A estreia do Teatro do Estudante do Brasil

 

Italia Fausta e o seu entusiasmo em torno de "Romeu e Julieta"

O "Theatro do Estudante do Brasil" estreará a 28, no João Caetano

Italia Fausta parece mais joven, assim rodeada de dezenas de estudantes, nesse palco imenso do Teatro João Caetano, ensaiando a tragedia de Shakespeare "Romeu e Julieta", com que, bela e audaciosamente, se vai apresentar ao publico o "Teatro do Estudante do Brasil", quinta-feira 27, ás 21 horas, sob a direção do Sr. Paschoal Carlos Magno. A grande atriz não mostra sinais de fadiga, corrigindo um ator, apontando falhas de outro, mandando repetir movimentos de grupos. Ha uma pausa nos ensaios, Mutação de cenarios. Falamos-lhe. Ela poderia falarnos sobre mais essa iniciativa da "Casa do Estudante do Brasil". Recusa. Insistimos. Italia Fausta cede, afinal.

- Vim parar aqui, a convite de Paschoal Carlos Magno, amigo velho e de sempre, que me contagiou com o seu entusiasmo para este teatro que ele classificou "como a mais linda aventura". Quiz, a principio, recusar o logar de diretora cenica que me oferecia. Mas, como? Não se pode recusar coisa alguma a um movimento de mocidade. E aqui estou ha tres meses ensaiando "Romeu e Julieta". Os ensaios vêm sendo trez vezes por semana, sendo, que, aos domingos, se iniciavam sempre ás 15 horas para acabar sempre depois da meia noite, improvisando os estudantes jantares e pequenas ceias... Devo dizer-lhe que, de começo, a empresa pareceu-me dificilima. Mas a divisa de Paschoal era "É preciso que se faça, e far-se-á".

- E os artistas-estudantes?

- Os artistas! Veja-os...

Enchendo o palco imenso, dezenas de estudantes riam-se, cantavam felizes, aproveitando essa interrupção dos trabalhos, numa fraternidade admiravel.

- Eles vão representar - disse Italia Fausta. - Mas ha outros, alunos de Oleneva que vão dansar; outros, alunos do maestro F. Chiafiteli, que vão tocar. Clotilde Cavalcanti, diretora de arte da Casa do Estudante do Brasil, desenhou os costumes dos artistas principais. A senhora Gabriela Bensazoni Lage, com aquela alegria criadora de sempre, ajudou a vestir as massas de comparsas, metidos em peles de veroneses, guardas, mascarados, frades, etc. Nesta companhia não ha estrelas. Todos são artistas. Artistas que nunca faltaram a um ensaio, só deixando de comparecer quando enfermos ou em dias de provas...

- Quer dizer que...

- Que "Romeu e Julieta" vai ser uma revelação de bom gosto, de beleza, de luxo e de audacia joven. O publico não deve perder esse espetaculo. Dona Anna Amelia, presidente da Casa do Estudante, deve estar orgulhosa com seus colaboradores. E Paschoal Carlos Magno, que vem sendo o orientador desse movimentos, infatigavel, é considerado por essas dezenas de jovens, como o amigo mais velho, como o poeta e diplomata que se junta aos moços, congrega-se a eles, dando-lhes consciencia de sua força e do poder de sua mocidade.

Italia Fausta vai reiniciar os ensaios.

- Diga aos seus leitores que encham o João Caetano, de 28 a 30. O espetaculo merece ser visto e admirado. E os proventos dos mesmos reverterão a favor de uma instituição benemerita como a Casa do Estudante.

Fonte: A NOITE (Rio de Janeiro/RJ), 23 de Outubro de 1938, pág. 02, col. 04-05

Sobrenome Van Der Ley

 

Sobrenome holandês de dupla interpretação. 

A primeira e mais provável é que se relacione com o vocábulo medieval neerlandês leie, leide, com o significado de algo que foi escavado, que corresponde à curso d'água, riacho, vala, escoadouro, ribeirão, todavia podendo também designar lago, lagoa ou ainda qualquer terreno em que se encontre água, por extensão, pântano, alagadiço. O significado consegue ser amplo e convergente, ao mesmo tempo.

A segunda possibilidade também é muito plausível e se relaciona às diversidades linguísticas encontradas nos Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo (bem como o noroeste da Alemanha) da palavra medieval leye (também do alemão medieval leie) que significa ardósia. Uma referência ao profissional construtor de telhados de ardósia, ocupação extremamente comum na Europa Ocidental de línguas germânicas na Idade Média.

