sábado, 30 de dezembro de 2017

Antigo logotipo do Motel Vila Rica (1980)


O Motel Vila Rica, atualmente uma pousada com o mesmo nome, durante mais de 30 anos foi um dos pontos de referência principais na entrada do bairro Jardim América e um dos empreendimentos de vanguarda em todo o município de Capão do Leão.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Tradições alimentares de Ano Novo

Ao redor do mundo, existem diversas tradições da véspera de Ano Novo para chamar boa sorte, saúde e prosperidade. Eis algumas delas:

1. Macarrão longo
Na China, no Japão e em outros países asiáticos, costuma-se comer qualquer tipo de macarrão bem comprido, pois simbolicamente significa vida longa. O macarrão, segundo a tradição, nunca deve ser cortado ou encurtado, sendo saboreado inteiro na boca, da mesma forma que os italianos costumam consumir o espaguete. Para que justamente o macarrão não se quebre no processo de cozimento, o produto é preparado frito como o tradicional yakissoba.

2. Pão de milho
No sul dos Estados Unidos, principalmente nos estados que fazem parte do "Dixie", o costume é comer um saboroso pão de milho na véspera do ano novo. A crença é que a cor característica do alimento assemelha-se ao ouro, garantindo um ano vindouro de muita prosperidade. Para garantir sorte extra, algumas pessoas inserem grãos de milho inteiros na massa, antes dessa ir ao forno, pois simbolicamente representam pepitas de ouro.


3. Romã
Na Turquia, a romã é um símbolo de boa sorte. Sua cor vermelha, que representa o coração humano, denota vida e fertilidade; além de suas propriedades medicinais que são identificadas a uma boa saúde.As sementes abundantes correspondem ao desejo de um ano novo de muita prosperidade, pois são comparadas a pequenas moedas ou gemas preciosas.





4. Frutas redondas
Comer qualquer fruta redonda na celebração do Ano Novo é uma tradição em muitos países ao redor do globo. Nas Filipinas, a tradição pede que se coma 13 frutas, pois é considerado um número da sorte que traz prosperidade e abundância. Nos EUA e Europa, o costume é saborear 12 frutas, uma para cada mês do ano. As frutas amarelas e ou de tonalidade próxima são especialmente apreciadas por sua semelhança com moedas. Aliás, o quanto mais doces forem as frutas, melhor.


5. Folhas verdes
Tradição encontrada na costa sudeste dos Estados Unidos, em alguns países latino-americanos e na Europa mediterrânica, o consumo de folhas verdes como os diversos tipos de couve e outras hortaliças da mesma coloração, está associado à ideia de abundância de dinheiro. Evidentemente, a superstição está ligada ao fato de que, durante muito tempo, a maioria das moedas nacionais era impressa num matiz predominante verde, sendo o exemplo mais famoso o dólar americano. O costume exige, por outro lado, que se evite consumir vegetais de cor roxa ou mais escura - simbolicamente associados à ideia de luto ou tristeza.

6. Arenque em conserva
Na Alemanha, na Polônia, na Escandinávia e nos Países Bálticos, acredita-se que comer arenque trinta minutos após a meia-noite do Ano Novo, assegura um ano de muita prosperidade e recompensas. Como esse peixe abunda nas águas dos mares do Norte e Báltico, é um alimento associado à ideia de "frumento básico" das populações que dependem do mar. Além disso, sua cor prateada remonta ligeiramente às antigas e cobiçadas moedas de prata de séculos passados, mais valiosas que as moedas de cobre e latão que circulavam entre a população mais pobre. Sobretudo, o arenque em conserva é considerado um bom presságio de fortuna para o ano que se inicia. Na Escandinávia, normalmente o arenque em conserva (forma mais disseminada de seu consumo) é acompanhado com pão preto (ou torradas) e batatas. Já na Alemanha, a preferência é comê-lo na forma de Rollmops - arenque em conserva enrolado em torno de meio pepino ou numa cebola. Os suecos apreciam o arenque fermentado na salmoura - o Surströmming. Na Holanda, a ordem é consumi-lo cru acompanhado de cebolas igualmente cruas.

