terça-feira, 21 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 13


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

241. Bosch

A primeira linhagem tem origem em Guillermo del Bosch, procedente do campo de Urgel, na Catalunha.

242. Bosch

A segunda linhagem tem origem em Pedro de Bosch, procedente de Oloron, na Aquitânia, França.

243. Bosco

A linhagem tem origem no borgonhês Bernardo del Bosco, que veio à Espanha no comando de um esquadrão de cavalaria.

244. Bou

A linhagem começa com Estéban de Bou, procedente de Urgel, na Catalunha.

245. Brihuega

A linhagem tem origem em Jaime Brihuega, natural de Daroca, município em Aragão.

246. Briones

A linhagem principia-se com Jaime Briones, procedente de uma nobre família da Inglaterra.

247. Brusca

A linhagem começa com Jaime Brusca, da Catalunha, que participou das campanhas militares de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

248. Borgoñon

A linhagem tem origem em Pedro Borgoñon, natural da Bretanha, noroeste da França. Variante: Burgunyó.

249. Cabanilles

A linhagem começa com Pedro Cabanilles, descendente de uma família nobre da França, estabeleceu-se na Catalunha no século XII.

250. Cabestañ

A linhagem tem origem em Pedro Cabestañ, procedente do Condado de Roussillon, na França, que combateu nas guerras de Reconquista de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Variantes: Cabestany, Cabestane, Cabestán.

251. Cadell

A linhagem inicia-se com Juan Cadell, oriundo da Sardenha, que estabeleceu-se na Catalunha durante o período da Reconquista Ibérica.

252. Caixal ou Cachal

A linhagem remete a Lope de Caixal, cavaleiro da corte de Ramiro I de Aragão (reinado de 1035 a 1063).

253. Calatayud

A linhagem inicia-se com uma família procedente de Calatayud, província de Zaragoza, em Aragão, que tomou parte ativa nas campanhas militares de Jaime I (reinado de 1213 a 1276). Por serviços prestados, receberam títulos e terras.

254. Calatayud ou Zapata de Calatayud

A segunda linhagem tem origem em Jaime Zapata de Calatayud, também outro cavaleiro da época de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

255. Caldés

A linhagem tem origem em Pedro Caldés, natural de Caldes d'Estrac, hoje Caldetas ou Caldas de Estrach, na Catalunha, que participou das campanhas de Reconquista do rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Foi capitão da infantaria aragonesa e tomou parte na conquista de Valência.

256. Camacho

A linhagem inicia-se com Juan Camacho, fidalgo do rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

257. Campos

A linhagem tem origem no Infanção Alonso Campos, procedente de Bilbao, que serviu nas guerras de Reconquista de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

258. Maestre

A linhagem se origina de um grão-mestre de bosques e águas, antiga função administrativa da Coroa da França, que passou a Portugal no ano de 1575 e que se chamava Pierre. Em Portugal, Pierre casou-se com uma nobre dama da casa de Galeote, e incorporou ao sobrenome a forma como era conhecido em terras lusitanas: Maestre. Daí começa a linhagem portuguesa do sobrenome, sendo que, mais tarde, uma importante ramal espanhola vai começar a se desenvolver a partir de 1715, com Anselmo de Maestre y Doncel, na vila castelhano-leonesa de Puebla de Sanabria.

259. Doncel

Doncel é um antigo título das monarquias ibéricas setentrionais, particularmente a de Castela, ocupado provisoriamente por jovens de famílias nobres que não eram ainda cavaleiros armados e que serviam como pajens de um rei ou infante real. 

No caso da linhagem com este nome, o primeiro a usar esta alcunha foi Anton Diaz, doncel de Toda Perez de Azagra, esposa de Lope Díaz II de Haro, senhor de Biscaia entre 1214 e 1236.

260. Hita

A linhagem está relacionada à vila (atualmente município) de Hita, que fazia parte da diocese de Toledo, hoje parte da província de Guadalajara, em Castela-La Mancha. O primeiro a usar este sobrenome foi Martín de Hita, rico-homem da corte de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Uma das ramais da linhagem estabeleceu na vila de Santorcaz, próximo a Madrid.



