domingo, 10 de junho de 2007

Castelo Granja da Cachoeira

A atual dona da Granja da Cachoeira, Maria Amélia Tavarez Perez Wrege vive em Pelotas. A economia é voltada para a imobiliária da família Wrege, também localizada em Pelotas. Já na granja, o ponto mais importante, é no período do ano de setembro a março, com a reprodução de eqüinos crioulos, que foi idéia e tem o investimento de Rouget Gigena Wrege. A maior diferença na granja, é que antigamente não havia um movimento tão grande de eqüinos, como há hoje.
A residência principal tem cerca de 92 anos; localizada na BR 293 – km 18, no município de Capão do Leão. Seu primeiro morador, foi Rouget Perez, que comprou a referida propriedade do Conde Mamedes, pois era parecido com um castelo de Paris – França. Hoje a casa é usada como lazer nos fins de semana pela família Perez.

História de vida e contribuição do Dr. João Rouget Perez:
Foi diretor e fundador da Rádio Pelotense;
Professor da Escola de Agronomia e Veterinária Eliseu Maciel – Pelotas;
Em 1926 fundou o Laboratório Dr. Rouget Perez;
Em 1940, foi nomeado diretor da Escola de Agronomia e Veterinária Eliseu Maciel, onde representou o Brasil em vários congressos nacionais e internacionais;
1952 – Congresso Internacional de Bioquímica – Paris;
1952 – Jornada Internacional de Veterinária em Lyon – França;
Presidente da Sociedade Agrícola de Pelotas;
Foi o pioneiro na produção de sementes para o melhoramento de pastagens em sua propriedade rural – Granja da Cachoeira em Capão do Leão;
A propriedade de Capão do Leão foi adquirida pela semelhança de paisagens com a cidade natal de Lannes – França;
Cursou Parasitologia em Paris;
Foi fornecedor das vacinas Anti- Carbunculosas ao governo estadual;
Fez estágio em Bruxelas – Bélgica;
Publicou trabalhos científicos sobre verminoses de bovinos;
Na Santa Casa de Misericórdia foi membro da mesa administrativa;
O terreno onde hoje está localizada a Escola Estadual Dr. Dario da Silva Tavares foi uma doação do avô materno de Maria Amélia Tavarez Wrege. O nome da escola é uma homenagem ao seu fundador: Dario Tavarez.


Obs.: trabalho originalmente apresentado pela escola Professora Delfina Bordalo de Pinho, durante a Semana Farroupilha 2006, no CTG Tropeiros do Sul, no I Concurso Conhecendo Capão do Leão.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Lugares VI

Pedra Monumental existente no cume do Cerro das Almas
Obs.: foto retirada do trabalho da Escola Abadie F. Rosa, apresentado na Semana Farroupilha 2006 do Ctg Tropeiros do Sul (I Projeto Conhecendo Capão do Leão)

sábado, 26 de maio de 2007

Revista Zona Sul

Revista Zona Sul
Ano de 1989
Edição comemorativa ao Sétimo Aniversário de Capão do Leão

Um escritor em Capão do Leão







A jovem Kelly Cuba procurou-me para mostrar um antigo livro que estava em posse de sua família há gerações e surpreendi-me com o que achei. Trata-se de um pequeno romance em versos intitulado o "O Orgulho Quebrado", de autoria de Florisbello G. Barcellos (sua foto aparece na terceira figura), que conta a história de Henrique Salcedo (ilustração na primeira figura), estampa do gaúcho cordial, bonachão, que se antepõe diante da invasão de valores novos e estranhos que vêm da cidade para o campo. O mais impressionante, contudo, é que no frontispício (segunda figura) consta que o nosso escritor é de Capão do Leão. O ano: 1938. O livro foi editado na Typografia Alvorada, em Pelotas. Estou buscando informações sobre nosso ilustre escritor e conto com a colabaração daqueles que lerem esta postagem, bem como de algum integrante da Família Barcellos que tenha informações sobre este antepassado.