7. Peixes inteiros
Na China, a palavra "peixe" tem um notável similaridade sonora com a palavra "abundância". Por isso, nas regiões costeiras da China e nos países dos arredores, uma pessoa consumir um peixe inteiro no Ano Novo é visto como um infalível ritual de boa sorte. É importante, entretanto, que o peixe seja servido com a cabeça e a cauda intactos, bem como essa a forma que se deve saboreá-lo, pois, do contrário, tanto os primeiros meses quanto os últimos meses do ano estariam "excluídos" da boa-aventurança do ano vindouro.

8. Carne de porco
Costume conhecido entre os brasileiros, o consumo de carne de porco na festa de Ano Novo está vinculado à ideia de que é um animal que representa progresso, pois quase nunca anda para trás e usa seu focinho sempre para a frente ao procurar alimento. A tradição é comum também em Cuba, Espanha, Portugal, Hungria e Áustria. Inclusive, em alguns países europeus, na noite do Ano Novo é também hábito folclórico assar pequenos biscoitos com o formato do animal em que se usa a própria gordura do suíno, nata e amêndoas. De mesmo modo, tudo aquilo que remeta ao consumo de galinhas ou outras aves (ou mesmo a representação de algumas delas) é totalmente rejeitado na noite do ano novo, pois são considerados elementos de mau agouro.

9. Lentilhas
Além de estarem comparadas por seu formato a moedas, as lentilhas enquanto símbolo de prosperidade financeira, ganha eco na passagem bíblica do livro do Gênesis em que, Esaú, filho mais velho de Isaac, abre mão de seu direito de primogenitura por um prato deste delicioso cereal oferecido por seu irmão Jacó. De fato, Esaú "vendeu" a sua benção de filho mais velho por um prato de lentilhas, porém, de acordo com o mesmo livro do Gênesis, Esaú foi um homem muito rico e com muitas propriedades. A tradição de se apreciar um bom prato de lentilhas é comum a maioria dos países latino-americanos. Já os italianos preferem servi-las acompanhadas de salsichas. Na Hungria, a receita de praxe é uma espécie de sopa de lentilhas temperada com ervas. Guardar lentilhas na carteira no primeiro dia do ano, sendo estas oferecidas pela pessoa mais velha da família, também é outro ritual associado à ideia de prosperidade material.

10. Feijão-fradinho
No sul dos Estados Unidos, é considerado um símbolo de prosperidade e boa sorte, devido à sua aparência que lembra a moeda de um centavo de dólar. Por isso, o feijão-fradinho, que é conhecido nos EUA como black-eyed peas, é tradicionalmente servido na forma de uma receita tradicional no almoço Ano Novo - o Hoppin' John - que é preparado com arroz branco de grão longo, salsichas de andouille, bacon, presunto defumado, espinafre, pimenta jalapena e outros temperos. No dia seguinte, a sobra requentada do Hoppin' John torna-se o Skippin' Jenny e também deve ser consumido com prazer, pois segunda a crença, a sorte e a prosperidade são "dobradas" com toda a garantia.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Cypriano da França Mascarenhas


Por Fernando Osório

"Abnegado e preclaro médico na Cidade de Pelotas, onde nasceu e granjeou sempre o maior respeito e consideração. Era filho de Domingos Pinto da França Mascarenhas, originário de Minas Gerais, e de D. Cypriana Barcellos Mascarenhas, filha do Comendador Cypriano Barcellos, que foi um dos mais antigos e abastados comerciantes de Pelotas.

