"Em um dos ultimos dias finou-se n'esta capital d. Maria Joaquina Ferreira Esteves, sogra do cidadão Ludovico de Araujo e Silva, empregado da Praça do Commercio.
História, Genealogia, Opinião, Onomástica e Curiosidades.Capão do Leão/RS. Para informações ou colaborações com o blog: joaquimdias.1980@gmail.com
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quinta-feira, 18 de novembro de 2021
Jeronymo Soares de Faria
"Em um dos ultimos dias finou-se n'esta capital d. Maria Joaquina Ferreira Esteves, sogra do cidadão Ludovico de Araujo e Silva, empregado da Praça do Commercio.
João Daniel Collin
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Japoneses na cidade de Pelotas
Pelotas teve uma pequena, mas expressiva colônia japonesa que se constituiu na cidade a partir do final da década de 1930, vindo dedicar-se à agricultura e ao comércio. Eram procedentes da fracassada tentativa da criação de uma colônia nipônica em Porto Santo Antônio, às margens do rio Uruguai, entre 1935 e 1936. Muitos desses colonos foram para Porto Alegre, outros para Santa Catarina e alguns para o sul do estado, especificamente Pelotas e Rio Grande. Alguns japoneses pelotenses também eram procedentes da colônia japonesa de Santa Maria e foram se estabelecendo mais tarde na cidade, no decorrer das décadas de 1940 a 1960.
Atualmente, a colônia japonesa e os
simpatizantes da cultura nipônica em Pelotas reúnem-se na sede campestre da
Associação de Cultura Nipo-Brasileira de Pelotas, situada à avenida Ildefonso
Simões Lopes 3750.
Fontes:
ALAGIA JÚNIOR,
Humberto Gomes & CRAVO, Ana Carla. Imigração japonesa no Rio Grande do Sul:
resgate da memória Nikkei no centro do estado. In: Anais do IV Simp: memória,
patrimônio e tradição. Porto Alegre/RS, UFRGS, Instituto de Letras, 2009.
KÄFER, Natacha
Klein; LIMA, Anita Estephane Vargas de; SOARES, André Luis Ramos. Memorial
de Imigração e Cultura Japonesa do Rio Grande do Sul: tecnologia social a
serviço do conhecimento histórico. Santa
Maria/RS, Núcleo de Estudos de Patrimônio e Memória da UFSM; Porto Alegre/RS,
Núcleo de Estudos Japoneses da UFRGS; artigo, 2009.
O SUL
(REDAÇÃO). 7º. Festival do Japão RS comemora os 110 anos da Imigração Japonesa.
Evento faz parte do calendário oficial de comemorações no Brasil. O Sul, 08 de
agosto de 2018. Disponível em: https://www.osul.com.br/7o-festival-do-japao-rs-comemora-os-110-anos-da-imigracao-japonesa-evento-faz-parte-do-calendario-oficial-de-comemoracoes-no-brasil/ Acesso em: 14 de julho de 2021.
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Palestinos na cidade de Pelotas
Os árabes palestinos vieram para a região sul do estado do Rio Grande do Sul principalmente após a criação do Estado de Israel (1948), sobretudo por causa dos conflitos que marcaram o século XX entre esse povo e os israelenses. A maior concentração dos palestinos no estado é o município fronteiriço do Chuí, mas também são importantes as comunidades palestinas de Santa Vitória do Palmar, Bagé, Uruguaiana, Santana do Livramento, Jaguarão, Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas.
Atualmente, a presença palestina em
Pelotas é percebida pelo crescimento da comunidade muçulmana na cidade, incrementada
pela recente chegada de muitos migrantes senegaleses que compartilham a mesma
fé. A Mesquita Islâmica de Pelotas está situada à Rua Marechal Deodoro 523, na
zona central.
A presença palestina em Pelotas
também é rememorada pela Praça Palestina – área verde localizada no
quadrilátero formado pelas ruas Cassiano do Nascimento, Voluntários da Pátria,
Bento Martins e Álvaro Chaves – assim denominada pela lei municipal 4829 de
2002.
