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História, Genealogia, Opinião, Onomástica e Curiosidades.Capão do Leão/RS. Para informações ou colaborações com o blog: joaquimdias.1980@gmail.com
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quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
História elitista?
Um novo blog sobre o Capão do
Leão, no seu direito de liberdade de expressão, afirma numa das suas primeiras
postagens que “quase todas as pessoas que
se dedicam a fazer pesquisas sobre a história, a cultura e sociedade leonense o
fazem de forma elitista”. Fiquei deveras pensativo a respeito desta
opinião, que certamente tem os seus ajuizamentos, embora o texto não cite
nomes. Comecei, pois, a arrolar personagens que se dedicam a “fazer pesquisas
sobre a história, a cultura e sociedade leonense”. Identifiquei a mim mesmo, os
grandes amigos Arthur Victória e Bruno Farias, mais duas ou três pessoas que
divulgam pesquisas particulares, também na web. Inicialmente, fiquei sem
entender a afirmação. O que significa fazer pesquisa de “forma elitista”?
A impressão do autor do texto
parece-me muito precipitada, pois dá a entender que o mesmo parte de uma
conclusão íntima, que não foi ponderada adequadamente. O que me proponho é
esclarecer alguns pontos que achei fora do eixo.
A história leonense e os
primeiros estudos sobre a sociedade deste município remontam ao período
pós-emancipação, ainda na década de 1980, com o pioneirismo estampado em
artigos de jornal de Magda Costa e Vanderlei Petiz. Depois, em 1993, a pioneira
obra Capão do Leão: Povo Identidade
do frei Sylvio Dall’Agnol, que foi a primeira a propor um delineamento
histórico do Capão do Leão. Mais tarde, nos anos 2000, com a facilidade trazida
pela internet, outros trabalhos puderam ser expostos ao público, tanto o meu,
quanto dos amigos supracitados. De lá para cá, o que ficou claro é que muita
coisa sobre a história do Capão do Leão, em particular, estava sendo
descoberta, exposta, divulgada, discutida!
Agora tenho o meu ponto de
partida. O que quero apontar é que não consigo compreender que uma pesquisa
histórica ou pesquisa social sobre o Capão do Leão possa ser feita de modo
elitista. A razão para mim parece-me simples: todos aqueles que se dedicam a
este ínterim estão descobrindo fatos, formando acervos de informações sobre coisas
das quais pouco ou nada se sabia – literalmente “cavoucando” saberes. Como,
então, pode-se fazer pesquisa de modo elitista se sequer temos um conhecimento
histórico e/ou sociológico sobre o próprio município SUFICIENTEMENTE
construído? As fontes (documentos, fotos, artigos, textos, causos, etc.) que
nos chegam são divulgadas porque temos a importante preocupação de
explicitá-las, tornar suas informações ou aquilo a que elas remetem conhecidas.
Não selecionamos informação, ou achamos tal e tal coisa mais “bonita” que
outra. Numa pesquisa científica, você junta dados (estudem Metodologia!) e os
classifica.
O autor do texto induz que os
pesquisadores estariam predispostos a buscar este ou aquele elemento de
pesquisa, de acordo com uma predisposição pessoal, deixando o resto para trás,
como se estivessem qualificando este resto como algo menos importante. Só que
não existe resto! Conscientemente, busca-se ao contrário, aproveitar tudo
aquilo que pertença ao patrimônio cultural imaterial do município e compartilhá-lo!
Veja o caso da vizinha cidade
de Pelotas. Lá existe um conjunto de pesquisadores e obras por longo tempo
construído. Existem algumas referências sobre a história local que já são
pétreas. Neste caso, sim, há como fazer pesquisa “popular”, “elitista”,
“conservadora”, “moderna”, “marxista”, etc. e tal. Sobre Pelotas existe um
conhecimento consolidado e, dependendo do objeto de pesquisa, o sujeito
direciona seus métodos a chegar a conclusões pré-estabelecidas. Como fazer isso
aqui no Capão do Leão, onde o que mais se procura são informações sobre o passado...
Algumas destas informações que seriam básicas, ou eram desconhecidas, ou ainda
o são!
Outro trecho que achei sem
muito sentido é o seguinte: “Praticamente
desconsideram que todo morador está construindo e fazendo parte da história
local, independente de ter nascido na ‘Vila do Capão do Leão’ e visto a
emancipação acontecer, ou ter vindo morar aqui para trabalhar e construir a sua
família, somos todos leonenses e construímos dia após dia, a história, a
cultura e a sociedade do local no qual vivemos”. Sinceramente, não consigo
enxergar o que seja esta pretensa “desconsideração”, isto é, onde ela está
escrita ou subentendida, ou mesmo radicalmente afirmada em qualquer fonte
(impressa ou midiática). Aliás, nunca sequer teorizou a respeito de uma
identidade leonense. O que existe são estudos diversos sobre os mais diferentes
objetos, cujo foco procura a elucidação racional dos fatos. A impressão que
tenho é que o autor do texto compreende erroneamente os resultados das
pesquisas e termina por deduzir uma conclusão íntima, isenta de adequada avaliação.
