sábado, 29 de julho de 2006

Bairro Jardim América


Estou pesquisando sobre o bairro Jardim América e ainda não disponho de informações conclusivas. Para uma definição básica, cito um trecho do livro de Sylvio Dall'Agnol:
"Todo o Bairro Jardim América em 1950 era um descampado, propriedade da Família Lorea-Corazza. Pelos anos 1955 se organizou e muito mal planejado o bairro. Levas e levas de migrantes chegaram de Canguçú, Piratini, etc. Eram novos ideais com milhares de novas e desafiantes necessidades."
IN: DALL'AGNOL, Sylvio Giocondo. Capão do Leão: Povo Identidade. Porto Alegre: Estef, 1993, p.115

Casa de Pedra

Um dos maiores crimes contra o patrimônio histórico e cultural do município foi a demolição da Casa de Pedra existente junto à linha férrea, próxima à escola Barão de Arroio Grande.
Quando foi construída, ainda não precisei, mas servira como alojamento para operários que faziam a manutenção da linha. Nos últimos tempos, era habitada por uma família.

O Flâneur

O alemão Walter Benjamin em um famoso ensaio no qual analisa a França na época do Império de Napoleão III, nos fala de várias figuras e personagens que surgem naquele momento. Num mundo completamente novo, marcado pela expansão do industrialismo na Europa, o ambiente urbano apresenta transformações intensas. Típico desta época, nas grandes cidades européias, é a figura do flâneur - um andante, um habitante da cidade que "vive a vagar". A bem da verdade, um "vagabundo" que percorre a cidade, o subúrbio, a vila. Atenuando esse aspecto um tanto quanto negativo, o flâneur, por essa caracterísitica intrínseca, acabou por tornar-se uma "testemunha ocular dos fatos", um "observador da História".
O flâneur do século XIX é alguém que além de muito andar, é alguém que escreve as suas "andanças", registra-as. Daí a sua importância como fonte histórica. Escreve de maneira livre, sem métodos, inclui preconceitos, diz o que lhe convém. Por isso, seu testemunho é profundamente original.
A professora Lorena Almeida Gill, regente da cadeira de Educação Patrimonial no curso de História, da UFPel, diz que Pelotas, na época das charqueadas, também teve o seu flâneur. Personagem conhecida dos meios artísticos e literários pelotenses, teve também uma importância ligada ao Partenon Literário de Porto Alegre. Certos estudiosos da história de Pelotas, inclusive, o consideram como o "maior historiador de Pelotas" em todos os tempos. Estou referindo-me a Alberto Coelho da Cunha.
Cunha escreveu na década de 1920, um precioso manuscrito que fala sobre Capão do Leão. Jamais foi editado, encontrei-o no Museu da Bibliotheca Pública Pelotense. Abaixo transcrevo as informações que encontrei na obra intitulada "História dos Distritos de Pelotas".
"Outro povoado maior conta o (...)districto. Esse foi se colocar ao redor de duas estações da estrada de ferro, pouco distanciadas uma da outra, e ambas na região de Capão do Leão. Ficou elle situado entre o curso médio do arroio S.Thomé e os serros da Pedreira. Acompanhando a estrada de rodagem que segue para a Campanha, elle busca se insinuar pela garganta que se rompe entre esses serros e os campos dobrados da antiga estância do serro de Sant'Anna, fundada pelo Padre Doutor, e nessa direção vae subindo ao longo do curso do encaixotado córrego, conhecido por arroio S.Pedro.
Tendo se tornado proprietario do antigo estabelecimento que à beira da estrada real, possuia Florentino A. dos Santos, que mantinha uma taverna com hospédaria e potreiro amnexo, para negociar com tropeiros e viandantes, Domingos Fernandes da Rocha, derrubou os ranchos e construio predio de alvenaria, reformou e ampliou o pomar e estabeleceu ahi a sua vivenda de recreio. Do outro lado da estrada, sobre a encosta de um serro o proprietario do jornal Correio Mercantil, Antonio Joaquim Dias, edificou um chalet, em que costumava ir fazer seu veraneio. Tendo tomado assento na localidade, Domingos Rocha achou de bom aviso a compra de um campo de criação que possuía uma herança e do qual os interessados desejavam se desfazer.
Por ter posteriormente soffrido reveses de negocios, que o obrigavam a uma liquidação forçada, resolveu vender tudo o que possuia no lugar. O campo, retalhado em pequenos lotes, ficava valorizado e dava ensejo a negocio mais facil e mais lucrativo, desde que pretendentes apparecessem. Por proximidades da cidade, com commodo transporte por estrada de ferro, com uma estação à mão, elles não vieram a faltar e um arrabalde para a cidade, foram construir àquella distancia.
Em satisfação a insistentes pedidos dos moradores do lugar, e dos veranistas que por aquellas cercanias se foram estabelecer, a administração da estrada, a pouca distancia da sua ponte sobre o arroio S.Thomé, criou um apeadeiro, que o tempo e desenvolvimento do lugar, converteram em estação. O recanto em que ella se levantou, tomou o nome de Villa Théodosio. A pequena distancia, uma da outra situada, acanou a localidade no gozo da posse de duas estações, gastando os trens no percurso entre ellas cinco minutos de marcha lenta. O territorio intermediário, dividido e subdividido em quinhões pequenos, veio a cobrir-se de casas, com os seus pomares e quintalejos. Grande numero de moradores da cidade por lá montaram suas estancias de veraneio. Como arterias de communicação, e seu serviço, sobre esse terreno se romperam divrsas veredas que dão pelo nome e, algum tanto pomposo, de avenidas.
Por ter ahi adquirido um vasto terreno, em que se contem uma pedreira que fornece material para o calçamento de ruas, e diversas casas de moradia, a Intendencia para uma transferiu o 5. Posto Policial e no chalet, construido por Antonioi Joaquim Dias, resolveu localizar a sub-intendencia do 4. districto, a que foi resolvido incorporar a localidade, para lhe servir de séde. Na região a pequena cultura de hortas e pomares tem-se desenvolvido e progride, para satisfazer um pequeno commercio de fructas a varejo. O seu principal commercio é de extracção de granito para abastecer as duas cidades do litoral e a remessa de lenha para a praça do Rio Grande. Esse movimento foi extraordinario enquanto duraram as obras da barra e porto marítimo do Estado. Tendo a Companhia Franceza que se contractara, mettido para a extracção de pedras, em grande actividade de exploracção, uma das pedreiras do serro, ao redor da usina que se levantou, e pela cumiada do serro, improvisou-se um extenso povoado, de caracter provisorio, que teve a duração das obras da barra, de cujo movimento dependia sua existencia. A povoação que, sem dependenciar de tal serviço, pela baixada se vinha formando, essa, continuava a se desenvolver e accentuar a sua marcha progressista. Esse facto acha-se demonstrado no seguinte dado estatístico: lotados para o imposto predial suburbano foram no anno 1910 - 180 predios; no anno 1921 - 236 predios, verificando-se um accrescimo de 56 no periodo referido. Esse aumento se representa por 27 casas no raio de influencia da estação do Leão e estação do Theodozio. Embora distanciado do centro urbano por longa campina, quasi despovoada, que se intercala, o serviço da estrada de ferro de 25 minutos de percurso, tem transformado este pequeno povoado de veranistas, num bairro da cidade."

