sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lembranças Leonenses XIV


– A história da política no Capão do Leão mereceria seguramente um livro. Desde os anarquistas do Sindicato dos Canteiros do início do século XX, passando por episódios da Revolução de 1923, depois com o getulismo e adiante com os fatos que antecederam o movimento de 1964. Observa-se que há muita coisa a ser pesquisada e contada. Outra conclusão é que os patrícios leonenses sempre estiveram, na maior parte das vezes, “à esquerda” dos movimentos históricos.
O Capão do Leão foi federalista na Revolta da Degola de 1893, identificado com o Partido Libertador de Assis Brasil em 1923, brizolista na década de 50 e início da de 60 e meedebista durante o regime militar. Em razão desta presente efervescência política, sempre existira certo grau de violência, sobretudo em épocas mais distantes.
Próximo à BR-293, no local denominado Corticeira, existe uma capela de N.S. de Lourdes. Não muito longe daquela ermida avista-se um açude o qual apelidaram de Lagoa Encantada. Na tal lagoa conta-se que eram jogadas cabeças de soldados degolados na época da Revolução Federalista e que, num campo ali perto ocorrera um massacre.
Outra história tenebrosa, que antigos moradores relatam, é de um famoso degolador da Revolução de 1923 que teria morado pelas cercanias do Teodósio. Conhecido na memória de muitos somente pelo sobrenome Ramos, também era uma espécie de arregimentador de soldados. No Pavão, teria recrutado muitos peões para um embate entre borgistas e libertadores lá para os lados de Arroio Grande. Relata-se que o dito Ramos era libertador convicto e usava com orgulho o lenço colorado em volta do pescoço em toda e qualquer ocasião. Logo depois de terminada a revolução, Ramos ainda protagonizaria outro lance épico. Degolara três desafetos seus e teria lançado seus corpos no Arroio São Thomé. Nunca foi preso. Conforme dizem, teria morrido muito velho num sítio na localidade do Basílio, em Herval.

Lembranças Leonenses XIII


– O Bloco do Urso foi legendário no carnaval leonense. Seu criador e fundador foi o Sr. José Alaor Azambuja. Suas cores eram o vermelho e o branco. A história do bloco começou em 1952, quando a turma de jovens da qual fazia parte o Sr. José Alaor resolveu fantasiar um deles para o carnaval. Conseguiu-se um macacão e encheram o traje de barba de pau de figueira. Resultado: o sujeito ficou parecendo um “urso”. No ano seguinte, a mesma turma resolveu transformar a brincadeira num bloco de carnaval. Surgia assim o Bloco do Urso da Bica, em referência à bica d’água que existia no cerro da Pedreira Municipal. O 1º desfile se deu pela Avenida Narciso Silva em direção ao antigo Salão do Manoel Selmo (onde aconteciam os bailes de carnaval). Em 1954, no 2º. ano do bloco, com a Praça João Gomes devidamente iluminada, o carnaval foi ali, com grande afluência de público.
O Bloco do Urso da Bica cresceu e se tornou muito popular. Ano após ano, seus carros alegóricos eram mais e mais elaborados. Houve escolha da Rainha do Bloco, formou-se uma ala feminina, instrumentos de sopro e percussão foram adquiridos. Mais de 90 pessoas chegaram a fazer parte do bloco em alguns anos – coisa notável para a época. Como forma de arrecadar fundos também eram realizados bailes em prol do bloco. Posteriormente, surgiu o Bloco do Urso o Bloco dos Atrasados. Naquele tempo, os blocos carnavalescos leonenses apareciam a cada um ou dois anos. A grande maioria foi efêmera. Poucos chegaram a quatro ou cinco carnavais. Outros como o Urso, o dos Atrasados, o dos Negros e o Acadêmicos do Samba duraram mais e tiveram trajetórias mais sólidas.

