domingo, 31 de março de 2019

O cangaceiro Antônio Silvino


"O bandido Silvino

Cinco assassinatos

O conhecido cangaceiro Antonio Silvino, terror dos Estados do Norte, onde com um bando de salteadores mata e rouba desenfreadamente, acaba de praticar mais uma das suas façanhas, a despeito das medidas postas em pratica pelo governo de Pernambuco para a prisão desse famigerado bandido.

No logarejo denominado Machados, distante duas leguas de Bom Jardim, onde estaciona numerosa força policial, informa um telegramma de Recife, o bandido Antonio Silvino, acompanhado de mais cinco scelerados, assassinou, no dia 16 do passado, á uma hora da tarde, cinco pessoas, inclusive um inspector de quarteirão, ferindo ainda gravemente a treze, entre as quaes algumas mulheres.

Finda a carnificina, os faccinoras, que neste últimos annos têm assassinado mais de sessenta pessoas, saquearam as casas das victimas, fugindo para o sertão.

O bandido Silvino, desde o anno de 1897 que, com os seus companheiros, tem praticado os mais barbaros crimes, sendo incalculaveis os fabulosos prejuizos que, desde dessa epocha, tem causado nos Estados do Norte."

Fonte: A OPINIÃO PÚBLICA (RS), 10 de Março de 1908, pág. 02, col. 02

"Antonio Silvino

Mais proesas do bandido - No sertão da Parahyba - Encontro e tiroteio com uma força de policia - Morte de um officil parahybano - A quadrilha augmenta - Ultimas noticias do criminoso.

Continúa o bandido Antonio Silvino a augmentar a série dos crimes abominaveis a série dos crimes abominaveis que têm feito a sua triste celebridade. As ultimas notícias dos seus feitos chegam da Parahyba, cujo sertão escolheu para theatro de façanhas.

As populações temem-no como a um fantasma e a policia se sente impotente para captural-o. Talvez por isso, dia a dia, o miseravel mais audaz e mais perverso se revela.

Ainda ha pouco, um telegramma de Pernambuco para a imprensa relatava ter Antonio Silvino assassinado, em Galante, um coronel de nome Eduardo Gomes Barbosa, em seguida telegraphando ao presidente da Parahyba, communicando-lhe a façanha!

A força publica, que elle sempre evitou, enfrenta agora á bala, tendo até sustentado tiroteios renhidos com os destacamentos enviados ao seu encalço nos ultimos mezes.

O <<Diario de Pernambuco>> narra, mais ou menos, nos termos que se seguem, o ultimo encontro do bandido com uma força de policia parahybana:

<<Em dias da semana passada, Silvino sahira do município de Patos para o de Batalhão, algumas leguas distantes de Campina Grande.

Em Patos declarou ter o proposito de assassinar o alferes Mauricio, valente official, da policia parahybana, que ha muito o persegue com uma tenacidade digna de louvores.

Infelizmente o bandido cumprio a sua palavra.

Chegado nas proximidades de Batalhão, localidade populosa e prospera, Silvino mandou um emissario com a lista dos contribuintes e o <<quantum>> que lhe devia ser remettido.

Os habitantes de Batalhão responderam pela negativa, confiados no alferes Mauricio que ali se achava com 14 praças e que logo se pôz no encalço da quadrilha.

Em Santo André o official teve noticias de Silvino e então dividio, talvez imprudentemente, a sua força, em duas patrulhas de 7 praças.

Com a patrulha commandada pelo alferes Mauricio, seguio um paisano, incumbido de <rastejar> o bando de criminosos.

Caminhava essa força, quando dentre o matto rompeu cerrada descarga, sendo immediatamente mortos o official e o <rastejador> e cahindo um soldado gravemente ferido.

O alferes Mauricio foi attingido por um bala de rifle no ouvido.

O resto da força debandou e Silvino, sahindo do matto, assassinou a punhal o soldado ferido e mutilou o cadaver do desventurado official, de cuja farda arrancou os botões.

Os cadaveres do alferes Mauricio e das outras victimas foram sepultados na villa da Solidão.>>

Depois desses crimes, já o bandido commetteu um outro: o assassinato do coronel Eduardo, a que nos referimos linhas acima.

A quadrilha de Antonio Silvino, ao que parece, tem se visto ultimamente accrescida de novos e perigosos elementos. Não ha facto criminoso que se dê no interior da Parahyba ou de Pernambuco em que directa ou indirectamente não se achem envolvidos companheiros do miseravel.

A 9 de Março, um grupo de malfeitores atacou em Panellas, nesse ultimo Estado, a casa do agricultor Fernando Pereira, roubando a quantia de 12:000$000.

Avisadas as autoridades, fizeram-se importantes diligencias, de que resultaram algumas prisões, ficando provado que do grupo assaltante fazia parte Antonio Godë, de novo unido á quadrilha de Silvino.

Ha pouco tempo certos jornaes de Pernambuco, e entre elles a <Provincia>, disseram que o territorio criminoso se encontrava no logar denominado S. Vicente naquelle Estado. O <Diario>, porém, contestou essa noticia, affirmando que ha dois annos Silvino não penetrava no territorio pernambucano e reforçando essa affirmativa o seguinte telegramma enviado de Bom Jardim ao chefe de policia.