Variantes: VAN DER LEI, VAN DER LEIJ, VAN DER LEIDE, vAN DER LEIJD, VAN DER LEIJDE.

Sobrenome Pelikan

 

PELIKAN - literalmente quer dizer "pelicano" (gênero Pelecanus) no alemão moderno. Todavia, conforme encontrei na bibliografia pode ter várias acepções, dentre elas:

1. Um nome de casa, no sentido de "Casa Pelicano". Para que se compreenda, na Idade Média, nos burgos alemães, as casas não eram distinguidas por número, mas por nomes de animais como "Casa Lobo", "Casa Cão", "Casa Águia", etc. No entanto, sendo o pelicano um animal marítimo, é mais comum que se encontrassem casas "pelicano" em cidades marítimas.

2. Pode ter vínculo com o vocábulo letão "pelek", que serve tanto para designar cinza, coisa cinza, coisa pardacenta, mofo de pão, e o próprio animal pelicano. Segundo o genealogista Charles Chamberlain, o uso de PELIKAN seria para designar "pessoa de cabelo grisalho". Variantes desta vertente: Pellicke, Pelike, Pelikis, Pelican, Pelikahn, Pelukatis, Pellukatis, Pelikas, Pelikis.

3. Pode ser um sobrenome de origem religiosa, dado no cristianismo medieval, Jesus Cristo ser comparado a um pelicano, pois a ave, na medida em que escasseia a alimentação na zona que habita, ele capaz de arrancar a própria carne do peito e dar de comer o próprio sangue às crias.

4. Pode também ser um sobrenome judeu-alemão (iídiche), mas não consegui precisar a razão, apenas está listado assim.

O sobrenome PELIKAN concentra-se especialmente no Báltico, região de Memel, Kaliningrado, Mecklemburgo-Pomerânia e dispersamente no resto da Alemanha, com um especial concentração no sudoeste da Baviera.

Estranho fenômeno no céu da Itália

 

Estranho phenomeno, no ceu da Italia

ROMA, 10 - Os habitantes de Prato Corsega assistiram, á noite um estranho phenomeno, que consistiu no seguinte: Repentinamente surgiu no céo uma trajectoria luminosa muito semelhante a um cometa. Em certo momento, o globo incandescente começou a se deslocar em varias direcções para estacionar depois durante cerca de 25 minutos, desapparecendo tambem instantaneamente. O facto causou enorme espanto a população.

Fonte: JORNAL DO RECIFE (Recife/PE), 11 de Julho de 1931, pág. 02, col. 04

Como era um corpo da Guarda Nacional no século XIX?

PLANO.

Estado-maior.

Tenente-coronel commandante..... 1

Major..... 1

Major-Ajudante..... 1

Quartel-mestre..... 1

Secretario..... 1

Estado-menor.

Sargento-ajudante..... 1

Sargento quartel-mestre..... 1

Corneta mór..... 1

Força de uma companhia

Capitão..... 1

Tenente..... 1

Alferes..... 1

1o. Sargento..... 1

2o. Sargento..... 2

Furriel..... 1

Cabo d'esquadra..... 6

Corneta..... 1

Soldado..... 52

Fonte: O DESPERTADOR (Desterro/SC), 04 de Outubro de 1864, pág. 02, col. 03-04

VII Festival Nacional de Teatro de Estudantes

 

Data: 18 a 28 de Fevereiro de 1975

Observação: festival teve a temática “Teatro Infantil” e “Teatro Infanto-Juvenil”

Local: Vassouras, Rio de Janeiro

Espaços: Aldeia do Arcozelo, Anfiteatro Itália Fausta

Promotores: Fundação João Pinheiro Filho (ALDEIA), Serviço Nacional do Teatro, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Assuntos Culturais do Ministério da Educação

Eventos concomitantes: Caravana da Cultura, Barca da Cultura, Abertura oficial com o ministro da Educação Nei Braga, Seminário sobre Teatro Escolar

Júri:

Conjuntos participantes: Teatro Experimental do SESC (Amazonas), Grupo Tentativa (Salvador/BA), Grupo Mensagem (Brasília), Grupo Quintal (Niterói/RJ), Grupo ETC (Niterói/RJ), Agremiação Goiana de Teatro, Teatro Pedro Jorge (Guanabara), Teatro Móvel Paschoal Carlos Magno (Guanabara), Grupo Clã (Guanabara), Teatro Escola da Cruz Vermelha (Guanabara), Teatro Pesquisa (Belo Horizonte/MG), Grupo Divulgação (Universidade Federal de Juiz de Fora/MG), Escola Técnica Federal de Belém/PA, Grupo Campinense de Cultura (Campina Grande/PB), Teatro do Estudante do Paraná, Escola de Belas Artes de Recife, Teatro Experimental de Caruaru/PE, Teatro do Estudante de Caicó/RN, Grupo Manifesto (Bagé/RS), Grupo Desilab (Pelotas/RS), Teatro dos Gatos Pelados (Pelotas/RS), Grupo de Teatro da Universidade Federal de Santa Catarina, Grupo Teatral Folk (Itajaí/SC), Escola Dramática da USP, Teatro do Estudante de Petrópolis/RJ

 

Premiações:

·        A comissão organizadora decidiu não promover prêmios individuais.

