quinta-feira, 30 de abril de 2020

Sobrenome Morzelho


"MORZELHO - Sobrenome português metanímico, de origem espanhola. Do termo espanhol MORZELO que significa 'escuro, moreno'."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Godói


"GODÓI, GODOI ou GODOY - Sobrenome português, com origem espanhola. É um patronímico do seguinte conjunto de nomes próprios medievais ibéricos: Gothoni, Gothone, Gotinus e Gothus. São nomes com raízes germânicas."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Conedo


"CONEDO - Toponímico. Do árabe 'kanetu', que significa temperado. Deriva do verbo 'kanata', que corresponde a 'ser sóbrio, prudente'. Portanto: homem prudente, homem sóbrio, homem equilibrado."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 03 de Dezembro de 1990, pág. 02

Castorina Gonçalves de Souza


"Registro mortuario

Hoje, ás 11 horas do dia, finou-se a exma. sra. d. Castorina Gonçalves de Souza, em consequencia de uma pneumonia dupla.

Era uma senhora muito idosa e mão do alferes da guarda civica Francisco M. de Souza, a quem apresentamos os nossos pezames."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 12 de Agosto de 1891, pág. 01, col. 03

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 21


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

401. Rol, Rool ou Rolin

Por ocasião da segunda cruzada cristã em direção a Palestina, em 1147, saiu da Normandia, no norte da França, e juntando-se a ela contingentes ingleses, uma poderosa armada de cerca de 150 embarcações que pretendia atingir o mar Mediterrâneo contornando a Península Ibérica. Comandada por Arnold III de Aerschot, Christian de Ghistelles, Henry Glanville, Simon de Dover, Andrew de Londres, Saher de Archelle e o conde de Linzol, a expedição acabou aportando em Porto, Portugal, e contribuiu decisivamente no esforços do rei português Afonso Henriques (reinado de 1139 a 1185) no cerco de Lisboa contra a Taifa de Badajoz. 

Distinguiu-se nesta campanha, o capitão Guinichil Rolin, normando que acabou assentando-se no jovem reino luso. Por serviços prestados, recebeu o senhorio da vila de Azambuja.

As principais ramais desta linhagem primeva estabeleceram-se em Castela, Extremadura e na vila de Alcântara.

402. Flores y Gutierrez

A linhagem ascende ao século XIII, e surge com Hugo Flores, fidalgo da casa de Flores, procedente do Reino de Leão, que se contraiu matrimônio com Mari Gutierrez, filha do alcaide do castelo de Almenaras Marcos Gutierrez. Por ocasião do casamento, Hugo Flores incorporou o sobrenome da esposa, como era costume da época, e passou a se denominar Hugo Flores y Gutierrez, inaugurando a linhagem.

Seu solar primitivo foi na vila de Brozas, na Extremadura. As mais ilustres ramais apareceram posteriormente em Cáceres, Trujillo, Badajoz e outros pontos do sul da Espanha.

403. Becerra

A linhagem estremenha tem origem em Hernando Becerra, que adquiriu executória de fidalguia em meados do século XV. Hernando Becerra era procedente dos Bezerra de Portugal, que remontam ao período de Sancho II (reinado de 1223 a 1248).

404. Moscoso

A linhagem tem origem em Suero Vázquez de Moscoso, fidalgo galego que se transferiu à Andaluzia no final do século XIV. Casado duas vezes, Suero Vázquez de Moscoso teve filhos apenas com a primeira esposa, Teresa de Figueroa, sendo três homens e uma filha. Esta é a origem do tronco andaluz, portanto.

Desta linhagem surgiram ramais que se espalharão pela Andaluzia e Extremadura.

405. Alvarado

A linhagem tem origem em Juan de Alvarado, que foi comendador da Ordem de Santiago em Hornachos e alcaide de Albuquerque, ambas localidades .na Extremadura. Era filho de Garcí Sanchez, senhor da casa de Alvarado, situada nas montanhas entre Trasmiera e Ramales, na Cantábria. 

A linhagem remonta ao século XIV e é estremenha.

406. Esquivel

A linhagem principia-se com Juan Martínez de Villarreal e María de Esquivel, ambos procedentes de Vitoria, no País Basco, que se estabeleceram em Badajoz, Extremadura, no século XIV.

407. Contreras

A linhagem é dos tempos do Condado de Castela (entre 850 e 1065), e conta-se um Fernán Sasa de Contreras no século X. Em termos documentais há uma carta de doação de terras a Garcí Martínez de Contreras, confirmada por Afonso VIII de Castela (reinado de 1158 a 1214) em 1168. Na mesma época, outra escritura é registrada em 1170, com bens auferidos a Martín Gonzales de Contreras.

