sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Sobrenome Ruiz


"Antigo sobrenome patronímico do antropônimo Ruy, abreviação ibérica medieval de Rodrigo, que etimologicamente é de origem germânica, derivado do nome Hrodric, que significa aproximadamente 'glorioso, muito glorioso'. É particularmente simbólico na Península Ibérica da Reconquista Cristã, dado este ter sido o nome do último rei visigodo antes da invasão muçulmana em 711.

Um dos testemunhos mais antigos da história da linhagem tem no famoso cavaleiro Ruy Velasco, comendador-mór da Ordem Militar de Calatrava, que morreu na Batalha de Alarcos - ocasião em que houve ao cerco à fortaleza de mesmo nome, próximo à Ciudad Real, no ano de 1195.

Portadores deste sobrenome são encontrados como fidalgos em inúmeras regiões da Espanha através da História, seja nas diferentes ordens militares, assim como nas reais chancelarias de Valladolid e Granada ou na Real Audiência de Oviedo.

Os Ruiz de Aragão também são muito antigos, remontando ao século XV, mais precisamente ao ano de 1472, quando são registrados como proprietários de uma casa nobre na vila de Bolea, na província de Huesca. Desde então, a linhagem aparece constantemente durante os séculos na corte aragonesa.

Outras localidades com linhagens importantes do sobrenome em Aragão: Boltaña, Barbastro, Castejón de Monegros, Borja, Tarazona, Zaragoza, Moyuela, Ejea, Tauste, Castejón de Valdesaja, Tardienta, Almudévar e Zuera. Segundo Río Martínez, a maior parte é originária de um primitivo solar que existiu na vila de Castejón de Sobrarbe.

Infanções perante a Real Audiência de Aragão: José Joauín Ruiz, residente em Zuera, 1772; José Ruiz de Carabantes, residente de Almudévar, 1774; Francisco Manuel Ruiz y Ruiz, morador de Castejón de Valdesaja, 1771.

Vale lembrar que Ruiz também é um patronímico tipicamente português. Em síntese, é um sobrenome poligenético - aquele que nasce em diferentes lugares e em diferentes tempos independentemente de vínculo familiar."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Noguera


"Antigo sobrenome aragonês, originário da localidade de Noguera de Albarracín, na província de Teruel. Esse núcleo primitivo deu origem aos ramais dos Noguera da Catalunha, e do antigo reino de Valência e Mallorca.

A primitiva casa solar dos Noguera de Albarracín, também deram linhagens encontradas em Teruel e na própria Valência.

O Arquivo Geral Militar de Segóvia se arrolam os seguintes expedientes militares de oficiais com este sobrenome: Hilario Noguera, Infantaria, 1809, qualificado com o título de 'Pessoa Honrada'; José Ramón Noguera, Infantaria, 1793; Lorenzo Joaquín Noguera, Infantaria, 1774, nobre.

A linhagem também se encontra em Granada e Ibiza.

Noguera corresponde a 'nogueira' em português."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Pueyo


"Sobrenome toponímico vinculado diretamente à localidade de Pueyo de Jaca, distrito de Jaca, na província de Huesca. O povoado surgiu, conforme estudos, de cristãos refugiados da invasão moura. Mais tarde, a linhagem original radicou-se na vila de Plan, no distrito de Boltaña, na mesma província. Nesta vila, construiu-se um importante solar.

Deste citado solar, surgiram ramais que passaram mais tarde à cidade de Barbastro, também em Huesca; Zaragoza; Panticosa, no distrito de Jaca; vila de Linares de Mora, no distrito judicial de Mora de Rubielos, província de Teruel; vila de Luna e localidade de Valplanas, ambas no distrito de Egea de los Caballeros, província de Zaragoza; cidade de Tarazona, província de Zaragoza; e também em Palma de Mallorca e Valência.

Guillén de Pueyo serviu ao rei aragonês Pedro II, com quem esteve durante o sítio do castelo de Maurel.

Guillén Pueyo, filho do primeiro, serviu a Jaime I, morrendo no sítio de Albarracín de forma heróica.

Arnaldo Pueyo passou a residir em Barbastro no ano de 1300, onde fundou a linhagem aristocrática da família na cidade.

Pueyo procede etimologicamente do latim 'podium', por sua vez desdobrado no baixo latim 'podio', significando 'lugar saliente, elevado'. Em Navarra, o termo é usado para designar colina, monte pequeno.

As linhagens de Pueyo de Jaca e Pueyo de Plan tornaram-se muito distintas através dos séculos."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Oset


"Segundo os genealogistas e heraldistas Arturo e Alberto García Carraffa, os nomes de família Oset, Osset, Osete e Ossete, constituem um conjunto de nomes com a mesma raiz semântica. Alguns estudiosos afirmam que a linhagem procede de um cavaleiro de Roma que migrou para a Catalunha no século XIV. 

Todavia, outros autores reportam que este sobrenome é encontrado em moradores de Valência desde a sua conquista pelo rei Jaime I de Aragão no século XIII. Aliás, desde o momento em que Valência passou ao domínio cristão, os Oset foram integrantes da nobreza local. Sabe-se também que o núcleo de Valência gerou ramais posteriormente em Catalunha, Múrcia e Andaluzia.

No antigo reino de Aragão, elenca-se uma casa solar muito antiga na vila de Cañada de Benatanduz, na província de Teruel. Daí se estenderam outras casas solares às localidades de Calamocha, Burbáguena e Cantavieja, segundo os estudos de Bizén d'O Río Martínez.

José de Julián y Osset, natural de Mirambel, província de Teruel, nascido em 1720, adquiriu Real Carta Executória de Fidalguia na Audiência de Zaragoza em 11 de Abril de 1778.

Segundo o filólogo Gutierre Tibón, o nome Oset ou Osset tem origem etimológico no vocábulo espanhol 'oso', este por sua vez proveniente do latim 'ursus'. Portanto, urso. 

Outros autores sugerem uma ligação com o sobrenome Ocete que é reportado como originário do País Basco."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Suelves


"Sobrenome toponímico de origem aragonesa, relacionado ao lugar de Suelves, pertencente ao município de Bárbado, distrito judicial de Boltaña, na província de Huesca.

Na nobreza aragonesa encontram-se as seguintes pessoas com este nome de família: Pérez de Suelves y Iuego; Juan Pérez de Suelves e María Claramunt, senhores de Suelves e Artasona; José Mariano Claramunt Pérez de Suelves Oriola y Azlor de Aragón, que recebeu o título de Marquês de Artasona em 1803, concedido diretamente pelo rei Carlos IV; Alberto María, irmão do último, deu continuidade a linhagem, sendo segundo Marquês de Artasona e Mestre de Zaragoza.

Também existiu outra linhagem fidalga do mesmo sobrenome em Zaragoza.

Em aragonês, documenta-se a variante Suelbes."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.
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