<<Ultima noticia Silvino em Trambeque, onde esteve, sabendo ter sahido dahi no dia 3, ás 11 horas, tendo arrecadado 15$. Percorri Serra Verde e Munganga, não tendo noticias, sabendo entretanto, que não entrou em territorio Pernambucano. - Major João Isidoro, delegado.>>

Entretanto, muito pouco importa saber-se onde no momento se acha o bandido. O facto é que continúa elle a praticar crimes horriveis, constantemente ameaçando os habitantes dos sertões, cuja situação é de verdadeiro e justificado terror."

Fonte: A OPINIÃO PÚBLICA (RS), 08 de Julho de 1910, pág. 01, col. 05

Trigamia em Rio Grande


"RIO GRANDE

Um complicado caso de trigamia

RIO GRANDE, 16 (Via postal). - A polícia judiciária desta cidade está no conhecimento de um complicado caso de trigamia, há poucos dias verificado.

João Larnescki, natural da Polônia, photógrapho, residente á rua General Abreu n. 127, casou-se primeiramente no seu paiz natal, e, mais tarde, sem haver dissolvido esse consórcio, contrahiu novas nupcias em Buenos Aires.

Não contente, a 27 de fevereiro ultimo consorciou-se nesta cidade com d. Francisca Arenda, viuva de Miguel Arenda, fallecido em 24 de dezembro de 1916.

Para ser celebrado este terceiro casamento, testemunharam o estado de solteiro de João Larneski os seus compatriotas Simon Visinra e Michal Juslawrica.

Nega, entretanto, João Larneski haver commettido o crime que lhe imputam, apontando como autora dessa falsa accusação a segunda das suas sedizentes esposas a qual declara elle, nunca passou de sua amazia e a quem abandonou por infidelidade.

Sustenta, porém, essa mesma pessôa, ter contraído matrimônio com João Larnescki na capital argentina e accrescenta que, no Consulado da Polônia em Santa Catharina existem documentos probantes do primeiro casamento do accusado."

Fonte: ESTADO DO RIO GRANDE (RS), 22 de Março de 1930, pág. 09, col. 02

sábado, 30 de março de 2019

Histórico do Município de Pato Branco/PR


"Em 07 de maio de 1918, pelo Decreto no. 382, foi criada a Colônia Bom Retiro, demarcada pelo engenheiro Francisco Gutierrez Beltrão. Em pouco tempo a sede do povoado da Colônia Bom Retiro, passou a se chamar Vila Nova e mais tarde definiu-se por Pato Branco.

O nome da cidade é de origem geográfica, referência ao Rio Pato Branco, que banha o município. A denominação de Pato Branco foi sugerida pelo engenheiro, dr. Francisco Beltrão, que executou as obras de levantamento topográfico da Colônia Bom Retiro, núcleo que deu origem ao atual município.

Em 1919 instalaram-se as famílias de João Damaceno, Miguel Conrado, Francisco Índio de Lima, Pacífico Pinto de Lima, Inácio Galvão, João Macário dos Santos, Manoel Loureiro Sampaio, Quintiliano M. Bueno e mais a numerosa família dos Venâncio. Inúmeras famílias vindas do Rio Grande do Sul procuravam no lugar a segurança que não tinham em sua terra natal, motivada pelas pendengas entre 'Chimangos e Maragatos'.

Com vida própria e progredindo bastante, Pato Branco foi elevado à categoria de Distrito Administrativo, através da Lei no. 02, de 10 de outubro de 1947, e a de município em 14 de novembro de 1951, pela Lei Estadual no. 790, com território desmembrado de Clevelândia. A instalação deu-se a 14 de dezembro de 1952, com a posse do primeiro prefeito, sr. Plácido Machado."

Fonte: FERREIRA, João Carlos Vicente. Municípios paranaenses: origens e significados de seus nomes. Curitiba/PR: Secretaria de Estado da Cultura, 2006, pág. 225-226.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Proprietários de São Leopoldo em 1833


"No sítio da Olaria, assenta hoje a cidade de São Leopoldo. Em 1828 foi construída uma capela, cuja construção foi concluída em julho do mesmo ano.

A sua divisão e demarcação foi efetuada pelo piloto da Carta Geral, Miguel Gonçalves dos Santos, em 1833, conforme se vê do respectivo têrmo original, ainda hoje existente no arquivo da Intendência Municipal, e que assim reza: 'Linhas Divizorias do Terreno da Povoação de São Leopoldo, Lado Meridional do Rio dos Sinos, por Demarcação e Medição.

Miguel Gonsalves dos Santos, Piloto da Carta Geral, fui vindo na conformidade das Ordens do Exmo. Presidente da Província ao Districto da Capella Curata de Sm. Liopoldo, e passei a Demarcar e Medir as Divizas do Terreno da Povoação, na forma seguinte'.

Seguem-se as 'Declarasoens das Prassas e Ruas pertencentes a Povoação de Sm. Liopoldo, assim mais o logrador e Estradas para fóra, que tudo vai trassado'.

João Martini e Henrique Roque, terreno 04, quadra 44, casa, Rua da Praça.

Dorotéia Linck, terreno 02, quadra 25, 02 casas, Rua do Fogo.

Pedro Castro, terreno 03, quadra 25, casa, Rua do Fogo.

