domingo, 22 de abril de 2007

Pedreiras do Estado


Capão do Leão 4o. distrito, de Pelotas é de real importância para nosso Estado, devido a imensa riqueza que possui, riqueza esta que consiste na extração de pedra, constituindo assim o centro vital da localidade.

Foi em 1909 um período de grande importância para a citada Pedreira, pois nesta época deram-se os preparativos de instalação e maquinários.

no seguinte ano, ou seja em 1910, teve início a exploração das Pedreiras por franceses radicados no Brasil.

Na época da 1a. Guerra Mundial em 1914 a Cia. Francesa retirou-se encampando a Cia. do Rio Grande.

Em 1917 ou 1918 a Cia. Francesa fez a entrega do Porto do Rio Grande e dos Molhes para o Estado do Rio Grande do Sul.

No ano de 1922, o Engenheiro Francisco Teles de Miranda respondendo por impedimento do Eng. João Fernandes Moreira deu movimento a referida Pedreira a 20 de dezembro do mesmo ano foi designado o eng. Benno Hoffmann.

Em 1923 não houve nenhuma alteração, somente em julho de 1924, foi nomeado o Eng. Benno Hoffmam até então designado.

Mais tarde em 1925 veio a Cia. Americana de Construciones e Pavimentos que, explorou as Pedreiras até 1936 voltando então para o Estado.

Em 1953, foi criado o Departamento de Portos, Rios e Canais (DPRC), que permanece até hoje.

As Pedreiras do Estado tem uma altitude aproximadamente de 120 metros acima do nível do mar. Suas pedras são conhecidas até na Itália, pois serviram para a construção do cemitério dos bravos pracinhas brasileiros que tomabaram em terras distantes e a monumental obra de rara beleza que enaltece a Princesa do Sul: o Monumento do Cel. Pedro Osório na Praça do mesmo nome assim como também o Porto de Rio Grande e os Molhes no Cassino.


Nota: Trabalho originalmente apresentado durante a Semana Farroupilha de 2006, no CTG Tropeiros do Sul, no I Concurso Conhecendo Capão do Leão, pela E.E.E.F. Faria Santos.

O Leão do Capão do Leão


Trecho extraído do livro "Memórias de um agente de alfandêga", de Mário Carrestrini (Edições Atalaia, São Paulo, 1971):


"Lembro-me que quando estive em Pelotas, isso por volta de 1900, ocorreu-me ir visitar a cidade no furor da noite. Soube que havia a apresentação de um circo naquela urbe, se me recordo bem, pertencente a ciganos romenos. Qual foi a surpresa ao chegar lá, a polícia da Intendência tinha intervido na companhia mambembe, que, tudo indicava, estava em desacordo com alguma lei municipal. Fora um alvoroço, com várias figuras estranhas correndo da guarda em direção ao povaréu.

(...)

Soube, mais tarde, que o circo tinha se refugiado nos arrebaldes da cidade de Pelotas, numa localidade apelidada de villa de Capão de (sic) Leão. (...) Descobertos pelas autoridades, os ciganos arremeteram-se em direção à República Oriental, sem antes aprontar-lhes uma surpresa. Soltaram adrede vários micos da companhia naquela villa, causando grande confusão, o que me fez lembrar de Fernando Sabino. Além dos micos, os moradores do local acusavam estarem terrificados com a presença de um urso e de um leão africano [grifo nosso] ... (...) andando a atacar os rebanhos de carneiros dos pequenos quintalejos que ali medravam..."
Nota: Encontrei este livro totalmente por acaso na biblioteca particular de um conhecido meu. Pelo que entendi, o autor era funcionário público do estado do Rio Grande do Sul, que vivia a passar temporadas em várias cidades, devido talvez a seu cargo. Entre as páginas do livro amarelecido, encontrei o capítulo "Lembranças de Pelotas", no qual pus-me a ler sem ter nenhuma pré-expectativa. Acabei encontrando este importante indício, que corrobora uma forte tradição oral do Capão do Leão.
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