terça-feira, 30 de abril de 2019

Histórico do Município de Aratiba/RS


"Está localizado na Zona do Planalto, fazendo divisa com o Estado de Santa Catarina, ao norte; Erechim, a leste, oeste e sul. A colonização do atual município de Aratiba (ex-Rio Novo) começou pelo ano de 1917, quando ali se instalaram os primeiros povoadores: Augusto Bortolatto, Artur Felix Dal-Lago, Afonso Magnabosco e João Lira. O primeiro comerciante estabelecido em Aratiba foi José Frezzoutto, com armazém.

As colônias foram adquiridas pela Cia. Luce Rosa S.A., que, atualmente, mantém escritórios comerciais no vizinho município de Erechim. Em 1o. de janeiro de 1925 foi instalada a sede do Rio Novo (atual município de Aratiba), sendo Prefeito de Erechim o coronel Pedro Pinto de Souza.

Foi no ano de 1928 que apareceram várias onças na região, vindas do sul de Santa Catarina, onde tinham seu habitat. Nessa época foi abatida uma dessas feras, cujo pêso atingia 50 kg, pelos colonos José Matté e Reinaldo Fitanelli, usando armas primitivas: uma garrucha e um porrete de camboim.

Em 1930, devido a acontecimentos revolucionários, foi criada uma fôrça provisória, para a garantia da legalidade, sob a denominação de Liga de Defesa Colonial, cujo chefe era o colono Augusto Schaedler. Neste mesmo ano, um grupo de revolucionários atacou o município de Itá, no vizinho Estado de Santa Catarina, ocasião em que entraram em ação as fôrças da Liga de Defesa Colonial, prestando socorro ao município em apuros, fazendo com que a paz ali voltasse a reinar.

Foi em 1942 que Rio Novo recebeu a denominação de Aratiba, cuja origem é: ARA (latim) = Pedra de altar; TIBA (guarani) = lugar onde estão reunidas muitas pessoas.

Os imigrantes estão distribuídos no município, na seguinte proporção: de origem italiana - 60%; de origem alemã - 25%; de origens polonesa e russa - 13%. A percentagem de brasileiros no município atinge 2% do total dos habitantes. O comércio atacadista, em 1917, era abastecido por comboios de burros, cognominados, na linguagem simples dos colonos, de 'bruacas'. Esta Comuna pertenceu, até 15 de dezembro de 1955, à de erechim como distrito. Foi elevada à categoria de município, pelo Decreto-lei estadual no. 2526, de 15 de dezembro de 1955, sendo instalado em 1o. de janeiro de 1956.

Os distritos do município de Erechim, Barra do Rio Azul e Itatiba passaram a fazer parte do novel município de Aratiba. Anteriormente a 1955, isto é, em 9 de outubro de 1953, foi que os cidadãos mais eminentes do lugar se reuniram para iniciar o movimento emancipacionista do então distrito de Aratiba. Eram êles o Dr. Amélio Francisco Badini, Dr. Conrado Pecoits Júnior, Joaquim Sandri dos Santos, Jacob Grazotto, Orestes Valandro e João Ody. Depois de muito trabalharem para a consecução de seus alevantados objetivos, os referidos cidadãos viram seus esforços coroados de êxito, em 15 de junho de 1955, data em que foi realizado o plebiscito no território compreendido entre os limites dos distritos de Aratiba, Barra do Rio Azul e Itatiba, tendo a chapa emancipacionista saído plenamente vitoriosa. Em 15 de novembro de 1955 realizaram-se as eleições municipais sendo eleitos Jacob Grazotto, Prefeito Municipal e Waldemar Santim, Vice-Prefeito. A Câmara de Vereadores ficou constituída dos seguintes membros: Domingos Detoni - Presidente; Orestes Valandro - Vice-presidente; Ricieri Sperotto - primeiro secretário; Francisco Alba - segundo secretário; Alísio Rürig; Valdemar Pavan; Raymundo Munaro. Aratiba festeja seu padroeiro, São Jacob, anualmente, com grande animação, na paróquia.

Possui superfície bastante acidentada, contendo uma vasta rêde hidrográfica, sendo principais cursos d'água os rios Palomas, Azul, Novo e Pinhão."

