sexta-feira, 17 de abril de 2020

A História da Moda no século XIX


Um excelente canal sobre História da Moda e Vestuário no YouTube, o qual recomendamos é o de Karolina Zebrowska. A pesquisadora polonesa produz um rico e interessante material e, embora usando a língua inglesa em seus vídeos, é possível ativar as legendas traduzidas para português. Seus estudos são muito acurados.

O vídeo acima trata dos diferentes modelos da moda feminina do século XIX. Mas há vários outros no canal.

Aqui uma entrevista da pesquisadora ao The Vintage Woman Magazine: https://thevintagewomanmagazine.com/an-interview-with-karolina/

Sobrenome Moço


"MOÇO - Sobrenome português metanímico. Significa jovem, imberbe, infante. Em tempos arcaicos, era usado também no sobrenome com o sentido de 'Júnior' ou 'Filho'."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 17 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Gamboa


"GAMBOA - Sobrenome toponímico. Refere-se a uma variedade de marmelo da Península Ibérica. O mesmo que GAMBOEIRO - árvore que produz gamboas.

Em Portugal, Nuno Cayado de Gamboa se estabeleceu a serviço real em 1529."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 09 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Brando


"BRANDO - Primitivamente alcunha. Significado: 'que tem brandura'. Do latim 'blandus'. Em francês, é nome próprio, e provém de Blandinus. Acusa-se João Brando, cronista flamengo falecido em 1428, no século XV em Portugal."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 15 de Outubro de 1990, pág. 04

Quatro casamentos e uma prisão


"Matrimoniomania?

Está recolhido á cadêa civil d'esta capital um criminoso que bem póde merecer o epitheto de celebre e sobre o qual pesa a responsabilidade de nada menos de quatro matrimonios, havendo suspeita de que tenha elle perpetrado o quinto.

Em poucas linhas vamos referir ao leitor a historia matrimonial do heroe.

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Ha cinco annos, mais ou menos, appareceu em Piracicaba (S. Paulo) um individuo que dizia chamar-se Eduardo Augusto Guerreiro e ter vindo de Portugal para propagar o methodo de João de Deus.

Demorou-se dois mezes, leccionando em um collegio particular.

Casou-se com a filha do negociante portuguez - capitalista - Serafim Tabeliano da Costa.

Logo depois partio para a Europa com a mulher.

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Chegado a Portugal, segundo refere o Correio da Europa de 24 de maio de 1881, foi preso em Coimbra, a pedido da autoridade de Vizeu, por estar pronunciado ali, com o nome de Eduardo Augusto de Oliveira Guerreiro, em dois crimes sem fiança, sendo além d'isso accusado do de bigamia.

Consta que, comdemnado por esses crimes, foi degradado para as possessões portuguezas da Africa, afim de cumprir sentença, conseguindo de lá evadir-se e vir para o Brazil.

Tabeliano assim que soube que Eduardo fôra preso em Portugal, e que tinha apparecido na cadêa em que foi este recolhido a primeira mulher com os filhos, mandou vir sua filha (segunda mulher de Eduardo) para Piracicaba, onde falleceu ella pouco depois.

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Apparecendo em 1883, na cidade de Penha do Rio de Peixe, com recommendações e o nome supposto de Ernesto Alvaro de Oliveira Godinho, conseguio fundar um collegio e casou-se logo depois com uma filha do cidadão Domingos Joaquim da Rocha, pessoa estimada no lugar.

Reconhecido por pessoa que ali chegou, ida de Piracicaba, desappareceu, sem que se soubesse o destino que havia tomado, sendo certo, entretanto, que de Santos dirigio uma carta á sua mulher, carta em que dava uma relação das pessoas a quem devia, dizendo-lhe que se tinha retirado porque devia muito e não tinha meios para pagar.

✤✤✤✤✤

Em 13 de Maio de 1885, esse mesmo individuo casou-se na Vaccaria com d. Clara Fernandes de Lima, filha do cidadão Antonio Mariano dos Reis.

Ahi estava elle residindo e exercendo o magisterio, quando foi preso, em virtude de ordem do dr. chefe de policia d'esta provincia, por estar pronunciado em Penha do Rio do Peixe no art. 249 do cod. crim.

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O réo chegou no dia 7 do corrente a esta capital, escoltado pelo tenente commandante da secção policial da Vaccaria e praças da mesma, sendo logo recolhido á cadêa civil por ordem do chefe.

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Na policia, interrogado pelo chefe, ostentou um cynismo admiravel, negando ser o heróe d'essa campanha polygamica e attribuindo-a a outro muito parecido com elle.

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Prosegue-se em averiguações para verificar-se si é exacto, como consta, que esse individuo casou-se tambem em Barbacena (Minas).

Eduardo é branco, regula ter 27 annos, estatura regular, magro, cabellos corridos e pretos, pouca barba, que costuma fazer, deixando unicamente o bigode - É portuguez."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 10 de Janeiro de 1887, pág. 02, col. 02
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