sexta-feira, 10 de maio de 2019

Histórico do Município de Portão/RS


"Portão, teve origem europeia. Imigrantes que começaram a se fixar nas terras em meados do século XVIII, a fim de torná-las produtivas, através da criação de gado, cultivo de árvores frutíferas e outros produtos. Nesta época foram dados nomes aos locais, sendo que Portão, originou-se devido a um portão que dividia as terras e servia de passagem para o gado e para as pessoas que desejavam ir de São Leopoldo a São Sebastião do Caí.

Atualmente Portão possui em torno de 25.000 habitantes e o número de eleitores é de 14.397 votantes.

O município comemorou sua emancipação na data de 9 de outubro de 1963. O atual prefeito chama-se Carlos Roberto Ruthner e exerce a 8a. legislatura, que compreende de 01 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000.

A distância do município até a capital do Estado é de 43 km. Portão integra a região metropolitana do Vale dos Sinos e Grande Porto Alegre. O município é cortado pela rodovia RS 240. Possui linhas intermunicipais regulares e urbanas.

(...)

Os três maiores setores produtivos de Portão são: Calçados, Couro, Química, sendo que também se destacam as floriculturas, artesanato em cerâmica, madeireiras, borracharias e mecânicas.

Na pecuária predomina a criação de bovinos, suínos, ovinos e aves. Na produção agrícola destaca-se a cultura de acácia negra. Na citricultura engloba a produção de laranjas, bergamotas e limões. Na olericultura engloba diversas culturas como: melancia, melão, pepino, feijão, hortifrutigranjeiros em geral."

Fonte: ATLÂNTICO (RS), 07 de Dezembro de 1998, pág. 03

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Comemorações de Carnaval no Rio Grande do Sul - 1881


"Aproximam-se os trez dias mais foliões dos nossos 365 annuaes, pondo de parte o bissexto, que não passa de <<um boi corneta>> na familia. Dizem que o Carnaval é o tempo da loucura; seja. Eu por mim quero ser louco, ao menos uma vez por anno, principalmente tendo um diabinho que me tente, uma nympha, uma nayade, uma ondina que mergulhe commigo no mar delicioso dos prazeres de Mômo.

Enquanto espera-se pela festinha predilecta, joga-se entrudo, bisnaga-se as moças. Aqui é que está o melhor.

Segue-se ao esguicho uns gritosinhos, uns risinhos, umas corridinhas, uns apertinhos e até, devo dizel-o? uns beijinhos furtivos, rapidos, que abrigam a gente a deixar-se molhar deliciosamente. Ó bisnaga divina, ego te baptiso com os nomes mais doces que possas encontrar no diccionario de Cupido."

Fonte: O LÁBARO (Porto Alegre/RS), 20 de Fevereiro de 1881, pág. 04, col. 02

"NOTAS CARNAVALESCAS

Mortus est! - O promettido é... - Confronto - É o que pensamos - Passeio de gala - A Cesar o que é de Cesar - Baile da Esmeralda - Saudações.

Foi-se o carnaval! A cidade voltou novamente á sua habitual indolencia, como a cocotte preguiçosa e descuidada, que folheia as paginas de um livro de poesias lyricas, adubadas com phrases picantes.

Não mais se ouve os rufos infernaes do Zé Pereira, os guizos tradiccionaes dos arlequins e tudo o mais que constitue a orchestra galhofeira do deus Mômo.

As bisnagas recolheram-se aos bastidores, como uma artista que acaba de ser pateada. Esconderam-se as mascaras de papelão; fecharam-se os boudoirs carnavalescos e o Petit Louvre e La confiance suspenderam os annuncios de <<objectos proprios para o carnaval...>>

As ruas já não se alagam com o perfumoso liquido que escorre das fontes aquaticas, na phrase do nosso digno Paciencia, que sabe vibrar terrivel e sarcasticamente o bisturi da satyra!

Felizmente tudo acabou. Bemdicta seja a santa paz que vamos gosar.

✤✤✤✤✤

Estamos empenhados n'uma descripção por demais fastidiosa, por já ter sido offerecida ao publico pelos jornaes diarios. Entretanto, para cumprir a nossa promessa, descreveremos ligeiramente as festas do ultimo carnaval, que em nada desmereceram das anteriores.

No primeiro dia appareceram as duas sociedades Esmeralda e Venezianos representando diversas criticas, entre as quaes sobresahiam a do Leiloeiro, Primor da arte, Questões phylosophicas, Artigo oitavo e Os tres engeitados. Sem fazermos côro com a Imprensa, que censura energicamente o alarde que fizeram da critica á pressão do ar, deffendendo o laborioso artista e os incautos accionistas, concordamos, entretanto em estigmatisar a parcialidade com que as duas sociedades deixaram de fazer allusão á escandalosa proposta dos esgotos.