Ele fez seus estudos superiores na Academia de Medicina do Rio de Janeiro, havendo, antes de os encetar e ainda muito jovem, sido empregado da sucursal do Banco Mauá, na Cidade de Pelotas. Durante o curso médico que seguiu com grande aproveitamento, foi interno das Casas de Saúde do Dr. Eiras, da Santa Casa de Misericórdia, das Casas de Saúde do sábio Dr. Torres Homem e do ilustre e reputado médico Dr. Baptista dos Santos: tinham-no em alto apreço esses mestres. Apenas formado, veio exercer a profissão em Pelotas, sua terra natal, contraindo núpcias com D. Manoela Luis Osório, filha do Mal. Osório, Marquês do Herval. No exercício da Medicina, sempre revelou grande competência, possuindo uma numerosa clientela que o idolatrava, que nele via um verdadeiro sacerdote cheio de altruísmo e desprendimento.

Esteve sempre filiado ao Partido Liberal do qual era chefe seu sogro, o Mal. Osório. Foi nomeado 2o. Vice-Presidente da Província do Rio Grande do Sul, durante o Gabinete Sinimbu, por indicação de Silveira Martins e ocupou o cargo de vereador da Câmara Municipal de Pelotas. O Dr. Mascarenhas tinha, pelo seu caráter distinto e afável, pelo seu coração generoso, pelos seus elevados préstimos, um crescido número de amigos dedicadíssimos, gozando de real prestígio entre os chefes políticos da cidade de Rio Grande, de Pelotas, de Canguçu, Piratini, e Cacimbinhas, Buena, D. Pedrito e Sant'Anna do Livramento, etc. 

Quando se formou a dissidência liberal, ao lado de seu cunhado e amigo Dr. Fernando Luis Osório, prestou com lealdade e ardor o seu concurso eficaz, nessa luta política. Era na sua residência - à Rua 7 de Setembro na Cidade de Pelotas - que se efetuavam as reuniões do partido dissidente e se agitavam e resolviam questões magnas do liberalismo. Por iniciativa dos Drs. Fernando Osório, Cypriano Mascarenhas, Piratinino de Almeida, Saturnino de Arruda, Marçal Escobar, de Serafim Alves e outros, foi fundado, em 1881, na Cidade de Pelotas, o primeiro clube abolicionista que houve no Rio Grande do Sul. Tendo sido o Dr. Cypriano Mascarenhas escolhido presidente desse clube, declinou dessa distinção em honra do Dr. Piratinino de Almeida, que havia elaborado os estatutos desse clube, ficando, por instâncias dos amigos, o Dr. Mascarenhas ocupando o cargo de Vice-presidente, e Marçal Escobar o cargo de Secretário.

No momento de inauguração do referido clube, foram concedidas diversas cartas de liberdade a escravos que possuíam algum pecúlio reunido para esse fim, tendo esses pecúlios sido completados com quantias fornecidas pelo Dr. C. Mascarenhas. Ainda nessa ocasião o Dr. Mascarenhas libertou seu boleeiro José, antigo empregado de confiança. Por esses atos de generosidade foi concedido ao Dr. Mascarenhas o título de sócio benemérito do Clube Abolicionista de Pelotas.

Quando se proclamou a República, aderiu ao movimento republicano, contribuindo para organizar a nova política, obtendo de grande número de amigos seus as adesões imediatas ao novo regime, cooperando e facilitando a tarefa de que fora pelo Governo de Porto Alegre investido o seu amigo e colega Dr. Ramiro Barcellos, incumbido da organização dos governos locais do Rio Grande, Pelotas e localidades próximas a essas cidades. Pelo Governo de Porto Alegre foi ele indicado para o cargo de Presidente da primeira Câmara Municipal republicana que teve a Cidade de Pelotas. Como as suas estâncias no Uruguai não lhe permitissem uma permanência assídua nessa Cidade, o Dr. Mascarenhas não aceitou essa distinção, tendo sido escolhido então o Dr. Gervásio Pereira; mas, para satisfazer aos rogos dos amigos, que não dispensavam o seu valioso concurso, aceitou o cargo do Vice-Presidente. 

O Dr. C. Mascarenhas, no ano de 1906, em Paris, foi acometido de grave enfermidade, que ultimou sua tão preciosa e útil existência."

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal!





Os nossos sinceros desejos de paz, alegria e bons momentos em família
a todos que prestigiam o blog.

