sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Irlandeses


Trechos extraídos de: GRANDO, Marinês Zandavalli. A Colonização Européia Não Portuguesa no Município de Pelotas. In: Ensaios FEE, Porto Alegre, número 5, volume 2, 1984, p. 47-55.

“Em 1849, formou-se a Associação Auxiliadora da Colonização para a criação da colônia D. Pedro II em terras de um de seus acionistas (Antônio Rafael dos Anjos), localizadas na estrada que da sede de Pelotas ia para o distrito de Capão do Leão. Compunha-se de 48 lotes que foram entregues a um número aproximado de 300 colonos irlandeses, chegados de Liverpool. Pouco depois, essa sociedade forneceu terras a ingleses para que se estabelecessem com recursos próprios. Nesse aspecto, a sociedade foi inovadora, pois, até então, toda a colonização do Rio Grande do Sul vinha sendo feita unicamente com imigrantes alemães.
(...)
Em 1859, o relatório do presidente da Província dizia que era ‘pouco lisonjeiro’ o estado da colônia D. Pedro II (Relatório..., p. 49). A população achava-se reduzida a 16 famílias (96 pessoas), tendo muitos imigrado para Montevidéu e Buenos Aires e alguns, para as cidades mais próximas (Pelotas e Jaguarão).
Dados de 1867 (Relatório..., 1867, p. 9-10) informam que da colônia de Monte Bonito nada mais havia e da colônia de D. Pedro II restavam poucas famílias irlandesas, ocupadas com a lavoura e o fabrico de manteiga. O desaparecimento dessas duas colônias foi atribuído ao fato de os imigrantes serem mais artífices do que agricultores”. (p. 48-49)

“Em 1884, a Southern Brazilian Rio Grande do Sul Company inaugurou a linha férrea de Rio Grande a Bagé, em cuja estação de Capão do Leão (Pelotas) eram embarcados os produtos coloniais para Rio Grande e Pelotas. As colônias distavam em média, 50 a 60 km dessa via férrea”. (p. 52)

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