segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Sobrenome Cuéllar


"Antigo sobrenome castelhano, originário da vila de Cuéllar, sede do distrito judicial de mesmo nome, na província de Segóvia. É um toponímico.

Em Aragão, se tem notícias de pessoas com este nome de família na cidade de Zaragoza, com escudo de armas próprios, denotando por isso uma linhagem distinta, desde o ano de 1758, quando Juan de Cuéllar provou a condição de Infanção perante a Real Audiência de Aragão. A esta mesma casa pertenceram os irmãos Joaquín e Juan Cuéllar, importantes personalidades de Zaragoza no século XIX.

Outro solar importante dos Cuéllar existiu na província de Huesca, na vila de Urles. Deste ramal foi natural o monge beneditino Marcos Benito Cuéllar, doutor em Teologia pela Universidade de Zaragoza, e que obteve cátedras em Filosofia e Teologia. Foi vigário e visitador da Ordem de San Juan de la Peña.

Etimologicamente, Cuéllar provém, segundo Roberto Faure, do latim cochlear, que significa 'colher', portanto por extensão 'lugar côncavo', 'bacia'."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.


Sobrenome Dolz


"Segundo os genealogistas e heraldistas García Carraffa, o sobrenome Dolz é documentado em Aragão com bastante antiguidade, com duas importantes casas solares, uma na vila de Allepuz, outra em Teruel. Sabe-se que destes dois primitivos solares surgiram ramais que passaram a Málaga, Cerdeña, Valência, Madrid e La Habana.

Já o tratadista Bizén d'O Río Martínez também cita casas solares com este sobrenome nas localidades de Albarracín, Cedrillas, Castellar e Montalbán.

Da linhagem de Albarracín, foram cavaleiros infanções Pedro Jerónimo Dolz Arnal e Juan Casimiro Dolz de Espejo, conforme o Arquivo Genealógico-Nobiliário de Zaragoza.

A origem etimológica do sobrenome é metanímica, pois o vocábulo 'dolz' é encontrado em alguns falares do leste da Espanha e significa 'doce, dócil, suave'. Provém do latim 'dulcis', conforme os estudos de Gutierre Tibón.

Vale ressaltar que Dolz também é um sobrenome alemão, porém com origem etimológica completamente distinta e sem relação nenhuma com as famílias ibéricas."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Bueno


"Há inúmeras casas solares em toda a Espanha com este sobrenome, dado ser um adjetivo que significa 'bom' - epíteto oferecido a alguém que se destacou justamente por suas qualidades morais ou mesmo militares.

Uma das mais antigas casas, entretanto, que se tem notícia com este nome de família se encontra historicamente na localidade de Montañas de Jaca, na província de Huesca. Os membros desta linhagem foram continuamente Infanções do reino de Aragão, através dos tempos. Deste ramal se destacaram Juan Bueno, residente em Acumer, no distrito judicial de Jaca, que adquiriu a fidalguia em 1582. Também da mesma parentela, houve Mosén Juan Bueno, deputado dos cavaleiros de Aragão em 1576.

Segundo o antigo cronista ibérico Hita, vários membros da família Bueno da linhagem aragonesa, participaram ativamente da conquista de Valência no século XIII, como vassalos do rei Jaime I de Aragão.

Outro destacado membro da família foi o Frei Pablo Beuno, religioso da Ordem dos Trinitários Descalços, que foi, no século XVII, ministro conventual de Mallorca, Xátiva e, por último, de Valência. Também deixou inúmeras obras religiosas importantes.

Além dos Bueno de Jaca, em Aragão houve ainda importantes linhagens em Zaragoza, Gallur e Huesca.

O sobrenome Bueno é relativamente abundante na América Latina, principalmente Chile, Honduras, Colômbia e Venezuela."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Buisán


"Antigo sobrenome de origem aragonesa, sendo diretamente relacionado à localidade de Buisán, ao pé dos Pirineus, na província de Huesca.

Os primeiros ramais deste nome de família passaram a várias localidades das províncias aragonesas de Huesca e Zaragoza, passando mais tarde a Navarra, País Basco, Catalunha, Castela, Levante e Andaluzia.

As linhagens castelhanas tiveram uma antiga casa solar na cidade de Segóvia, desde meados do século XVI, da qual fizeram parte os cavaleiros Juan, Bautista, Bernardino, Antonio e Alonso de Buisán Basurto, que adquiriram em conjunto Real Provisão de Fidalguia perante a Chancelaria de Valladolid, em 1573.

Também adquiriu fidalguia junto a mesma chancelaria, o cavaleiro segoviano Mariano de Buisán, pertencente a outra vertente da família.

Já no século XX, temos Mario Buisán Bernad, natural de Zaragoza, nascido em 1927, que foi doutor em Direito, Secretário do Supremo Tribunal da Espanha e condecorado com a Cruz de primeira classe da Ordem de San Raimundo de Peñafort.

Os Buisán também formaram uma família de destaque na Colômbia."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Cabello


"Sobrenome metanímico que remete diretamente ao fato de alguém ser cabeludo ou se destacar por seu cabelo. Ironicamente, a própria Onomástica reconhece que a alcunha possa também ter sido atribuída a pessoas calvas.

