A Pomerânia é uma antiga região histórica europeia situada às margens dos mares do Norte e Báltico que corresponde atualmente ao estado alemão de Mecklemburgo-Pomerânia e às voivodias (províncias) polonesas da Pomerânia, Pomerânia Ocidental e Cujávia-Pomerânia. Durante a Idade Média e parte da Idade Moderna, a Pomerânia foi um ducado ora independente, ora subordinado a um outro reino. Até 1870, a Pomerânia fazia parte da antiga Prússia e, posteriormente, com a unificação passou fazer parte do Império Alemão. No final da 1ª. Guerra Mundial, a região foi dividida entre Polônia e Alemanha.
Os pomeranos em Pelotas e região
vieram especificamente para serem assentados em colônias agrícolas juntamente
com os demais povos alemães. Em 1858, dos 180 colonos estabelecidos na colônia
de São Lourenço, por exemplo, 115 eram pomeranos.
A língua pomerana ainda persiste
entre os descendentes residentes na cidade. Tanto que há projetos da
Universidade Federal de Pelotas para a sua preservação. Uma antiga tradição que
veio da Europa tipicamente pomerana é a cerimônia de casamento. Foi um costume
que persistiu entre os imigrantes até o início do século XX. O matrimônio tem
como característica o vestido inteiramente preto da noiva e a figura do convidador
que serve de mediador entre as famílias dos nubentes. O convidador tem um
chapéu decorado com fitas coloridas dadas pelas famílias que aceitam o
casamento.
Também se destacam na culinária:
vários tipos de doces, marmeladas, bolachas decoradas, biscoitos, cucas, linguiças,
embutidos, salame cozido, alface com açúcar, bolinho de carne, bolinho de
batata, entre outros.
Muitos descendentes de pomeranos
ainda residem na zona rural de Pelotas, bem como em diversos lugares da cidade.
São famosos por seus cafés coloniais.
Fontes:
PITANO, Sandro de
Castro & ROMIG, Karen Laiz Krause. A influência da cultura pomerana na
transformação do espaço geográfico no extremo sul do Rio Grande do Sul. In: Revista
Formação, edição online, v. 25, n. 46, set.-dez. 2018, pág. 109-128.
SALAMONI,
Giancarla. A Imigração Alemã no Rio Grande do Sul – o caso da comunidade
pomerana de Pelotas. In: História em Revista, Pelotas/RS, v. 07, dez.
2001, pág. 25-42.
SALAMONI,
Giancarla; WASKIEVICZ, Carmen Aparecida. Serra dos Tapes: espaço, sociedade e
natureza. Tessituras, Pelotas/RS, v.01, n. 01, jul.-dez.2013, pág,
73-100.
SILVA, Danilo
Kuhn. Ik dáu dót bláuma futéla: apontamentos sobre a memória e a identidade
pomerana através da música. In: DAPesquisa, v. 11, n.17, pág. 62-63.
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