha a organização de mão-de-obra e de infraestrutura que o empreendimento exigiu. Há, ainda, de se considerarem os novos investimentos que foram realizados na cidade, por meio das empreiteiras que se instalaram para a construção da obra. 

Assim, o Porto Novo, construído no início do século XX, permitiu que embarcações de maior calado pudessem atracar, e a microrregião do Rio Grande logo reagiu com o crescimento econômico dos novos investimentos. 

Em 1915, foi autorizada, pelo Governo Federal, a inauguração do primeiro trecho de 500 m de cais do Porto Novo, já com 3 armazéns para mercadorias, servidos por guindastes elétricos, 1 depósito para carvão, servido por transbordadores elétricos, linhas férreas, entre outras infraestruturas essenciais para o funcionamento do Porto. A partir da inauguração, a Cia. Francesa, autorizada a fazer tal investimento no Porto e explorar o resultado dele, começou a arrecadar suas primeiras receitas. 

No entanto, as taxas cobradas pela Cia. Francesa eram superiores às cobradas pelo Porto de Montevidéu, o que atraía, cada vez mais, o comércio do Rio Grande do Sul. Quando as obras da Barra e do Porto Novo estavam quase concluídas, o governo de Borges de Medeiros percebeu as desvantagens da concessão à Cia. O Estado firmou, então, com a empresa um convênio, prevendo a transferência de contratos com alterações no contrato anterior. Em 1929, a Inspetoria Federal dos Portos afirmou que o Governo do Estado assumiria a responsabilidade da conclusão das obras da Barra e sua conservação, quando a União se comprometeu, também, em transferir ao Estado a arrecadação da taxa de 2% em ouro sobre o valor da importação. 

Nessas bases, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul assumiu a responsabilidade pela Barra e Porto de Rio Grande, sendo autorizada, em 1918, a transferência dos contratos da Cia. Francesa aos Governos do Estado, sob as seguintes imposições: 1) a União entregará ao Governo do Estado as taxas cobradas, que serão exclusivamente, destinadas às despesas de conservação das obras da Barra; 2) a União pagará a Cia. ao juro máximo de 6%, descontados os pagamentos já realizados. 

O Estado do Rio Grande do Sul indenizou a Cia. Francesa pela concessão do Porto do Rio Grande, sem gerar nenhum tipo de protesto, dadas as vantagens que esta revogação gerou, passando a exploração do Porto pelo Governo do Estado a ser feita a partir de 18 de outubro de 1919. 

A partir de 1913, observou-se uma acentuada queda na movimentação do Porto do Rio Grande, fato este que pode ser explicado pelas taxas elevadas, cobradas pela Cia. Francesa, que impulsionou a utilização do Porto de Montevidéu. A queda na movimentação certamente motivou ainda mais a Cia. a conceder a encampação ao Estado do Rio Grande do Sul. Além disso, é importante lembrar que o mundo vivia um período de tensão nas relações políticas e comerciais, período anterior à Primeira Guerra Mundial. Nota-se, também, que as exportações triplicaram entre 1918 a 1919, possivelmente abastecendo de produtos agrícolas (principalmente o trigo) e de produtos da pecuária (principalmente charque) alguns países que estavam envolvidos no conflito mundial."
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