LICKS tem as seguintes possibilidades:
História, Genealogia, Opinião, Onomástica e Curiosidades.Capão do Leão/RS. Para informações ou colaborações com o blog: joaquimdias.1980@gmail.com
{Canelazo}
Ingredientes
100g de rapadura ou de açúcar
150ml de água
Canela em pau
25ml de licor de anis
45ml de suco de laranja
45ml de cachaça ou rum
Rodela de laranja, para decorar
Junte a rapadura e a água e deixe ferver até que a rapadura dissolva por completo. Acrescente a canela, o licor de anis e o suco de laranja e deixe cozinhar por 10 minutos. Retire do fogo e adicione a cachaça à mistura. Sirva quente, decorado com uma rodela de laranja.
Fonte: SALDANHA, Roberta Mata. Histórias, lendas e curiosidades das bebidas e suas receitas [recurso eletrônico]. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2017, pág. 194-195.
Nossa contagem de tempo esbarra várias vezes em múltiplos do número 12. São 12 meses em um ano, 24 horas num dia, 60 minutos em uma hora, 60 segundos num minuto.
As primeiras explicações dadas a esse respeito dizem o seguinte: em um ano, a Lua fica cheia 12 vezes. E, portanto, é natural dividirmos um ano em 12 pedaços (os meses). Isso não é exatamente correto.
A incomensurabilidade, sobre a qual já falamos, nos garante que haverá anos com 12 luas cheias e anos com 13 luas cheias. Portanto, a opção pelo número 12 não passa de uma escolha.
Na verdade, de acordo com os limites atuais das constelações, estabelecidos em 1930 pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), o Sol, em seu caminho aparente ao longo do ano, percorre 13 (e não 12!) constelações.
Mais uma vez voltamos à nossa pergunta original: por que 12?
O historiador da matemática Georges Ifrah apresenta uma tese interessante. Ele argumenta que os sumérios (reconhecidamente a primeira civilização a estudar os céus para fins práticos) usavam uma inusitada forma de contar os números por meio dos dedos.
As falanges dos dedos da mão direita (com exceção do polegar, que era usado como "marcador") eram usadas para contar os números de 1 a 12: os dedos da mão esquerda (inclusive o polegar) eram usados para contar as dúzias, inaugurando o que hoje chamamos de aritmética posicional (o valor de um número depende de sua posição e, portanto, 21 é diferente de 12, pois as posições dos números um e dois neste exemplo simples são diferentes).
As mãos dos sumérios formavam um ábaco improvisado, que marcava, sem muito esforço, qualquer número de 1 a 60. Com uma aritmética posicional de base 12, não é por acaso que as divisões arbitrárias que inventaram para a contagem do tempo sejam múltiplas deste número.
Fonte: CHERMAN, Alexandre & VIEIRA, Fernando. O tempo que o tempo tem: Por que o ano tem 12 meses e outras curiosidades sobre o calendário. Rio de Janeiro/RJ: Jorge Zahar, 2013, pág. 43-44.
Ás 4 horas da tarde escureceu de repente o céu, ouvio-se o ribombo do trovão e uma hora ou duas depois começou a cahir uma chuva completamente preta, sufficientemente preta para tingir a roupa de quem a apanhou.
Nos campos, os animaes mostravam-se aterrados e os cães corriam e uivavam como damnados.
Essa chuva, que parecia impregnada de algum pó insoluvel, tingio a agua dos rios e das cisternas a ponto de a tornar imprestavel.
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 21 de Junho de 1887, pág. 01, col. 03
Quanto à distribuição e origem, trata-se de um sobrenome próprio das regiões setentrionais da Alemanha, Holanda e Polônia, além de ser encontrada em toda a Escandinávia.
A profissão é anotada desde o século X.
Em relação a Matschiner, somente uma observação: não pode ser entendido como "mecânico" na nossa acepção moderna, pois antes do século XVIII, esse conceito não existia. Como falei, ou está relacionado a um artesão têxtil, um carpinteiro ou um soldado.
Fonte: MANCHETE (Rio de Janeiro/RJ), edição 694, 07 de Agosto de 1965, pág. 41
PORTO ALEGRE, 21 (A) - Telegrammas procedentes de varios pontos do interior do Estado referem que no municipio de São Borja uma quadrilha de bandidos da peor especie tem commettido as maiores selvagerias.
Foi alli assaltada a casa de Pedro Avila, roubando os salteadores tudo quanto encontraram.
No dia seguinte, os bandoleiros degollaram os menores Amarilio Marçal e João Manuel que tinham ido caçar passarinhos no quintal da casa de seu pae Theodoro Gomes de Oliveira, em Itaquy.
Duas irmãs de Marilio e de João, extranhando a demora destes, foram procural-os, sendo em caminho presas pelos bandidos.
Mais tarde, o pae dos menores, Theodor Gomes, foi por sua vez procural-as, sendo recebido a tiros e morto instantaneamente.
Além desses factos a quadrilha tem commettido muitas outras mortes e muitos saques.
A policia, que lhes anda na pista, conseguiu averiguar que o principal autor dos crimes e talvez o chefe da quadrilha, é um tal Joaquim Nogueira da Silva, individuo de pessimos procedentes.
