quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Exposição "Objetos-tempo: a memória que as coisas têm"


Exposição gratuita no espaço do Casarão 02 da Secretaria de Cultura de Pelotas, entre o dia 03 de Outubro, a partir das 16 horas, até o dia 08 de Outubro. 

Eu particularmente sou fascinado por esta vertente de memória, que entre colegas pesquisadores comenta-se  humoristicamente "quinquilharias". Pois são as ditas quinquilharias que possuem muita história para contar.

Segue abaixo a descrição do evento:

Os objetos são capazes de auxiliar na evocação das lembranças porque testemunham uma vida compartilhada, ou, no mínimo, agem como índices de eventos do passado. Nesse sentido, podem ser entendidos como “objetostempo”.

O Museu das Coisas Banais (MCB), projeto de pesquisa extensão do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas se propõe a preservar a memória vinculada aos objetos ordinários, de valor afetivo, e o projeto de extensão: “Narrativas Afetivas e Objetos Biográficos no Asylo de Mendigos de Pelotas”, vinculado ao MCB tem como objetivo promover uma ação de inclusão social que, ao valorizar a experiência e a narrativa de idosos asilados, possibilite novas reflexões sobre cultura material, memória e fases de vida.

No caso das instituições de longa permanência para idosos, os asilos, percebemos que os objetos indicam uma estreita ligação entre memória identidade e resistência no tempo. Sejam eles objetos institucionais (refratários ao tempo), objetos que se tornam relicários (como as fotografias), objetos ausentes (que ficaram no passado e, no entanto, seguem agindo como
suportes de memória), objetos de resistência (como as chaves carregadas no pescoço que garantem um espaço íntimo, mínimo, em espaço compartilhado), os objetos-tempo (constituídos do fazer manual e do modo de passar os dias).

Assim, a exposição Objetos-tempo: A Memória Que As Coisas Têm pretende recriar alguns ambientes internos que identificam os nossos interlocutores asilados. As intervenções compõem uma instalação no espaço do Casarão 2, da Secretaria de Cultura de Pelotas onde apresentamos como tema da exposição a memória e identidade de idosos que residem em instituições de longa permanência através de suas relações entre objetos, tempo e memória.

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