sábado, 30 de janeiro de 2021

Manoel Pedro Toledo



"Em Pelotas falleceu, aos 26 annos de idade, o cidadão Gentil de Menezes, impressor das officinas do
Diario Popular.

- Na mesma cidade finou-se tambem o commendador Manoel Pedro Toledo, pai do nosso co-religionario major Pedro Toledo.

✤✤✤✤✤

No Rio Grande falleceu, no dia 24, o sr. José Appolinario de Medeiros, viuvo, natural d'este Estado, e empregado aposentado da mesa de rendas d'aquella cidade.

Contava 70 e tantos annos de idade.

- Na mesma cidade finaram-se o sr. Eugenio Alano da Silva, de 38 annos de idade, solteiro, natural d'este Estado, e d. Annalia Vieira Pinto, filha do sr. Felix Pinto, patrão de um dos hiates da carreira d'esta capital."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 01 de Abril de 1893, pág. 02, col. 04

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Moradores de Pelotas em 1888



Distante de ser um recenseamento completo dos moradores de Pelotas no período, nosso esforço foi o de, através de consulta aos jornais da época disponíveis na web, listar o quanto fosse possível de nomes relacionados à cidade, bem como inserindo as informações adjuntas que encontramos. Todavia, na maior parte dos casos, encontramos somente os nomes. De forma geral, quando usamos a denominação "morador" queremos dizer literalmente isso: apenas constatamos que o indivíduo citado viveu em Pelotas, mas não encontramos mais dados sobre sua ocupação, nacionalidade ou outros. A propósito, quando listamos "Fulano de Tal & Fulana de Tal", justamente com o uso do "&" queremos dizer que os indivíduos são casados. Esperamos contribuir de alguma forma para pesquisas genealógicas e historiográficas, mesmo que de modo muito modesto. Obs.: respeitamos a grafia encontrada na época.

Periódicos consultados para este período: A Federação (Porto Alegre/RS); Relatorios dos Presidentes das Provincias Brasileiras; Gazeta Mercantil (Rio Grande/RS); Folha da Tarde (Porto Alegre/RS); Jornal do Commercio (Rio de Janeiro/RJ);

1888

Alberto de Almeida, dono da loja de ferragens Alberto de Almeida & Cia.

Albino Costa, redator do jornal A Patria.

Amelia Augusta da Silveira, moradora.

Anna dos Santos Antunes, moradora.

Antenor Barbosa, charqueador.

Antonio Baptista Pereira, agente do Correio.

Antonio Ferreira Vianna, conselheiro.

Antonio Joaquim Dias, proprietário e redator do jornal Correio Mercantil.

Antonio Lopes Rios, presidente da Sociedade Portugueza de Beneficencia.

Antonio Mancio Ribeiro, comendador, fazendeiro.

Antonio Netto, charqueador.

Antonio Ribeiro Tacques, médico oftamologista.

Antonio Ruiz Dias, espanhol, morador; genro de Luiz Maria Corrêa Brandão.

Arthur Guimarães, português, sócio-proprietário da Loja das Famílias; irmão de Francisco Guimarães e filho de Emílio Guimarães, residente no Porto, Portugal.

Arthur Maciel, proprietário.

Ataliba Borges, charqueador.

Augusto Joaquim de Sequeira Canabarro, vigário-geral da igreja matriz.

Bernardino Maia, charqueador.

Bernardino Manoel da Silveira, alferes.

Caetano Catalano, padre, capelão da Santa Casa de Misericórdia.

Candido Antonio Xavier, morador.

Carlos Frederico de Oliveira, alferes da Guarda Nacional.

Carlos MacGiniti, agrimensor.

Carlota Pereira, moradora; mãe de José Carlos Pereira e viúva de Antonio José Rodrigues Pereira, ex-professor público.

Christovam Maia, industrialista.

Clarimundo Mathias da Costa, camarada do lanchão Rosa II.

Custodio da Silva Branco, dono da fábrica de biscoitos Custodio da Silva Branco & Cia.

Cypriano Maia, médico.

Dally Martins, morador.

Domingos Guilherme da Costa, charqueador.