Lembranças Leonenses XII


– Em meados da década de 1960, a antiga sede da Associação dos Trabalhadores do 4º. Distrito, onde atualmente se encontram as secretarias municipais de administração, finanças e obras, foi palco de um evento famoso na comunidade: o Festival “Talentos do Capão do Leão”. Composto por apresentações musicais, ocupava as tardes de domingo, estendendo-se até a noite. Gaiteiros e violeiros se exibiam mostrando suas habilidades numa disputa que chegava a envolver quase cinqüenta artistas. Para a comunidade o Festival de Talentos era sinônimo de diversão e lazer. Uma outra opção eram os bailes no antigo Salão do Manoel Selmo (que depois viria a ser o Restaurante Cantarelli). Ali também aconteciam fartos almoços e movimentados encontros políticos.

– Um costume deplorável que existia no passado era diferenciar entretenimentos sociais pelo critério da cor da pele. Isso acontecia em todo o Brasil. Havia bailes, jogos e eventos sociais para brancos e bailes, jogos e eventos sociais para negros. Em alguns casos, nas zonas coloniais principalmente, a divisão se acentuava e existiam coisas para alemães e não-alemães, coisas para italianos e não-italianos e assim por diante. Na sede da Associação dos Trabalhadores do 4º. Distrito em Capão do Leão também houve essa forma de racismo. Ocorriam os bailes dos brancos separados dos bailes dos negros. E tal fato não faz muito tempo (menos de meio século, seguramente). Contraditório é pensar que o mesmo povo que fazia esta distinção, elegeu por sete vezes consecutivas um homem negro para representá-lo na Câmara de Pelotas. A parte este detalhe, a divisão dos bailes “de brancos” e “de negros” era, como afirmamos, algo muito comum. Seja no antigo Salão do Faeco no Jardim América, nas domingueiras que eram realizadas na Hidráulica ou nos casamentos que ocorriam em outras zonas.
Algo comum também era burlar tal proibição. Como alguns bailes aconteciam à noite, sob a luz de precários lampiões de carbureto, homens que possuíam uma tez mestiça (mulatos de 1ª ou 2ª. geração) costumavam passar pó-de-arroz no rosto e nas mãos. Desta forma, participavam dos bailes dos brancos sem chamarem à atenção. Às vezes não dava certo e o sujeito era expulso do divertimento. Porém, havia igualmente a outra face da moeda: brancos não podiam entrar em bailes de negros? Pois, mentes menos preconceituosas, sem se importarem com tal situação, iam adiante e davam um jeito (ao menos poder ficar na porta). Uma história pitoresca nisso tudo é contada sobre um sujeito, da Família Barboza, lá no Passo das Pedras, tendo o fato se passado na década de 1920. O homem se besuntava de graxa para poder ir aos bailes negros, os quais considerava infinitamente melhores do que os que eram feitos pelos brancos.

Lembranças Leonenses XI

– As Vilas Casaubon e Real se originaram de loteamentos feitos sobre áreas de antigas chácaras. A primeira teve origem na propriedade do Sr. João Alfredo Cazaubon, cuja residência histórica mantém-se ainda hoje de pé, bem na entrada daquela zona. A segunda procede da área pertencente ao Sr. Francisco Tomé Real que, por volta de 1955, iniciou o loteamento de seus campos. Já a Vila Municipal é resultado de um loteamento feito no início da década de 70, levado a cabo pela Prefeitura de Pelotas.

Lembranças Leonenses X


– Personagens muito comuns nas ruas da Vila do Capão do Leão entre as décadas de 30 a 60, as lavadeiras compunham a paisagem daquele tempo. Mulheres de fibra, inúmeras vezes viúvas ou desquitadas, lavavam a roupa das famílias ricas, como forma de dar sustento a seus filhos. Existiam por toda a parte: na zona rural, no Teodósio, no Cerro do Estado. Estiveram também presentes nos primórdios do Jardim América. Na Vila do Capão do Leão, reuniam-se em algazarra com suas pesadas trouxas numa bica que situava-se nos arredores da Pedreira Municipal. Havia mulheres que davam duro trabalhando em Pelotas durante o dia e, quando retornavam, não hesitavam no breu da noite em lavar camisas, calças e fatiotas de fregueses endinheirados, mesmo no frio sereno do inverno. Fica, pois, a nossa lembrança a essas intrépidas mulheres.