A linhagem é muito prolífica em toda a história ibérica, com muitas ramais e novas linhagens surgindo.

A linhagem estremenha surge no século XIV com Hernando Martínez de Contrera.

Segundo Argote de Molina, Contreras foi uma localidade situada na merindade de Santo Domingo de Silos, em Castela.

408. Bañez

A casa de Bañez na Extremadura tem parentesco com a casa de Tovar, sendo seu primeiro ascendente Martín Gonzales de Tovar e Bañez, no século XIV. Martín era filho de Sancho Ibañez e neto do senhor da vila de Mondragón, em Biscaia, onde esta o antigo castelo de Bañez.

409. Bejarano

A linhagem tem origem na Extremadura.

410. Solís

Na segunda metade do século XV, três ramais desta linhagem, todas procedentes de Castela, estabelecer-se-ão na Extremadura, dando começo as suas respectivas e novas linhagens.

A primeira começa com Gomez de Cáceres y Solís, mestre da Ordem de Alcântara e valido do rei Henrique IV de Castela (reinado de 1454 a 1474); a segunda com Fernán Gomez de Solís, alcaide do castelo de Badajoz; e a terceira, com Gutierrez de Cáceres y Solis, conde de Coria.

411. Golfín, Holguin, Holguín ou Golfin

No século XIII houve na Andaluzia e Extremadura, um bando cristão muito poderoso, que usando táticas de guerrilha, atacava sistematicamente as taifas hispano-mouras do sul da península, causando-lhe estragos e prejuízos, que eram conhecidos como Golfines. Devido ao saque e as terras que amealharam para si, as montanhas ao redor da vila manchega de Almuradiel, constituíam um enclave quase que totalmente independente em zona de ocupação muçulmana. Tanto que, com as guerras de Reconquista do século XIII, o próprio monarca Afonso X de Castela (reinado 1252 a 1284) reconheceu a soberania do grupo e lhe conferiu imediatamente executória de fidalguia ao seu líder, Alfon Perez Golfín em 1282, que é considerado o iniciador da linhagem dentro da nobiliarquia espanhola. Seu primevo solar foi em Cáceres, na Extremadura.

412. Dosma y Delgado

A linhagem remonta a segunda metade do século XIII e principia-se na Extremadura.

413. Escobar

A linhagem tem parentesco com a casa real de Castela e se inicia com Fernando de Escobar, senhor da casa de Escobar, na região da Terra de Campos, em Castela, tendo adquirido fidalguia em 1253.

Diego Lopez de Escobar, pentaneto de Fernando de Escobar, passou a Trujillo, na Extremadura, dando começo à linhagem própria. Diego era cavaleiro da Ordem de Santiago.

414. Vera

A linhagem tem início com Fortún Sanz de Vera, cavaleiro que esteve envolvido nas campanhas aragonesas de Reconquista do século XIII. Tinha ascendência leonesa, mas estabeleceu-se na Extremadura, onde o tronco familiar se desenvolveu.

415. Rocha

A linhagem tem início com Juan Rodríguez de la Rocha, alcaide de Badajoz, na Extremadura, no fim do século XIII.

416. Chumacero

A linhagem tem origem em Vasco Yañez Chumacero, oriundo da Galícia, donde é o primitivo solar dos Chumacero. Vasco casou com Catalina Gonzales e assentou-se em Valencia de Alcántara, na Extremadura, de onde surgiu a linhagem distinta estremenha e não galega.

417. Godoy

A linhagem tem origem no princípio do século XII com Rodrigo Alfonso de Godoy, cujo mais antigo solar foi em San Pedro de Tenorio, na zona montanhosa da Galícia. Desta linhagem descendem as ramais andaluza, estremenha e norte-africana do sobrenome.

Segundo Silva y Almeida, etimologicamente provém de termo arcaico galego goido, sendo que significa godo. Godo em sentido metafórico medieval podia equivaler a valente, guerreiro esforçado, ou o mais provável, a guerreiro tão destemido, a ponto de agir de modo irresponsável, lançando-se na batalha com ímpeto voraz.

418. Hoces

A linhagem tem origem na Extremadura.

419. La Vera

A linhagem tem origem em Jacome de Oviano, membro da família dos duques de Avignon, na França, que se transferiu à Castela em 1195 e tomou parte na Batalha de Alarcos. Segundo as narrativas medievais, Jacome no evento da batalha, teria rompido uma das fileiras inimigas, bradando aos seus comandados a seguinte expressão: Santiago! A la vera, caballeros, a la vera! Que significa algo como: Por Santiago! Passemos ao flanco, cavaleiros, ao flanco! Ou seja, Jacome teria percebido o ponto fraco do inimigo numa das laterais da formação das tropas e conseguido atacar com eficiência, deste modo.