Felipe Foldmann, terrenos 04 e 22, quadra 25, 02 casas, Rua do Fogo e Rua do Brejo.

Francisco Horman, terreno 06, quadra 25, casa, Rua do Fogo.

Inácio Rasch, terreno 07, quadra 25, casa, Rua do Sacramento.

Henrique Robon, terreno 08, quadra 25, casa, Rua do Sacramento.

Augusto Born Hessk, terreno 13, quadra 25, casa, Rua do Sacramento.

Maria Carolina França, terreno 25, quadra 25, casa, Rua do Sacramento.

Antônio Macksel, terreno 13, quadra 28, casa, Rua do Sacramento.

Simão Cabohorn, terreno 01, quadra 33, casa, Rua da Praça.

Nicolau Scherer, terreno 02, quadra 33, casa, Rua da Praça.

Henrique Tiofel Hot. Mission, terreno 02, quadra 34, terreno, Praça da Igreja.

Guilherme Stoll, terreno 04, quadra 34, casa, Praça da Igreja.

João Antônio Sarrazin, terreno 05, quadra 34, casa, Praça da Igreja.

João Daniel Haack, terreno 06, quadra 34, casa, Praça da Igreja.

João Vigori, terrenos 07 e 08, quadra 34, 02 casas, Praça da Igreja.

João Batista Orsi, terreno 01, quadra 35, casa, Rua da Praça.

Vicente Batista Orsi, terreno 02, quadra 35, casa, Rua da Praça.

Manoel Bento Alves, terreno 03, quadra 35, casa, Rua do Passo.

Manoel Coelho, terreno 04, quadra 35, casa, Rua do Passo.

Francisco José Dias, terreno 05, quadra 25, casa, Rua do Passo.

José Wernes, terrenos 06 e 19, quadra 35, casa, Rua do Passo e Rua do Sacramento.

José Hipólito, terreno 07, quadra 35, casa, Rua do Passo.

Bento Jorge Pansa, terrenos 08, 09, 16 e 17, quadra 35, casa, Rua do Passo.

Pedro da Costa Carvalho, terreno 10, quadra 35, terreno, Rua do Passo.

João Henrique Robert, terreno 11, quadra 35, terreno, Rua do Passo.

Augusto Hermann, terreno 12, quadra 35, casa, Rua do Fogo.

Matheus Geisbuch, terreno 18, quadra 35, casa, Rua do Sacramento.

José Antônio da Silva, terrenos 01 e 02, quadra 35, 02 casas, Rua do Fogo.

Luiz Rau, terrenos 03, 04 e 28, quadra 36, 02 casas, Rua do Fogo e Rua do Sacramento.

João Serrazin, terreno 05, quadra 36, casa, Rua do Fogo.

Frederico Titzer, terreno 06, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Carlos Steinhardt, terreno 07, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Sebastião Rissel, terreno 08, quadra 36, ?, Rua do Passo.

Guilherme Stoll, terrenos 09 e 10, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Lourenço Dexheimer, terreno 11, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Vicente Bohrer, terreno 12, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Brockmann e Krieger, terreno 13, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Guilherme Petersen, terreno 14, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Henrique Ritzel, terreno 15, quadra 36, casa, Rua do Passo.

João Agner, terrenos 16 e 18, quadra 36, 02 casas, Rua do Passo.

Joaquim Antônio Xavier, terreno 17, quadra 36, casa, Rua do Passo.

Carlos Ecker, terreno 19, quadra 36, casa, Rua Formosa.

João Satter, terreno 20, quadra 36, casa, Rua Formosa.

Henrique Rieth, terreno 21, quadra 36, casa, Rua do Sacramento.

Guilherme Petersen, terreno 22, quadra 36, terreno, Rua do Sacramento.

Frederico Reichmann, terreno 23, quadra 36, terreno, Rua do Sacramento.

José Krieger, terreno 24, quadra 36, terreno, Rua do Sacramento.

Guilherme Stoll, terrenos 25 e 26, quadra 36, terreno, Rua Formosa.

João Cayes, terreno 02, quadra 37, casa, Rua Formosa.

Frederico Leideck, terrenos 03 e 07, quadra 37, 02 casas, Rua Formosa.

Francisco José da Souza, terreno 04, quadra 37, terreno, Rua do Passo.

João Haack, terreno 05, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Felipe Weimann, terreno 06, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Martinho Austay, terreno 08, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Caetano Inácio de Morais, terreno 09, quadra 37, terreno, Rua do Passo.

Maximo Rodrigues, terreno 10, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Luiz Brinkler, terreno 11, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Frederico Boekmann, terreno 12, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Frederico ?, terreno 13, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Jakob Geyer, terreno 14, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Dr. Carlos V. Ende, terreno 15, quadra 37, casa, Rua do Passo.

Domingos Damm, terrenos 07, 19, 20 e 21, quadra 38, terreno, Sac. Passo, S.C.

Theófilo Lang, terrenos 08 e 24, quadra 41, terreno, Sac. Passo, S.C.

Theófilo Lang, todos os terrenos, quadra 42, terreno, S. José, Passo, Pr.

Conrado Ritzel, todos os terrenos, quadra 43, terreno, do Canto, Sac.