Lembranças Leonenses IX


– O futebol leonense possui uma longa tradição desportiva, cujo maior símbolo é o nonagenário Santa Tecla Futebol Clube, fundado em 1915. Há outros de igual importância: Independente, Sete de Setembro, Oito de Outubro, Fluminense, Estrela, Ájax, etc. Entretanto, houve outras equipes também que tiveram seus instantes de glória, mas não subsistiram.
No Cerro do Estado, antes do surgimento do Fluminense, existiram o Ipiranga (fundado na década de 1910) e seu sucessor, o Americano (fundado por volta da década de 1930). No Teodósio, em época aproximada, tivemos o Ideal, formado por veranistas pelotenses. Já no Jardim América, existiram o São Francisco (final da década de 70), cujo campo situava-se onde hoje é a Escola Elmar Costa, e o Jardim América F.C., que foi o primeiro clube do bairro (anos 50) e cuja sede correspondia ao atual campo do Estrela. No Loteamento Zona Sul na década de 80 houve um time tipo “familiar”: o Botafogo. Na região do Campus UFPel/Embrapa, até bem pouco tempo quem brilhava era o Central F.C. – conhecido por sua bravura e valentia. Da mesma estirpe, havia o Agrisul – time que vendia caro derrotas em casa. Outra equipe com o nome de Central que marcou época existiu no Canto Grande, formado exclusivamente por trabalhadores rurais. Às margens da BR-293, representante das localidades Vila Gabriela Gastal e Parque Fragata, houve o Gabrielense com seu campo de traves enfeitadas. No Passo das Pedras, nas décadas de 50 e 60, quem protagonizava grandes lances na várzea da região era a formação do Centro Recreativo Soberbo. Ainda na zona rural existiram o Grêmio Esportivo Pavão e o União da Hidráulica. Este último, de certo modo, é “pai” do Estrela do Jardim América. Tendo existido até o início da década de 70, o União da Hidráulica ao ser extinto, legou dois jogos completos de camisas praticamente novas que foram aproveitadas pelo Sr. Juvenal Albuquerque Costa – que fundou o Estrela na mesma época.

Lembranças Leonenses VIII


– Alguns festejos que hoje podem parecer estranhos à comunidade, faziam parte do quotidiano dos antigos habitantes do Capão do Leão. Alguns de inspiração religiosa, outros por razões cívicas. Por exemplo, na década de 1950 o XV de Novembro era lembrado com desfiles nos moldes das atuais paradas de Sete de Setembro. Isso sem falar nas grandes comemorações que envolveram as vitórias aliadas nas duas guerras mundiais. Adiante, franceses da Companhia do Porto do Rio Grande celebravam o 14 de Julho (data nacional francesa) com grandes almoços e animados piqueniques na década de 1910.
Quanto aos religiosos, verificam-se nas primeiras décadas do século XX, divertimentos ligados ao Dia dos Reis (06 de Janeiro) e ao Dia de São José (19 de Março). Muito provavelmente houvesse igualmente aspectos de tradição folclória, pois registros de 1922 dão conta do Terno de Reis no Teodósio. Uma outra devoção, já mais recente, constituía-se na Festa de Santa Luzia (13 de Dezembro), em função do grande número de graniteiros. Até pelo menos a década de 1970, esta comemoração era realizada com grande esmero por estes trabalhadores.