Apesar da derrota castelhana, o rei Afonso VIII de Castela (reinado de 1158 a 1214) retribuiu os préstimos dos sobreviventes, sendo um deles Jacome de Oviano, que por sua famosa expressão, passou a ser conhecido com o apelido La Vera, incorporando assim o epíteto ao sobrenome e inaugurando uma linhagem distinta na Ibéria.

420. Sanchez de Badajoz

A linhagem tem origem num cavaleiro conhecido tão somente como Sanchez, que participou da tomada da cidade de Badajoz, entre 1228 e 1230, a mando de Afonso IX de Leão (reinado de 1188 a 1230). Por serviços prestados, recebeu terras e título de fidalguia e inaugurando a linhagem na Extremadura.

Sobrenome Morgado


"MORGADO - Sobrenome português metanímico. Significado: 'primogênito ou herdeiro de possuir bens vinculados; filho mais velho; filho único'. Discute-se etimologicamente sua origem: tanto pode vir do latim como do germânico."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Godinho


"GODINHO - Topônimo. Provém de Gotinus, nome referente aos godos. O sobrenome vem de Godinho Fefez, rico homem, filho de Fáfez Serrazins de Lanhoso, o que morreu em Água das Mayas diante do rei Dom Garcia de Portugal. Seu solar foi na freguesia de São Martinho de Galego, julgado de Lanhoso."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Brasil


"BRASIL - Sobrenome localizado nas Ilhas dos Açores, antes de 1500. Toponímico. Denominação ligada à madeira tintorea 'pau-brasil', mas como étimo é muito mais antigo. Em 1085 falava-se em 'Bersil'; em 1160, 'Bresil'; em 1163, 'Bresili'; em 1208, 'Brezelli'; em 1121, na Espanha, 'Brasill'; em 1252, em catalão 'Brasil'; em 1306, em Modena, Itália, 'Braxil'; na França em 1321 'Brisolium'; em 1368, 'Brisiaci'; e em 1390 na Inglaterra, 'Brasyl'.

É nome de porto no Amazonas e em Minas Gerais. É nome de cidade nos Estados Unidos, no estado de Indiana. E na Ilha Terceira dos Açores é monte, em que 1591 Felipe mandou construir o Forte de São João Batista.

Personalidades: Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938), político, escritor e promotor da lavoura e pecuária rio-grandenses; Tomás Pompeu de Sousa Brasil, sacerdote brasileiro, homem de letras e educador (1818-1864); Vital Brasil, médico e cientista (1865-1950)."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 15 de Outubro de 1990, pág. 04

Antonio Ribeiro


"Um veterano

Falleceu no dia 7 de fevereiro d'este anno, na fazenda do Chrystal, em casa do cidadão Joaquim Gonçalves da Silva, o ex-clarim mór do exercito republicano rio grandense, Antonio Ribeiro, que servio de corneta effectivo do general Bento Gonçalves.

RIbeiro tinha servido na campanha de 1825, como praça do 4o. regimento de cavallaria de 1a. linha, e quando appareceu a gloriosa revolução de 35, acompanhou o general Bento Gonçalves até o dia da capitulação da Ilha do Fanfa.

Quando Bento Gonçalves regressou á provincia, Antonio Ribeiro apresentou se novamente ao seu general e d'ahi por diante foi sempre o seu corneta effectivo.

Ribeiro, homem de côr parda, era muito morigerado e destemido soldado.

Este veterano, poucos dias antes de seu fallecimento, mandou tirar o seu retrato que existe em poder do cidadão Joaquim Gonçalves da Silva."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 03 de Março de 1887, pág. 01, col. 03

terça-feira, 28 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 20


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

381. Ferrer

A segunda linhagem tem origem em Ausias de Ferrer, nobre lorde da Escócia, que migrou à Península Ibérica nos tempos da conquista do Reino de Valência no reinado de Jaime I de Aragão (de 1213 a 1276). Foi um dos responsáveis pela conquista e reorganização administrativa da cidade de Játiva.

382. Ferris

A linhagem tem origem em Mosen Ferris, procedente de Huesca, que foi cavalariço de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

383. Figuera

A linhagem principia-se com Benito de Figuera, guerreiro que tomou parte na conquista do Reino de Valência, sob a bandeira de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

384. Figuerola

A linhagem que inicia-se com Juan Figuerola, cavaleiro de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), teve seu primitivo solar em Cervera.