Como complemento de todos esses horrores: a esposa de Theodoro, que estava gravida, sabendo do exterminio de sua familia, teve um parto duplo e enlouqueceu.
Fonte: CORREIO PAULISTANO (São Paulo/SP), 22 de Agosto de 1911, pág. 02, col. 06
Mas, o Coronel Max Hanke não quis que a sua Polícia Montada se limitasse apenas aos contrabandistas e ladrões de gado. Os seus homens, fortes e decididos, cursam antes da incorporação uma pequena universidade. Geralmente, apresentam-se entre 25 e 30 anos de idade e vão logo aprender Geografia, para conhecer o Rio Grande como a palma de sua mão. Um polícia montada sabe de cor todos os bons esconderijos do Estado e em suas buscas vai direto aos lugares preferidos pelos bandidos.
Sua pequena universidade inclui os aprendizados mais estranhos, como a técnica de dar mamadeira a uma criança e extrair dentes sem dor. Sim, os "abas largas" - como são chamados os policiais montados - têm a obrigação de fazer as vezes de "babá", se isso se tornar necessário. Do preparo da mamadeira ao cultivo da horta eles levam mais ou menos uma semana. Estudam os ciclos de plantação e as áreas favoráveis ou desfavoráveis ao plantio das espécies agrícolas. Aprendem a recomendar pastagens artificiais para os gados finos e são capazes de reconhecer, com facilidade, o capim que faz mal aos bois.
No capítulo dos socorros de emergência, aprende a dar injeções com perfeição, a curar uma gripe e até a ajudar no parto. É um médico de arrumação, com plena consciência dos limites de suas possibilidades.
- Um integrante da Polícia Montada - diz o sorridente Coronel Prado, atual comandante da corporação - nunca vai além do chinelo. Se for necessário, ele chamará um médico, mas não matará por irresponsabilidade.
Outro aprendizado curioso para esses policiais dos campos é o das histórias infantis. Um deles explicou-nos:
- Às vezes, acontece-nos encontrar criança sozinhas em ranchos distantes. Os pais, entregues às lides da pecuária e da agricultura, não podem levá-las consigo. Então, enquanto eles não chegam, nós temos que entreter os garotos, se possível ensinando-lhes qualquer coisa. Eis por que sabemos de cor "Joãozinho e Mariazinha", "Jeca Tatu" e até a "Branca de Neve".
Mas é, evidentemente, no terreno da repressão ao crime que os "abas largas" se revelam eficientíssimos. Ótimos ginetes, atiradores quase infalíveis, eles vivem uma constante aventura de "farwest", perseguindo bandidos e contrabandistas, prendendo criminosos e descobrindo roubos no fundo dos campos, no emaranhado das povoações e dos matagais. Aliás, há um projeto, atualmente, de prolongar-se a ação da Polícia Montada até as cidades do interior gaúcho. Pois a verdade é que os gaúchos ainda não perderam o hábito de apertar facilmente os gatilhos.
- Gaúcho quando puxa o revólver - disse-nos um deles - é fogo! Prender gaúcho armado é mais perigoso do que melar no camoatim.
Camoatim, se o leitor não sabe, é aquela casa cinzenta de marimbondo.
Fonte: MANCHETE (Rio de Janeiro/RJ), edição 537, 04 de Agosto de 1962, pág. 50.
Dias depois, nas proximidades de Caçapava, o carro que trazia o jantar se quebra, os alimentos se espalham no charco. O Conde faz uma descoberta:
"Temos, pois, de aceitar com reconhecimento a carne de vaca meio assada que a dona da casa me traz espetada num pau (ao que parece, ela não tem pratos). O general Cabral apodera-se dele, e arvorando-se em "maître d'hotel", vai distribuindo os bocados que vai cortando com uma faca. A operação pode ser suja: mas, realmente, o sabor é excelente. Esta carne de vaca assada chama-se nesta região churrasco. É o recurso universal na província do Rio Grande do Sul".
Meu Deus! Ficou universal no Brasil...
Fonte: COSTA FILHO, Odylo. Pequena história do Brasil guloso. In: Manchete, Rio de Janeiro/RJ, edição 235, 20 de Outubro de 1956, pág. 33.
Fonte: MANCHETE (Rio de Janeiro/RJ), edição 391, 17 de Outubro de 1959, pág. 34.
ROMA, 15 (P) - Dizem de Finalborgo, no districto de Albenga, que se deu naquella localidade um facto horrivel, que causou a maior consternação entre o povo.
A joven Pierina Peretti, de dezesete annos, passeava nos arredores da povoação, quando se viu inesperadamente no meio de uma grande quantidade de porcos:
Os animaes esfaimados precipitaram-se brutalmente sobre a infeliz moça, dando-lhe dentadas.
Pierina aterrorizada desmaiou sem poder pedir soccorro.
Quando algumas pessoas vieram em seu soccorro, já a acharam semi-devorada.
Pierina pertencia a uma familia muito conhecida de Finalborgo.
Fonte: CORREIO PAULISTANO (São Paulo/SP), 16 de Setembro de 1911, pág. 02, col. 05