Lembranças Leonenses VII


– Desde quando se faz carnaval no Capão do Leão? Pois pelo menos há mais de cem anos. Já em 1892 registram-se bailes carnavalescos no antiguíssimo Hotel Benjamin. Veranistas pelotenses promoviam estes eventos até nas próprias chácaras.
Em 1901, no Sítio Bormann, aproximadamente na região da atual Rua Manoel Vasquez Villa, entre as vilas Casaubon e Real, foi comemorado o carnaval de forma ímpar. Além de excursões de trem que vieram, foi instalada iluminação a gás e o local foi todo decorado com fitas e bandos. Houve apresentação de três blocos carnavalescos oriundos de Pelotas: Os Bôers, As Pastorinhas e Os Zangados. A imprensa pelotense cobriu e destacou as festividades.
Embora o carnaval nestes idos dependesse da iniciativa particular, uma tradição popular comum nesta época era a guerra dos sujos na tarde da Terça-Feira Gorda. Moleques e rapagões saíam pelas vielas, toscamente fantasiados, e jogavam um nos outros água, laranjas de cheiro, lança-perfumes ou simplesmente sujeira. Transeuntes desavisados podiam sofrer com a brincadeira e voltarem a seus lares completamente emporcalhados.
– Na década de 1940, ocorrem na Vila do Capão do Leão os primeiros desfiles organizados de carnaval ao longo da Avenida Narciso Silva. Bem verdade, o que acontecia é que os blocos saíam da antiga rua da sub-prefeitura (atual Professor Agostinho) em direção à Praça João Gomes. Lá se misturavam ao público presente. Curioso é que, em razão da inexistência da iluminação, o carnaval foi comemorado à tarde em alguns anos. O grande destaque dessa época foi o Bloco do Leão – que foi reconhecido e elogiado até mesmo em Pelotas. Suas cores eram o azul e o branco e suas alegorias e fantasias eram cuidadosamente trabalhadas pela comunidade. O desfile do bloco era conduzido por uma pequena banda de marchas carnavalescas. Em seguida, quatro ou cinco adolescentes vestidas de chita colorida saudavam o público. Sempre havia um grande carro alegórico, inspirado no tema-enredo, que abrilhantava o espetáculo. Certa ocasião, os integrantes do bloco montaram um carro com um grande leão enfeitado com vidro colorido.

Lembranças Leonenses VI


– De tempos em tempos, as sociedades vivem momentos de pânico ocasionados por motivos vários que mormente constituem ameaça à ordem, à segurança ou ao bem-estar públicos. Não necessariamente o Capão do Leão foi atingido em sua história por uma grande calamidade, porém também teve um instante de temor coletivo. Isso aconteceu no ano de 1989.
Não se sabe muito bem qual foi o estopim do fato, mas de uma hora para outra, surgiu o boato de que havia uma quadrilha de ladrões de órgãos humanos no município, seqüestrando exclusivamente crianças. No complemento da história, usavam uma kombi para suas ações e eram loiros os criminosos. O fato é que a população alarmada passou a vigiar seus filhos, netos e sobrinhos nas escolas e ruas e, por outro lado, a observar com atenção qualquer veículo estranho. O inusitado de toda a situação é que, em função do medo de alguns, qualquer homem loiro motorista de kombi era visto como ameaça. Chegou a ocorrer um acidente. Um representante da Souza Cruz que vinha seguidamente ao Capão do Leão abastecer o comércio de cigarros, teve a infelicidade de aparecer no município conduzindo uma kombi branca da empresa. Relata-se que, ao estacionar o veículo defronte a uma vendinha, o sujeito resolveu beber uma cerveja. Nisso, para ser simpático, pagou alguns doces a uns garotos que brincavam na calçada. Outros sujeitos viram o que ele estava fazendo e não hesitaram: um chamou a polícia; outros dois partiram para cima do homem, imobilizando-o. Tremenda confusão! Após a chegada da B.M. e muitas explicações, pobre vendedor foi liberado, apesar de todo machucado.

Lembranças Leonenses V


– A partir da década de 1970, quando o bairro Jardim América passou a crescer consideravelmente, começaram as visitas ao local de circos e espetáculos mambembes. As companhias quando chegavam, normalmente eram pequenas (senão diminutas) e se estabeleciam ou na Praça da Imprensa ou no terreno defronte à Ferraria Manske. Os cirquinhos movimentavam o quotidiano do bairro e sempre atraíam algum público nas apresentações. Faziam sucessos os espetáculos que traziam artistas de música regionalista, trupes de palhaços ou shows de touradas. Para sobreviverem os circos tinham que investir na “onda do momento” e assim terem retorno financeiro. Pois no fim da década de 70, apareceu um circo anunciando lutas de telecatch – algo que fazia muito sucesso na época. Diz-se que a encenação foi tão bem feita que houveram espectadores que quase invadiram o ringue, indignados pelo fato dos “mocinhos” estarem sendo surrados pelos “vilões”.

Lembranças Leonenses IV


– um tipo de medicina alternativa que esteve muito em voga na Vila do Capão do Leão foi a homeopatia. Como pessoas ligadas ao espiritismo desenvolviam atividades de filantropia e os serviços de saúde eram precários, algumas destas pessoas trabalhavam com produtos homeopáticos junto à população mais pobre. Foram homeopatas conhecidos em nossa localidade: Narciso Silva (filho), Gabriela Gastal e Vicente Real. Raramente cobravam pelo serviço. O Dr. Vicente Real era, aliás, médico muito conhecido e estimado por todos, pois também dava gratuitamente muitas consultas a quem precisava.