O Zé Pereira não é candidato á Assembléa nem pretende cadeira alguma no senado. É simplesmente um typo folião e galhofeiro, que sabe rufar estrepitosamente. Portanto, fóra a politica e viva o carnaval.

✤✤✤✤✤

N'este dia, coube aos Esmeraldinos a victoria, não só pelo brilhante prestito que apresentaram, como tambem porque as suas criticas eram finas e jocosas. Não podemos dizer o mesmo dos Venezianos, que apresentaram criticas atrevidas e offensivas á moral publica, levando a audacia ao ponto de destribuirem avulsos manuscriptos, naturalmente porque as typographias negaram-se a imprimil-os.

No prestito da Esmeralda notavam-se diversos carros preparados com gosto e elegancia, dos quaes especialisaremos a soberba aguia em cujo dorso, sentava-se garbosamente a gentil rainha, o carro das flores, o elephante, o carangueijo, a rosa, o lyrio e o cavallo, que ia montado por um elegante cavalleiro da idade média, e o castello.

N'essa mesma noite, além de outras diversões, houve baile á phantasia no Theatro de Variedades, continuando nas duas noites seguintes.

✤✤✤✤✤

Na segunda-feira, o que houve de mais notavel, foram os ridiculos esguichos da indecorosa bisnaga, que em nossa opinião, devia ser prohibida pelas posturas da Camara Municipal, que não previo esta terrivel invasão. Cumpram o seu dever, senhores vereadores e não consintam, para o anno, que os nossos collarinhos sejam attacados por esse terrivel inimigo dos nossos quarenta réis.

Perdõem-nos as mocinhas nervosas e provocadoras, se tentamos tornar vulneravel o seu Achylles de chumbo!

✤✤✤✤✤

Chegamos ao bom, ao magnifico, ao surprehendente. Façamos isto no estyllo das phantasias choramigas dos bardos sentimentaes. Attenção, sóbe o panno.

Eram quatro horas da tarde de 1o. de Março do corrente anno de Christo. Um sol abrasador cahia perpendicularmente sobre a cabeça da immensa multidão que se aglomerava nas ruas e nas praças, ornadas magestosamente, como para receber o nosso perpetuo e real deffensor.

Os phantaziados das duas sociedades crusavam as ruas em direcção aos respectivos pontos de reunião. O primeiro prestito que vimos foi o da Esmeralda, em que figuravam, além dos carros em que já fallamos, mais dois dignos de menção, o throno em que sentavam-se uma linda jovem e tres elegantes moços, vestidos com muito gosto e o chalet, que conduzia tres fidalgos do reinado dos Luizes em França.

Seguia-se uma fila de mais de vinte carros, ornados com gosto, conduzindo gentis donzellas e elegantes mancebos, em trajes de phantasia, que disputavam-se a primasia dos lindos costumes de epochas remotas.

✤✤✤✤✤

Entre os Venezianos notavam-se igualmente bellos phantasiados e um numero maior de carros, devido ao concurso da sociedade Ensaios de Dansa e um esquadrão, que na maior totalidade, compunha-se de phosporos.

D'este modo não admira não admira o triumpho. Entretanto, merecem especial menção a linda gondola, o carro da gentil rainha, o camello e o vulcão, que produziam um bonito effeito, principalmente os dois primeiros, que foram classificados os melhores do passado carnaval.

✤✤✤✤✤

Na noite dessa dia, a Esmeralda effectuou o seu baile de gala, com a pompa e brilhantismo dos annos anteriores.

A decoração do salão, se não rivalisava em riqueza com a dos Venezianos era ao menos digna de ser vista, pelo bom gosto e elegancia com que foi feita, no curto espaço de dois dias.

Não cabe aqui uma descripção minuciosa desta festa, onde reinou sempre o maior enthusiasmo e animação; apenas diremos que o numero de phantasiados subiu a duzentos.

No sabbado seguinte, realisou-se o baile que a mesma sociedade costume offerecer á rainha, procedendo-se antes á eleição da directoria que tem de servir no anno de 1882.

Pedem-nos para felicitar a linda jovem de cabellos louros, clara, olhos azues, que vestia de côr de havana, pelo brilhante sequito de abelhas que zumbiam aos seus ouvidos palavrinhas de mel. V. Exa. é esmeraldina enthusiasta e é por isso que o propheta Daniel entrou na furna dos leões, para dar-lhe uma prova da sua coragem.

✤✤✤✤✤

Aguardando o ultimo baile dos Venezianos, do qual em tempo nos occuparemos, finalisamos esta resenha, saudando as duas sociedades carnavalescas, pelas festas brilhantes que offereceram ao povo, sempre apreciador das coisinhas bôas e deleitosas e fazemos votos pela extinção das bisnagas, com licença das leitotas que gostam daquelle terrivel esguicho.

Mephistopheles."

