sábado, 1 de agosto de 2020

Moradores de Pelotas em 1887


Distante de ser um recenseamento completo dos moradores de Pelotas no período, nosso esforço foi o de, através de consulta aos jornais da época disponíveis na web, listar o quanto fosse possível de nomes relacionados à cidade, bem como inserindo as informações adjuntas que encontramos. Todavia, na maior parte dos casos, encontramos somente os nomes. De forma geral, quando usamos a denominação "morador" queremos dizer literalmente isso: apenas constatamos que o indivíduo citado viveu em Pelotas, mas não encontramos mais dados sobre sua ocupação, nacionalidade ou outros. A propósito, quando listamos "Fulano de Tal & Fulana de Tal", justamente com o uso do "&" queremos dizer que os indivíduos são casados. Esperamos contribuir de alguma forma para pesquisas genealógicas e historiográficas, mesmo que de modo muito modesto. Obs.: respeitamos a grafia encontrada na época.

Periódicos consultados para este período: A Federação (Porto Alegre/RS); Relatorios dos Presidentes das Provincias Brasileiras; Jornal do Commercio (Rio de Janeiro/RJ);

1887

Alberto de Almeida Rodrigues & Henriqueta Fernandes da Rocha, moradores.

Alexandre Cassiano do Nascimento, membro do Partido Republicano; proprietário; orador do Club Republicano de Pelotas.

Alvaro Chaves, membro do Club Republicano.

Amaro Torres, morador.

America Soares, professor da 4a. cadeira do sexo feminino da Boa Vista.

Angelo Calearo, italiano, morador.

Anna de Freitas, proprietária.

Annibal Antunes Maciel, Barão dos Três Serros, 49 anos, engenheiro militar, veterano da Guerra do Paraguay.

Antenor Soares Barbosa, charqueador.

Antonio Bezerra da Silva, salteador na Serra dos Tapes.

Antonio de Paula Couto, 1o. conferente da Mesa de Rendas.

Antonio Frederico Ritter, guarda-livros da casa Warncke & Dorken, Successores.

Antonio Gouvêa, morador na Serra dos Tapes.

Antonio João de Souza, português, morador.

Antonio Julio de Miranda, morador; sogro de Manoel Marque Figueira, comerciante.

Antonio Marques Bandeira, morador na Serra dos Tapes.

Antonio Silveira da Luz Junior, ajudante do Correio, a partir de Março de 1887.

Antonio Teixeira Guimarães, dono de uma chácara no Arroio do Pepino.

Arthur Antunes Maciel, presidente da Câmara Municipal.

Arthur Godofredo da Silva, agrimensor da comissão de terras do município de Pelotas, a partir de Janeiro de 1887.

Arthur Napoleão de Barros, engenheiro-ajudante da comissão de medição de terra do município de Pelotas.

Arthur Nascimento Barreto Esteves, tipógrafo.

Arthur Pinto de Araujo Corrêa, secretário do Club Republicano de Pelotas.

Ataliba Borges, charqueador.

Augusto Leão Pinheiro, tesoureiro do Club Republicano de Pelotas.

Augusto Martins Solteiro, dono de um lupanar na rua São Domingos.

Barão de São Luís, coronel, proprietário.

Barão dos Três Serros, charqueador.

Bento Albino da Costa, tenente da 8a. companhia do 15o. Batalhão da da Guarda Nacional.

Bernardino dos Santos, administrador da Mesa de Rendas, até Fevereiro de 1887.

Bernardino Maia, charqueador.

Bernardo Abbadie, francês, morador.

Carlos Massot, membro do Club Republicano de Pelotas.

Cenilto Dias Vieira, morador.

Christovão da Silva Maia, membro da comissão de qualificação do Club Republicano de Pelotas.

Colimerio Leite de Faria Pinto, morador.

Conde de Piratiny, 94 anos, proprietário.

Cypriano Barcellos, membro do Club Republicano de Pelotas.

Demetrio Cruz, morador.

Diophanes Chagas Junior, tesoureiro da Mesa de Rendas Provinciais, até Fevereiro de 1887.

Domingos da Costa Palma Dias, 2o. conferente da Mesa de Rendas.

