Papa Francisco I, Jorge Mario Bergoglio |
Victor José Bergolio, italiano radicado na Argentina, mudou-se para Pelotas na década de 1930, para trabalhar na Compañia Americana de Construcciones y Pavimentos, S.A., que explorou as pedreiras do Cerro do Estado, em Capão do Leão, entre os anos de 1926 e 1939. A companhia produzia pedras para os Molhes da Barra do Rio Grande, bem como para a manutenção do porto daquela cidade. Além disso, a companhia produzia paralelepípedos e artigos de pedra de granito para calçamento e obras de viação pública que eram exportados para todo o Estado, bem como para os países do Prata (Uruguay e Argentina). Aliás, o que pude constatar que Victor Bergoglio, por meio dos estatutos da dita companhia, era um dos acionistas de mesma e, é bem possível, que tenha vindo para o Brasil na condição de diretor.
Já desligado da Compañia Americana, que encerrara suas atividades, sabedor das ricas reservas de granito existente em Capão do Leão, Bergoglio juntamente com o também italiano radicado em Pelotas, Francisco Caruccio, fundou a Companhia Bergoglio & Caruccio S/A em 1942. A companhia dos dois italianos explorou a pedra existente no Cerro das Almas durante a década de 1940 até aproximadamente o ano de 1955. No seu auge, a companhia chegou a ter cerca de 300 funcionários e vendia pedras e artigos de granito para várias cidades do Rio Grande do Sul em obras de calçamento. Dizia-se que o rústico Cerro das Almas daquela época parecia uma "cidade" e "caminhões e mais caminhões cortavam as estradas de terra todos os dias, num ruído ensurdecedor".
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Reportagem da Zero Hora
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