Fonte: O LÁBARO (Porto Alegre/RS), 13 de Março de 1881, pág. 04, col. 01-03


Comemorações de Carnaval no Rio Grande do Sul - década de 1870


"SEMANA

CARISSIMAS LEITORAS

Trá... lá... lá... lá... lá... ló... tri... li... li..., etc.

Perdão, minhas benevolas leitoras, se não vos saudei com o devido respeito: sim: quero dizer, isto é, com consideração: porque ainda parece-me que viajo pelo espaço, dentro do meu incomparavel balão, apreciando lá de cima as grandes folias carnavalescas: trago a cabeça em enthusiastica dança, e só estou a ouvir a musica do Zé Pereira.

Abençoado fandango!!!...

Vamos passar um rapido golpe de vista pela resenha dos festejos carnavalescos, que tenho na minha carteira, e mencionarei o que houver de melhor cá para mim.

As taludas gazetas da terra, já declararam alto e bom som urbe et orbi, que o carnaval este anno esteve excellente; por isso é tedioso repetir a mesma cousa; porém como só fallaram n'aquillo que mais encheu o olho, isto é, que todos viram pelas esquinas, beccos, ruas e praças, eu agora vou contar, como tinha promettido as couzinhas boas, que occorreram n'esta santa cidade, durante os tres dias de folia.

Mascates, gaúchos, mulheres, zuavos, etc., já é mais que sabido que houverão; mas, vamos ao theatro, onde teve lugar um explendido masqué; ao qual assistiu uma immensa concorrencia.

Todos os amantes da pandega lá se acharam mascarados com mais ou menos gosto e luxo. Cleopatras e Cupidos não faltaram com seus respectivos Adonis. Emfim o pagode esteve completamente mascarado.

Varios mascaras agradaram pelo espirito de suas continuas graças: emquanto outros limitavam-se ao: - não me conhece?

Distinguir mascarados, quando actualmente a sociedade é em sua maior parte composta d'elles, é tarefa bastante difficil, por isso não massarei a paciencia de minhas leitoras, com uma longa descripção que lhes seria bastante enfadonha e sem interesse.

O ultimo baile foi o mais cheio de enthusiasmo e de numerosa concorrencia; e n'elle deram-se varios episodios, enevitaveis em certas occasiões."

Fonte: GRINALDA: PERIODICO LITTERARIO, CRITICO E RECREATICO (Porto Alegre/RS), 26 de Fevereiro de 1871, pág. 10, col. 01-02


"- O carnaval fôra esplendido, e immensamente conccorido."

Fonte: O CONSTITUCIONAL (Porto Alegre/RS), 11 de Março de 1873, pág. 02, col. 05

"As sociedades carnavalescas preparão-se para a grande batalha de Fevereiro!...

Começarão os preparativos da luta, e, segundo nos informão, o combate será renhido este anno.

Os Venezianos dizem que desejão sustentar os honrosos creditos que têm adquirido em tantos annos de labor, e a Esmeralda exclama que não póde deixar cahir por terra as sympathias com que se tem firmado na opinião publica.

E o caso é que ambas têm razão.

Ambas têm feito tudo quanto é humanamente possivel para agradar, e o esplendor e bom gosto de suas festas anteriores está a prometter-nos brilhante carnaval neste anno.

E assim seja. Eu cá já me ven de antemão preparando para o apanhamento dos importantissimos successos de então e tenho certeza de encher uma carteira de notas preciosas (notas escriptas)."

Fonte: ALBUM DE DOMINGO (Porto Alegre/RS), 12 de Janeiro de 1879, pág. 327, col. 02

"O movimento é geral...

Dir-se-ha que se trata de uma revolução. O peior, porém, é que os signaes da approximação da época carnavalesca se manifestão de modo a fazer reapparecer velhos usos e costumes, que pódem vir prejudicar o modérno systema de festejar o folieiro Momo.

O entrudo!... O entrudo é o peior inimigo das sociedades carnavalescas, que decididamente hão de vir a morrer um dia debaixo de uma alluvião de bisnagas e affogadas n'um verdadeiro mar de agua perfumosa.

Pois se atá já ha bisnagas que equivalem a um barril d'água!

É sempre assim:

No primeiro anno de Carnaval o querido Zé-Povinho, mais pela curiosidade do que por attenção ás prohibições e ordens da policia, que é velha, cansada e rheumatica matrona, com quem elle nunca se importou, despejou todas as vasilhas d'agua, deixou a cera de limões apodrecer nos armazens e tavernas, banio das casas as enormes seringas de folha, que erão um flagello, e mandou comprar flores para atirar nos bandos carnavalescos, sahindo em pessoa para ir vêr das esquinas desfilarem os prestitos.

E era bonito de vêr-se como elle, de bocca aberta e olhos arregalados, acompanhava aquelles carros e ria-se das pilherias do Doux, que fazia de Dulcamara, e atropellava-se e pisava-se para disputar a outrem um impresso que, embollado, sahia de um carro em direcção a uma janella, cahindo sem força na calçada.