Domingos Fernandes da Rocha, membro da comissão da Praça de Comércio.

Domingos Guilherme da Costa, charqueador.

Ernesto Augusto Gernsgross, redator e proprietário do Diario de Pelotas.

Ernesto Estellita Cardoso & Lívia Ourique Cardoso, moradores.

Felicissimo Amarante & Candida Amarante, moradores.

Francisca Mathilde Ferreira, 71 anos, moradora.

Francisco da Costa e Silva, morador.

Francisco Forster, alemão, colono na Serra dos Tapes.

Francisco José dos Santos, ajudante do Correio, até Março de 1887.

Francisco Manoel dos Passos, farmacêutico, maior de 80 anos.

Francisco Nunes de Souza, major, dono de um estabelecimento comercial na Serra dos Tapes.

Francisco Sattamini, importador.

Gentil Arruda, administrador da charqueada de Brutus Almeida.

Guilherme Echenique, membro do Club Republicano de Pelotas.

Heleodoro de Azevedo Souza, charqueador.

Henrique M. Chaves, membro do Partido Republicano; membro da comissão de qualificação do Club Republicano de Pelotas.

Ignacio Alves de Campos, morador.

Israel Nunes, vulgo Moringue, morador.

Israel Soares da Silva Paiva, proprietário; era dono de escravos.

J. da C. Fortinho, redator do jornal Diario Commercial.

Jacob Klaes, industrialista.

Jeronymo Pereira de Carvalho, português, dono de uma fábrica de sabão e velas à rua São Domingos esquina rua Gonçalves Chaves; irmão e sócio de Manoel Pereira de Carvalho.

João da Silva Silveira, farmacêutico.

João Dias Milheira, português, morador.

João Francisco do Prado Jacques, administrador da Mesa de Rendas, a partir de Março de 1887.

João Jacintho de Mendonça Junior, promotor público do termo de Pelotas.

João José Ribeiro, morador.

João Netto, charqueador.

Joaquim da Silva Tavares, charqueador.

Joaquim José de Assumpção, capitalista.

João Pereira dos Santos, morador, pai de Olavo dos Santos.

Joaquim Rasgado, charqueador.

José Alvares de Souza Soares, farmacêutico.

José Alves Coelho da Silva, 1o. tenente da Armada, proprietário da Gazeta de Annuncios.

José Bento de Campos, charqueador.

José Crespo, morador.

José Cypriano Nunes Vieira, presidente do Club Republicano de Pelotas.

José Delbosco & Amabilia Delbosco, italianos, moradores.

José Espíndola Pacheco, maior de 60 anos, morador.

José Joaquim Affonso Alves, membro do Partido Liberal.

José Maria Montero Filho, negociante; ex-representante brasileiro em Montevidéu.

José Montaury de Aguiar Leitão, engenheiro-chefe da comissão de terras do município de Pelotas.

José Pulserio Soares, morador na Serra dos Tapes.

Josephina da Silva, moradora; irmã de Miguel Moreira da Silva, prático-mór da Barra de Rio Grande.

Julio Maurell, morador.

Leopoldo Joucla, membro da comissão da Praça de Comércio.

Luiz Juvencio da Silva Leivas, proprietário de terras no Morro Redondo.

Lucio Cincianto de Soveral, vice-presidente do Club Republicano de Pelotas.

Lucio Lopes, tenente-coronel, proprietário, charqueador.

Luiz Werthermer, agrimensor da comissão de terras do município de Pelotas, até Janeiro de 1887.

Malvina Antonia de Gouvea, proprietária; era dona de escravos.

Manoel B. Teixeira, charqueador.

Manoel Bento da Fontoura Casado, delegado de polícia e comandante da secção fixa de polícia.

Manoel Cardozo, barbeiro.

Manoel da Silva Rosa, subdelegado de policia do 1o. distrito.

Manoel dos Santos, morador na Serra dos Tapes.

Manoel Pereira de Carvalho, português, dono de uma fábrica de sabão e velas à rua São Domingos esquina rua Gonçalves Chaves; irmão e sócio de Jeronymo Pereira de Carvalho.

Maria Afra da Conceição, parda liberta, moradora à rua São Domingas; mãe de Maria Joaquina Duarte, 15 anos.

