segunda-feira, 9 de março de 2020

Sobrenome Fernandes


"FERNANDES - Patronímico de Fernando. A forma FERNANDEZ é tipicamente espanhola e também muito comum. Significa 'filho de Fernando'.

Fernando vem do espanhol arcaico 'Fredenando' e significa 'audacioso, valente, destemido'.

Os Fernandes, na história de Portugal, aparecem como navegadores, descobridores, artistas, guerreiros e políticos. No Brasil, temos Pero Fernandes, que foi o primeiro bispo, erradamente apodado de Sardinha.

FERRANDO - forma variante de Fernando, aparecendo tanto como sobrenome português quanto espanhol."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 25 de Outubro de 1991, pág. 02

Sobrenome Adorno


"ADORNO. - Sobrenome de origem italiana. Significa 'adornado, ornado, belo'. É a cognomização de Adornus, nome da Idade Média, documentado por volta do século XIII. É augural. 'Uma das grandes famílias plebeias que disputavam o Governo de Gênova, do século XIV ao século XVI, dando vários Doges à República. Os Adorni, apoiados alternativamente pela França, pelos Duques de Milão e pela Espanha, lutaram principalmente contra os Fregosi, sendo definitivamente derrotados por André Doria, em 1528. Deram os Adorni a Gênova os seguintes Doges: Gabriel, de 1363 a 1371; Antoniotto (quatro vezes elevado à dignidade de doge e quatro vezes derrubado; libertou o Papa Urbano VI, sitiado em Nocera por Carlos III de Nápoles; fez uma cruzada contra os mouros de Tunis; e colocou Gênova sob a suserania do rei de França); Jorge, de 1413 a 1415; Rafael, de 1443 a 1447; Barnabé, que foi doge durante um mês em 1447; Próspero, doge e governador entre 1461 e 1478; e Antoniotto II, duas vezes doge, entre 1513 e 1527.

O ramo que se destacou de Gênova e foi para a Espanha é o de Domenico Adorno, no século XIV. Um de seus descendentes transferiu-se para Portugal. Antonio Dias Adorno foi bandeirante baiano, neto de Caramuru pelo lado materno. Pelo lado paterno, descendia dos duques de Gênova. Devassador do interior brasileiro e predador de índios."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 20 de Maio de 1990, pág. 03

A visão dos colonos alemães sobre o Brasil do século XIX


"PELO DEVER

A Deutsche Zeitung que se publica n'esta cidade inseria, no seu numero de 27 do corrente, uns versos intitulados Hymno nacional brazileiro.

Eis a sua traducção litteral, em prosa:

'Tens feijão preto e milho, tens xarque e toucinho em abundancia, tens as mais volumosas batatas, - Brazil, que queres mais?

Tens fartura de vinho nacional, fabricas de cervejas e licôres, Christoffel, Bopp, Becker, Campani - Brazil, que queres mais?

Como seriam bons os caminhos si não chovesse tanto, e no entanto são pantanos e buracos - Brazil, que queres mais?

Como formigas os trapaceiros e ladrões, isso chama-se em allemão - militares, esses devem defender a patria - Brazil, que queres mais?

Os pequenos garotos são presos, os grandes vivem ás soltas e mesmo têm títulos pomposos - Brazil, que queres mais?

Tens tres partidos, ó lastima! esses tornam-te pesada a vida, tens mesmo o Martin de prata - Brazil, que queres mais?

E dividas, e dividas, e dividas, esvasiam-se os cofres, e estando tu arruinado - Brazil, que queres mais? - Anastasius Blau.

(...)"

Fonte:  A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 30 de Agosto de 1886, pág. 02, col. 02


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