Fontes:
CALAZANS,
Márcia Esteves de & PIÑEIRO, Emilia da Silva. A migração de mulheres
palestinas para a fronteira sul do Brasil. In: VII Seminário Corpo, Gênero e
Sexualidade, Rio Grande/RS, FURG, set. 2018, comunicação.
JARDIM, Denise
Fagundes. Famílias palestinas no extremo sul do Brasil e na diáspora:
experiências identitárias e aduaneiras. In: Cadernos Pagu, Porto
Alegre/RS, UFRGS, n. 29, jul.-dez. 2007, pág 193-225.
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
Irlandeses e ingleses na cidade de Pelotas
Em 1850 foi estabelecido no terreno de Antonio Rafael dos Anjos, na estrada que saía de Pelotas para o Capão do Leão, a colônia Dom Pedro II que recebeu cerca de 300 colonos irlandeses e ingleses em 1852. Eles vieram do porto de Liverpool, Inglaterra, no brigue Gysey e na barca Irene. A quase totalidade dos colonos era proveniente da Irlanda, mais especificamente da baronia de Forth, no condado de Wexford. Esses colonos se dedicaram principalmente ao fabrico de manteiga e hortifrutigranjeiros. Apesar da iniciativa pioneira, a colônia não prosperou, sendo já considerada decadente em um relatório de 1859, com a maioria dos colonos tendo emigrado para o Uruguay e Argentina. Ficaram algumas poucas famílias na região, das quais citam-se: Carpenter (Carpter), Ennis, Sinott, Staford, Yates, Moncks e Brião (Brian).
Os ingleses também estiveram
presentes na vida social e econômica da cidade durante o século XIX ocupando-se
principalmente de negócios de importação e exportação na zona portuária. Em
1924, a companhia inglesa Western Brothers adquiriu a antiga Companhia
Frigorífica Rio Grande, transformando o local no conhecido Frigorífico Anglo.
Com esse empreendimento, vieram muitos engenheiros e técnicos ingleses para a
administração do frigorífico. Muitos desses ingleses estiveram diretamente
envolvidos na fundação do Pelotas Golf Club, em 1930, dada a paixão britânica
pelo esporte. Mais tarde, em 1944, os antigos frequentadores ingleses e
brasileiros, voltaram a se reunir e fundaram o Clube Campestre de Pelotas, hoje
situado no território do município de Capão do Leão. A primeira diretoria era
composta de sete ingleses e um brasileiro.
Na rua Quinze de Novembro chegou a
existir um Clube dos Ingleses até a década de 1950, onde a comunidade
britânica local se reunia para apreciar uísque, corned beef e discutir
futebol e política.
Fontes:
ANJOS, Marcos
Hallal dos. Breves notas sobre a colônia Dom Pedro II. Artigo, 2009.
BONTEMPO,
Carla Gabriela Cavini. Preferem-se estrangeiros: os trabalhadores imigrantes em
Pelotas. In: História em Revista, Pelotas, UFPel, v.12, dez. 2006, pág.
179-200.
CLUBE
CAMPESTRE DE PELOTAS. Histórico. Disponível em: https://campestrepelotas.com.br/activities/ Acesso em: 14 de julho de 2021.
VIDAL,
Francisco Antônio. Ingleses na cidade de Pelotas. Pelotas Capital Cultural, 13
de junho de 2011. Disponível em: https://pelotascultural.blogspot.com/2011/06/ingleses-na-cidade-de-pelotas.html?m=0 Acesso em: 14 de julho de 2021.