O mais antigo solar historicamente detectado deste sobrenome se encontra na vila de Espinosa de los Monteros, na província de Burgos. Vários membros desta linhagem se destacaram no serviço de vários reis da península, especialmente na conquista da Andaluzia. Ramais deste solar se estenderam posteriormente às províncias de Santander, Valladolid, Salamanca, Madrid e outras.

Outro solar importante existiu nas montanhas do antigo reino de León. Aparentemente não é originário da mesma linhagem de Espinosa de los Monteros, porém posterior. Deste solar, houve ramificações importantes na província de Córdoba, principalmente nos povoados de La Rambla e Fernán Núñez. 

Também em Zaragoza, houve uma linhagem aragonesa distinta com este sobrenome.

Sem determinar-se sua origem topográfica, sabe-se que houve uma família Cabello que se destacou no serviço da Marinha Espanhola na época da colonização latino-americana."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

domingo, 25 de agosto de 2019

Histórico do Município de Nova Bassano/RS


"O município de Nova Bassano, denominou-se primeiramente, Bassano Del Grappa, em homenagem aos imigrantes italianos oriundos de Bassano-Norte da Itália-Província de Vicenza.

O povoado surgiu em 1891, com a colonização italiana em terras do estado. Até aquela data a região era habitada pelos índios Coroados que aos poucos foram se afastando do local. Os primeiros desbravadores, imigrantes, eram todos italianos, constituindo um grupo de 30 famílias. Antes de chegarem ao local, permaneceram uma temporada em Veranópolis. Após acamparem em um barracão construído a mando do governador, construído junto ao Arroio Santo Atanásio. Permaneceram ali, um ano, até que suas moradias fossem levantadas no local da atual cidade. Cada família recebeu 302.500 m2 de terras. Na época o loteamento pertencia ao município de Lagoa Vermelha. Em 15 de janeiro de 1898, Alfredo Chaves, hoje Veranópolis e Nova Bassano ficava como seu 2o. Distrito. Com o desenvolvimento do então distrito, foi criada uma comissão solicitando sua independência politica. Assim, em 23 de maio de 1964, pela Lei no 4.730, assinada pelo Governador Dr. Ildo Meneghetti, Nova Bassano passou a existir como município. A primeira eleição municipal foi realizada em 10 de janeiro de 1965, sendo escolhido o 1o. prefeito, o Sr. Felisberto Antonio Dalla Costa.

(...)

Atualmente a indústria metalúrgica é a maior geradora do desenvolvimento sócio-econômico de Nova Bassano. Na agroindústria há grandes plantações de hortigranjeiros, destacando-se a cultura do tomate, por isso é considerada a Capital do tomate.

O setor comercial da cidade possui um plantel diversificado de estabelecimentos."

Fonte: ATLÂNTICO (RS), 16 de Novembro de 1998, pág. 07


sábado, 24 de agosto de 2019

Colônia Dona Isabel em 1883


"D. Isabel

Esta colonia fundada pelo governo provincial em 1870 e transferida ao dominio do Estado em 1876, demora á margem da estrada que se dirige de S. João do Monte Negro para os preconisados campos da Vaccaria. É dividida em dous territorios com a área total de 43.663 hectares. O sólo é em geral montanhoso, sendo variavel de 700 a 900 metros a altitude acima do nivel do mar, e muito fertil. O clima é excellente e excepcionaos as condições de salubridade. É banhada por numerosos cursos d'agua e tem por principaes centros de permuta S. João de Monte Negro e S. Sebastião do Cahy.

Sua população era em 1883 composta de

Italianos..... 6.495
Brazileiros..... 1.040
Austriacos..... 800
Francezes..... 2
Portuguez..... 1
Hungaro..... 1

Total 8.339

A producção foi em 1883 a seguinte:

Trigo..... 1.444.800 litros
Centeio..... 1.384.000 litros
Feijão..... 1.736.400 litros
Milho..... 3.017.000 litros
Arroz..... 44.000 litros
Cevada..... 374.800 litros
Vinho..... 4.936.000 litros

além de muitos outros productos que não poderam ser classificados, como tabaco, amendoim, favas, aveia, linho, cana de assucar, batatas, e seda cuja industria se está desenvolvendo de uma maneira lisongeira.

Existem na séde da colonia e em varias linhas fabricas de farinha de trigo, de cerveja, licôres e vinhos, de fiação e tecelagem de linho e seda, ferrarias, carpintarias, marcenerias, alfaiatarias, sapatarias, pharmacias, hoteis, etc.

Na séde existem duas casas de pedra e duas de madeira, pertencentes ao Estado, igreja construida de pedra, cemiterio, escolas, 53 casas particulares, das quaes 36 de madeira, 12 de pedra e cinco de tijolo. Nas diversas linhas existem varias igrejas, escolas e 1.693 casas, das quaes 1.426 de madeira, 150 de pedra, e 27 de tijolo, achando-se outras em construcção.

Ha boas estradas, que ligam a colonia com as povoações de S. João de Montenegro e S. Sebastião do Cahy e com a colonia Conde d'Eu."

Fonte: A IMMIGRAÇÃO: ORGÃO DA SOCIEDADE CENTRAL DE IMIGRAÇÃO (Rio de Janeiro/RJ), boletim 006, out. 1884, pág. 05, col. 01



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