Maria Alice Clotilde Ratto, professora da cadeira mista da Capela da Luz.

Maria Joaquina Duarte, parda, 15 anos, filha de Maria Afra da Conceição, moradora à rua São Domingos.

Mario de Paula Couto, morador.

Maria José Rodrigues Barcellos, moradora.

Maria Rita da Conceição, liberta, presa.

Mariano da Motta, pedreiro.

Maurice Gastau, francês, morador à rua Três de Maio.

Miguel Rodrigues Barcellos, médico.

Miquelina Pinto de Sampaio, moradora.

Modesto Rodrigues Barcellos, 50 anos, morador; tio de Piratinino de Almeida e Brutus Almeida.

Nicoláo Pederneiras, engenheiro-chefe da comissão de terras, a partir de 07 de Junho de 1887.

Octacilio Aristides Camara, médico otorrinolaringologista com consultório à Rua do Imperador n.54.

Olavo dos Santos, morador, filho de João Pereira dos Santos.

Paulino Teixeira da Costa Leite, charqueador.

Polycarpo Cesario de Barros, 1o. tenente da Armada, delegado da capitania do porto de Pelotas.

Possidonio Mancio da Cunha Junior, membro do Partido Republicano; membro da comissão de qualificação do Club Republicano de Pelotas.

Ricardo Legg, inspetor de quarteirão.

Rosa Maria da Conceição, costureira à rua Gonçalves Chaves.

Rosalvo da Fontoura Barcellos & Maria Francisca da Silveira Barcellos, moradores.

Serafim José Rodrigues de Araujo, médico.

Theodolinda Moreira, moradora; filha de João José Moreira, comerciante de Bagé.

Tito Nunes Baptista, tesoureiro da Mesa de Rendas Provinciais, a partir de Fevereiro de 1887.

Ursula Gonçalves Ferreira, professora da 5a. cadeira do sexo masculino da Lomba do Fragata.

Vicente Cerni, italiano, morador.

Virgilio de Castro, morador.

Zeferino Cardoso, morador na Serra dos Tapes.


Sobrenome Requião


"REQUIÃO - Sobrenome português toponímico. Vem de 'Requilani', genitivo do germânico Riquila ou Ricila. Trata-se do nome de um rei suevo da Espanha. Significa, em seu sentido inicial, 'trevas, escuridão'."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 15 de Janeiro de 1994, pág. 03

José Maria de Moraes


"Registro mortuario

Na Tristeza, lugar pertencente a este municipio, falleceu no dia 4 do corrente o major reformado do exercito José Maria de Moraes, um valente defensor da Patria, nos campos de batalha da guerra que sustentámos contra o Paraguay.

Morreu aos 55 annos de idade, deixando tres filhinhos na orphandade."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 07 de Janeiro de 1893, pág. 02, col. 02

O gato morreu


"O gato morreu...

Pyramidal, diz a Gazeta de Noticias, a pilheria que fez ha dias o telegrapho.

Um cavalheiro residente na côrte recebeu de um inglez seu amigo, que estava no Rodeio, o seguinte telegramma: O gato morreu.

O homem desatou a rir, e foi ao telegraphou dizer que necessariamente havia engano; que o seu amigo, apezar de inglez, não era homem para tirar-se de seus cuidados e telegraphar aquelle destampatorio. Horas depois recebe a seguinte rectificação, e lê attonito: O gato morreu.

D'esta vez já não teve vontade de rir. Havia evidentemente um engano, mas, ainda assim, si uma palavra estivesse certa, podia tratar-se de cousa séria. Inquieto, resolvem seguir no dia seguinte para o Rodeio, e assim o fez; mas, em caminho, em uma estação intermediaria, encontra o seu amigo inglez, que vinha em outro trem para a côrte.

- Que diabo me telegraphaste tù?

- Eu mandei-te dizer hontem: 'vou amanhã', e o peor é que vou hoje.

- Vou amanhã?

- Sim, mas em inglez: I go to-morrow.

- Ai! I go to-morrow! o gato morreu. Enorme, o telegrapho!"

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 09 de Julho de 1889, pág. 02, col. 01
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