Israel Batista Orsi, terreno 01, quadra 44, alicerces, Praça da Igreja.

José Joaquim da Rocha, terrenos 02 e 04, quadra 44, 04 casas, Praça da Igreja.

José Ribeiro Luiz, terreno 03, quadra 44, casa, Praça da Igreja.

Manoel Francisco Ramos, terreno 05, quadra 44, casa, Praça da Igreja.

Joaquim José da Silveira, terreno 09, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

Antônio Gularte da Rosa, terreno 10, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

Jacinto da Cunha, terreno 11, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

Joaquim José da Silveira, terreno 12, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

João da Silveira Peixoto, terreno 13, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

Ten.- Cel. Simão da Silva, terreno 14, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

Joaquim Antônio Xavier, terreno 15, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

José Ribeiro Luiz, terreno 16, quadra 44, casa, Praça da Alegria.

Joaquim de Souza, terreno 17, quadra 44, casa, Rua do Fogo.

Inácio Gomes Cardoso, terreno 18, quadra 44, casa, Rua do Fogo.

Maria Weber, terreno 19, quadra 44, casa, Rua do Fogo.

João Gayke, terreno 20, quadra 44, casa, Rua do Passo.

Inácio Raasch, terrenos 21 e 22, quadra 44, 02 casas, Rua do Passo.

João Reinaldo, terreno 23, quadra 44, casa, Rua do Passo.

Ten.- Gal. Bento Corrêa da Câmara, terreno 24, quadra 44, casa, Rua do Passo.

Sebastião Diehl, terreno 25, quadra 44, casa, Rua do Passo.

Francisco José de Souza, terreno 26, quadra 44, casa, Rua do Passo.

Manoel Bento Alves, terreno 27, quadra 44, terreno, Rua do Passo.

Inácio Raasch, terreno 02, quadra 45, terreno, Rua do Fogo.

Eufrásio Joaquim de Assunção, terreno 03, quadra 45, casa, Rua do Fogo.

Carlos Moog, terreno 04, quadra 45, casa, Rua do Fogo.

Guilherme Ponganberg, terreno 05, quadra 45, casa, Rua do Fogo.

Silvina Maria da Conceição, terreno 06, quadra 45, casa, Rua do Fogo.

João da Silva, terreno 07, quadra 45, casa, Rua do Fogo.

Felipe Hack, terrenos 08 e 09, quadra 45, 02 casas, Rua do Fogo.

João Gonçalves, terreno 10, quadra 45, casa, Rua do Fogo.

José Teixeira Soares, terreno 11, quadra 45, casa, Praça da Igreja.

Feliciano José da Silveira, terreno 12, quadra 45, terreno, Praça da Igreja.

Felipe Silbernagel, terrenos 13 e 31, quadra 45, 02 casas, Rua do Passo.

João Feix, terrenos 16 e 27, quadra 45, casa e terreno, Rua do Passo.

José Fernandes, terreno 17, quadra 45, terreno, Rua do Passo.

Francisco José de Souza, terreno 18, quadra 45, terreno, Rua do Passo.

José Joaquim de Andrade, terreno 19, quadra 45, casa, Rua do Passo.

Cristiano Drey, terrenos 21 e 22, quadra 45, 02 casas, Rua Formosa.

Pedro Klaus, terreno 23, quadra 45, casa, Rua Formosa.

Pedro Petersen, terreno 24, quadra 45, casa, Rua Formosa.

Francisco José de Souza, terreno 45, quadra 45, casa, Rua Formosa.

João Herzog, terreno 26, quadra 45, casa, Rua do Passo.

Pedro Cassel, terreno 28, quadra 45, casa, Rua do Passo.

Jorge Tabolo, terreno 29, quadra 45, casa, Rua do Passo.

Carlos Winkler, terreno 30, quadra 45, casa, Rua do Passo.

João Hinglehrt, terrenos 32 e 33, quadra 45, 02 casas, Rua do Passo.

Nicolau Fleck, terreno 01, quadra 46, casa, Rua do Passo.

Henrique Klappert, terreno 02, quadra 46, casa, Rua Formosa.

Carlos Coplis, terreno 03, quadra 46, casa, Rua Formosa.

Salvador Pires de Camargo, terreno 04, quadra 46, terreno, Rua Formosa.

João Henrique Hasot, terrenos 21 e 23, quadra 46, 02 casas, Rua do Passo.

José Pansa, terreno 22, quadra 46, casa, Rua do Passo.

João Uste, terreno 24, quadra 46, casa, Rua do Passo.

João Kunse, terreno 25, quadra 46, terreno, Rua do Passo.

Maria Ignácia de Morais, terreno 26, quadra 46, terreno, Rua do Passo.

João de Deus, terreno 28, quadra 46, casa, Rua do Passo.

Luiz Sperb, terreno 29, quadra 46, casa, Rua do Passo.

Silverio Pereira de Escobar, terrenos 50, 51, 52, 59, 60, 61, 69 e 70, terrenos.

José da Silveira Moltoso, terrenos 69, 70, 01 e 03, quadra 53, 02 casas, Praça da Igreja.

Cel. Salustiano Severino dos Reis, terrenos 02 e 23, quadra 53, casa, Praça da Alegria.

Pedro Antônio dos Santos, terreno 06, quadra 53, terreno, Rua Sapucaia.

