sábado, 11 de julho de 2020

Moradores de Pelotas em 1884


Distante de ser um recenseamento completo dos moradores de Pelotas no período, nosso esforço foi o de, através de consulta aos jornais da época disponíveis na web, listar o quanto fosse possível de nomes relacionados à cidade, bem como inserindo as informações adjuntas que encontramos. Todavia, na maior parte dos casos, encontramos somente os nomes. De forma geral, quando usamos a denominação "morador" queremos dizer literalmente isso: apenas constatamos que o indivíduo citado viveu em Pelotas, mas não encontramos mais dados sobre sua ocupação, nacionalidade ou outros. A propósito, quando listamos "Fulano de Tal & Fulana de Tal", justamente com o uso do "&" queremos dizer que os indivíduos são casados. Esperamos contribuir de alguma forma para pesquisas genealógicas e historiográficas, mesmo que de modo muito modesto. Obs.: respeitamos a grafia encontrada na época.

Periódicos consultados para este período: A Federação (Porto Alegre/RS); Echo Liberal (Caxias do Sul/RS); A Penna (Pelotas/RS); Jornal do Commercio (Rio de Janeiro/RJ);

1884

Adelaide Rodrigues Patrício, diretora do Collegio Santa Cecilia.

Adolpho Waddington, morador.

Alberto Barcellos, morador, filho de Miguel Rodrigues Barcellos.

Alexandre Tassis, espanhol, maior de 80 anos, morador.

Alfredo da Costa Leite, morador, filho de Paulino Teixeira da Costa Leite.

Alfredo f. Rodrigues, morador.

Alfredo Polly, escriturário da comissão de medição e discriminação das terras do município de Pelotas.

Alvaro Chaves, proprietário. Presidente do Club Republicano.

Alvaro Drummond de Macedo, morador; membro do Partido Republicano.

Amalia Gonçalves da Silva, moradora; filha de Leão Gonçalves da Silva.

Amancio Ribeiro, negro livre.

Amancio Rodrigues Pinheiro, preso.

Anacleto J. da Luz, empregado na agência do Correio.

Anarolino Antero da Silveira, 2o. suplente da subdelegacia do 3o. distrito, a partir de abril de 1884.

Angelica Borges da Conceição Filha, membro do Centro Abolicionista.

Antonio Antunes da Porciuncula Costa, membro do Centro Abolicionista.

Antonio Antunes da Silva, morador.

Antonio Bernardo de Oliveira, vulgo Antonio dos Povos, maior de 80 anos, morador.

Antonio Cardoso dos Santos, 2o. suplente da subdelegacia do 6o. distrito.

Antonio da Silva Branco, morador; irmão de Custodio da Silva Branco.

Antonio da Silva Moncorvo Junior, proprietário do jornal Onze de Junho.

Antonio Ferreira Guimarães, morador nas proximidades do Arroio Pepino.

Antonio Joaquim Ferreira, português, morador.

Antonio Joaquim Pinto da Rocha, membro da Comissão Verificadora da Mesa de Rendas Provinciais; membro do Centro Abolicionista.

Antonio Mancio Ribeiro, comendador, proprietário.

Antonio Maria Moreira, morador.

Antonio Rodrigues de Souza, membro do Centro Abolicionista.

Antonio Soares da Silva, advogado; chegou em Pelotas em Outubro de 1884, vindo de Bagé.

Antonio Vieira da Silva Braga, membro do Centro Abolicionista.

Arthur Lara Ulrich, proprietário do jornal A Discussão.

Augusto de J. Siqueira Canabarro, membro do Centro Abolicionista.

Barão de Arroio Grande, membro do Centro Abolicionista.

Barão de Correntes, membro do Centro Abolicionista.

Benito Maurell Filho, membro da Comissão Verificadora da Mesa de Rendas Provinciais; negociante. Membro do Centro Abolicionista.

Benjamin Guerreiro, comerciante, capitão; 3o. suplente do juiz municipal e de órfãos.

Bento Taveira, professor da aulas públicas da Bibliotheca Pública Pelotense.

Bernardino Alves, morador.

Bernardino dos Santos Faria, proprietário; era dono de escravos.

Bernardino Eiras, dono de um armazém.