Elias de Souza Xavier, proprietário e dono de escravos.

Emilio Pereira, criminoso.

Ernesto José da Silva, dono de uma loja de ferragens à Rua São Miguel.

F.C. Lang, alemão, dono de uma fábrica de sabão e velas.

Faustino Trápaga, espanhol, membro da Praça Comercial.

Fernando Luiz Osorio, advogado.

Fernando Maria Corrêa, português, morador.

Fernando Rohnelt, alemão, ancião, antiquíssimo morador d'aquella cidade.

Francisco de Paula Gonçalves Baptista & Adelia da Cunha Baptista, moradores.

Francisco dos Santos Corrêa, fabricante de vinhos e línguas secas e em salmoura.

Francisco Guimarães, português, sócio-proprietário da Loja das Famílias; irmão de Arthur Guimarães e filho de Emílio Guimarães, residente no Porto, Portugal.

Francisco Lobo da Costa, poeta.

Francisco Mendes Borges, mendigo, procedente de Santa Vitória do Palmar.

Francisco Pagano, italiano, retratista.

Francisco Sattamini, comerciante.

Gervasio Alves Pereira, médico, membro do Partido Republicano.

Guilherme Bohns, alemão, dono de uma venda aquém das Três Vendas.

Gustavo Adolpho Garnier, 1o. tenente da Armada, delegado da capitania do porto de Pelotas a partir de Março de 1888.

H. Boyunga, membro da Praça Comercial.

Helena Haltorf, alemã, agricultora na colônia Santo Amor.

Heleodoro Azevedo de Souza, charqueador.

Herminia Fernandes da Rocha, moradora; filha de Henrique Fernandes da Rocha, comerciante.

J.C. Fortinho, redator do jornal Sul do Brazil - órgão oficial do Centro Agricola Industrial de Pelotas.

J. da C. Fartroto, membro da Praça Comercial.

Jacintho A. Lopes, charqueador.

Joanna Ferreira Cardoso, moradora à Rua São Miguel n.11.

João Antonio Netto, charqueador.

João Antonio Ramos, proprietário.

João Baptista Rodrigues Pereira, tesoureiro da agência de Correios de Pelotas.

João Correia Peixoto, ourives.

João Ferreira de Almeida, morador.

João Francisco da Silveira, morador.

João Pereira, criminoso.

João Pinto Bandeira, professor de Música.

João Rodrigues P. Vianna, solicitador.

João Sinclair de Freitas, guarda da Mesa de Rendas Gerais.

João Tupaveraba, africano, alforriado, 80 anos.

Joaquim da Silva Tavares, charqueador.

Joaquim Francisco da Silva, proprietário de uma padaria.

Joaquim Gonçalves Braga, proprietário e dono de escravos.

Joaquim Nogueira Gomes, português, proprietário; tio de José Nogueira Gomes, residente em Porto, Portugal.

Joaquim Rasgado, charqueador.

José Alvares de Souza Soares, farmacêutico; fabricante do Peitoral de Cambará.

José Bento de Campos, charqueador.

José Bueno Vieira Braga, soldado da Infantaria.

José Maria de Avellar & Maria Luiza de Avellar, moradores; pais de João Pinto de Avellar e Vidal Pinto de Avellar, ambos residentes em Porto Alegre.

José Maria de Quadros, proprietário e dono de escravo.

Leon Bastide, francês, casado e pai de dois filhos.

Lucio Lopes, charqueador.

Luiz Bianchi, morador.

Manoel Antonio Rodrigues, português, morador; tio de Maria José dos Reis, 15 anos, órfã de pais na ocasião.

Manoel Bento da Fontoura Cazado, comandante da secção policial de Pelotas até abril de 1888.

Manoel Conceição, proprietário.

Manoel José de Oliveira, proprietário, ex-dono de escravos; pai de Rosalia Crespo de Oliveira e Branca Crespo de Oliveira.

Manoel Marques Machado, morador.

Maria Bernardina Andara, moradora.

Maria Carolina de Lima, moradora.

Maria José Rodrigues Barcellos, moradora.

Martim Bidart, morador.

Miguel A. da Silveira, charqueador.