domingo, 14 de novembro de 2021
O Tesouro de Falkstrupp - investigação histórica
sábado, 13 de novembro de 2021
Poloneses na cidade de Pelotas
A bela, culta e hospitaleira 'Princesa do Sul', recebeu os imigrantes poloneses embora em menor número, na mesma época que os recebeu a vizinha cidade do Rio Grande. Em 1898 encontramos, ali, perfeitamente radicadas, cerca de 30 famílias debaixo da tutela espiritual do Revdo. Padre Jan Zblewski. Em 1924 residiam em Pelotas cerca de 300 poloneses, segundo nos informa o ex-cônsul, Dr. Kazimierz Gluchowski, o que sem dúvida, constitui um grupo muito menor do que na vizinha cidade portuária. Não obstante tal fato, foi organizada, também, uma sociedade cultural, sob o nome do consagrado escritor de fama universal Henryks Sienkiewicz, que agrupou, inicialmente 14 famílias residentes na cidade. Embora o patrimônio da referida sociedade fosse na época, apenas de Cr$ 2.000,00, eram bastante ativas e originais às suas atividades, segundo veremos pelo relato pessoal feito em junho do corrente ano, pelo ex-presidente Sr. Leonardo Klemowski: 'A Sociedade Henryk Sienkiewicz', teve seu início em 1904. As poucas famílias existentes em Pelotas, compunham-se na sua maior parte de operários, tais como: tecelões, marceneiros, mecânicos, carpinteiros, etc. que prestavam os seus serviços profissionais às diversas indústrias e empresas espalhadas pela cidade.
A ideia de uma sociedade surgiu em face do natural desejo de se reunirem
em grupo, afim de evocarem as suas tradições e concorrerem, dentro de suas
modestas possibilidades econômicas, para auxiliarem o Governo Polonês no
exílio, cuja sede, se encontra na cidade suíça denominada Rapesville. A
iniciativa desta campanha fora feita pelos Srs. Antonio Wolski, Jan Dobrzynski,
Piotr Olendzki, que costumavam reunir-se na casa do Sr. Teodor Brzeski. Embora
em pequeno número, porém movidos por uma causa nobre, ou seja, pela liberdade
de sua pátria, que nesta época era subjugada e tiranizada por cruéis invasores
- aqueles bravos pioneiros, nunca esmoreceram ante as dificuldades ou
desilusões. Organizaram festas, reuniões e bailes em casas dos amigos e
parentes, cada vez em outro local. Deste modo surgiu definitivamente a
'Sociedade Polonesa Henrique Sienkiewicz', com estatutos e sede própria. Vivem
dias de intensa atividade social e cultural, apresentando festivais, teatros,
organizando recepções a visitantes ilustres como o foram Sua Excelência
Reverendíssima Dom Dr. Teodor Kubina, famoso e prestigioso prelado polonês, e
Dr. Tadeusz Grabowski, que fora Ministro Plenipotenciário e Enviado
Extraordinário da Polônia no Brasil.
Lamentavelmente, durante a campanha de nacionalização, sem motivo algum,
passou a vegetar, até o corrente ano. Há poucos meses ressurgiu novamente, com
a sede reformada, e com estatutos também modificados de acôrdo com a época e a
realidade nacional. Merecem destaque especial as atividades desenvolvidas há
meio século, pelos Srs. Stanislaw Szafarski, Josef Lugowski, Roman
Murowaniecki, Ludwik Skrzesinski e Wladyslaw Nasilewski, Stefan Lange, bem como
do nosso informante, Sr. Kleinowski.
A sede própria, somente tornou-se realidade em 1920, graças à
generosidade e cooperação de toda a colônia radicada em Pelotas.
No pequeno cenário da etnia polonesa no sul do Rio Grande, projetam-se,
ainda, o prof. SILVIN DERENGOWSKI, na qualidade de lente da cadeira de
Geometria Descritiva e Desenhos da 'Escola Eliseu Maciel' e o professor CZESLAW
MARJAN BIEZANKO, do qual nos ocuparemos em especial, numa reportagem separada.
O prof. DERENGOWSKI, falecido em 1937, segundo informações prestadas pelo
ilustre Eng. Agrônomo Biezanko: “deixou uma gratíssima lembrança entre os seus
colegas e alunos. Os seus filhos concluíram brilhantemente as escolas militares
e pertencem hoje, ao patrimônio ativo do Exército Nacional."
Fonte:
DIÁRIO DE
NOTÍCIAS, Porto Alegre/RS, 25 de julho de 1958, pág. 10.