Bernardo Borges, empregado do Club Commercial.

Bernardo José de Souza, comerciante, proprietário, vereador e comendador; era dono de escravos.

Bernardo Taveira Junior, professor secundário das aulas noturnas da Bibliotheca Pública Pelotense.

Bianca Blume, professora de canto para meninas.

Boaventura da Fontoura Barcellos, proprietário.

Boaventura Cardoso, tipógrafo, 37 anos, casado.

Bruno Chaves, morador.

Caetano Machado Pinto, proprietário.

Carlos Ritter, morador.

Carlos Schmith, morador.

Casimiro Rodrigues Fernandes, empregado da Mesa de Rendas.

Catão José de Freitas Guimarães, morador.

Clara Amarante, moradora; filha de Felicissimo Amarante.

Conrado Rodrigues de Quevedo, morador no 8o. distrito.

Constança Soares Barbosa, proprietária; era dona de escravos.

Custodio da Silva Branco, morador; irmão de Antonio da Silva Branco.

Cypriana Justina Barcellos Mascarenhas, moradora.

Delphina Joaquina de Freitas, proprietária; era dona de escravos.

Diophanes Chagas, agente do Correio.

Domingos Couto, proprietário no Passo das Pedras; era dono de escravos.

Domingos Rodrigues Ribas, morador.

Eduardo Maurell, morador.

Eduardo Siqueira, farmacêutico.

Eduardo Wilhelmy, morador.

Eleutherio Pereira, praça da secção policial.

Epaminondas Piratinino de Almeida, curador dos escravos do município de Pelotas, nomeado pelo Juizado Municipal.

Ernesto Augusto Gernsgross, morador.

Ernesto Barcellos de Amorim, solicitador, morador na vila do Boqueirão.

Ernesto José da Silva, perito em armas brancas.

Felippe Duque Vieira, morador no Passo das Pedras.

Felisberto Ignacio da Cunha, coronel, proprietário; era dono de escravos.

Felisberto José Gonçalves Braga, charqueador, proprietário, dono de escravos.

Felix T. de Sampaio, proprietário; era dono de escravos.

Fernando Maciel, negro livre, empregado no Prado Pelotense.

Fernando Osório, redator do jornal A Discussão.

Fernando Pimentel, redator do jornal Onze de Junho.

Flora Hyppolito da Silva, proprietária; era dona de escravos.

Floriano Calvet, 3o. suplente da subdelegacia de polícia do 3o. distrito.

Fortuné Bardou, dono de uma fábrica de carruagens.

Francisco Alsina, membro da Comissão Verificadora da Mesa de Rendas Provinciais.

Francisco Antunes Gomes da Costa, proprietário; era dono de escravos.

Francisco Carlos de Araujo Brusque Junior, advogado.

Francisco de Paula Nunes, escrivão de polícia.

Francisco Fernandes, comerciante.

Francisco Gomes de Araujo Góes, farmacêutico, fabricante da Salsa Depurativa.

Francisco Nunes de Souza, membro do Centro Abolicionista.

Francisco Pereira Cardoso, empregado das oficinas da Livraria Americana.

Gaspar Rodrigues de Oliveira, português, morador.

Graciano Nunes de Almeida, morador no 8o. distrito.

Gustavo Hugo Elst, comerciante.

Heleodoro de Azevedo Filho, proprietário, comendador.

Henrique Bauer, comerciante.

Henrique Chaves, morador.

Ignacio Gonçalves Pires, morador.

Ismael Soares da Silva, proprietário; era dono de escravos. Genro de Alvaro Drummond de Macedo.

Israel Vasconcelos, proprietário no Passo das Pedras; era dono de escravos.

Jacintho Antonio Lopes, proprietário, estancieiro; era dono de escravos.

Jacintho Antonio Pinto, português, morador.

Jacintho José de Abreu, 2o. suplente do delegado da subdelegacia do 3o. distrito, até abril de 1884.

João Antonio Mendes Ferreira, professor público para o sexo masculino.

João Augusto de Freitas, escriturário da Mesa de Rendas.

João Christovam Leon, negociante.

João Claudio Maria Rébourgeon, francês, diretor da Escola Agrícola e Veterinária de Pelotas.

