terça-feira, 16 de novembro de 2021

Palestinos na cidade de Pelotas

 



Os árabes palestinos vieram para a região sul do estado do Rio Grande do Sul principalmente após a criação do Estado de Israel (1948), sobretudo por causa dos conflitos que marcaram o século XX entre esse povo e os israelenses. A maior concentração dos palestinos no estado é o município fronteiriço do Chuí, mas também são importantes as comunidades palestinas de Santa Vitória do Palmar, Bagé, Uruguaiana, Santana do Livramento, Jaguarão, Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas.

            Em Pelotas, os palestinos se ocuparam principalmente em atividades comerciais, nomeadamente em lojas de roupas e calçados. Isso pode ser percebido em vários empreendimentos deles na região do Mercado Público e do Calçadão da rua Andrade Neves. Apesar disso, muitos filhos e descendentes receberam educação formal distinta, atuando na área da educação superior, em restaurantes ou como profissionais liberais. O professor Jabr Omar foi um dos pioneiros da criação da Faculdade de Economia da Universidade Católica de Pelotas, por exemplo.

            Atualmente, a presença palestina em Pelotas é percebida pelo crescimento da comunidade muçulmana na cidade, incrementada pela recente chegada de muitos migrantes senegaleses que compartilham a mesma fé. A Mesquita Islâmica de Pelotas está situada à Rua Marechal Deodoro 523, na zona central.

            A presença palestina em Pelotas também é rememorada pela Praça Palestina – área verde localizada no quadrilátero formado pelas ruas Cassiano do Nascimento, Voluntários da Pátria, Bento Martins e Álvaro Chaves – assim denominada pela lei municipal 4829 de 2002.


Fontes:

CALAZANS, Márcia Esteves de & PIÑEIRO, Emilia da Silva. A migração de mulheres palestinas para a fronteira sul do Brasil. In: VII Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade, Rio Grande/RS, FURG, set. 2018, comunicação.

JARDIM, Denise Fagundes. Famílias palestinas no extremo sul do Brasil e na diáspora: experiências identitárias e aduaneiras. In: Cadernos Pagu, Porto Alegre/RS, UFRGS, n. 29, jul.-dez. 2007, pág 193-225.

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