Sobrenome Monteiro


"MONTEIRO - Sobrenome português metanímico. Significa 'caçador dos montes', guarda da mata; coiteiro, oficial da casa real que governa as coutadas e dirige as caçadas reais. Tiveram a Dom Fernão Rodrigues Monteiro, mestre da cavalaria de Avis, em tempos dos reis Dom Sancho I, Dom Afonso II e Dom Sancho II."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Garcia


"GARCIA - Sobrenome de origem ibérica. Há várias hipóteses para a sua origem: alguns defendem que venha de 'harsea', que significa urso e foi usado como primeiro nome masculino; outros o vinculam a 'garçon' - termo francês para homem jovem (no contexto do recrutamento militar e experiência em guerras). Pode ainda ter correspondência com o vocábulo basco 'gartzi-ia', que significa 'penhascal alto e empinado'.

Foi nome de reis na Idade Média. Garcia chamou-se o primeiro rei de Leão, morto em 914. Garcia I foi rei de Navarra, falecido em 891."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 09 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Almada


"ALMADA. - Toponímico. Do árabe al-madana (a mina de ouro ou prata). Também existe a variante espanhola Almadén. O sobrenome está vinculado a um capitão inglês que, no século XI, participou do cerco de Lisboa, sob as ordens do fundador da Nação Portuguesa, o Rei D. Afonso Henriques. O sobrenome foi tomado da Vila de Almada, onde se radicou. A fundação da vila é de data desconhecida, acreditando-se que tenha sido obra dos cruzados.

É nome de localidade em São Paulo.

D. Antão Vaz de Almada foi fidalgo português, em cuja casa se conspirou para a independência de 1640."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 03 de Junho de 1990, pág. 03

A morte de Silva Jardim


"A morte de Silva Jardim

Conta a Gazeta de Noticias:

'Chegou a Paris, na manhã de 3 do corrente, o sr. Joaquim Carneiro de Mendonça, cavalheiro muito conhecido e estimado na sociedade fluminense, e que era o companheiro de Silva Jardim na excursão ao Vesuvio, no dia 1, em que este ultimo foi tragado pela cratéra em plena erupção.

O sr. Mendonça tinha estado pouco tempo antes no norte da Italia com Silva Jardim, que deixou em Milão, voltando para Paris, onde está sua familia; mas, cedendo a instancias d'aquelle, prometteu-lhe voltar e ir ter com elle á Roma, de onde seguiram para Napoles.

Ahi, Silva Jardim propoz a excursão ao Vesuvio, apezar dos conselhos dos amigos, que diziam a occasião menos propria, por ter estado o vulcão ultimamente em grande ebulição, produzindo tremores de terra, que se têm propagado a grandes distancias; mas, Jardim a nada attendeu: queria ir e foi. O sr. Mendonça acompanhou-a a contragosto. Estiveram primeiro em Pompeia, que visitaram minuciosamente; depois subiram, parte a cavallo, parte a pé, sem se servirem do caminho de ferro funicular. A excursão durou mais de tres horas, e eram sete da noite quando chegaram ao alto, acompanhados por um guia.

O sólo era movediço; parte, areias em que o pé afundava: parte, rocha abalada. Jardim avançava sempre, apezar de ver a delicadez da situação.

- Comprehendo agora, dizia elle, a morte de Plinio. Aqui, si nos falha o terreno, não ha para onde fugir.

Espessas nuvens de fumaça sulfurosa envolviam-nos. De repente uma grande facha de terreno, á beira da cratéra, abateu, levando para o abysmo o pobre Silva Jardim, victima de sua temeraria curiosidade; a parte contigua rachou e o sr. Mendonça caiu, mas não bastante fundo que não podesse em um supremo esforço içar-se, no que foi auxiliado pelo guia que, achando-se além do ponto em que Silva Jardim caira, deu volta a correr, para salvar-se. Poucos passos tinha dado o sr. Mendonça, quando a facha de terreno em que elle se achára abateu de todo. Este cavalheiro teve uma das mãos bastante queimada.

Na data a que nos referimos (3 de julho), a viuva de Silva Jardim ainda não tinha noticia do triste fim de seu marido. A virtuosa senhora tinha ficado em Villers-sur-mer, e era esperada em Pariz a 5."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 04 de Agosto de 1891, pág. 01, col. 02
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