A Lenda da Sálvia


Lenda popular da região da Provença, França, contada durante o período natalino

Quando o rei Herodes ordenou aos seus soldados que executassem todas as crianças pequenas menores de dois anos de idade na região de Belém, temeroso com a notícia de que ali tinha nascido o Messias, Nossa Senhora e São José fugiram com o Menino Jesus pelas montanhas da Judeia. São José à frente dos outros dois, ciente dos perigos que podiam aparecer, chegou a uma aldeia e pediu a hospitalidade dos seus moradores, suplicando por água, alimento e abrigo. Infelizmente, ninguém quis lhe dar coisa alguma, nem mesmo uma palavra de consolo.

Tendo permanecido na estrada, enquanto São José foi levar o burrinho para beber num poço perto dali, Nossa Senhora sentou-se para cuidar de seu bebê na beira do caminho.A curta distância, porém, era possível ouvir os gritos e o tremor da marcha dos soldados de Herodes. Alarmada, Nossa Senhora não sabia o que fazer, pois nem mesmo por perto havia uma caverna ou uma palmeira em que pudesse se esconder.

Entretanto, Maria avistou uma roseira, onde uma rosa recentemente começava a desabrochar. Aflita, Nossa Senhora implorou a flor: "Rosa, linda rosa, floresce bem e esconda debaixo de suas pétalas essa pequena criança que os soldados querem matar e esta pobre mãe já desfalecida de tanto penar". A rosa, franzindo a expressão, respondeu: "Vá rapidamente daqui, minha jovem, pois os verdugos que vierem aqui procurar, podem me despetalar. Perto daqui há o goivo, que tem mais flores do que eu para esconder você".

Nossa Senhora com o Menino Jesus nos braços, foi até o grande goivo e suplicou socorro: "Estou exausta de tanto fugir, preciso que me abrigues aqui, e a esta criança querem condenar à morte!". O goivo, ao agitar a coroa de suas flores, recusou e sem sequer explicar foi dizendo: "Vá longe daqui, pobre mulher. Não tenho tempo para te ouvir. Estou muito ocupado em poder florescer. Vá até a sálvia, pois ela mesmo não tem nada a fazer e talvez te auxilie."

Ao chegar a sálvia, sua última esperança, Nossa Senhora já chorosa rogou: "Sálvia, boa sálvia, floresce para esconder este pobre menino e sua mãe já meio morta de fome, fadiga e medo". A sálvia floresceu tão bem que cobriu todo o solo e suas folhas de veludo fizeram um dossel, onde Jesus e Maria se refugiaram. Ao passarem os soldados de Herodes pela planta, não viram nenhum sinal dos dois. Ao som dos passos dos carrascos, Maria estremeceu de terror, mas o pequeno, acariciado pelas folhas, sorriu. Os soldados foram embora, acreditando que aquela mãe e seu filho recém-nascido tivessem tomado outro rumo.

"Sálvia, boa sálvia, muito obrigado! Abençoo-te por seu amável gesto que todos vão se lembrar desde agora."

Quando José os encontrou, já apavorado por não tê-los encontrado à beira da estrada, colocou a mulher e o menino sobre o burro, que além de ter bebido água, já estava melhor animado por ter comido uma boa porção de cevada que um bom homem desconhecido havia lhe dado. E São Miguel Arcanjo, desceu dos céus para mantê-los firmes e apontou-lhes o caminho mais curto até o Egito.

Desde então, por isso a rosa tem espinhos, o goivo flores mal cheias e a sálvia tantas virtudes curativas. Como se diz na Provença: "Aquele que não usa a sálvia, não se lembra da Virgem".

sábado, 23 de dezembro de 2017

Lenda do Bolo-Rei


"O Bolo-Rei é o bolo tradicional natalício português por excelência. A sua origem tem várias raízes. A ideia de um bolo misturado com fruta cristalizada terá surgido na corte do rei luís XIV, em França, que com os tempos foi-se espalhando pelo resto da Europa. Chegada a Portugal a receita foi adaptada, adquiriu a forma com que é vendido atualmente e passou a ser associado à época natalícia. A introdução da fava vem no tempo dos Romanos, em que era costume durante as festividades eleger-se o 'rei da festa' colocando-se uma fava num bolo. Já a introdução do brinde como recompensa (ficando o perdedor com a fava) é uma criação portuguesa, embora este costume tenha sido, à uns anos, passado a ser proibido por apresentar risco de sufoco, sobretudo para as crianças.