Talvez ele compreenda que os
objetos pesquisados são excludentes em relação a outros fatos. Pode ser. A
questão é que aquilo que se pesquisa é o QUE SE PODE PESQUISAR ou QUE SE PODE
SER RACIONALIZADO E EXPLICADO. Simples assim. Aliás, não consigo perceber onde
ocorra um critério seletivo nas narrativas. Queria, sinceramente, exemplos.
Reservo-me ao direito da
réplica, pois considero que determinadas colocações carecem de argumentos
demonstrativos mais sólidos e coerentes. Não pretendo ofender ninguém, mas faço
o registro da minha opinião.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Aspectos geográficos de Capão do Leão
Área: 784.716 km²
População: aproximadamente
27 mil habitantes.
Relevo: altitude
média de sete a vinte e um metros acima do nível do mar. No conjunto, o
Município apresenta dois cenários diferentes: a planície de várzea (isto é, com
solo predominantemente úmido), sobretudo no distrito do Pavão e nas zonas do
Campus da UFPel, Jardim América, Loteamento Zona Sul e Parque Fragata, também
na região do distrito da Hidráulica na área limítrofe ao município de Pelotas;
a serra granítica, que se inicia nas proximidades do Horto Florestal, em uma
das suas extensões, e às margens do Arroio São Pedro, em outra. O perímetro da
sede municipal (Teodósio, Centro e vilas menores) encontra-se no vale entre
estas duas elevações. Ambas apresentam oscilações de largura entre 1 a 4 km, 12
a 18 km de comprimento e entre 100 a 200 metros de altitude. Ponto mais alto:
Cerro das Almas – 221 metros de altitude. O conjunto de elevações (serras) de
Capão do Leão se estende até os limites do município com Morro Redondo, Cerrito
e Pedro Osório, fazendo parte da chamada “Serra dos Tapes”, esta por sua vez,
integrante do agrupamento das “Serras do Sudeste Rio-Grandense” ou “Escudo
Uruguaio-Sul-Rio-Grandense”.
Clima: subtropical;
média anual 17,7 oC.
Pluviosidade: de
1.000 a 1.500 milímetros anuais. Período comum das chuvas: maio a agosto.
Período comum da estiagem: novembro a março.
Vegetação: de
forma genérica “Campos” ou “Bioma Pampa”. De modo particular, segue a lógica do
relevo:
·
Nas planícies: vegetação hidrófila, juncáceas e
ciperáceas, gramíneas de solo úmido, arbustos baixos e medianos;
·
Nas elevações (serras): também gramíneas, porém
maior ocorrência de galerias arbustivas (exemplo: corredores de amaricás),
vegetação de mata subtropical (sobretudo, na encosta dos morros) e capões e
caponetes de matos (concentração de arbustivas em solos de predominância de
gramíneas).
·
Vegetação exógena[1]:
regiões que tiveram o plantio do eucalipto australiano, da acácia e da
araucária, para fins de produção de lenha. Exemplo típico: áreas do Horto
Florestal, Parque Fragata e Cerro do Estado.
Hidrografia: abundantes
recursos de água doce, fazendo parte da “Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim”,
esta por sua vez inserida no grande grupo da “Bacia do Leste Rio-Grandense”:
·
Canal São Gonçalo, que liga a Laguna dos Patos à
Lagoa Mirim;
·
Rio Piratini, limite natural com o município de
Arroio Grande;
·
Arroios: Fragata ou Moreira, Padre Doutor, São
Tomé, Pavão, São Pedro, Itaita, Palma, Quilimaco, Ávila, das Pedras,
Contrabandista, Taquara. Sangas: da Brigadeira, das Traíras, da Coxilha Florida
e o “Sangão” do Jardim América. Nota: a tipologia não é científica, porém
resultado da denominação popular através do tempo, dado que, por exemplo, o
Arroio São Pedro apresenta, em certos lugares, uma profundidade de 40 a 60
centímetros somente e, a Sanga das Traíras, chega a ter três metros de
profundidade, próximo ao seu encontro com o São Gonçalo.
·
Ilha fluvial: no encontro do Canal São Gonçalo e
do Rio Piratini, existe a “Ilha do Pavão”.
·
Açudes: desde pequenos reservatórios naturais a
açudes de maior comprimento e profundidade, contam-se cerca de 30 em todo o
território do município.