Foi um carnaval cheio esse."

Fonte: ALBUM DE DOMINGO (Porto Alegre/RS), 09 de Fevereiro de 1879, pág. 358, col. 02, pág. 359, col. 01

"Todos rião... e com razão.

É justo que as decepções e tristuras da vida tenhão uma tregoa, no esquecimento, durante esses tres dias descuidosos, em que os apolvilhados chicards, os pretenciosos dominós, os desenxabidos prinsêses, os dengues pierrots, os detestaveis diabinhos e o detestabilissimo Zé-Pereira, que pelo nome não perca, todos cheios de frivoleiras e semsaborias, exceptuando alguma allusão feliz, que é um optimo emprego do proficuissimo - ridendo castigo mores - desempenhão importante papel nesta festa do Carnaval, que, a ser originado, como suppõem, das Saturnaes romanas, não é das heranças que mais se nos recommendão."

Fonte: ALBUM DE DOMINGO (Porto Alegre/RS), 09 de Março de 1879, pág. 385, col. 01




quarta-feira, 8 de maio de 2019

União Velocipédica de Porto Alegre


"Cyclismo

*****

União Velocipedica

Apesar do mau tempo de domingo, á tarde, esteve em festas o velodromo da União Velocipedica.

Em festas, porque duas grandes provas ali tiveram logar, perante uma numerosa concorrencia de socios da União e da Radfahrer Verein Blitz.

Apesar de achar-se em obras de pintura, estiveram algumas familias nas varandas do pavilhão.

As duas grandes provas de que ácima fallámos, foram: a realisação do match em 10 kilometros (30 voltas), com entreinadores, entre Bertasinho, da União, e Oscar Schaitza, presidente e campeão da Blitz; e o ataque por Friederichs, ao record de 50 kilometros, com entreinadores, de que era possuidor Oscar Schaitza.

O match entre Bertasinho e Schaitza despertou o maximo interesse nos círculos cyclistas e todos anciavam pela realisação, ou antes, pelo resultado, que devia demonstrar o vigor e as qualidades de resistencia dos dois competidores.

O ajuste datava de muito tempo e teve origem nas corridas realisadas pela União, em maio, para o campeonato de 1900.

Na 1a. serie, correram Schaitza e Bertasinho, sendo aquelle batido por este.

Schaitza deixou, então, entrever que poderia bater aquelle competidor, si com elle empenhasse lucta em um match de 20 ou 30 voltas, em que tornar-se-iam patentes as qualidades de velocidade e resistencia de cada um.

Dahi... o match de 10 kilometros (30 voltas) que domingo effectuou-se no velodromo da União.

Bertasinho e Schaitza, puxados ambos por équipes valentes, da União e da Blitz, bateram-se com denodo em todo o percurso.

De ambos os lados pedalava-se com enthusiasmo, envidando esforços para a victoria final.

Dessa renhidissima pugna foi, afinal, vencedor Bertasinho, que conseguiu bater o seu antagonista, tirando luz, e chegando ao poste vencedor com assignalada vantagem.

*****

Friederichs, um dos mais valentes, entre os que mais se têm distinguido nas justas do cyclismo, na União, mais uma vez se apresentou na pista para o record de 50 kilometros (150 voltas).

Esse record foi estabelecido, como é sabido, por João Alves, o distincto cyclista, cujo nome representa para a União uma série de victorias, cada qual a mais brilhante, nos torneios da bicycleta.

Schaitza, porém, a 24 de julho, conseguiu abaixal-o, no velodromo da Blitz, alcançando, então, o tempo total de 1h., 16m., 53S4/5.

Friederichs resolveu, a seu turno, abaixar ainda mais esse resultado e trazer para a União o record, detido pelo campeão da Blitz.

Em uma prova previa, não official, na tarde de 5 de agosto, Friederichs conseguiu o seu desideratum, embora por diminuta differença.

E... preparou-se para a prova decisiva, official, perante chronometristas e contadores de voltas expressamente nomeados pela União e pela Blitz.

A 19 de agosto, tudo prompto, o velodromo cheio, grande animação e enthusiasmo... mas, o forte vento reinante impediu que o record recebesse o ataque do bravo cyclista...

Ante-hontem, apesar dos contínuos chuvisqueiros e das ameaças do tempo, Friederichs levou avante o seu desejo, no que foi secundado por grande numero de corredores que se revesaram, successivamente, nas équipes entreinadoras, puxando com vigor, conscientes do valor do resultado a obter-se.

N'essas équipes, formaram Jung, Bina, Lotarius, Alves, José Bertaso, Bertasinho, Sá, Desjardins, Hecker, Osvaldo Leite, Ferrugem, Sant'Anna, Lucas e outros.