Apesar do nome 'Bolo-Rei' não vir, como erroneamente se pensa, do dia de Reis - a nomenclatura 'Rei' é apenas uma indicação da riqueza dos ingredientes com que é feito, tornando-o no bolo 'maior' das festividades - isso não impediu a tradição oral de o associar aos Reis Magos, havendo inclusive uma lenda portuguesa que lhes atribui a origem do bolo e lhe dá simbologia. Segue-se a história:

Conta a lenda que num país distante viviam três homens sábios que analisavam e estudavam as estrelas e o céu. Estes homens sábios chamavam-se Gaspar, Melchior e Baltazar, a que a tradição deu a nomeação de 'três Reis Magos'.

Numa noite, ao analisarem o céu, viram uma nova estrela, muito mais brilhante que as restantes, que se movia pelo céu, e interpretaram-na como um aviso de que o filho de Deus nascera. Resolvidos a segui-la, levaram consigo três presentes: incenso, ouro e mirra, para poder presentear o Messias recém-nascido.

Chegados à cidade de Belém, já perto da gruta onde estava o menino Jesus, os Reis Magos depararam-se com um dilema: Qual deles teria o privilégio de oferecer primeiro o seu presente? Esta pergunta gerou a discussão entre os três.

Um artesão que por ali passava ouviu a conversa e propôs uma solução para o problema de maneira a ficarem todos satisfeitos. Pediu à sua mulher que fizessem um bolo e que na massa colocasse uma fava.

Mas a mulher não se limitou a fazer um simples bolos e arranjou forma de ali representar os presentes que os três homens levavam. Desta forma fez um bolo cuja côdea dourada simbolizava o ouro, as frutas cristalizadas simbolizavam a mirra e o açúcar de polvilhar simbolizava o incenso.

Depois de cozido o bolo foi repartido em três partes e aquele a quem saiu a fava foi efetivamente o primeiro a oferecer os presentes ao menino Jesus."

Fonte: VÁRIOS AUTORES. Contos de Natal Portugueses. Coletânea de Histórias, Textos, Lendas e Poemas. Lisboa: Luso Livros, 2015, p. 26-28.

Receita de Bolo-rei

Ingredientes
130 gramas de açúcar
130 gramas de manteiga
15 gramas de fermento biológico
2 colheres de sopa de aguardente velha (espécie de aguardente de uva armazenada em barris de carvalho)
2 colheres de sopa do vinho do Porto
200 mililitros de leite
3 ovos
500 gramas de farinha
Amêndoas o quanto bastar
Frutas cristalizadas o quanto bastar
Nozes o quanto bastar
Pinhões o quanto bastar
Açúcar em pó (opcional)

Preparo:
Dissolva o fermento num pouco de leite e acrescente a farinha. Junte todos os ingredientes, exceto as frutas cristalizadas e os frutos secos, e amasse bem. Quando a massa começar a fazer bolhas, junte as frutas cristalizadas e os frutos secos.

Estenda a massa em forma de rosca, colocando-a num recipiente redondo, vazado no meio, previamente untado. Deixe repousar durante três horas.