Miguel Rodrigues Barcellos, médico.

Miguel Silveira, morador.

Nerina Avila Goularte, moradora.

Octacilio Aristides Camará, médico.

Olivia Vianna da Cunha, moradora.

Paulino Teixeira da Costa Leite, charqueador.

Pedro Osorio, charqueador.

Polycarpo Cezario de Barros, 1o. tenente da Armada, delegado da capitania do porto de Pelotas até Março de 1888.

Rodrigo da Silva Mattos, morado.

Santiago Prati, italiano, dono do Hotel Alliança (fundado em 1843), à Rua de São Miguel, sobrado nos números 140 e 142.

Serafim Alves, proprietário.

Serafim José Rodrigues de Araujo, médico.

Theodosio Fernandes da Rocha, proprietário.

Utaliz Lupi, morador.

Vicente Cypriano da Maia, médico.

Vicente de Oliveira, tropeiro.

Vicente Maria Monteverde, agente de leilões.

José Pinós



"Ás 9 horas da manhã de hontem falleceu n'esta capital, repentinamente, o estimado cidadão nosso amigo José Pinós, natural da Hespanha e chefe de um distincta familia em que contamos dedicados co-religionarios.

O finado era um honrado commerciante, possuindo casas n'esta praça, na de Caçapava e na de Santa Maria da Bocca do Monte.

As cerimonias do enterramento effectuaram-se esta manhã, concorrendo a ellas muitas pessoas gradas, amigos e apreciadores do morto, a cuja exma. familia d'aqui enviamos as expressões do nosso sentimento de pezar.

(...)

Em Pelotas falleceram d. Candida de Azevedo Leite e o cidadão portuguez Joaquim Simões Dias, de 41 annos de idade.

✤✤✤✤✤

Na Cruz-Alta finaram-se as sras. dd. Francisca de Paula Bicca Lima e Anna Appolinaria Pereira."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 29 de Maio de 1893, pág. 02, col. 05

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Imigração europeia tardia no Brasil



"Chegou a Santos, com imigrantes alemães e holandeses o navio 'Duque de Caxias'

SANTOS, 10 (Da sucursal) - O navio auxiliar 'Duque de Caxias' foi designado para transportar uma leva de imigrantes alemães e holandeses, destinados ao nosso país, e selecionados por uma comissão militar em Berlim, e pelos delegados do Conselho de Imigração e Colonização na Europa.

Trouxe esse navio 943 imigrantes de ambas as nacionalidades, ficando cerca de 800 no Rio de Janeiro, e vindo para Santos aproximadamente 150.

Hoje pela manhã o 'N.A. Duque de Caxias' deu entrada no porto. Nossa reportagem esteve a bordo, avistando-se com o seu comandante, o brilhante oficial de nossa Marinha de Guerra, capitão de fragata Luiz Felipe de Saldanha da Gama, o qual nos recebeu com extrema gentileza.

Inicialmente, declarou-nos o destacado oficial que as notícias divulgadas por um jornal do Rio de Janeiro, sobre irregularidades a bordo, eram caluniosas e inverídicas. A viagem decorrera com absoluta e rigorosa normalidade, tocando o navio apenas nos portos que haviam sido determinados na rota previamente estabelecida pelo Estado Maior da Armada. Em Hamburgo, recebeu grande número de imigrantes alemães, e em Roterdam muitos outros holandeses. Estes vieram quase todos para Santos, pois dos 150 mais ou menos aqui desembarcados, 110 são neerlandeses e destinam-se à Fazenda Ribeirão, no município de Mogi-Mirim, como se sabe de propriedade de uma organização holandesa.

Em seguida, o capitão de fragata Saldanha da Gama levou-nos a visitar o navio, tendo-nos sido assim dado oportunidade de constatar que se trata de um barco moderno, completamente aparelhado, disponde de todas as condições de conforto e segurança para o transporte de passageiros de 3a. classe, condições essas muito raramente encontradas em navios comerciais.