A ultima volta, com o tempo de 27 foi dada pela équipe Jung-Bina.

Friederichs fez o percurso dos 50 kilometros em 1h., 15m., 20s. 3/5, obtendo a differença de 1m., 33s. 1/5, sobre o tempo obtido por Schaitza, que foi de 1h., 16m., 53s. 4/5.

Dirigiu o entreinamento o presidente da União, sr. João Day."

Fonte: A FEDERAÇÃO (RS), 01 de Janeiro de 1901, pág. 01, col. 07

terça-feira, 7 de maio de 2019

Comemorações de Carnaval no Rio Grande do Sul - década de 1860


"Carnaval. - Fazendo os nossos operarios parte dos divertimentos publicos que hoje terão lugar em honra do carnaval, nós impossibilita isto de darmos jornal amanhan."

Fonte: O BRADO DO SUL (Pelotas/RS), 21 de Fevereiro de 1860, pág. 01, col. 01

"Pelo ultimo paquete, procedente do Embaú, nos remetterão um figurino para servir de modelo no proximo carnaval. Ei-lo:

Botins de marroquim vermelho com elastico preto; calça de cazimira azul bordada a matiz; paletó branco com bolsos, dos quaes penderão dois lenços de seda de vivas côres; collete preto com grandes ramos vermelhos e alguns insectos bordados; gravata de varias cores; chapeo de palha côr de flor d'alecrim com fita preta á negligé; luvas brancas com laços de fitas encarnadas nos punhos; grande corrente de relogio da qual penderão muitos cachorrinhos, peixinhos, e todos os representantes da zoologia.

Se o mascara andar a cavallo, deverá trazer este todo guarnecido de prata, e com cabeçada vermelha e redeas da mesma côr.

Este é o figurino mais fashionable que se tem visto."

Fonte: JAGUARY: JORNAL POLITICO, LITTERARIO E INSTRUCTIVO (Porto Alegre/RS), 18 de Março de 1860, pág. 06, col. 02

"- Festejou-se o carnaval d'um modo espantozo: jogou-se muito o entrudo que desde 1855 estava abolido, tanto que já não eram sufficientes os limões, serviam bacias, jarros, canjerões, copos e canecas grandes, ceringas que levavam uma medida d'agua."

Fonte: ARCADIA: JORNAL LITTERARIO (Porto Alegre/RS), 15 de Fevereiro de 1869, pág. 02, col. 02

Comemorações de Carnaval no Rio Grande do Sul - década de 1850


"THEATRO
Sete de Setembro.

Em consequencia dos preparativos que se fazem para os bailes mascarados que devem ter lugar no mesmo theatro nos tres dias de carnaval, não póde haver o espectaculo annunciado para hoje, do que o emprezario péde desculpa aos Srs. assignantes e ao respeitavel publico."

Fonte: O RIO-GRANDENSE (Rio Grande/RS), 05 de Fevereiro de 1850, pág. 04, col. 04

"THEATRO
Sete de Setembro.
BAILES DE PHANTASIA

Nas noites de 9, 10, e 12 do corrente.

O empresario do mesmo theatro, querendo offerecer ao publico desta cidade, um divertimento condigno, dispoz das noites de 9, 10, e 12 do corrente para os bailes do carnaval.

O Theatro achar-se-ha disposto para esse fim com um magnifico tablado, e coreto de musica. O atrio do theatro achar-se-ha illuminado nas noites de divertimento, e livre para recreio dos mascaras, e concorrentes.

O escriptorio do theatro offerecerá variados vestuarios. As pessoas que os quizerem alugar, far-se-lhes-ha o aluguel em proporção á sua qualidade. Todas aquellas que quizerem vestuarios inteiramente novos, a empresa se encarrega de os mandar fazer, pelos figurinos que essas pessoas escolherem mediante o aluguel correspondente.

PREÇOS.

Entrada no salão. 2$000 rs.
Posse de camarotes. 2$000 rs.
Entrada para os camarotes. 2$000 rs.
Meninos e meninas de 8 a 12 annos. 1$000 rs.
Menores, gratis.

Observa-se porém que todas as pessoas que comprarem qualquer camarote deverão munir-se de tantos bilhetes de entrada, quantas as pessoas que o occuparem, tendo estas mesmas entrada no salão.

Os bilhetes desde já e achão á venda no escriptorio do theatro, e nas noites do divertimento serão vendidos á porta do theatro, não podendo qualquer transpol-a sem estar munido do seu competente bilhete, o qual será entregue ao porteiro que deve achar-se á porta do saguão.

O empresario para tornar mais brilhante o divertimento, tem resolvido formar uma loteria de 40 premios, entre os quaes a sorte grande será em dinheiro na quantia de dez patacões, e os mais de lindas bijotarias, e brinquedos.

Cada entrada de salão, ou camarote receberá gratis um bilhete desta loteria. A extracção principiará á meia noite em ponto, e os premios entregão-se no escriptorio do theatro.