385. Foces

Antiga linhagem aragonesa, tem no fidalgo Arnaldo de Foces, que participou da conquista de Valência como súdito de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), o seu prelúdio.

386. Fort

A linhagem empeça com Pedro Fort, gentil-homem natural de Urgel, na Catalunha, que foi da corte de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

387. Franc

A linhagem começa com Jaime Franc, procedente da Provença, que combateu nas campanhas de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), principalmente nas conquistas de Mallorca e Menorca, bem como nas tomadas de Albaida, Puix, Valência e do castelo de Biar.

388. Franqueza

A linhagem tem origem em Arnaldo de Franqueza, nobre catalão, que participou das campanhas de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), tendo comandado a tomada de Espioca. Seu solar foi em Igualada, na Catalunha.

389. Frigola

A linhagem catalã procede de Guillermo de Frigola, capitão e detentor de vários morgados em sua terra. Envolveu-se nas campanhas de Reconquista do século XIII.

390. Funes

Na História existem distintas famílias com o sobrenome Funes. Há pelos menos três principais linhagens: a leonesa, a aragonesa e a navarra. 

A linhagem navarra teve seu senhorio e castelo em Funes, na região homônima. Desta deriva uma ramal que se estabeleceu no castelo de Fines (ou Funes, em grafias medievais; houve uma concomitância dos dois nomes até a Idade Moderna). Esta ramal começa com Dia Sanchez de Funes, no fim do século X.

Da linhagem navarra também é oriunda a ramal aragonesa (que não tem relação com a linhagem aragonesa, sendo importante destacar), que floresce a partir do século XIII com Pedro e Bernardo de Funes, fidalgos que participaram das conquistas das Baleares e do Reino de Valência. De Bernardo de Funes ainda descende a ramal catalã.

Também da linhagem navarra origina-se uma ramal castelhana, com Gimeno Sanchez de Funes, rico-homem da corte documentado em 1254.

391. Fuster

A linhagem tem origem em Jaime Fuster, fidalgo da corte de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), que se destacou na conquista de Orihuela.

392. Fuster

A segunda linhagem provém de Ramon Fuster, vinculado à linhagem anterior, que também viveu e participou nas campanhas militares do século XIII, e estabeleceu-se em Múrcia.

393. Fuster

A terceira linhagem começa com Arnaldo Fuster, descendente da primeira linhagem também, e que floresceu em Castela no fim do século XIII.

394. Gallach ou Gallac

A linhagem tem origem em Arnaldo de Gallac, guerreiro natural de Tortosa, na Catalunha, que combateu nas campanhas de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), e recebeu por mercê os senhorios de Herves e Olocau.

395. Galvés

A linhagem tem origem em Benito de Galvés, natural de Tortosa, na Catalunha, que combateu nas campanhas de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), e recebeu o senhorio de Algemesi.

396. Garay

A linhagem tem origem em Tudela, no antigo Reino de Navarra. A mais destacada ramal procede de García Garay e seus três irmãos, que combateram tanto defendendo a bandeira de Aragão quanto a bandeira de Castela. A família em função disso recebeu muitos feudos em Lorca (Múrcia) e Orihuela (Comunidade Valenciana).

397. Vargas

Esta linhagem com o sobrenome procede de Garcí Perez de Vargas, que iniciou-a na Extremadura. Foi um dos tantos guerreiros que combateram nas guerras de Reconquista do século XIII na Península Ibérica.

398. Carvajal ou Carbajal

Antiquíssima e destacada linhagem originária da Galícia e remonta ao início do século X. Tem entroncamento com a casa real de Leão. É uma linhagem muito extensa, dado a sua antiguidade e por esta razão teve dezenas de ramais. Uma das mais importantes é a de Extremadura, muito prolífica e influente do ponto de vista histórico.

399. Silva

A linhagem procede do conde Pelayo Silvio, que viveu no século X, e foi tronco da poderosa casa de Silva, uma das mais poderosas da Península Ibérica até o ascensão de Castela e Aragão a partir do século XIII. 

São descendentes desta linhagem: os duques de Pastrana, de Hijar e del Sexto; os marqueses de Alenquer, de Orani y Almenara, La Floresta, La Eliseda, Gouvêa, Santa Cruz de Mudela, Montemayor, Sobroso, Viso e Villalba; os condes de Portalegre, Salvatierra, Aveiras, Uñon, Salinas, San Lorenzo e Santa Coloma. Os viscondados, baronias, senhorios, mais os rico-homens e infanções, contam-se na casa de mais de duas centenas.

400. Arguello

Esta linhagem tem origem na Extremadura, com solar na vila de Brozas e remonta a Iñigo de Arguello, fidalgo do início do século XVI.

