segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Luiz Baptista Gonçalves



"No dia 2 falleceu, no Rio Grande, o joven Alonso de Souza Gomes, empregado do commercio d'aquella praça.

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Em Piratiny, no 2o. districto, deu-se o passamento do tenente-coronel Luiz Baptista Gonçalves.

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Em consequencia de febre amarella morreu na capital federal o joven Octaviano de Abreu Santos, alumno da Escola Militar do Ceará e filho do sr. Virgolino José dos Santos.

(...)

Em Pelotas finou-se o prestante e estimado cidadão Francisco Eurico da Silva, socio da firma Scholberg, Jouclá & Silva, estabelecida com casa de armas n'aquella praça.

Contava 42 annos de idade, era casado e deixa numerosa prole.

- Na mesma cidade deixou de viver, aos 44 anos, o cidadão Francisco de Paula Santos, proprietario da pharmacia existente na Costa de Pelotas (Areal)."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 10 de Maio de 1894, pág. 02, col. 03

Coronel Maneca Pedroso



"Coronel Pedroso

(Do Diario Popular de Pelotas)

Na medonha hecatombe do Rio Negro, cilada covarde armada á lealdade do inclyto Izidoro, desappareceu o intemerato coronel Manoel Pedroso de Oliveira, homem generoso e de uma nobreza extraordinaria de caracter.

Como guerreiro, era temido pelos adversarios, que lhe recordavam o nome assombrados e tremulos, e era o idolo de seus soldados, que o acompanhavam confiantes nas mais temerarias emprezas.

Esta phrase que irrompia do peito de seus concidadãos era o seu mais brilhante padrão de gloria:

'Maneca Pedroso é a alma da campanha do Sul...'

E realmente era: um gesto seu reunia massas compactas de soldados destemidos; um grito de guerra que seus labios proferissem era o signal certo da derrota do inimigo.

Tal era o poder d'aquella voz electrisadora, que dava animo aos soldados e os conduzia á victoria.

Os inimigos traidores viam de longe o prestigio enorme que aureolava a figura altiva do gigante da nossa campanha e encolhiam-se assustados, tremendo, nos seus ninhos de abutres, sem coragem de atacal-o siquer.

Até Gomercindo Saraiva, o torvo assassino de Curral de Arroios, o ousado chefe da malta de degolladores que infestou este Estado, quando ouvia fallar no grande gaúcho de Piratiny, mudava de conversa, dizendo que seu desejo era nunca se encontrar com esse republicano.

O chacal tinha mêdo do leão."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 13 de Março de 1894, pág. 01, col. 02
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