terça-feira, 14 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 07


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

121. Ruiz

O sobrenome é um patronímico curto do nome Rodrigo ou Roderico. Há pelos menos 155 linhagens com origens e solares diferentes em toda a Península Ibérica.

122. Monsalve

A linhagem tem origem no final do século XIV e seu primevo solar possivelmente tenha sido erigido em Zamora. As principais ramais da linhagem foram estabelecidas em Carrizos, Sevilha, Ubeda, Salamanca e Granada.

123. Calderón

Fortun (ou Ortun, em algumas grafias) Ortiz, filho de Ortun Sanz de Salcedo y Ayala, fidalgo do século XIII, foi o primeiro que usou o sobrenome Calderón. Seu primitivo solar foi construído no vale de Ayala. Em 1253, foi alçado à condição de rico-homem da corte do rei Afonso X de Castela, e por serviços prestados, recebeu terras no território de Sevilha. Séculos mais tarde, um descendente seu, Rodrigo Calderón obteve o título de marquês de Las Siete Iglesias e conde de Oliva.

124. Gomez

Esta é uma linhagem distinta do sobrenome que surgiu na Extremadura. Suas principais ramais foram as de Cáceres, Trujillo e Medellín.

125. Mercado

A linhagem tem origem em Afonso Fernandez de Mercado, cavaleiro do caudilho Lope Diaz de Haro que, em 1227, participou do sítio e tomada da cidade de Baeza.

126. Lerma

A linhagem tem origem na cidade de Burgos, onde também está seu primitivo solar. Fernan García de Lerma, capitão e comendador da Ordem de Santiago, participou da Batalha de Navas de Tolosa, em 1212.

127. Corvera

A linhagem tem origem no antigo Principado da Catalunha, porém com ramais diversos em toda a Península Ibérica, sendo a de Aragão a mais destacada. Nos séculos XIV e XV, encontram-se alguns personagens importantes desta família: Gilaberto de Corvera, governador de Menorca a partir de 1343; Riambao de Corvera, governador da Sardenha a partir de 1349; Frey Romeo de Corvera, grão-mestre da Ordem de Montesa; e Bernaldo de Corvera, embaixador de Afonso V de Aragão (reinou de 1416 a 1458) junto a Felipe Maria, doge de Milão.

128. Ocampo

É uma linhagem antiga, com origem na Galícia. O primeiro fidalgo documentado desta linhagem é Bernal Yañez de Ocampo, da corte do rei Sancho II de Castela (reinado de 1065 a 1072) e que participou do cerco de Zamora, em 1065.

129. Segarra

A linhagem tem origem em Segarra, em Biscaia, e remonta ao século XI. Seu mais importante solar foi edificado épocas mais tarde na Galícia.

130. Dábalos

A linhagem tem origem em Rui Lopez de Ávalos, fidalgo das corte do rei João II de Castela (reinado efetivo de 1419 a 1454) e Henrique IV de Castela (reinou de 1454 a 1474). Rui Lopez foi o terceiro condestável de Castela, adelantado-mór de Múrcia e conde de Ribadeo.

A mais importante ramal desta linhagem desenvolveu-se na Itália, onde são descendentes da famílias as dinastias dos príncipes de Francavilla e Mont-Sarchio, os marqueses de Guasto, Arpeya e Pescara, e por fim, os condes de Monriso.

Em alguns documentos existe a forma variante: Dávalos.

131. Alfaro

A linhagem tem origem primitiva no antigo senhorio de Biscaia, sendo que, os sobrenomes Alfaro e Haro tem ancestralidade comum. Aliás, historicamente a linhagem de Haro teve mais importância e prolificidade. 

O primeiro fidalgo documentado com este sobrenome foi Juan Afonso de Alfaro, neto do rei Afonso VI de Leão (reinado de 1065 a 1072) e que teria vivido entre o final do século XI e início do século XII em Castela.

132. Cárdenas

A linhagem procede da vila de Cárdenas, na região de La Rioja. Aquele que é considerado o fundador da linhagem é García de Cárdenas, que viveu no século XI. Não se sabe se Gonzalo Sanchez de Cárdenas que, em 1147 é listado como um dos combatentes que sitiaram e tomaram Baeza, é descendente do primeiro. Porém, é certo que este Gonzalo Sanchez recebeu título e brasão de fidalguia nesta época, indicando talvez uma outra origem. 

No século XII ainda, encontram-se membros da família envolvidos nas campanhas militares de Andújar, Granada e Córdoba. Mais tarde, Bernardino de Cárdenas, alcançou o título de Duque de Maqueda, incorporando também o de Duque de Nájera, por ter casado com a suserana deste feudo, Luísa Manrique. Ao longo do tempo, os Cárdenas desenvolveram diferentes ramais em toda a Espanha, sendo notória dos condes de La Puebla.

133. Saurin

A linhagem procede do antigo Principado da Catalunha. Durante o reinado de Jaime I de Aragão (de 1213 a 1276), alguns fidalgos desta família estiveram a serviço desta Coroa na conquista de Valência. Na mesma época, a préstimo do rei Afonso X de Castela (reinado de 1252 a 1284), há o registro de Guirao Saurin na conquista da Múrcia, tendo recebido terras nesta região como benefício.

São Raimundo de Peñafort descendia da linhagem dos Saurin por parte materna.

