quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O czar proíbe a leitura!


"Como a Austria, a Russia não quer livros de Zola. 

Um decreto imperial banio a Nana e outras obras do eminente escriptor francez.

O decreto tambem prohibe ás bibliothecas de todo o genero - até as particulares! - darem á leitura de livros de Luiz Blanc, Rochefort, Adam Smith, Michelet, Lyell, Stuart Mill, Karl Marx, Lassale, Buchner, Moleschott, Agassiz, etc., etc.

Seria muito mais conveniente que o czar descobrisse o meio de evitar a entrada do plancasito..."

Fonte:  A FEDERAÇÃO (RS), 27 de Outubro de 1884, pág. 01, col. 08

Inauguração do Aeroporto de Pelotas em 1928


"O PRIMEIRO AERO-PORTO DO BRASIL

* * * * * 
A COMPANHIA AERONAUTICA BRASILEIRA INAUGUROU-O EM PELOTAS

PELOTAS, 12 (A.B.) - Toda a imprensa registou, com muita sympathia, a inauguração do aerodromo da Cia. Aeronautica Brasileira, o qual recebeu o nome de Aero-porto dr. Augusto Simões Lopes.

Foram paranymphos da cerimonia, o coronel Pedro Osorio e a senhorita Lili Siqueira Perret. Compareceram: o arcebispo diocesano, altas autoridades civis e militares, o intendente municipal, dr. Augusto Simões Lopes, numerosas outras personalidades e mais de 2.000 convidados, inclusive cerca de 300 senhoras e senhoritas.

Foi interessante a cerimonia, quebrando-se a classica garrafa de champagne contra o pilão direito do hangar.

Nesse momento o coronel Pedro Osorio pronunciou estas palavras:

'Denominar-se-á este aero-porto, dr. Augusto Simões Lopes'.

O aviador Vachet pronunciou, então um discurso allusivo ao acto.

Pelotas é a primeira cidade do Brasil a possuir um aero-porto munido de installações completas e modernas. Distante agora 11 horas do Rio de Janeiro, 3 horas de Montevidéo, 5 horas de Buenos Aires e a 9 dias de Paris, amanhã estará a seis dias de Paris e pouco depois a 4 dias sómente.

O chefe do Executivo municipal, por acto de hontem, deu nome de Campo Santos Dumont, ao logradouro publico da Tablada, onde foi installado o aero-porto Augusto Simões Lopes."

Fonte: DIARIO NACIONAL: A DEMOCRACIA EM MARCHA (SP), 12 de Maio de 1928, pág. 05, col. 06
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