Luiz Antônio da Silveira, terreno 07, quadra 53, terreno, Rua Sapucaia.

José Inácio da Silveira, terreno 09, quadra 53, casa, Rua Sapucaia.

João de Wayss, terreno 10, quadra 53, casa, Rua Sapucaia.

Francisco José da Silva, terrenos 11 e 13, quadra 53, casa e terreno, Rua Sapucaia.

Hipólito Bins, terreno 12, quadra 53, casa, Rua Sapucaia.

Inácio Rasch, terreno 14, quadra 53, casa, Rua Sapucaia.

Luiz de Vargas, terreno 15, quadra 53, casa, Rua do Fogo.

Antônio Gonçalves Pereira, terreno 16, quadra 53, casa, Rua do Fogo.

Manoel Joaquim da Silveira, terreno 17, quadra 53, casa, Rua do Fogo.

José Inácio da Silveira, terreno 18, quadra 53, casa, Rua do Fogo.

José Peixoto, terreno 24, quadra 53, casa, Praça da Alegria.

Joaquim Antônio Xavier, terreno 25, quadra 53, casa, Praça da Alegria.

Theodora Borges, terreno 26, quadra 53, terreno, Praça da Alegria.

Joaquim José de Souza, terreno 02, quadra 54, terreno, Rua do Fogo.

Antônio Gonçalves Pereira, terreno 03, quadra 54, casa, Rua do Fogo.

José da Costa Viana, terreno 04, quadra 54, casa, Rua do Fogo.

Antônio Gonçalves Pereira, terreno 05, quadra 54, casa, Rua do Fogo.

Manoel Caetano Souto, terreno 06, quadra 54, casa, Rua do Fogo.

Salvador Domingos, terreno 07, quadra 54, terreno, Rua Sapucaia.

André Manique, terrenos 08 e 09, quadra 54, terreno e casa, Rua Sapucaia.

Custódia Maria, terrenos 10 e 12, quadra 54, casa, Rua Sapucaia.

Gaspar José das S. Menezes, terreno 13, quadra 54, terreno, Rua Sapucaia.

Sebastião Hurch, terreno 15, quadra 54, terreno, Rua Sapucaia.

Antônio Gonçalves Pereira, terreno 16, quadra 54, terreno, Rua Sapucaia.

Quitéria Maria de Jesus, terreno 23, quadra 54, casa, Rua da Igreja.

Pedro da Costa, terreno 24, quadra 54, terreno, Rua da Igreja.

João de Deus e Silva, terreno 01, quadra 55, terreno, Rua Formosa.

José Henriques, terreno 04, quadra 55, casa, Rua Formosa.

Laureana Maria de Jesus, terreno 05, quadra 55, casa, Rua Formosa.

João Alves Teixeira, terreno 06, quadra 55, terreno, Rua Formosa.

Manoel Antônio da Cunha, terreno 07, quadra 55, casa, Rua Sapucaia.

Inácia Maria de Jesus, terreno 08, quadra 55, terreno, Rua Sapucaia.

João Inácio de Vargas, terreno 09, quadra 55, terreno, Rua Sapucaia.

Preta Forra Maria, terreno 10, quadra 55, casa, Rua Sapucaia.

Pedro da Costa Carvalho, terrenos 24, 25, 26, 27 e 28, quadra 55, terrenos, Rua Sapucaia.

Pedro da Costa Carvalho, terrenos 08, 09, 10, 11, 12, 24, 25, 26 e 27, quadra 56, terrenos, Rua da Igreja.

Francisca Pinto de Souza, terreno 01, quadra 62, casa, Rua da Praia.

José Inácio Teixeira Júnior, terreno 08, quadra 62, terreno, Praça da Igreja.

Joaquim Francisco Ramos, terrenos 08, 09 e 11, quadra 63, terrenos, São José.

Manoel Francisco Ramos, terreno 12, quadra 63, terreno, São José.

Antônio Gonçalves Pereira, terreno 14, quadra 63, casa, Rua do Fogo.

João Apolinário de Rezende, terreno 15, quadra 63, casa, Rua do Fogo.

João Antunes, terreno 16, quadra 63, casa, Rua do Fogo.

Laureano Antônio dos Santos, terreno 17, quadra 63, terreno, Rua do Fogo.

Frederico Fayette, terreno 19, quadra 63, casa, Rua Sapucaia.

Inácio Gomes Cardoso, terreno 20, quadra 63, casa, Rua Sapucaia.

João Antônio de Souza, terreno 21, quadra 63, casa, Rua Sapucaia.

Antônio de Pádua Monteiro, terreno 22, quadra 63, casa, Rua Sapucaia.

Marcelino Paim, terreno 23, quadra 63, casa, Rua Sapucaia.

Joaquim José da Silveira, terreno 01, quadra 64, casa, Rua do Fogo.

Francisco José da Silveira, terreno 02, quadra 64, ?, Rua do Fogo.

Júlio Maister, terreno 03, quadra 64, casa, Rua do Fogo.

Joaquim de Souza, terreno 04, quadra 64, casa, Rua do Fogo.

Eduardo Spindola, terreno 05, quadra 64, casa, Rua do Fogo.

Albino José Ferreira, terreno 06, quadra 64, casa, Rua do Fogo.

