domingo, 2 de maio de 2010

A Origem das Novas Zonas Urbanas de Capão do Leão


Campus da UFPel/Embrapa: área federal com certa “personalidade” própria no município. Sua origem remonta a uma repartição ocorrida na área original da Fazenda da Palma, por volta da década de 1920 e que foi encampada pela Prefeitura de Pelotas. Em 1941, a área passou a administração federal e em 1944, foi criado o Instituto Agronômico do Sul, que décadas mais tarde seria transformado em unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Com a criação da UFPel em 1969 e a conversão do local em campus universitário, a área cresceu em número de prédios e benfeitorias. Havia a “Vila da Embrapa” numa área contígua ao campus.
Jardim América: a antiga zona da Várzea do Fragata, já era habitada desde o início do século XX. No início da década de 1950, o Comendador Henrique Loréa, através da Companhia e Construtora América, loteou a área com o intuito de criar um bairro popular com áreas verdes e de lazer: surgiu um conjunto urbano de 94 ruas, 134 quadras e 4.000 lotes. Cada lote, por seu turno, media aproximadamente 360 m2. O povoamento da área foi muito lento nos seus primeiros quinze anos, tomando verdadeiro impulso na década de 1970, com as obras da construção da Estrada Pelotas-Jaguarão e a instalação de frigoríficos nos arredores. Com a emancipação em 1982, o bairro vai começar a receber melhorias de infra-estrutura (água, luz, saneamento, transporte, polícia), o que vai resultar em um acréscimo populacional ainda maior. É o principal bairro do município, com cerca de quinze mil habitantes.
                Loteamento Armindo Wickboldt: surgiu em 1984, às margens da Avenida Eliseu Maciel, tal como o Sítio São Marcos. Possuía interesse inicial semelhante a este.
                Loteamento Campestre: de iniciativa do Sr. Oriente Brasil Caldeira, situado atrás do Clube Campestre, junto à linha férrea. Data de 1987.
                Loteamento Olaria: surgira em 1992 num terreno próximo a rótula em que se encontram as avenidas Três de Maio e Eliseu Maciel, sendo planejado pela Empresa de Engenharia Zambrano.  O nome deriva de uma primitiva olaria de tijolos que ali existiu. Foi regularizado em 1995.
Loteamento Oriente Brasil Caldeira: trata-se do conjunto urbano formado pelas ruas Alberto Demari, São Lourenço do Sul e Joaquim Maciel, que liga o bairro Jardim América à Avenida Eliseu Maciel. Data de 1985.
Loteamento Zona Sul: surgiu por iniciativa do Sr. Oriente Brasil Caldeira, em 1977. Nesta época, houve a instalação do 1º. Etapa do loteamento – situado entre a Avenida Três de Maio e a BR-116. Em 1980, seguiu-se a 2ª. parte do loteamento – na outra banda da BR-116. Entre 1983 e 1989, a área da 1ª. etapa do loteamento foi quase que em sua totalidade ocupada. Já a área da 2ª. etapa por ser maior, foi sendo povoada gradativamente, com grande impulso na década de 1990, embora ainda existam lotes vazios. Foi resultado do natural crescimento do bairro Jardim América. Seu nome é uma homenagem a origem dos migrantes que povoaram aquela região.
Parque da Hidráulica: conhecido como “Vila do Toco”, em razão da antiga casa comercial que ali existiu durante vários anos. É a via de acesso entre a BR-293 e a Estrada da Hidráulica. O loteamento foi oficialmente regularizado em 1987. Teve um crescimento extraordinário nos últimos dez anos.
                Parque Fragata: a área interior da zona surgiu em 1987, mas já havia casas à margem da BR-392. É uma das zonas de maior crescimento populacional do município. O nome advém da antiga denominação da região entre os arroios Fragata e São Tomé: “Várzea do Fragata”. Era área de criação de gado.
Sítio São Marcos: área surgida em 1982. Foi loteada a antiga propriedade rural que recebia este nome. Se destinava a pessoas que trabalhavam na UFPel, embora fosse empreendimento particular.
Vila Alaíde: é da mesma época da Vila Maria. Está situada entre o Cerro das Almas e o Cerro do Estado. Tal como acontece com outras áreas novas, apresenta crescimento rápido nos últimos anos.
Vila Cazaubon: loteamento que surgiu da antiga área da chácara do Sr. João Alfredo Cazaubon, por volta da década de 1970. João Alfredo Cazaubon era funcionário do DEPRC, responsável pela linha férrea.
Vila Gabriela Gastal: três locais eram referência na área que surgiu às margens da BR-392: a cancha de carreiras do Sr. Pedro Gardey, o matadouro do Sr. Clodomiro Quadros e a casa de comércio do Sr. Pedro Behocaray. Todos muito antigos e anteriores ao loteamento que deu origem aquela zona, que pertencia a Sra. Gabriela Gastal. A partir de 1981, iniciou-se a ocupação da área de fato. Gradual nos primeiros anos, a zona recebeu melhorias e acréscimo populacional a partir da década de 1990, tal como aconteceu em outras zonas do município.
                Vila Maria: situada nos “fundos” da Vila Cazaubon, constitui-se de terrenos cedidos pela Prefeitura Municipal a partir do final da década de 1990, com o intuito de habitação popular.
Vila Municipal: com terrenos sendo vendidos a partir de 1983, o loteamento foi regularizado pela Prefeitura Municipal em 1986. Tomou rápido crescimento devido à proximidade com áreas já urbanizadas.
Vila Nova: no ano de 1991, foram entregues 35 chalés de madeira construídos pela Firma Madeireira Santo Antônio, de Viamão, numa área do bairro Jardim América até então paradoxalmente despovoada. Com coordenação do governo municipal e financiamento da Cohab e da Caixa Econômica Federal, o objetivo era atender uma demanda antiga que consistia na alocação da população mais pobre em moradias mais dignas e decentes.
                Vila Real: loteamento que surgiu da antiga área da chácara do Sr. Francisco Tomé Real, por volta da década de 1960. O filho de Francisco, Vicente Real, foi prestimoso médico homeopata da Vila de Capão do Leão, além de ter sido vereador em Pelotas. Morava na sede da antiga chácara.

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