Reunião na Casa de Cultura para tratar dos festejos
da Semana Farroupilha, com a presença do pessoal da Prefeitura, o Comandante do
Posto da Brigada Militar e representantes das entidades tradicionalistas numa
noite fria do mês de Agosto, há alguns anos atrás. Um gaudério está naquela
salinha de exposições que fica entre a parte da Biblioteca e a parte do Auditório
conversando com outro amenidades antes de começar a reunião. Neste meio-tempo
visualiza a pintura que retrata o patrono da Casa de Cultura, sem saber que se
trata de Hipólito José da Costa, também patrono da Imprensa do Brasil, que
viveu parte de sua infância em Capão do Leão. Muito curioso, o gaudério sério e
compenetrado aproxima o rosto da pintura e permanece apreciando o rosto do
sujeito, como se fosse alguém familiar. Ao que parece conclui algo em seu
pensamento e lascou muito confiante:
- Esse daí jogou bolita comigo no tempo de colégio.
O outro gaúcho mais esclarecido, sabendo que o amigo
estava, ou cometendo uma gafe, ou fazendo uma brincadeira, acrescenta em tom
cômico:
- E olha que hoje ele é motorista do caminhão da
prefeitura!
O gaudério (que tinha jogado bolita com Hipólito
José da Costa!) muito sério retruca:
- Ô Fulano, não me vêm com tuas mentiras. Esse aí da
pintura é aquele que morreu afogado lá no São Gonçalo. Fizeram uma homenagem
para ele, respeita o defunto!
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