Baile da Rainha Colonial (1964)
Cortesia da foto: Sra. Gilda Dutra |
Entre o final da década de 1940 até o final da década de 1970, realizava-se em Pelotas, o tradicional "Baile da Rainha Colonial", que reunia público de todas as zonas coloniais da cidade, até o pessoal da Z-3. Cada "colônia" elegia a sua rainha e, durante o baile, as candidatas participavam de um concurso que elegia a "rainha das rainhas" - no caso, a RAINHA COLONIAL DE PELOTAS. No início, pelo que pude precisar os bailes eram realizados anulamente num local (hoje inexistente) do bairro Três Vendas, em Pelotas. Após, passaram a ser itinerantes. Em 1964, a escolha da Rainha Colonial deu-se no Capão do Leão.
Contribuição do facebook ( por indicação do amigo Arthur Victória):
Contribuição do facebook ( por indicação do amigo Arthur Victória):
Da esquerda p/direita, em pé:nl, nl,
Vitor Hugo dos Santos Ribeiro, nl, José Cláudio Viegas, e meu doce e
inesquecível priminho João Francisco dos Santos Silva. Sentados: Sidney,
Sílvio, Oton Luís Dos Santos Ribeiro, nl, e Neca. Bem na frente, nl. (nl=não
lembro o nome. Idade... gente!!).
Rua Valdomiro Surniche, Jardim América (1988)
Cortesia das fotos: Sra. Abrilina Moreira Viegas |
Nesta região do bairro Jardim América, mais próxima ao Motel Vila Rica, a rua Pedro Silveira Lopes e suas adjacências foram majoritariamente ocupadas a partir do final dos anos 70, atrás da mesma rua, havia algumas pequenas vias (dentre elas, a rua Valdomiro Surniche), ainda inabitadas na ocasião, que receberam um fluxo considerável de moradores no pós-emancipação. Ali se documenta aquilo que os próprios moradores do local definem na cultura oral como "época da explosão do Jardim". Outra região que também vai crescer em número de casas neste período é onde hoje se encontra a Rua Piratini e suas circunvizinhanças.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Registro Histórico de Capão do Leão no século XIX
Interessante trecho de um
artigo da Revista do IHGB, de 1858, que trata a respeito da origem de Pelotas e
Capão do Leão. Após lê-lo, surgiram algumas indagações, visto que o texto é bem
antigo e se baseia em outra obra. Capão do Leão é situado na costa da Lagoa dos
Patos e supõe-se que a denominação geográfica abrangia um território maior do
que é hoje. Lógico, é uma dedução do autor. O outro dado interessante é que ele
nomeia o Capão do Leão como povoado...isto em 1858! Não creio que possa sê-lo
tal como Pelotas era na época, obviamente. Mas penso que, muito provavelmente,
era uma área com certa significância regional de referência. Fato também é que
o autor confunde-se com algumas informações, mas não sabemos igualmente quais
informações ele dispunha na época.
CORUJA, Antonio Alves de Azevedo. Algumas Annotações às Memórias Historicas do Rio de Janeiro pelo Monsenhor José de Sousa Azevedo
Pizarro e Araujo, na parte relativa ao Continente do Rio Grande do Sul. REVISTA
DO INSTITUTO HISTORICO E GEOGRAFICO BRASILEIRO. Volume 20, Typographia
Brasiliense de Maximiliano Gomes Ribeiro, 1858.
“ VI.
Em o mesmo Tomo 5º. Pag. 283, tratando da creação da
paróquia de S. Francisco de Paula, hoje cidade de Pelotas, conclue assim:
‘Para evitar pois os referidos inconvenientes, supplicarão a
S.M. que se dignasse attendêl-os, mandando erigir nova paróquia no sitio
chamado Capão do Leão, que é na costa da Lagoa dos Patós, onde se acha a
fazenda denominada Pelotas; e se erigiu na Capella de S. Francisco de Paula,
que era filial da freguezia de N.S. da Oliveira da Vacaria. Erecta a supplicada
freguezia, foi seu primeiro pároco o padre Feliciano Joaquim da Costa Pereira.’
Em primeiro lugar, a povoação de Pelotas não está situada no
Capão do Leão, embora (como diz o autor) se mandasse ahi erigir a nova
paróquia; excepto se nesse tempo se dava tal denominação a todo o território da
circumvizinhança, achando hoje circunscrito somente ao Capão; como outr’ora se
dava a grande parte do Continente aquém da Lagoa dos Patos o nome de Viamão,
que hoje se não estende além dos limites da freguezia.
Além disso, o autor tomou por uma só duas povoações
differentes, muito distantes uma da outra, porém ambas com o mesmo orago, e
tendo cada uma dellas um rio com a denominação de Pelotas." (p. 231)
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