Sobrenome Moreno


"MORENO - Sobrenome metanímico português e espanhol. Significado: aquele que tem cor morena. Alguns genealogistas asseguram que o sobrenome tem origem num cavaleiro romano chamado Lúcio Murena. MURENA também é uma variante."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Girão


"GIRÃO - Sobrenome português. Provém do espanhol GIRON. Documenta-se em Portugal no século XVI. Procedem de Dom Rodrigo Gonçalves Gyram, que povoou Valladolid, o qual, vendo em uma batalha o rei Dom Afonso VI a pé, maltratado dos mouros, o livrou, dando-lhe o seu cavalo, e ele foi levado cativo, cortando primeiro ao rei um girão do vestido, pelo qual foi ao depois conhecido por autor daquele feito. É um dos ilustres apelidos da Espanha."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Baena


"BAENA - Sobrenome português, de topônimo espanhol. Baena é cidade da Espanha, da província de Córdoba, na margem do Marbela, afluente do Badajós. Foi tomada pelos árabes em 1240. Possui ruínas romanas.

Personalidades: Antônio Ladislau Monteiro Baena foi escritor português (1781-1851); Fernando E. Baena, jornalista e escritor colombiano, nascido em 1879; Pedro Sanches Farinha de Baena foi sacerdote português, reitor da Universidade de Coimbra, falecido em 1722."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 22 de Julho de 1990, pág. 03

Ida Bahlcke


"Registro mortuario

(...)

Finou-se hontem a exma. sra. d. Ida Bahlcke, esposa do sr. Carlos Bahlcke, proprietario do Hotel du Brésil."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 14 de Abril de 1892, pág. 01, col. 02

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 19


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

361. Barrientos

A linhagem tem origem na Andaluzia.

362. Urbina

A linhagem tem origem em Urbina, no antigo Senhorio de Biscaia, onde houve uma torre e um solar com este nome. Começa com Ortún Díaz Urbina, filho de Diego Lopez (irmão de Lope Diaz IV de Haro, nono senhor de Biscaia[falecido em 1289]), e neto de García Mendoza de Urbina, senhor do território homônimo.

A principal ramal desta linhagem se radicou em Guernica, no País Basco.

363. Quirós

Uma das linhagens mais antigas das Astúrias, remontando ao período da Alta Idade Média.

364. Gallo

A linhagem tem origem no antigo senhorio de Escalada, que também possuía uma torre fortificada, nas proximidades de Burgos, no vale de Sedano, em Castela e Leão.

Três principais ramais: Segóvia, Ubeda e Baeza.

365. Garcés

Linhagem com origem antiga na vila de Marsilla, no antigo Reino de Navarra. Muitas ramais da progênie em toda a península, primeiramente em Aragão, e depois na Andaluzia.

Gimeno Garcés, rico-homem da corte de Aragão, se distinguiu nas conquista de Barbastro (1101) e Mequinenza (1133).

Existe uma sub-linhagem aragonesa: os Garcés de Marsilla.

366. Atienza

Linhagem com origem na Andaluzia.

367. Agreda

Linhagem com origem na Andaluzia.

368. Mendivil

Linhagem com origem em Navarra.

369. Uztarroz

A linhagem tem origem no Palácio de Uztarroz, em Navarra.

370. Aramburu

A linhagem tem origem no Palácio de Aramburu, no País Basco.

371. Saldaña

A linhagem tem origem em Andújar, Andaluzia, e é registrada desde 1245 com o cavaleiro Gonzalo Saldaña, da Ordem de Santa Maria.

372. Vargas

A linhagem tem origem em Juan (ou Ivan) de Vargas, fidalgo da corte de Afonso VI de Leão e Galícia (reinado de 1072 a 1109), que tomou parte ativa na conquista de Madrid, em 1083.

Desta linhagem deriva uma importante ramal na Extremadura.

373. Fabra

A linhagem origem no tenente Guillermo de Fabra, do exército de Pedro II de Aragão (reinado de 1196 a 1213), que participou das expedições às vilas de Tous e Carlet.

374. Faix

A linhagem tem começo com Pedro Faix, procedente do condado de Foix, na região de Occitânia, na França, sendo muito próximo à Andorra. Pedro Faix tomou parte na campanha de conquista do Reino de Valência a serviço de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

375. Falces

A linhagem tem origem em Rodrigo de Falces, procedente de Navarra, que participou das campanhas militares de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Por seus préstimos, recebeu o senhorio do povoado de Rafalaxat.

376. Sanchez

Esta linhagem de Sanchez tem origem em Fernando de Sanchez, do exército de Pedro II de Aragão (reinado de 1196 a 1213).