Lembranças Leonenses III


– Nos idos de muito antigamente, costumava-se dizer que as pessoas da zona rural, sobretudo aquelas que habitavam os lugares mais recônditos, não sabiam o valor real do dinheiro. A pouca instrução e certo isolamento favoreciam esta situação, embora devamos compreender que a época histórica era outra e os ditos “grossos” eram pessoas que regulavam o valor das coisas por sua utilidade prática no quotidiano. Isto explica um acontecimento inusitado que se passou em 1952, lá para os lados da Coxilha Florida. O cidadão acertou o prêmio da remota e extinta Loteria Estadual. Eufórico saiu a contar a vizinhos e conhecidos que tinha o bilhete premiado. Veio então à Vila do Capão do Leão para tomar o trem em direção à Pelotas. No caminho contou sua bem-aventurança a um comerciante, que ficou bastante interessado na história e propôs-lhe o seguinte negócio: dava um cavalo e uma camionete Ford usada pelo bilhete. O incauto nem tomou o trem e retornou ao interior, felicíssimo. O comerciante foi e retirou o prêmio, cujo montante daria para comprar pelo menos duas camionetes novinhas e mais quatro ou cinco cavalos.

Lembranças Leonenses II


– Quem ia para o Cerro do Estado nas décadas de 1940 e 1950, ao observar o monte ao partir do vale, impressionava-se com vários pontos brancos, claros, escuros e cinzentos que se moviam em inúmeros locais ao longo da encosta. Não era nenhuma fantasmagoria, entretanto. Eram cabritos e cabras que abundavam na região, a ponto de serem considerados verdadeiras pragas. Normalmente, um morador iniciava uma criação de caprinos sem objetivo maior que o consumo doméstico. Como estes animais se reproduzem com facilidade e possuem uma rusticidade admirável, em poucos anos os rebanhos multiplicavam-se. Uns fugiam e se juntavam a outros dispersos e daí surgiam mais e mais animais. O mais curioso é que nem ladrões se interessavam pelos bichos e era um tipo de criação praticamente imune à ação dos abigeatários. Numa outra localidade do município – o Passo do Descanso – próximo à Fazenda da Amizade existe um morro repleto de pedras basálticas que é denominado Cerro dos Cabritos. Outro lugar em que os caprinos foram abundantes.

Lembranças Leonenses I


– Há pelo menos meio século atrás, como havia muito menos urbanização, as distâncias na Vila do Capão do Leão eram muito mais longas. Isto é, sem a facilidade de transporte e dos meios de telecomunicações atuais e com a ocorrência de extensos espaços desabitados, ir da Praça João Gomes ao Teodósio, por exemplo, era encarado como uma caminhada “puxada”. Ressalve-se que não existiam muitas ruas que hoje conhecemos e chegava-se a alguns lugares somente trilhando picadas muito estreitas. A Vila Casaubon até a década de 1970 era campo de vegetação rasteira. Uma outra curiosidade é que a atual Rua João Rouget Peres chamava-se Corredor do Teodósio, isto é, via a qual se chegava até lá. Não tínhamos ainda o prolongamento da atual Rua Idílio Victória (até a região da Escola Castelo Branco), muito menos a configuração moderna das ruas da Vila Real. Mais curioso ainda é que, para as pessoas da época, a atual Rua Rouget Peres era uma espécie de “última fronteira” da vila. Além dali começava o Teodósio. De certa forma: “um outro lugar diferente do Capão do Leão”.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Baile no Salão "Fogo de Chão" em 1987


Evento Beneficente realizado pela Administração do Bairro Jardim América
no extinto salão da SER Fogo de Chão.
Data: 29 de Julho de 1987
Cortesia: Cláudio Stallman

Ampliação da Escola Elberto Madruga em 1988



Nas fotos várias autoridades municipais e equipe de trabalho do Jardim América
Data das fotos: 06 de Maio de 1988
Cortesia: Cláudio Stallman
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