Casa da Antiga Sub-prefeitura década de 1910

Casa da Antiga Sub-prefeitura na década de 1910
Na foto aparece o primeiro proprietário: Sr. Eduardo Gastal
Residência, inicialmente, era casa de veraneio da família
Obs.: Conforme pesquisas sabe-se que a sub-prefeitura já funcionava ali desde a década de 1940, entretanto, não foi possível precisar quando a casa começa a abrigar a repartição pública.
Obs.: Foto do Acervo da Biblioteca do C.T.G. Tropeiros do Sul

Monumentos na Empem - Placa Fernando Marroni


Placa em homenagem ao ex-prefeito Fernando Marroni (de Pelotas)
Praça da Empem
Julho de 2001

Monumentos na Empem - Placa José Maria da Silva

Placa homenageando o ex-prefeito José Maria da Silva (de Pelotas)
Praça da Empem
Data: 28 de outubro de 1987

Monumentos na Empem - Placa Francisco Alves da Fonseca

Placa homenageando o ex-prefeito Francisco L. Alves da Fonseca (de Pelotas)
Praça da Empem
Julho de 1971

Monumentos na Empem - Placa Bernardo de Souza


Placa em homenagem ao ex-prefeito Bernardo de Souza (de Pelotas)
Praça da Empem
Março de 1987
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