"De Fernando de Noronha escreveram ao Diario de Pernambuco:
Em 29 de julho, ás 9 1/2 horas da noite, um grupo de sentenciados, considerados incorrigiveis e intrigados com todas, assassinou o galé perpetuo (escravo) Josias, que era tido aqui por um dos mais terriveis.
O exm. sr. director providenciou como o caso exigia, sem que comtudo pudesse verificar qual o responsavel pelo assassinato.
A 19 de agosto, o mesmo grupo, não satisfeito ainda d'aquelle acto de barbarismo, pelo qual já havia soffrido castigo aconselhado em taes emergencias, assassinou igualmente aos sentenciados Miguel Barbosa e Joaquim Muniz Falcão, conhecido por Munbebo, e praticou muitos outros ferimentos.
Esses tres delictos com todas as suas circumstancias aggravantes, deram causa a haver aqui um certo panico, tanto mais se dizia que outros crimes seriam commettidos. Resultou d'isto conservarem-se os animos em geral sempre em apprehensões atterradoras."
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 28 de Setembro de 1885, pág. 02, col. 02