O Baile principiará ás 9 horas, e finalisará ás 3 da manhã.

O principio do baile será annunciado por um ouvertura tocada a grande orchestra."

Fonte: O RIO-GRANDENSE (Rio Grande/RS), 07 de Fevereiro de 1850, pág. 03, col. 02

"Domingo 6 de Fevereiro foi o primeiro dia de entrudo ou carnaval, o que quer dizer, primeiro dia em que cada qual tem o direito de estragar a roupa da gente e, o que não é melhor, de lhe estragar a saude.

(...)

Porém, deixemos o nome e vamos á cousa: o carnaval dos amigos italianos, e francezes consiste particularmente em mascaras e em brinquedos: o mais que fazem é atirarem-se flôres, e confeitos, mascara á mascara, deixando em paz a gente que não quer brincar.

Nos cá entendemos o negocio por outra forma: todo o anno um homem ao passar perto de uma senhora lhe tira o chapéo, o que quer dizer que se humilha diante d'ella: chegado o tempo do entrudo acabão-se as ceremonias; em lugar da barretada o individuo olha para a individua e zas... lá vai essa meia livra de agoa, dentro de um limão de cera, lavar-lhe a cara. As meninas fazem o mesmo: todo o anno com um abaixar de cabeça muito sisudo correspondem aos comprimentos, no entrudo é com outro limão de cheiro, ou com uma caneca de agoa sem cheiro, que mostrão a sua benevolencia.

(...)

Agora a gente está menos decidida: a guerra entrudal principia no domingo, vai ficando mais crúa nos dous outros dias, e quem sabe até onde iria ella, se a quarta-feira de cinza não viesse logo dizer pax vobis!

O peior é que estando rotas as hostilidades n'esses tres dias, ninguem quer sahir á rua: as meninas então se entricheirão em casa que nem á missa vão."

Fonte: CHRONICA PORTO-ALEGRE (Porto Alegre/RS), ano 1852, edição 29, pág. 01-02


"Ahi vem o carnaval; freguezes, á elle; preparem flôres e doces, mascaras e carros; quero ver as meninas á janella sem medo dos imprudentes limões, que as occultão no inferior do gabinete fechadas á chave; o divertimento aguado fica abolido no codigo do bom tom; tudo o que fazemos é por ellas; cumpre não desterral-as por tanto tempo: brinquemos sem molestar o corpo e o juizo, que eu respondo por vós."

Fonte:  O GUAYBA: PERIODICO SEMANAL, LITTERARIO E RECREATIVO (Porto Alegre/RS), 25 de Janeiro de 1857, pág. 37, col. 02

"O Carnaval... alto lá! Nada direi... depois da carnavalesca, espirituosa e graciosa do nosso amigo 'Correio do Sul', faço calar a musa... tudo quer um principio... e do diluvio até a regeneração da sociedade passarão por certo do que 15 dias. Desappareceo o limão anti-diluviano, cessárão os baptisados publicos, succederão-lhes as mascaras, ainda em pequeno numero, mas sempre assaz para indicar as 'futuras alegrias, lembrando-se que a... creança virá á crescer'.

Tambem houverão 3 bailes masquês no - Café da Fama - e forão bem concorridos, tanto por familias, como por mascaras, entre as quaes algumas se distinguião pelo incansavel humor com qual desempenhárão os seus papeis de occasião.

Já que fallei em carnaval e mascaras, cumpre-me dizer alguma cousa do último Soirée, que na verdade foi um dos mais tristes - um Soirée que já trazia a cagula da quaresma. Um socio queixou-se-me do triumvirato da nova directoria, que tinha surgido de repente como aquellas cabeças que tanto nos fizerão rir na phantasmagoria, sem que se soubesse por certo d'onde tinhão vindo. Diz que fizerão a eleição meio ás escondidas, pois que deixárão de convidar um bom numero de socios, mas que em compensação do nascimento escuro, derão logo signaes de vida bem patentes... como: não convidar para o Soirée de sabbado aquelles socios que estavão atrazados em suas mensalidades, o que se tornou tanto mais terrivel, porque era o ultimo baile, antes do <<tempo do arrependimento>>. Eu lembrarei á estes Srs. que o temperamento brasileiro é totalmente opposto á tudo quanto cheira á <<despotismo>>; ainda que os estatutos autorisassem a exclusão dos socios pouco zelosos em seus pagamentos, teria sido bem prudente avisar primeiro, antes de ferir, principalmente depois da especie de anarchia que precedeo á nova eleição. Uma ruina não se consolida batendo com o martello em cima!"