No momento de ir ao forno, pincele por cima com gema de ovo e acrescente algumas frutas cristalizadas. Asse em forno médio até dourar.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Imigrantes portugueses em Pelotas no período 1828-1844



Nota: A procedência é dada pelo porto em que o imigrante passou antes de chegar a Pelotas. Para que se entenda: os navios de grande envergadura que vinham da Europa com migrantes aportavam necessariamente num porto de maior calado, como o caso dos portos do Rio de Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires. Tanto o porto lacustre de Pelotas, quanto o porto marítimo de Rio Grande, nesta época (meados do século XIX), não possuíam calado suficiente para receber grandes embarcações. Por isso, quase sempre, um viajante ou migrante que tomasse um navio na Europa com destino (provável ou improvável) a Pelotas, fazia uma espécie de "baldeação" numa destas escalas, embarcando numa nave menor para poder adentrar a Barra da Laguna dos Patos.

1. Francisco Dias Pestana, 29 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 03 de janeiro de 1830, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1827, alfabetizado.

2. José Toscano Soares Barboza, 20 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 27 de janeiro de 1843, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 08 de julho de 1836, alfabetizado.

3. Manoel José da Costa Porto, 20 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 14 de outubro de 1843, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, mas esteve anteriormente na Bahia, chegou ao Brasil em 1840, alfabetizado.

4. Antônio J. de Souza Guimarães, 21 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 12 de março de 1844, procedente de Porto Alegre via Rio Grande, chegou ao Brasil em 21 de fevereiro de 1837, alfabetizado.

5. José Mendes Lobo, 36 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em fevereiro de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1844, alfabetizado.

6. Bernardino Monteiro, 36 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 12 de março de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 01 de março de 1844, alfabetizado.

7. Félix Trocato, 23 anos, solteiro, alfaiate, chegou em Pelotas em 10 de agosto de 1844, procedente de Montevidéu via Rio Grande, chegou ao Brasil em 08 de Julho de 1844, analfabeto.

8. Luís Antônio de Souza, 20 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 23 de junho de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 19 de dezembro de 1843, alfabetizado.

9. Antônio Marcolino Gomes, 33 anos, solteiro, pedreiro, chegou em Pelotas em julho de 1844, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, porém embarcou em Lisboa, chegou ao Brasil em 18 de outubro de 1837, analfabeto.

10. José Antônio... , 24 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em junho de 1843, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, porém embarcou em Lisboa, chegou ao Brasil em 1837, analfabeto.

11. Ricardo José Veríssimo (sem esposa), 35 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em 20 de julho de 1842, procedente de Pernambuco via Bahia, chegou ao Brasil em 1830, analfabeto.

12. Rodrigo de Souza Machado, 12 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 28 de abril de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 16 de março de 1841, alfabetizado.

13. Jozé Gonçalves Costa, 21 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 28 de abril de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 16 de dezembro de 1843, alfabetizado.

14. Bernardo Taveira, 49 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 16 de abril de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, natural de Pozo da Regoa, chegou ao Brasil em 19 de abril de 1829, alfabetizado.

15. Antônio Casemiro da Costa Vilasboas, 18 anos, caixeiro, chegou em Pelotas em 09 de janeiro de 1844, procedente de Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 06 de novembro de 1841, alfabetizado.

16. Antônio Francisco Godinho, 17 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 20 de dezembro de 1841, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 17 de dezembro de 1841, alfabetizado.

17. Manoel Joaquim Dourado, 25 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 02 de fevereiro de 1843, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em novembro de 1837, alfabetizado.

18. Francisco da Silva Figueira, 28 anos, casado, alfaiate, chegou em Pelotas em 10 de março de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 17 de dezembro de 1843, alfabetizado.

19. Joze Marques de Carvalho (esposa e 12 escravos), 41 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em 01 de março de 1844, procedente do Porto, Portugal, via São José do Norte, chegou em 13 de dezembro de 1834, alfabetizado.

20. Custódio Dias Fernandez, 26 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 08 de julho de 1844, procedente da Bahia via Rio Grande, porém embarcou no Porto, Portugal, chegou ao Brasil em 31 de dezembro de 1831, alfabetizado.

21. Manoel Joaquim da Costa, 23 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 01 de maio de 1843, procedente do Porto, Portugal, via Rio Grande, chegou ao Brasil em 05 de dezembro de 1842, alfabetizado.