377. Fenollet

A linhagem tem origem em Hugo de Fenollet, procedente de Narbonne, França. Hugo de Fenollet combateu no Roussillon, no exército de Pedro II de Aragão (reinado de 1196 a 1213). Recebeu o senhorio do povoado de San Pablo, no vale de Fenollet. Foi também senhor de um grande gleba em Játiva, senhor do povoado de Genovés e visconde de Canet.

378. Ferragut

A linhagem tem origem em Pedro Ferragut, procedente de Jaca, que envolveu-se com afinco nas conquistas de Mallorca e do Reino de Valência. Foi capitão de infantaria do exército de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

379. Ferrando

Pedro Ferrando, infanção, procedia da Galícia e foi marechal de Afonso VII de Castela (reinado de 1126 a 1257). Seu solar era em Cabrera de Mar, na Catalunha, e também se envolveu nas campanhas militares de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), tendo atuado na conquista de Valência.

380. Ferrer

A linhagem tem origem em Bernardo Ferrer, descendente dos condes de Barbey, na Grã-Bretanha, que passou à conquista de Valência na época de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Também o acompanhou um irmão. Ambas receberam senhorios em terras valencianas.

Sobrenome Moreira


"MOREIRA - Sobrenome português toponímico. Deriva de amoreira - a planta que produz amoras. Seu solar é em Santa Maria de Moreira, no julgado de Celorico do Basto."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Gesteira


"GESTEIRA, GIESTEIRA ou GIESTAL - Giesta: arbusto da família das papilonáceas, comum em grande parte de Portugal e outras regiões da Península Ibérica."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Almeida


"ALMEIDA. - Toponímico. Do árabe: al-meida, isto é, a mesa.

Geograficamente: campo plano ou planalto.

Tem-se como tronco inicial desta família D. Egas Moniz, aio de D. Afonso Henrique, no século XII. Conquistou Almeida e um de seus filhos adotou como sobrenome o nome da localidade.

É nome de localidade na província de Beira Baixa, em Portugal; e porto no Paraná.

Personalidades: Antonio de Almeida foi médico português (1761-1822); Antonio José de Almeida, presidente da República Portuguesa (1866-1929); Belmiro de Almeida, pintor brasileiro (1858-1935); Brites de Almeida, famosa virago portuguesa dos fins do século XIV e começos do XV; Cipriano José Barata de Almeida, político e jornalista brasileiro (1762-1838); Filinto de Almeida, escritor brasileiro (1857-1945); Francisco de Almeida, primeiro Vice-Rei da Índia (1450-1510); Francisco de Paula de Oliveira Almeida, barão do mesmo título, militar português (1778-1846); Guilherme de Almeida, poeta brasileiro, nascido em 1890; João de Almeida, santo missionário brasileiro (1572-1653); Jorge de Almeida, arcebispo de Lisboa (1531-1585); José Américo de Almeida, escritor e político brasileiro; José Joaquim Correa de Almeida, sacerdote e escritor brasileiro (1820-1905); Julia Lopes de Almeida, escritora brasileira (1862-1934); Lopo de Almeida, primeiro Conde de Abrantes, faleceu em 1508; Manuel Antonio de Almeida, escritor e médico brasileiro (1831-1861); Miguel Osório de Almeida, médico e escritor brasileiro (nascido em 1890); Pedro Miguel de Almeida, fidalgo português, filho de Pedro de Almeida, Conde de Assumar (1663-1733); Presciliana Duarte de Almeida, poetisa brasileira (1867-1944); Renato Costa de Almeida, folclorista e escritor brasileiro, nascido em 1895; Antonio José Vitorino de Almeida e Albuquerque, militar português, faleceu em 1843; Manuel Caetano de Almeida Albuquerque, escritor e político brasileiro (1753-1834); Cândido Xavier de Almeida e Sousa, general brasileiro (1748-1834); João Batista da Silva Leitão Almeida Garret, famoso poeta lusitano; José Ferraz de Almeida Junior, pintor brasileiro (1850-1899); Francisco Otaviano de Almeida Rosa, político e poeta brasileiro (1825-1889)."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 03 de Junho de 1990, pág. 03

Chuvas de maná


"O maná

Em um dos folhetins scientificos do Journal des Debats, Henri de Parville, muito conhecido dos leitores d'A Federação, occupa-se do famoso maná dos israelitas, nos seguintes termos:

'Pouco tempo depois da sua saída do Egypto os hebreus, chegando ao vale de Sin, viram-se baldos de alimentos. Então, ao amanhecer, no meio do orvalho, appareceu esta substancia que chamaram maná, isto é, presente do céo. Varios exploradores têm encontrado frequentemente, em Argel e outras regiões da Africa, uma substancia que, si não é a mesma, deve approximar-se muito do maná dos hebreus.