134. Vásquez

O sobrenome é um patronímico do nome masculino Vasco, sendo poligenético em toda a Península Ibérica. A mais antiga linhagem com essa alcunha remete a Vasco Martínez de Cuña, que viveu no século XIII, que foi senhor das vilas de Agenja, Piñeiro, Bembosta e morgado de La Taboa. Do consórcio de Vasco Martínez de Cuña e Beatriz Lopez de Albergaria, surgiram cinco filhos que passaram a usar o patronímico Vásquez, e são eles: Vasco, que herdou os bens do pai; Martín, que foi o primeiro conde de Valência; Lope, que foi senhor de Buendía; Estéban, que foi senhor de La Taboa; e Gil, morrido jovem em batalha. As três principais ramais da linhagem de Vasco Martínez de Cuña surgiram em Castela, Portugal e Múrcia.

135. Fajardo

A linhagem tem origem em Pedro Gallego, que viveu em fins do século XIII, e foi o primeiro que tomou a alcunha "Fajardo". Pedro Gallego descendia de Rodrigo Romaes, conde de Monterroso, este por sua vez descendente de Fruela I das Astúrias (reinado de 757 a 768). Rodrigo Romaes casou com Milia da Inglaterra e estabeleceu solar na vila de Ortigueira, na Galícia.

Pedro Gallego "Fajardo" matrimoniou-se com Blanca de Aldana e um de seus filhos foi Juan Fajardo. Juan Fajardo participou da campanha militar do Conde de Carrion, Juan Sanchez Manuel, até Múrcia, e pelos serviços prestados recebeu o senhorio da vila de Lebrija.

136. Cabeza de Vaca


A linhagem tem início no vaqueiro Martín Alaja, que recebeu esta alcunha do rei Afonso IX de Leão (reinado de 1188 a 1230). A ocasião em que isso aconteceu, de acordo com a narrativa medieval, foi no ano de 1212, quando o soberano e seu exército precisaram de um guia confiável para transporem uma serra escarpada e valeram-se do vaqueiro. No trajeto, o monarca observou muitos crânios bovinos ao longo do caminho e soube pelo vaqueiro que aquilo tinha acontecido a seu rebanho por causa do ataque de lobos. Apiedando-se da condição desgraçada do homem e por sua lealdade, o rei concedeu-lhe um título de fidalguia com a alcunha Cabeza de Vaca, em alusão ao diversos crânios que ele tinha encontrado naquela serra.

137. De Gabriel

A linhagem tem início em 1700, quando passou da França à Espanha, um nobre de nome Pedro de Gabriaut, para combater na causa do rei Felipe V. De Gabriaut castelhanizou-se em De Gabriel.

138. Estenoz

A linhagem tem origem em Martín de Estenoz, que era descendente da família de Zenoz, no vale de Ulzama, na província de Navarra. Martín de Estenoz adquiriu carta executória de fidalguia no ano de 1544.

139. Vilanova

A linhagem tem origem em Guillén de Vilanova, contado na corte do conde Ramón Berenguer III de Barcelona entre os anos de 1088 e 1120. Guillén de Vilanova era descendente do Marquês de Trans, que foi aliado na Catalunha do rei franco Carlos Magno.

Na época do rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), Ramón de Vilanova participou das campanhas da Reconquista, estabelecendo uma importante ramal da linhagem no sul da Península. Mais tarde, observar-se-ão ramais e solares desta alcunha em Aragão, Castela e na baronia de Flix.

140. Suarez de Quiñones Osorio

A linhagem tem origem no fidalgo espanhol Juan Suarez de Quiñones Osorio (nascido em 1618), filho de Francisco Suarez de Quiñones Osorio e Maria Aranjuez, e neto de Pedro Suarez e Catalina de Quiñones Osorio. O primeiro solar deste tronco foi erigido em Albuquerque, na província de Badajoz, em Extremadura.

Sobrenome Migueis


"MIGUEIS - Sobrenome português patronímico que significa 'filho de Miguel'. Outra forma com o mesmo significado é MIGUEZ."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 17 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Galveas


"GALVEAS - Sobrenome toponímico. Título de uma nobre família portuguesa. O primeiro Conde das Galveas foi Diniz de Mello e Castro, militar. Também se encontra grafado GALVÊAS."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 09 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Cirne


"CIRNE - Variante arcaica de cisne. Primitivamente foi alcunha.

Os Cirnes acham-se em Portugal no tempo do rei Dom Pedro I (1357-1367). A eles pertenceu o senhorio de Agrella. Seu escudo de armas compõe-se de um campo de prata com um cisne sobre a água."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 05 de Julho de 1991, pág. 03

Sociedade Luso-Brasileira de Porto Alegre


"A Luzo-Brazileira transferio para a proxima quarta-feira o espectaculo que havia annunciado para hontem.

Hontem, porém, procedeu-se á eleição da directoria que deve dirigir os seus destinos no 1o. semestre do anno proximo, sendo escolhidos:

Presidente - Procopio Barreto Meirelles, re-eleito.

Vice-presidente - Joaquim Pereira Martins.

1o. secretario - Francisco Lourenço da Silva Bragança.

2o. secretario - Mario Pereira Pinto.

Thesoureiro - Antonio Gonçalves Dias, re-eleito.

Adjunto - Benigno Rocha, re-eleito.

Procurador - Fernando Barreto Gomes.

Adjunto - Theophilo Ottoni da Silva Freire.

Commissão de contas - Joaquim Alves Torres, Joaquim Mauricio de Oliveira, José Joaquim de Carvalho."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 27 de Dezembro de 1886, pág. 01, col. 03
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