domingo, 17 de junho de 2007

Vila Teodósio - Fotos & Patrimônio - Parte I


Fábrica de conservas

Portão de estância


Vila Maria (1922)



I Projeto Conhecendo Capão do Leão - Fotos



Troféus em madeira com inscrições pirografadas que foram concedidos às escolas vencedoras do Concurso


Exposição de maquetes e cartazes trazidos pelas escolas



Equipe da Invernada Cultural do CTG Tropeiros do Sul e Grupo Pró-Cultura com alunos




Estudantes em visita ao prédio da antiga sub-prefeitura

O I Concurso Conhecendo Capão do Leão ocorreu em setembro de 2006, por ocasião da Semana Farroupilha, no CTG Tropeiros do Sul e foi uma atividade promovida por esta entidade e pelo Grupo Pró-Cultura. O projeto visava conhecer nosso município através da pesquisa das próprias escolas sobre seu meio geográfico, dando ênfase para a investigação sobre sua história. Os textos apresentados pelas escolas participantes durante o concurso podem ser encontrados neste blog.




Estação Ferroviária do Teodósio

O trabalho realizado contou com a participação de alunos de sexta e sétima série dos turnos diurno e noturno. Foram feitas entrevistas com o senhor José Maiche Afonso, filho de ferroviário, e também com o senhor Valdeni Vaguetti, também filho de ferroviário, que, além da entrevista acompanhou os alunos durante o trajeto até o prédio da antiga estação ferroviária.
A ferrovia e o transporte ferrroviário tiveram relevada importância no desenvolvimento econômico e social/educacional do município de Capão do Leão.
O primeiro trem a circular no Brasil foi em Minas Gerais, em 1825. No Rio Grande do Sul, a ferrovia divide-se em três etapas distintas:
VFRGS – Viação Férrea do Rio Grande do Sul, que funcionou até os anos 50;
RFFSA – Rede Ferroviária Federal S.A.;
AAL – América Latina Logística, que é a atual concessionária desde a privatização da malha ferroviária no início dos anos 90.
Antes da emancipação, em maio de 1982, Capão do Leão/Theodósio eram apenas duas comunidades que viviam com seus próprios recursos, embora fossem politicamente ligadas a Pelotas (Capão do Leão era o 4o. Distrito).
Segundo o senhor Valdeni, as duas comunidades eram pouco diferenciadas por pequenos detalhes que poderão ser significativos: enquanto Capão do Leão vivia em função da exploração da pedra (possui uma considerável jazida mineral) e da agropecuária (diziam, na época possuir sete estâncias), a comunidade Theodósio garantia seu sustento na produção de chácaras e plantação de enxertos de árvores frutíferas para comercialização.
Nos anos 50/60 havia uma família no Thedósio (Rebelo – Fresteiro) que era grande produtora de frutas e fornecedora de enxertos, tanto para a comunidade, quanto para “exportação”.
A produção de frutas era tanta que fretavam vagões da Viação Férrea, os quais ficavam estacionados nos trilhos (desvio) defronte à estação para o carregamento e posterior transporte para os grandes centros (Pelotas e Rio Grande).
O senhor José comentou que além da estação ser parada de trem e lugar de venda de frutas era chamada de “Estação Primeira do Theodósio”.
O transporte de passageiros era o ponto alto da época. Havia duas modalidades de trens. Uma linha funcionava de Rio Grande até Pedro Osório, diariamente de segunda a sexta-feira. (Esse trem era utilizado por estudantes e trabalhadores que tinham seu emprego na cidade de Pelotas). O outro trem de passageiros fazia um trajeto mais longo – Rio Grande a Bagé, posteriormente até Cacequi.
Aos domingos trafegava o trem excursão com o trajeto de Rio Grande a Pedro Osório. Ele partia às sete horas de Rio Grande e retornava ás dezessete horas.
Seguramente, a estação ferroviária era muito importante, pois era lá que todos se conheciam, comercializavam seus produtos e, contam até, que grandes casamentos bem sucedidos tiveram início na estação e nos trens de passageiros.
A estação também serviu também de Escola de Aprendizado para muitas pessoas. O telégrafo era o meio de comunicação da época e quem sabia operá-lo tinha emprego garantido até na própria Viação Férrea.
Ainda pela estação do Theodósio passavam as pedras de nossas pedreiras para a construção dos Molhes da Barra, em Rio Grande. Bem, até linha férrea especial com trajeto específico, foi traçada pelos franceses e belgas, para agilizar o transporte de pedras
Atualmente, com a privatização, somente o escoamento de carga é transportado por nossa ferrovia, e a “nossa estação, onde tantos sonhos se realizaram, tornaram-se apenas sonhos, visto o estado degradado em que se encontra. É o preço que pagamos por não sermos disciplinados e por não termos protegido nosso patrimônio”.
Caberia então à comunidade leonense, juntamente com forças políticas e empresariais, somarem forças que possibilitassem a reestruturação e valorização desse patrimônio; grande símbolo da identidade leonense.

Obs.: trabalho originalmente apresentado pela escola Barão de Arroio Grande, durante a Semana Farroupilha 2006, no CTG Tropeiros do Sul, no I Concurso Conhecendo Capão do Leão.

Camping Chácara das Pedras

Propriedade com 15 hectares de terra, estas compradas dos herdeiros de Bernardino Lopes e Manoela Garcia Lopes, seus pais.
Manoel Assis Lopes criou 11 filhos trabalhando na lavoura e mais tarde com armazém de secos e molhados neste local.
Amaro Mendes Lopes, um dos filhos de Manoel Assis Lopes e Maria Conceição Mendes Lopes, ainda em vida de seus pais, comprou a parte que é o Camping e posteriormente adquiriu mais umas partes. A idéia do Camping surgiu após uma grande enchente, quando matou seus animais preparados para começar a leitaria.
Recém-casado com Loirete Guidotti Lopes e já com uma filha pequena e com a condição de fazer a sua vida neste local. Aproveitou as belezas dessa mata nativa e o Arroio Passo das Pedras, para proporcionar o lazer em descanso encontrado com a natureza desta chácara
Hoje, Camping Chácara das Pedras se tornou uns dos destaques do Capão do Leão em ponto turístico.

Obs.: trabalho originalmente apresentado pela escola Profa. Delfina Bordalo de Pinho, durante a Semana Farroupilha 2006, no CTG Tropeiros do Sul, no I Concurso Conhecendo Capão do Leão.
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