Em agosto de 1890, caiu na Turquia da Asia, durante uma copiosa chuva, nas cercanias de Meders e Diarbokir, uma substancia comestivel que se assemelhava ao maná. Esta substancia cobriu o sólo em um espaço circular de alguns kilometros de circumferencia. Os habitantes, habituados a semelhante facto, recolheram esta materia nutritiva e fizeram pão em grande quantidade, pão que, segundo dizem, excelente, de bom sabor e facil digestão. Conforme o exame dos botanicos, essa substancia nutritiva é formada por um vegetal da familia dos lichens, conhecida pelo nome de lecanora esculenta, e composta de globulos do tamanho da cabeça de um alfinete; a massa é amarellada por fóra e branca por dentro, como a farinha.

Esta variedade de lichen encontra-se com frequencia em Argel e tambem nas montanhas do deserto da Tartaria; enormes quantidades têm igualmente sido vistas no deserto dos Kirghizes, ao sul do rio Yait. O viajante Perrot recolheu amostras desse lichen em principios de 1878. Caiu tambem como chuva em muitas regiões da Persia. Affirmaram a Perrot que o sólo havia ficado coberto até uma altura de 20 centimetros. O gado comera-o com avidez e os habitantes fizeram provisões.

Estas chuvas de maná são objecto de muitas relações nos manuscriptos dos antigos e d'ellas se têm fallado muitas vezes no decurso dos seculos."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 11 de Agosto de 1891, pág. 02, col. 02

domingo, 26 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 18


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

341. Medrano

A linhagem procede de Castela, com ramais importantes em Aragão, Valência e Andaluzia. Desta casa foram os marqueses de Lapilla, os condes de Torrubia e os senhores de Almarza e Fuenmayor. Remonta ao século XII.

342. Aguayo

A linhagem tem origem na aldeia de Molledo, no vale de Iguña, nas Montanhas de Santander. Os membros da família participaram ativamente das campanhas de Reconquista no século XIII.

343. Godoy

A linhagem tem origem durante o reinado de Sancho IV de Castela (reinado de 1284 a 1295), com um cavaleiro denominado Pero Titos de Godoy, que foi alcaide de Baeza.

Muño Fernandez Godoy e Elvira Díaz Tafur foram senhores do castelo de Montoro, e seu filho, Pero Muñiz de Godoy mestre da Ordem de Calatrava.

Uma importante ramal desta linhagem estabeleceu em Santander.

344. Benavides

A linhagem tem origem na Cantábria.

345. Calvo

A linhagem tem origem na Cantábria.

346. Mesia, Mejía, Mecsia ou Mexia

Antiga e nobre linhagem da Galícia, com ramais nas Astúrias e Cantábria. São importantes também as ramais de Ubeda, Baeza, Córdoba e localidades da Andaluzia. Os membros da família empenharam-se nas campanhas de Reconquista do século XIII, de modo particular.

347. Carrilo

A linhagem tem origem na Cantábria.

348. Rios ou Ríos

A primeira linhagem tem origem no vale de Aibar, em Navarra, e é uma simplicação de Rio de Yuso ou Rio de Suso - um curso d'água da região.

349. Rios ou Ríos

A segunda linhagem tem origem no vale de Soto Bermud, na Galícia. Outrora houve ali um território denominado Tierra de los Rios, que nomeou uma primitiva família medieval conhecida como Gutierrez de los Rios. Numa ramal deste tronco, houve a simplificação para Los Rios e depois Rios.

350. Rios

A terceira linhagem tem origem em Proaño, vale de Híjar, na Cantábria.

351. Rios

A quarta linhagem tem origem no vale de Cabuérniga, na Cantábria. A forma arcaica era de los Rios.

352. Rios

A quinta linhagem tem origem tardia em Castela.

353. Pedrajas

A linhagem é castelhana e inicia-se com Diego Lopez de Pedrajas, no século XIII.

354. Venegas, Viegas, Veegas, Benegas ou Vinegas

Linhagem muito antiga com origem em Portugal. As ramais importantes estão na Galícia, Andaluzia, e no antigo Reino de Córdoba.

355. Venegas, Viegas e Buenegas

Linhagem com origem galega, mas de procedência obscura.

356. Horozco ou Orozco

A linhagem tem origem no antigo Senhorio de Biscaia, com várias ramais na península, principalmente na Andaluzia. Dois dos mais importantes morgados historicamente foram estabelecidos em Ubeda e Córdoba.

