Da villa do Herval communicam ao Correio Mercantil, em data de 12:
'Hontem, 11, ás 8 horas da manhã, mais ou menos, a uma legua distante da villa do Herval, foi assassinado o subdito portuguez Antonio Pinheiro, pelo individuo Manoel Cisino da Silva.
Assassino e assassinado são casados, e perto ou diante mesmo da mulher de Pinheiro, com quem Cisino entretinha relações illicitas, ha muitos annos, e por quem já ha muito abandonou a propria mulher, foi o pobre Pinheiro mortalmente ferido com um balaço, que encontrou-lhe n'um olho e saiu-lhe na nuca, e outro na virilha, tambem mortal.
O subdelegado de policia, Amaro da Silveira Freitas, mandou sepultar no cemiterio da villa do Herval o infeliz assassinado, que era um cidadão morigerado e trabalhador, e fez conduzir detida para a mesma villa a malvada adultera, que, pela fórma por que pronunciou se diante do cadaver do marido, é certo participar do horroroso crime.
A propria mulher de Pinheiro declarou que Cisino matou-lhe o marido por esse bobo ter vindo d'onde não devia, alludindo á viagem que fez Pinheiro de Bagé para o Herval."
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 22 de Março de 1892, pág. 02, col. 02
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