Além de cozinhas modelares, salas de refeições, cinema, capela, amplos convezes, para 'footing', e jogos, dispõe de uma enfermaria principal, quatro enfermarias de isolamento, sala de operações, e de curativos, tudo dotado do mais moderno aparelhamento cirurgico, farmacia fartamente guarnecida, gabinete dentario, aparelhos de raios-X, e etc.

Para contestar as notícias tendenciosas publicadas no Rio de Janeiro, o comandante do 'Duque de Caxias' exibiu-nos uma mensagem que lhe fora entregue no fim da viagem assinada por todos os passageiros, na qual os signatarios expressavam o seu reconhecimento ao bom tratamento que lhes fora dispensado durante a viagem, manifestando seu profundo agradecimento ao comando do barco, oficialidade, marinhagem, funcionários, médicos e enfermeiros, e declaravam que, em reconhecimento a essas atenções, estavam ainda mais dispostos a trabalhar com lealdade e sinceridade pelo progresso do Brasil.

Durante a viagem do 'Duque de Caxias' nasceram a bordo duas crianças, uma das quais recebeu o nome de Luiz Felipe, em homenagem ao comandante dessa unidade naval. Os imigrantes que aqui chegaram mostravam todos excelente disposição particularmente as crianças. Era elevado o índice de famílias numerosíssimas. Alguns que falavam o português manifestaram à reportagem estarem satisfeitíssimos com a ótima viagem e o excelente tratamento que lhe foi proporcionado."

Fonte: CORREIO PAULISTANO (São Paulo/SP), 11 de Janeiro de 1950, pág. 10, col. 01

Maria Luiza de Castro Araujo


"Pesado lucto reveste uma distincta familia pela qual temos a grande consideração e respeito de que ella é merecedora.

Ás 2 horas da madrugada de hoje finou-se, victima de uma cruel febre typhoide, a exma. sra. d. Maria Luiza de Castro Araujo, respeitavel consorte do cidadão Theutonio de Castro Araujo e dilecta filha do nosso velho amigo e venerando co-religionario Candido Pacheco de Moraes Castro, cuja dôr produzida por tão deploravel successo avaliamos pela grandeza do affecto que o amoravel pai consagra á sua prole.

Ha cinco dias a mallograda senhora e seu digno esposo passaram pelo dissabor de perder um filho, menino de mais de um anno de idade.

Sobrevem agora esta outra desgraça, lançando na mais triste desolação a exma. familia Pacheco.

Enviamos as expressões do nosso sentimento de pesar ao esposo, pais, irmãos e demais parentes da morta."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 30 de Março de 1893, pág. 02, col. 03

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A trágica morte do filho do Presidente da República



"Um telegramma procedente de São Paulo explica assim a lamentavel morte desastrosa do joven filho do presidente da Republica:

'Em uma fazenda do municipio de Botucatú foi morto invoulntariamente, por um colono italiano, um filho do presidente da República, de nome José Prudente de Moraes.

A desgraça deu-se da seguinte fórma: tendo José Prudente e o colono ido caçar veados, aquelle internou-se no matto, deixando de espreitar o colono.

Passando algum tempo, ouvindo o colono barulho no matto e julgando ser onça descarregou para o lado do barulho a espingarda.

José Prudente deu um grito lancinante.

Indo o colono para o matto encontrou Prudente agonisante.

O colono ficou emocionadissimo, temendo-se que perca a razão."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 10 de Julho de 1895, pág. 01, col. 02

Cyrillo Marcondes de Mello Maia



"No lugar denominado Bemfica, municipio do Triumpho, occorreu o fallecimento do nosso co-religionario Cyrillo Marcondes de Mello Maia.

O finado, que exercia no citado local o magisterio, era casado e irmão dos nossos co-religionarios Affonso e Serafim Marcondes de Mello Maia, aqui residentes.

Pezames.

✤✤✤✤✤

N'esta capital deu-se o passamento do joven Eduardo de Lima, filho do finado José Francisco da Silva Filho.

✤✤✤✤✤

No Rio Grande finou-se a exma. sra. d. Virginia Corrêa Bezerra, sogra do nosso amigo dr. Julio de Mendonça Moreira, a quem apresentamos as nossas condolencias."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 30 de Junho de 1894, pág. 02, col. 02
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