João da Silva Silveira, farmacêutico.

João de Siqueira Cavalcanti, juiz municipal de órfãos.

João Duchamp, morador.

João Felizardo da Silva, procurador da câmara municipal.

João Ferreira de Azevedo & Maria José Nunes de Azevedo, moradores.

João Gonçalves Lopes Junior, morador; foi estudar Medicina no Rio de Janeiro em 1884.

João Jacintho de Mendonça, proprietário.

João Luiz Gomes de Mello, administrador da Mesa de Rendas.

João Manoel Barbosa, membro do Centro Abolicionista.

João Mendes de Arruda, morador.

João Pacífico Coelho, comerciante.

João Pedro de Mello, 2o. suplente da subdelegacia do 2o. distrito.

João Severino Calado, ex-comerciante de fazendas; preso.

João Sittoni, italiano, trabalhador da estrada de ferro, & Herminia Piccoli, italiana, moradora.

João Soares, morador.

Joaquim da Costa Peixoto, empregado da firma comercial Conceição & Cia.

Joaquim da Silva Paula, proprietário; era dono de escravos.

Joaquim da Silva Tavares, proprietário; era dono de escravos; membro do Centro Abolicionista.

Joaquim Faria, empregado da fábrica Cesta & Reis.

Joaquim Francisco de Braz, morador.

Joaquim Jacintho de Mendonça, proprietário.

Joaquim José de Mattos Magalhães, português, morador.

Joaquim Manoel de Souza, empregado do estabelecimento Lang & Cia., na Costa do Pelotas.

Joaquina de Freitas Parafita, moradora, mãe de José Pereira Parafita, residente em Porto Alegre.

Joaquina Torres Mosqueira, moradora.

José Alves Augusto, operário.

José Antonio Coelho Leal, comerciante.

José Antonio da Silva, proprietário do Restaurant Francez.

José Antonio Garcia, morador, vulgo Rato-branco.

José Bento de Campos, dono de uma chácara na Serra dos Tapes.

José Bonifacio da Costa, comerciante.

José Cardoso da Silva, morador.

José de Araujo Souza, engenheiro-chefe da comissão discriminadora de terras devolutas de Pelotas, Canguçu e Piratini.

José Francisco de Brito, chefe da comissão de terras.

José Joaquim Caldeira, proprietário; dono de escravos; membro do Centro Abolicionista.

José Joaquim de Paiva, empregado do comércio.

José Maria Monteiro Filho, comerciante.

José Maria Rodrigues Barcellos, antigo morador.

José Pedro Duarte, negociante.

José Pulcerio Soares, proprietário; era dono de escravos.

José Sebastião de Oliveira Horta & Josephina Alves Horta, moradores. Ela era filha de Affonso Alves.

José Segarra, Vice-cônsul da República Argentina.

José Theophilo de Souza, morador.

José Zeferino Torres, membro do Centro Abolicionista.

Junius Brutus Cassio de Almeida, tenente-coronel, proprietário. Genro do Visconde da Graça. Membro do Centro Abolicionista.

Leonardo Corli, italiano, trabalhador da estrada de ferro.

Leopoldo Joucla, membro do Centro Abolicionista. Agente consular da França.

Leopoldo Maciel (Barão de São Luiz), proprietário; membro do Centro Abolicionista.

Lucio Lopes dos Santos, membro do Centro Abolicionista

Luiz Carlos Massot, redator do periódico literário A Penna.

Luiz Maurell, proprietário; era dono de escravos.

Luiza Vaz Duarte, moradora.

Manoel Baptista Pereira, orador do clube Appolinario Porto Alegre.

Manoel da Costa Couto, português, membro da polícia particular.

Manoel de Moura, dono de uma data de mattos na Serra dos Tapes.

Manoel dos Santos Freitas, português, residente à rua General Osório, vendedor ambulante de café no Mercado Público.

Manoel Gomes de Azevedo, subdelegado do 6o. distrito.

Manoel José de Oliveira, membro do Centro Abolicionista.

Manoel Lopes de Siqueira, perito em cutelaria.

Manoel Lourenço do Nascimento, vereador.

Manoel Rôxo Junior, morador.