A ramal andaluza tem parentesco com as linhagens de Carrilo e Mejía.

357. Mesa

Linhagem com origem andaluza, com morgados destacados em Ubeda, Ronda, Tariga e Córdoba.

358. Céspedes

A linhagem tem origem em Espinosa de los Monteros, na província de Burgos, em Castela e Leão.

359. Palomino

A linhagem tem origem em Juan Afonso Palomino, fidalgo da época de Henrique IV de Castela (reinado de 1454 a 1474). Seus três filhos, Pedro, Gonzalo e Rodrigo Palomino, por serviços prestados à Coroa de Castela, estabeleceram-se em Andújar, na Andaluzia, inaugurando uma importante ramal desta ascendência.

360. Palomino

A linhagem remonta a Juan Palomino, cavaleiro madrilenho do século XV.

Sobrenome Morato


"MORATO - Embora este sobrenome exista na língua italiana, sua forma homônima ibérica, mas precisamente espanhola, possui origem completamente diversa. Vem de 'mora' - que é uma espécie de amora preta. Morato também pode significar 'moreno', 'fosco', ou 'da cor dos mouros'."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Gentil


"GENTIL - Do latim 'gentilis'. O significado precisa ser colocado dentro de seu contexto histórico, que é a Idade Média: designa aquele que 'pertence a uma gente', isto é, fidalgo, nobre, que não está condição servil. Pode ser metanímico na maioria dos casos, porém pode ser também um patronímico, visto que Gentil também é nome próprio."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Coelho


"COELHO - Primitivamente alcunha. Pode ter-se originado do topônimo Coelha, que pertencia à família de Egas Moniz. Há em Portugal dois ramos distintos dessa família, segundo M. Melo. Historicamente, registram-se Coelho famosos desde recuados anos da vida lusitana. Etimologicamente, a palavra vem do latim 'cuniculus'.

Personalidades: Duarte Coelho, célebre navegador português, falecido em 1554, participou do Descobrimento do Brasil, tendo se celebrizado na Índia por excelentes serviços prestados à Coroa portuguesa, em 1534, recebeu a capitania de Pernambuco - de seu casamento com Brites de Albuquerque procede a família Coelho de Albuquerque; Duarte Albuquerque Coelho, segundo donatário da capitania de Pernambuco, irmão de Jorge de Albuquerque Coelho, morreu em 1578, em Fez, na África, logo após a Batalha de Alcácer-Kibir - caiu prisioneiro dos mouros, falecendo na masmorra, assistido pelo irmão; Gonçalo Coelho, cosmógrafo português, pai do primeiro donatário de Pernambuco, escreveu 'Descrição do Brasil', viveu em fins do século XV e começos do século XVI; Nicolau Coelho, navegador português, viveu em fins do século XV e começos do XVI, comandou a nau Berrio na frota de Vasco Gama e também comandou uma nau de Pedro Álvares Cabral - em janeiro de 1504, uma tempestade dispersou uma frota, de que fazia parte de seu navio e nunca mais se soube notícias dele; Pero Coelho, fidalgo português, a serviço do Rei Afonso IV, um dos executores de Dona Inês de Castro, viveu em meados do século XIV, teve o coração arrancado pelo peito; Henrique Maximiliano Coelho Neto, escritor brasileiro (1864-1934), deixou vasta obra literária, cultor apaixonado da língua portuguesa."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 11 de Julho de 1991, pág. 02

O quilombo de Louveira


"No dia 10 sahiram de Campinas para Louveira 10 praças sob o commando de um furriel, aos quaes se reuniram n'esta ultima localidade dez capitães do matto, - dez cães que conhecendo o lugar em que se tinham occultado uns míseros escravos, se propunham desencoval-os e fazel-os voltar ao jugo do captiveiro.

Ás 4 horas da manhã a força assaltou o rancho, que servia de abrigo aos pobres escravos. Um cachorro presentindo os assaltantes, acordou com os seus latidos os quilombolas, que immediatamente lançaram mão de espingardas para se defenderem.

Houve então um tiroteio de que resultou serem morto os capitães de matto José de Godoy e Benedicto Gregorio. Quanto aos quilombolas, que eram em numero de sete, dois conseguiram evadir-se, um depois de ferido atirou-se a um rio proximo, onde succumbio, dois receberam ferimentos graves e outros dois foram presos sem ferimentos.

E acham que não é tempo ainda de acabar com a negra instituição que gera scenas como esta, tão repugnantes á humanidade e á civilisação."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 29 de Janeiro de 1887, pág. 01, col. 05
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