22. João Carvalho de Araújo, 21 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 28 de outubro de 1842, procedente do Porto, Portugal, via Rio Grande, chegou ao Brasil em 13 de maio de 1841, alfabetizado.

23. Manoel Joaquim de Rezende, 21 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 04 de março de 1842, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 13 de abril de 1840, alfabetizado.

24. Luiz José Vieira da Silva, 22 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 20 de janeiro de 1844, procedente de Santa Catarina via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1842, alfabetizado.

25. Pedro José de Campos, 19 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 23 de dezembro de 1842, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 04 de dezembro de 1842, alfabetizado.

26. João Manoel da Silva, 23 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 10 de dezembro de 1842, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 13 de dezembro de 1840, alfabetizado.

27. Manoel José de Oliveira, 19 anos, solteiro, chapeleiro, chegou em Pelotas em 02 de fevereiro de 1843, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao brasil em 22 de dezembro de 1842, alfabetizado.

28. Bernardo J. Vieira Guimarães, 30 anos, solteiro, boticário, chegou em Pelotas em junho de 1843, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 20 de agosto de 1833, alfabetizado.

29. Manoel Pedro... , 22 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 10 de agosto de 1840, procedente de Pernambuco via Rio Grande, chegou ao Brasil em fevereiro de 1839, analfabeto.

30. Domingos Jozé Barboza, 29 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 14 de agosto de 1844, procedente de Pernambuco via Rio Grande, chegou ao Brasil em 18 de agosto de 1841, alfabetizado.

31. Francisco Gonçalves Marrúcho (esposa e três filhos), 35 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em 15 de junho de 1843, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1829, alfabetizado.

32. José da Cruz, 23 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 10 de janeiro de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 04 de setembro de 1837, alfabetizado.

33. Silverio José Ferreira Ribeiro Guimarães, 17 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 10 de junho de 1844, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em janeiro de 1840, alfabetizado.

34. José Pereira de Azevedo Castro (e esposa), 32 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em novembro de 1828, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1826, alfabetizado.

35. José Antonio Vieira Sampaio, 20 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 09 de agosto de 1844, procedente do Porto, Portugal, via Rio Grande, chegou ao Brasil em 20 de março de 1842, alfabetizado.

36. Antônio da Costa Almeida e Silva, 21 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 10 de agosto de 1843, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1832, alfabetizado.

37. Bernardo José Ramos, 23 anos, solteiro, açougueiro, chegou em Pelotas em março de 1842, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1839, alfabetizado.

38. José Lopes Guimarães, 22 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 25 de julho de 1842, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1837, alfabetizado.

39. José Maria Rebello (quatro pessoas de sua família), 34 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em junho de 1841, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em 17 de setembro de 1826, alfabetizado.

40. Rodrigo Dantas D'Abreu Brandão, 23 anos, solteiro, pintor, chegou em Pelotas em 10 de março de 1844, procedente do Rio de Janeiro, chegou ao Brasil em 1841, alfabetizado.

41. João Vaz do Amaral, 22 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em março de 1844, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, mas esteve anteriormente em Montevidéu, chegou ao Brasil em 1841, alfabetizado.

42. José Vicente Vieira da Cunha, 24 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 08 de maio de 1844, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em dezembro de 1836, alfabetizado.

43. Manoel da Rocha de Oliveira, 31 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 04 de dezembro de 1843, procedente do Rio de Janeiro via São José do Norte, chegou ao Brasil em 1837, analfabeto.

44. Antônio Duarte Galvão, 22 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em 01 de agosto de 1844, procedente de Montevidéu, por terra, estado anteriormente em Santana do Livramento, chegou ao Brasil em 1837, alfabetizado.

45. José Soares Mesquita, 31 anos, solteiro, chapeleiro, chegou em Pelotas em 04 de setembro de 1844, procedente de Montevidéu via Rio Grande, chegou ao Brasil em 03 de setembro de 1844, alfabetizado.

46. Francisco Maria do Amaral Cardoso, 22 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em fevereiro de 1842, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1839, alfabetizado.