Manoel Soares da Silva, membro do Centro Abolicionista.

Manoel Sotero de Quevedo, capitão.

Marçal Pereira de Escobar, advogado, membro do Partido Republicano.

Marcolino Antonio dos Santos, relojoeiro.

Maria Antonia de Sá Mendes, professora da primeira cadeia mista do primeiro grau na Capela da Luz.

Maria das Dôres Machado, membro do Centro Abolicionista.

Maria das Dôres Martins, proprietária; era dona de escravos.

Maria das Dôres Santos, moradora na Costa do Pelotas.

Maria Francisca Gomes da Costa, membro do Centro Abolicionista.

Maria José Rodrigues Barcellos, moradora.

Maria Leonor de Leon, proprietária; era dona de escravos.

Maria Luiz de Souza, proprietária; era dona de escravos.

Miguel Gonçalves, morador no Passo das Pedras.

Miguel Ribas, proprietário.

Miguel Rodrigues Barcellos, médico; membro do Centro Abolicionista.

Paulino Teixeira da Costa Leite, industrialista.

Pedro de Albuquerque Gama, professor público da 4a. cadeira do sexo masculino do primeiro grau, no Monte Bonito.

Pedro de Albuquerque Pereira, proprietário de catraias no Porto; abolicionista.

Possidonio Mancio da Cunha Filho, membro do Partido Republicano; membro do Centro Abolicionista.

Protestato Barbosa, membro do Centro Abolicionista.

Ramon Trapaga, comerciante.

Rodrigo Machado Lemos, dono de uma rede de diligências que ia até Canguçu e Piratini.

Rosa Maria da Conceição, moradora.

Salvador Rodrigues de Quevedo, membro do Centro Abolicionista.

Scipião José de Souza, membro do Centro Abolicionista.

Serafim Antonio Alves, morador.

Serafim Ignacio dos Santos, morador no Monte Bonito.

Serafim José Ferreira, morador.

Severino Ribeiro, membro do Club Abolicionista.

T.A. Terkelsin, dinamarquês, marinheiro.

Thereza Canedo Martins, moradora.

Thereza Sanches, proprietária; era dona de escravos.

Thomaz Lloyds, inglês, marinheiro.

Urbano Soares da Silva, ex-subdelegado do 6o. distrito.

Vicente Cypriano da Maia, delegado de higiene pública.

Vicente Simões Lopes, morador; filho do Visconde da Graça.

Victor Gonçalves, proprietário; era dono de escravos.

Victor Torres, morador.

Visconde da Graça, proprietário; era dono de escravos. Sogro de Junius Brutus Cassio de Almeida. Membro do Centro Abolicionista.

Zeferino Castro, negro livre.

Sobrenome Picanço


"PICANÇO - Sobrenome português, primitivamente uma alcunha. É nome de uma ave europeia."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 19 de Novembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Lobato


"LOBATO - Sobrenome português. Primitivamente alcunha. É diminutivo de Lobo. Documenta-se no século XVI. Etimologicamente é o mesmo que LOBACHO, que significa 'lobinho' ou 'lobo pequeno'.

Personalidades: Baltazar Gonçalves Lobato foi escritor português, tendo vivido entre os séculos XVI e XVII, compôs a quinta e a sexta parte do Palmeirim de Inglaterra; Gervásio Lobato foi jornalista, comediógrafo e romancista português, nasceu em Lisboa em 1850 e aí morreu em 1895; José Bento Monteiro Lobato, fulgurante escritor brasileiro, que dispensa comentários."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Julho de 1993, pág. 02

Sobrenome Caxambu


"CAXAMBU - Sobrenome brasileiro toponímico. Denomina municípios, rios e morros no Brasil. Caxambu é uma espécie de batuque tocado ao tambor, cujo som os negros dançam, ou ainda, um tambor feito a partir de um pequeno barril com uma pele esticada."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 21 de Junho de 1991, pág. 03

Manoel Soares das Neves


"Registro mortuario

No Povo Novo, districto do Rio Grande, falleceu o sr. Manoel Pereira das Neves, maior de 65 annos.

O finado era antigo morador d'aquella localidade."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 15 de Outubro de 1891, pág. 01, col. 02
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