Fonte: O GUAYBA: PERIODICO SEMANAL, LITTERARIO E RECREATIVO (Porto Alegre/RS), 22 de Fevereiro de 1857, pág. 69, col. 01-02

"Vês esta extensa rua, por onde passavão outr'ora os triumphadores romanos, que vio tantos arcos magestosos elevarem-se para premiar grandes feitos? É hoje o <<Corso>> destinado aos excessos do carnaval, presenciando annualmente o triste expectaculo de um povo, que busca sepultar as lembranças de um glorioso passado na embriaguez das festas."

Fonte: O GUAYBA: PERIODICO SEMANAL, LITTERARIO E RECREATIVO (Porto Alegre/RS), 24 de Maio de 1857, pág. 161, col. 01




segunda-feira, 6 de maio de 2019

Sobrenomes judaicos - Parte 21 - sobrenomes magrebinos e do Norte da África


Sobrenomes judeus magrebinos e do norte da África. Salientando, porém, que nem todos os sobrenomes são EXCLUSIVAMENTE judaicos. Neste caso específico, observa-se a grande influência da língua árabe.


Fonte adaptada para a língua portuguesa: http://www.terrepromise.fr/

251. Cohen-Scali - nome híbrido que associa o hebraico cohen (rabino) ao árabe Scali (siciliano, nativo da Sicília, Itália; sendo o vocábulo Sqalliyya o nome árabe da ilha). Por isso, um rabino procedente da Sicília.
252. Cohen-Seban - nome híbrido que associa o hebraico cohen (rabino) ao termo árabe sabbân (sabão). Por isso, um rabino que fabrica ou comercializa sabão.
253. Cohen-Solal, Cohen-Choulal, Cohen-Cholal - tripla interpretação. Pode associar o hebraico cohen (rabino) ao árabe solal (suave). Portanto, um rabino calmo ou de fala suave. Também pode ser um nome genuinamente hebraico que aglutina cohen e solel (descalço), para designar um rabino conhecido por sua humildade. Por último, pode novamente ser um híbrido juntando cohen ao dialetal espanhol solal (solar), designando provavelmente um rabino de cor de pele mais escura.
254. Cohen-Tanoudji - nome híbrido que aglutina o termo hebraico cohen (rabino) ao árabe norte-africano Tanoudji ou Tanujî (que é o nome antigo da cidade de Tânger, Argélia). Por isso, um rabino procedente de Tânger.
255. Cohen-Zerdi, Cohen-Zardi - nome híbrido que associa o hebraico cohen (rabino) a Zerdi (localidade medieval entre a Espanha e a França, na região dos Pireneus, onde outrora houve uma importante comunidade judaica). Por isso, um rabino proveniente de Zardi.
256. Corcia, Korcia, Korsia - o significado é cinturão (que se vai ao ventre). O termo é genericamente usado para denominar qualquer judeu árabe.
257. Constantin, Constantini - patronímico que significa filho de Constantino. Tem origem italiana e nomeia uma importante família judaica imigrada para o norte da África.
258. Corcos, Karkos, Karkous, Karkousse - toponímico que faz referência à antiga localidade de Corcos, no reino medieval espanhol de León, onde outrora houve uma importante comunidade judaica que se viu obrigada a migrar para o norte da África no século XV.
259. Coriat - toponímico referente à cidade de Quriatain, na região de Mahdia, Tunísia.
260. Coscas, Koskas, Khoshkash - provém do árabe khoshkhâsh que significa papoula (gênero Papaver).
261. Costa - nome de origem portuguesa ou catalã que significa um habitante do litoral.
262. Cremisi, Cremizi - provém do árabe qirmiz e significa cochonilha (Dactylopius coccus). Designa o fabricante de um tipo de corante carmim obtido a partir da trituração deste tipo de inseto.
263. Csantini, Qsantini - toponímico referente à cidade de Qsantîna na Argélia.
264. Curiel - toponímico referente à localidade de Curiel, província de Valladolid, Espanha.
265. Dabi, Dahbi - nome originário do árabe dahabî que significa dourado. Designa uma pessoa loira.
266. Dades - toponímico referente a Dades, região do Atlas Berbere, sul do Marrocos.
267. Dan, Dana, Danan, Danane - pode ser um patronímico simples do nome hebraico Dan (Dã, um dos filhos de Jacó). Também pode estar relacionado ao significado próprio do nome que é juiz.
268. Danino, Daninos - toponímico referente a Doñinos, província de Salamanca, Espanha.
269. Danon - hipocorístico do nome Daniel.
270. Darmon, Darmoni, Darmouni - toponímico referente a Dharmon, um ramo da tribo berbere de Haouara, que habita a região da Tripolitana e a Tunísia.
271. Debach, Debasch - toponímico referente à localidade de Debach, próximo a Marrakech no Marrocos.
272.  De Paez,  De Paz, Paezs, Pas, Paz - do espanhol ou português paz. Uma forma para mascarar o termo hebraico shalom com o mesmo sentido.
273. Didi - um hipocorístico patronímico do nome David. Aparece principalmente na região do Magreb.