Joaquim José da Silveira, terreno 07, quadra 64, casa, Rua do Fogo.

Isidoro da Câmara, terreno 08, quadra 64, terreno, Rua do Fogo.

Manoel Bento Alves, terrenos 22 e 24, quadra 64, terrenos, Rua Sapucaia.

Joaquim José da Silveira, terreno 29, quadra 64, casa, Rua Sapucaia.

José Joaquim da Rocha, terreno 01, quadra 65, casa, Rua Formosa.

Antônio da Rocha, terrenos 04, 05 e 06, quadra 65, 02 casas, Rua Formosa.

Ten. - Cel. Simião, terrenos 07 e 27, quadra 65, casa e terreno, Rua São José.

Felipe José de Oliveira, terreno 22, quadra 65, terreno, Rua Sapucaia.

Antônio Gonçalves Pereira, terreno 24, quadra 65, terreno, Rua Sapucaia.

Estevam Seubert, terrenos 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 22, 23 e 24, quadra 66, casa e terrenos, Rua Santa Ana e Rua São José.

Apolinário José da Silva, terreno 02, quadra 71, casa, Rua Bela.

José Braun, terreno 06, quadra 74, casa, Rua São Francisco.

Jm. José Soares, terreno 09, quadra 74, casa, Rua São Francisco.

Manoel de Souza, terreno 10, quadra 74, casa, Rua São Francisco.

Francisco Bilha, terreno 11, quadra 74, casa, Rua São Francisco.

João Moreira, terreno 12, quadra 74, terreno, Rua São Francisco.

Faustina Moreira, terreno 13, quadra 74, terreno, Rua São Francisco.

Augusto Leonel, terreno 14, quadra 74, casa, Rua São Francisco.

André Schneider, terreno 13, quadra 75, casa, Praça Triângulo.

Gaspar Schneider, terreno 14, quadra 78, casa, Praça Triângulo.

José Carp, terreno 17, quadra 78, casa, Praça Triângulo.

Christiano Schu, terreno 22, quadra 78, casa, Rua São José.

Albino José Ferreira, terreno 17, quadra 82, casa, Rua do Fogo.

Manoel Caetano de Souto, terreno 03, quadra 82, casa, Rua do Fogo.

Carlos Alberto, terreno 18, quadra 82, casa, Rua São Francisco.

José Fernandes de Sá, terreno 19, quadra 82, casa, Rua São Francisco.

Rosa Maria de Macedo, terreno 20, quadra 82, casa, Rua São Francisco.

Manoel de Bastos Cruz, terreno 21, quadra 82, terreno, Rua São Francisco.

Florinda Maria, terreno 22, quadra 82, terreno, Rua São Francisco.

Ana Maria, terreno 24, quadra 82, terreno, Rua São Francisco.

Salvador Pires de Camargo, terreno 13, quadra 83, casa, Rua São Francisco.

Francisco José da Silva, terreno 02, quadra 87, casa, Rua Bela.

Haertel, terreno 09, quadra 88, casa, Rua São Pedro.

Salvador Pires de Camargo, terreno 03, quadra 92, casa, Rua São Joaquim.

Ten. Francisco José de Amorim, terreno 02, quadra 95, casa, Rua Bela.

Chiqion, terreno 23, quadra 97, casa, Rua São Pedro.

Cemitério Católico, terreno 01, quadra 101, Rua Santa Ana.

Cemitério Protestante, terreno 02, quadra 101, Rua Conceição.

Joaquim Brilhante, terreno 03, quadra 103, casa, Rua Bela e Praça Cacharro.

Antônio Prêto, terreno 15, quadra 104, casa, Rua da Praça.

Antônio Prêto, terreno 13, quadra 105, casa, Rua São Joaquim."

Fonte: PETRY, Leopoldo. São Leopoldo: Berço da colonização alemã do Rio Grande do Sul. São Leopoldo: Prefeitura Municipal de São Leopoldo, 2a. edição, 1964, pág. 49-54




quinta-feira, 28 de março de 2019

Sobrenomes judaicos - Parte 16 - sobrenomes magrebinos e do Norte da África


Sobrenomes judeus magrebinos e do norte da África. Salientando, porém, que nem todos os sobrenomes são EXCLUSIVAMENTE judaicos. Neste caso específico, observa-se a grande influência da língua árabe.


Fonte adaptada para a língua portuguesa: http://www.terrepromise.fr/

1. Abbou, Abou, Benabou - nome tribal marroquino ('Abbu), diminutivo na língua berbere para o nome árabe Abdullah, que significa servo de Deus ('Abd'Allah).  O prefixo ben significa filho em árabe.

2. Abdallah - nome de origem árabe que significa servo de Deus ('Abd'Allah).

3. Abdias, Obadia, Ovadiah, Obadiyah - corresponde ao ovadhyah, palavra hebraica que significa servo de Deus. Faz referência ao profeta Abdias ou Obadias do Antigo Testamento.

4. Abecassis, Abbecassis - dois significados possíveis: pai idoso (a partir dos vocábulos aramaicos abba = pai, e ghasîs = mais velho), ou pai sacerdote (a partir das palavras aramaicas abba = pai, e gassis = sacerdote). Provém da cidade de Emek Kessis, onde os membros da tribo de Benjamin teriam se refugiado (cf. Josué 18:21).