Fluminense F.C. 1982

Equipe do Fluminense F.C.
Cerro do Estado
Ano 1982

domingo, 22 de abril de 2007

Pedreiras do Estado


Capão do Leão 4o. distrito, de Pelotas é de real importância para nosso Estado, devido a imensa riqueza que possui, riqueza esta que consiste na extração de pedra, constituindo assim o centro vital da localidade.

Foi em 1909 um período de grande importância para a citada Pedreira, pois nesta época deram-se os preparativos de instalação e maquinários.

no seguinte ano, ou seja em 1910, teve início a exploração das Pedreiras por franceses radicados no Brasil.

Na época da 1a. Guerra Mundial em 1914 a Cia. Francesa retirou-se encampando a Cia. do Rio Grande.

Em 1917 ou 1918 a Cia. Francesa fez a entrega do Porto do Rio Grande e dos Molhes para o Estado do Rio Grande do Sul.

No ano de 1922, o Engenheiro Francisco Teles de Miranda respondendo por impedimento do Eng. João Fernandes Moreira deu movimento a referida Pedreira a 20 de dezembro do mesmo ano foi designado o eng. Benno Hoffmann.

Em 1923 não houve nenhuma alteração, somente em julho de 1924, foi nomeado o Eng. Benno Hoffmam até então designado.

Mais tarde em 1925 veio a Cia. Americana de Construciones e Pavimentos que, explorou as Pedreiras até 1936 voltando então para o Estado.

Em 1953, foi criado o Departamento de Portos, Rios e Canais (DPRC), que permanece até hoje.

As Pedreiras do Estado tem uma altitude aproximadamente de 120 metros acima do nível do mar. Suas pedras são conhecidas até na Itália, pois serviram para a construção do cemitério dos bravos pracinhas brasileiros que tomabaram em terras distantes e a monumental obra de rara beleza que enaltece a Princesa do Sul: o Monumento do Cel. Pedro Osório na Praça do mesmo nome assim como também o Porto de Rio Grande e os Molhes no Cassino.


Nota: Trabalho originalmente apresentado durante a Semana Farroupilha de 2006, no CTG Tropeiros do Sul, no I Concurso Conhecendo Capão do Leão, pela E.E.E.F. Faria Santos.

O Leão do Capão do Leão


Trecho extraído do livro "Memórias de um agente de alfandêga", de Mário Carrestrini (Edições Atalaia, São Paulo, 1971):


"Lembro-me que quando estive em Pelotas, isso por volta de 1900, ocorreu-me ir visitar a cidade no furor da noite. Soube que havia a apresentação de um circo naquela urbe, se me recordo bem, pertencente a ciganos romenos. Qual foi a surpresa ao chegar lá, a polícia da Intendência tinha intervido na companhia mambembe, que, tudo indicava, estava em desacordo com alguma lei municipal. Fora um alvoroço, com várias figuras estranhas correndo da guarda em direção ao povaréu.

(...)

Soube, mais tarde, que o circo tinha se refugiado nos arrebaldes da cidade de Pelotas, numa localidade apelidada de villa de Capão de (sic) Leão. (...) Descobertos pelas autoridades, os ciganos arremeteram-se em direção à República Oriental, sem antes aprontar-lhes uma surpresa. Soltaram adrede vários micos da companhia naquela villa, causando grande confusão, o que me fez lembrar de Fernando Sabino. Além dos micos, os moradores do local acusavam estarem terrificados com a presença de um urso e de um leão africano [grifo nosso] ... (...) andando a atacar os rebanhos de carneiros dos pequenos quintalejos que ali medravam..."
Nota: Encontrei este livro totalmente por acaso na biblioteca particular de um conhecido meu. Pelo que entendi, o autor era funcionário público do estado do Rio Grande do Sul, que vivia a passar temporadas em várias cidades, devido talvez a seu cargo. Entre as páginas do livro amarelecido, encontrei o capítulo "Lembranças de Pelotas", no qual pus-me a ler sem ter nenhuma pré-expectativa. Acabei encontrando este importante indício, que corrobora uma forte tradição oral do Capão do Leão.
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