VI Festival Nacional de Teatro de Estudantes

 

Data: 29 de Janeiro a 06 de Fevereiro de 1971

Local: Vassouras, Rio de Janeiro

Espaços: Aldeia do Arcozelo, Anfiteatro Itália Fausta

Promotores: Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Educação do Estado da Guanabara, Fundação João Pinheiro Filho (ALDEIA), Departamento de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Divisão Extra-Escolar do Ministério de Educação e Cultura

Eventos concomitantes: Palestra de abertura com Austregésilo de Athayde (presidente da ABL), Apresentação do Coral da Universidade Gama Filho, Conferência com o Professor Amir Haddad, Aula de Comunicação de Paschoal Carlos Magno, Apresentação da Declaração de Arcozelo, Palestra sobre Expressão Corporal com o Professor Falk Van Weigt

Júri: Antônio Carlos Gerber, Representantes dos conjuntos participantes

Conjuntos participantes: Grupo de Artistas Unidos (Natal/RN), Fundação Artístico-Cultural Manuel Bandeira (Campina Grande/PB), Teatro Universitário de Minas Gerais, Teatro Estudantil Vicente de Carvalho (Santos/SP), Teatro Universitário de São João Del Rey, Teatro do Estudante do São José do Rio Preto/SP, Grupo Laboratório (Universidade Federal Fluminense), Grupo de Teatro do Centro Acadêmico Hugo Simas (Curitiba/PR), Teatro de Arena da Paraíba, Arrojo - Teatro do Estudante de Rio do Sul/SC, Grupo Presença - Teatro Universitário de Santa Maria/RS, Grupo Tudo (Universidade do Paraná), Teatro do Estudante de Arapongas/PR, Grupo de Cultura Teatral de Caruaru/PE, Teatro da Universidade Católica de Pernambuco, Teatro Universitário do Pará, Teatro de Arena da Paraíba, Teatro Universitário do Maranhão, Teatro do Estudante de Teresina, Teatro da Universidade Católica de Pernambuco, Teatro do Estudante de Mossoró/RN, Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, Grupo do Colégio Severino Vieira (Salvador/BA), Os Provincianos (UFF), Laboratório (UFF), Conservatório de Arte Dramática, Escola de Teatro Martins Pena, Teatro da Universidade Federal de Minas Gerais, Teatro Jovem (Porto Alegre/RS), Grupo Teatral Júlio de Castilhos (Porto Alegre/RS), Grupo SESI (Florianópolis/SC), Teatro dos Gatos Pelados (Pelotas/RS), Teatro Universitário de Alagoas, Teatro Universitário de Sergipe, Agremiação Goiana de Teatro

Premiações:

Melhor espetáculo – Teatro Estudantil Vicente de Carvalho por A paz

Melhor espetáculo – Teatro Universitário do Pará por Vereda da Salvação

Melhor espetáculo – Teatro de Arena da Paraíba por Pedro Corredor

Melhor espetáculo – Grupo de Cultura Teatral de Caruaru por Rua do Lixo, 24

Melhor espetáculo – Teatro do Estudante de Arapongas por Arena Conta Zumbi

Melhor espetáculo – Teatro do Centro Acadêmico Hugo Simas por Ciclo Patético

Melhor espetáculo – Teatro Universitário de São João Del Rey por Tunis Conta Zumbi

Melhor espetáculo – Teatro Universitário do Rio Grande do Sul por Mortos Sem Sepultura

Melhor espetáculo – Agremiação Goiana de Teatro por Condenado ao Inferno

Melhor espetáculo – Teatro do Estudante de São José do Rio Preto por Choque de Raças

Melhor conjunto teatral – Grupo Laboratório (UFF)

Melhor direção – Teatro Estudantil Vicente de Carvalho

Melhor texto – Teatro dos Gatos Pelados

Melhor cenografia & iluminação – Teatro dos Gatos Pelados

Melhor figurino – Teatro dos Gatos Pelados