5. Abensour, Abentsour - nome que associa a palavra árabe ben (filho) e o termo de origem berbere tsûr que significa rocha; portanto, filho da rocha.

6. Abergel, Borgel, Bourgel - deriva da palavra árabe rjal (=pé), precedido do termo ab =pai) ou bu (=pai ou homem). Significados prováveis: homem que vive no pé da montanha ou homem que combate a pé (soldado de infantaria).

7. Abeshera, Abouhatseira, Abihssera, Abishira, Abeshera - nome de origem árabe que significa pai (abou) do tapete ('shira). Por isso, uma forma para denominar um tapeceiro ou um vendedor de tapetes.

8. Abettan, Abittan, Abttan - significado incerto. Atribui-se que seja uma forma judaico-espanhola para o termo latino vita (vida).

9. Abesdris - nome de origem hebraica que associa o termo abi (pai) e Esdris, nome bíblico que aparece lutando com Judas Macabeu (II Macabeus 12:36).

10. Abikhezer - nome que associa o termo hebraico abi (pai) e Khezer, em referência a uma tribo berbere denominada Ouled Khazer, que vivia na região de Constantine, Argélia.

11. Abisror, Abiseror, Bisror, Serror, Seror, Serour - várias origens possíveis: um nome de origem hebraica que resulta da junção dos termos hebraicos abi (pai) e zeror (feixe, viga, raio) com o significado possível de "meu pai é um feixe". Tseror também é um nome bíblico, filho de Becorath, da tribo de Benjamin. Outra explicação: sror seria uma deformação do vocábulo srara que significa autoridade. Sendo assim, Abisror significaria pai da autoridade, pai que possui autoridade (talvez em referência a um líder tribal ou clânico bem como a um rabino ou estudioso da religião judaica). Última hipótese: proveniente do nome das tribos berberes da região de Oran, Argélia.

12. Abtibol, Abitboul, Botbol, Boutboul - nome de origem árabe composto por 'abû (que significa pai ou homem) e tbûl (que significa tambor ou pandeiro): assim sendo, o homem do tambor. Significa um fabricante de tambores ou um tamboreiro ou percussionista.

13. Aboab, Abouab, Abouaf - nome judeu sefardita atestado na Espanha do século XIII (Abraham Abouab, 1263). Pode corresponder a um nome de local: Oum-El-Abouab, na Tunísia. Ou ainda pode se referir à aglutinação dos termos árabes abû (homem) e wahaba (presente, doação), portanto, metaforicamente um homem generoso.

14. Aboucaya, Aboucayat, Aboukhayat - nome árabe originário da aglutinação dos termos abû (homem) e khayat que equivale à palavra árabe khayyat e à palavra hebraica hayat, ambas significando alfaiate. Portanto, alfaiate.

15. Aboudarham, Aboudharam - nome de origem árabe que associa o vocábulo abû (homem, pai) e darhâm (moeda, dinheiro). Isto é, um homem de moeda, podendo designar um banqueiro ou coletor de impostos.

16. Aboudjedide - nome de origem árabe que junta o termo abû (homem, pai) e jadîd (novo), designando assim um "homem novo", portanto, um estrangeiro ou imigrante.

17. Abulafia, Afia, Bouafia - nome de origem árabe que une os termos abû (homem, pai) e afiya (saúde, tranquilidade), usado para denominar um homem saudável ou de personalidade tranquila.

18. Aboulker - nome de origem árabe que associa o termo abû (homem, pai) ao termo al-khayr (o feliz); portanto: pai do homem feliz, bom ou simplesmente homem feliz.

19. Abourbia - nome de origem árabe que associa as palavras abû (homem, pai) e rbia (referente ao rio Oum Errabia). Portanto, um toponímico para designar um habitante desta região.

20. Abourmad - nome de origem árabe que aglutina as palavras abû (homem, pai) e rmad (cinza). Significa coletor de cinzas.

21. Abrabanel, Abravanel - diminutivo de Abraham por influência da língua espanhola. Sobrenome sefardita.

22. Abrahami, Brahmi, Brami, Bramy, Bramli, Bramly - todas são formas patronimicas derivadas do nome próprio Abraham (Abraão).

23. Achour - nome de origem árabe derivado do vocábulo ashûr que significa amigável, pessoa amiga.

24. Ada, Adda - nome de origem hebraica originário da palavra âda que significa adorno, ornamento.

25. Adahan, Dahan - nome de origem árabe. O termo dahhân significa pintor ou comerciante de óleo ou resina.

26. Adana, Hadana, Bouadana - nome de origem árabe composto de abû (homem, pai) e adana (aproximadamente pode ser entendido como custódia). Uma possível interpretação é pai adotivo ou filho adotado.

27. Adi - nome de origem hebraica que significa ornamento. Também pode corresponder ao termo árabe adi que significa imprudente, bravo ou valente.

28. Adida, Hadida, Haddad - nome de origem árabe que se relaciona à palavra hadid (peça ou barra de ferro). Designa um ferreiro (Haddâ) ou um homem forte, de boa saúde ou longevo.

29. Adjadj, Agege, Adgeg, Hajadj, Hagege, Haggia - corresponde ao árabe hajjâj que significa aquele que argumenta. Ou também, pode significar peregrino (mais especificamente um peregrino muçulmano à Meca).