47. Bento da Silva, 21 anos, solteiro, alfaiate, chegou em Pelotas em 14 de setembro de 1844, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em maio de 1839, analfabeto.

48. José Francisco de Oliveira, 34 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em novembro de 1842, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1825, alfabetizado.

49. Albino J.C. da Silva, 19 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 06 de janeiro de 1844, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em 19 de novembro de 1837, alfabetizado.

50. Joaquim Gomes dos Santos, 26 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 11 de dezembro de 1843, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 04 de maio de 1840, alfabetizado.

51. Antônio Manoel Fernandes, 19 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 03 de julho de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 15 de novembro de 1841, alfabetizado.

52. Manoel José da Costa, 28 anos, solteiro, comerciante, chegou em Pelotas em setembro de 1843, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em janeiro de 1830, alfabetizado.

53. João Corrêa Pinto, 29 anos, solteiro, farmacêutico, chegou em Pelotas em 01 de abril de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 05 de agosto de 1835, alfabetizado.

54. Domingos Augusto da Costa Guimarães, 26 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 13 de julho de 1844, procedente de Pernambuco via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1830, alfabetizado.

55. Francisco da Paula Carvalho, 52 anos, viúvo, alfaiate, chegou em Pelotas em 15 de março de 1844, procedente de Porto Alegre, mas esteve anteriormente em Rio Grande, chegou ao Brasil em 1822, alfabetizado.

56. Manoel Joaquim da Rocha, 45 anos, viúvo, comerciante, chegou em Pelotas em setembro de 1843, procedente do Rio de Janeiro via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1828, alfabetizado.

57. Antônio José Guimarães, 42 anos, solteiro, trabalhador, chegou em Pelotas em 29 de janeiro de 1844, procedente de Montevidéu via Rio Grande, natural da Vila de Guimarães, Portugal, chegou ao Brasil em 02 de janeiro de 1844, alfabetizado.

58. João Joaquim dos Reis, 42 anos, solteiro, alfaiate, chegou em Pelotas em 17 de junho de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em agosto de 1837, alfabetizado.

59. Antônio Joaquim... , 22 anos, solteiro, trabalhador, chegou em Pelotas em 15 de abril de 1844, procedente de Pernambuco via Rio Grande, chegou em março de 1844, analfabeto.

60. Antônio Pereira Jacomo, 30 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em 15 de janeiro de 1844, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1837, alfabetizado.

61. Dionizio Jozé Vieira (esposa e um filho), 37 anos, casado, negociante, chegou em Pelotas em 20 de setembro de 1844, procedente da Bahia via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1825, alfabetizado.

62. Antônio Ferreira, 17 anos, solteiro, ourives, chegou em Pelotas em 28 de agosto de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 24 de agosto de 1843, analfabeto.

63. Jozé Lopes (e esposa), 25 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em fevereiro de 1843, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1837, alfabetizado.

64. Domingos Ferreira de Paiva, 18 anos, solteiro, carpinteiro, chegou em Pelotas em 22 de setembro de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em 17 de dezembro de 1843, alfabetizado.

65. Antônio Joaquim da Fonseca (esposa e quatro filhos), 25 anos, casado, comerciante, chegou em Pelotas em abril de 1844, procedente de Paranaguá via Rio Grande, chegou ao Brasil em 1827, alfabetizado.

66. Manoel Martins de Oliveira Júnior, 19 anos, solteiro, caixeiro, chegou em Pelotas em dezembro de 1843, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em dezembro de 1843, alfabetizado.

67. Jozé de Carvalho, 21 anos, solteiro, alfaiate, chegou em Pelotas em 29 de setembro de 1844, procedente de Portugal via Rio Grande, chegou ao Brasil em novembro de 1843, analfabeto.

Fonte: Adaptação nossa a partir de: BECKER, Klaus. A imigração no Sul do Estado de 1844-1852. In: BECKER, Klaus (org.). Imigração. Canoas/RS: Editora Regional, 1958, p. 324-351. (Enciclopédia Rio-Grandense)








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