274. Dif - contração do árabe daïf que significa convidado, hóspede.
275. Diwan - originalmente um nome persa que designa um registro legal ou uma coleção dos manuscritos. No contexto histórico da expansão otomana, a sede do conselho do sultão e, por extensão, a sede de qualquer conselho administrativo nas diversas regiões do Império. Por isso, um funcionário ou servo de um diwan.
276. Dian, Djan, Gihan - toponímico referente à cidade de Jaén, Andaluzia, Espanha. Até o século XV a cidade foi de domínio muçulmano e, consequentemente, com uma importante comunidade judaica.
277. Djami, Giami, Jamet, Jami, Jamy - nome derivado do árabe jâmi que significa montado, estabelecido, construído. A interpretação é obscura.
278. Djaoui, Giaoui, Jaoui - nome derivado do árabe jâwiyy que significa incenso. Designa o comerciante de incenso (resina vegetal).
279. Djebali - nome derivado do árabe jabâli (montanha). Designa um habitante da montanha, montanhês.
280. Djouari, Jouari - nome proveniente do árabe juwâhri que designa joalheiro, artesão de joias.
281. Dokan, Dokhan, Doukan, Doukhan, Doukhane, Dukan, Dukhan - nome proveniente do árabe dukhâ que significa tabaco ou fumaça.
282. Doud - nome árabe que equivale ao nome bíblico e hebraico Dâwd (David). É um patronímico.
283. Douib, Douieb - do árabe dîb que significa chacal (gênero Canis).
284. Duran - toponímico referente à cidade de Oran (nome árabe Wâran), Argélia.
285. Eledjem - toponímico referente a El-Djem, aldeia na região central da Tunísia.
286. Elezam, Lesami, Lezame, Lezmi - um toponímico referente à cidade de Lézama, no País Basco. Outra possibilidade é que o nome venha de um termo árabe que significa estrangeiro - qualificação que os judeus marroquinos do interior deram aos judeus espanhóis que viviam no norte do Marrocos.
287. El Guedj, Guedj - nome relacionado ao termo berbere agaji que significa mudar (de lugar). Refere-se a um migrante.
288. El Haik, Haik, Laik - nome derivado de hayk - um tipo de vestimenta de origem romana usada por mulheres berberes. Por extensão, corresponde em árabe ao ofício de tecelão.
289. Elharar, Elharrar - nome relacionado ao substantivo árabe harrâr. Serve para designar aquele que tece ou envolve a seda.
290. Elkabache, Elkabbach, Elcabas, Elkabas, Elkabasse - duas interpretações possíveis. Pode estar associado ao termo árabe 'al kabsh que significa carneiro. Também pode ser uma derivação do espanhol capa (mesmo significado em português). São sobrenomes comuns entre judeus marroquinos e oraneses.
291. Elkaim, Elkayim, Kaiem, Kaim - três interpretações são contabilizadas. Pode ser uma derivação da palavra árabe gayyim que significa mordomo, administrador de uma casa ou propriedade. Também pode estar relacionado ao vocábulo hebraico qayam que significa constante, estável, por extensão perseverante. Por fim, pode estar vinculado ao árabe qâym que significa rebelde.
292. Elkrieff, Krief, Krieff - vem do árabe dialetal magrebino khariyyef que significa cordeiro.
293. Elmaleh, Elmalih, Malih - tem origem no termo árabe malîh que significa adorável, encantador.
294. Elmedioni, Medioni - indica origem na tribo de Mediouna, esta por sua vez parte da grande confederação tribal berbere de Zenata, no norte da África.
295. Elmekies, Elmkais, Elmkayes, Elmkies, Emkies, Emkyes, Lemkies, Mekies, Mkeis, Mequies - nome toponímico relacionado à tribo berbere de Mekies, região de Oujda, Marrocos. Também pode estar vinculado à palavra árabe mqâys (pulseira de ouro ou prata). Por isso, um fabricante ou comerciante de pulseiras, e por extensão, de bijuterias, de acessórios e adornos de metal.
296. Enrique, Henrique, Henriquez - patronímico do nome português e espanhol Henrique. Comum entre os judeus que se estabeleceram no litoral africano do Mediterrâneo Ocidental.
297. Errera, Herrera - provém do nome de ofício espanhol herrero (ferreiro). Também pode ser um toponímico relacionado ao nome de lugar Herrera - comum na Espanha, como Herrera de Aragón, Herrera de Andalucía, etc.
298. Espinoza, Spinoza - toponímico referente à cidade de Espinoza de Los Monteros, província de Burgos, Espanha.
299. Fahri - derivado do nome árabe Farah (do termo farha que significa alegria, festa). Portanto, feliz, alegre. Também pode ser uma derivação do hebraico pera'h, cujo significado é flor.
300. Fall - nome de origem siciliana que significa violação.
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