30. Adouane - toponímico para um natural de Douar Adouane, Marrocos.

31. Afergan, Affergan, Efergan, Ifergan - aparentemente provém do vocábulo berbere afrag (lugar fechado, claustro, espaço fechado ou fortificado). Por esta razão, há vários topônimos no norte da África com esta denominação, principalmente: a tribo de Beni-Fergan na região do Collo na Argélia Oriental; ou a localidade de Ait Fergan des Oulad Outad, na região da tribo de Ait Izdeg, Marrocos; ou ainda Ifergan, um povoado no território de Ait Ighmor, em Oued Sous, Marrocos.

32. Aflalo, Aflalou, Afflalo, Afflelou - nome relacionado à expressão aflâl que significa deserto na língua árabe. Pode estar associado à região de Tafilalet, no sudeste do Marrocos, onde outrora houve uma grande colônia judaica.

33. Afriat, Friate - provém de Friat, uma tribo berbere da região de Sous, Marrocos. Outra origem possível pode estar relacionada à locução aferiat, que em língua berbere significa trinco - uma forma para denominar o ofício de serralheiro.

34. Aïche, Ballache, Bellache, Bellaïche, Belaïsh - nome derivado da palavra árabe aysh que significa viver, cheio de vitalidade. O sufixo bell decorre do vocábulo hebraico ben que significa filho.

35. Aidan, Aydan - provém do árabe ayyed que significa celebrar, festejar. Pode designar uma pessoa muito alegre ou festiva, bem como vir de uma tribo tunisiana da região de Fraidich, denominada Awlad 'Aydan.

36. Aitia, Attia, Attias - nome de origem árabe proveniente do termo 'a tiya que significa presente, dom. Simbolicamente significa dom de Deus.

37. Aknin, Aknine, Aknoun, Ouaknine, Ouaqnine, Oiknine - diminutivo de origem berbere que vem do nome masculino Yaakov (Jacó em português; Akano na língua berbere) e significa o pequeno Jacó. Quanto aos nome Ouaknine, Ouaqnine e Oiknine significam filho de pequeno Jacó (Akan em berbere), pois o prefixo ou é filho em berbere.

38. Akkoun, Akoun, Haccoun, Hacoun, Hakkoun, Hakoun, Benhacoun - nome que deriva da raiz árabe haqq que significa verdade. Com o sufixo oun que denota a forma aumentativa, o significado é muito justo, muito verdadeiro, muito honesto.

39. Alalouf, Lallouf, Elalouf - duas origens possíveis: pode estar relacionado ao termo árabe alûf que significa gordo, cheio, pleno, grande; bem como pode estar vinculado ao vocábulo hebraico álluf que designa um chefe tribal.

40. Alba, Albo, Albou - nome de origem latina, variação mediterrânea de albanus que significa branco. Serve para denominar um homem com uma pele clara.

41. Albaranes, Baranes - nome que provém do árabe Brânes - que corresponde ao nome de um grande confederação de tribos berberes do Norte da África. Há vários topoônimos na região que remetem a esta antiga confederação.

42. Albaz, Elbaz - pode ser um toponímico relacionado à cidade de Elvas, na região do Alentejo, Portugal. Ou ainda pode ser uma derivação do árabe al-baz que significa falcão, denotando talvez o ofício de falcoeiro. Também pode, dentro do contexto da tradição religiosa judaica, referir-se ao personagem bíblico Josué, cujo apelido é "o falcão".

43. Alcalai, Alkalai - nome de origem árabe do termo al gala'a que significa fortaleza, castelo. Também pode ser um toponímico relacionado aos seguintes locais: Qalate, perto de Fez, Marrocos; Qala Bene Hammad, Argélia; Al Qalaa, Líbia; e uma série de cidades e localidades espanholas com a denominação de Alcalá, como Alcalá de Henares, Alcalá del Valle, Alcalá de Ebro, etc.

44. Alcan - nome híbrido resultado da junção do termo árabe al (O, artigo definido) e cohen (palavra hebraica que na Península Ibérica teve variações como can e denomina sacerdote, rabino).

45. Alcheikh - origem árabe, significa o chefe.

46. Alcubbi, Elcubi, Elkoubi, Eljouby, Kouby - um toponímico relacionado à Qubba, um bairro de Argel, Argélia; ou de vários locais no Magreb como Guba, Qubbia, Alquba, etc. Também pode ser uma denominação figurada proveniente do árabe qubba (cúpula) para apelidar uma pessoa de cabeça grande.

47. Alezra - nome de origem híbrida (árabe e hebraica) do termo al ezra (a ajuda, o auxílio). Também pode ser um patronímico do nome hebraico Esdras.

48. Alfasi, Elfassi, Elfasi - natural de Fez, capital da região de Fez-Boulemane, Marrocos.

49. Alfon, Halfon, Alphan, Auphan, Alfandari, Alphandery - nome de origem hebraica derivado da palavra halfan (o trocador, o substituo, aquele que muda, troca). Nome normalmente dado a um filho recém-nascido que veio após a morte de seu irmão mais velho.

50. Alfonta - nome híbrido (árabe e espanhol) que significa a fonte.





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