Fonte: FERREIRA, Jurandyr Pires (org.). Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, volume XXXIII. Rio de Janeiro/RJ: IBGE, 1959, pág. 35-36.


segunda-feira, 29 de abril de 2019

São Lourenço do Sul em 1908


"S. LOURENÇO

Situado na costa occidental da Lagoa dos Patos e entre a serra dos Tapes e o rio Camaquam, o município de S. Lourenço está fadado a um brilhante futuro.

Possue uma esplendida enseada, que se presta para um porto de primeira ordem, ligando a prospera villa, já quazi uma cidade, com uma população de... 3.000 habitantes, pela grande navegação futura desta via marítima, às cidades do litoral.

S. Lourenço possue uma prospera colonia que fornece Pelotas e Rio Grande, a este municipio pela via maritima, áquelle pelas estradas de rodagem, que são excellentes, de grande numero de productos coloniaes.

A navegação existente é ainda reduzida e só de navios a vela.

A renda municipal orça já por 70.000$000, sendo as taxas de imposto relativamente reduzidas.

A villa tem uma bem montada fabrica de telhas e tijolos, que fornece a colonia, onde a edificação já é das melhores usadas no Estado.

Está-se ali iniciando a cultura do arroz em grande escala e falla-se na fundação de uma xarqueada, logo que a navegação, melhorado o porto, o permitta.

S. Lourenço possue todas as condições para ser uma grande cidade: tem agua abundante, muito proxima, tem pedra granitica na propria villa, donde se extrahiu a que serviu já para a construcção do cáes do Rio Grande, feito pelo Dr. Nunes de Miranda, tem lenha e madeira de construcção, e o porto, que pôde ser franco e vasto, lhe abre as portas do grande mundo. É ameno seu clima.

Toda a bacia do Camaquam póde aproveitar com o desenvolvimento de S. Lourenço e esta engrandecer-se com o concurso da respectiva população rural.

Ligada a cidade futura á colonia por uma bem cuidada estrada de rodagem e aberto o porto maritimo, os seus progressos serão rapidos.

S. Lourenço póde e deve ser o grande entreposto commercial da bacia de Camaquam com as praças do littoral, sem precisar de outra via de communicação, a não ser a maritima. É neste sentido que devem agir os seus directores politicos que desejem merecer as bençãos do povo lourenciano, segundo o voto geral lá manifestado."

Fonte: A OPINIÃO PÚBLICA (RS), 14 de Março de 1908, pág. 02, col. 03

domingo, 28 de abril de 2019

Sobrenomes judaicos - Parte 19 - sobrenomes magrebinos e do Norte da África


Sobrenomes judeus magrebinos e do norte da África. Salientando, porém, que nem todos os sobrenomes são EXCLUSIVAMENTE judaicos. Neste caso específico, observa-se a grande influência da língua árabe.


Fonte adaptada para a língua portuguesa: http://www.terrepromise.fr/

151. Benguigui - toponímico referente a Guig, na região da tribo Ghighia Oued Tensift, Marrocos.

152. Benibghi, Benibgui - da junção dos termos árabes ben (filho) e ibghi (palavra augural formada a partir do verbo árabe yabghî que significa amar, desejar). Por isso, significado aproximado: aquele que deseja, aquele que almeja, aquele que ama.

153. Benichou - nome berbere relacionado à tribo de Aït Ishou, Meknès, no norte do Marrocos. Também pode ser um patronímico do nome hebraico Yehoshoua (Josué em português).

154. Benisti - contração do nome de família judaico-catalão Benveniste ou Benvenist, que significa bem-vindo. A família Benvenist aparece com destaque em Barcelona no século XI, tendo uma parte da linhagem se transferido para o norte da África em séculos posteriores.

155. Benita, Benitah - nome composto de origem árabe da união dos termos ben (filho) e îtah (generoso, caridoso). Por isso, filho de um generoso ou simplesmente generoso.

156. Benizri - nome híbrido resultante da aglutinação do termo árabe ben (filho) e do termo berbere izri (passado, ido, coisa que já passou). Pode se referir a um tipo de comportamento nômade.

157. Benjaoui, Bijaoui - nome árabe que une o prefixo ben (filho) e o substantivo jâwiyy (incenso). Por isso, fabricante ou comerciante de incenso (no sentido de resina vegetal aromática).

158. Benlassen, Benlahcen, Benlahssen - filho de Lahcen (superlativo do nome árabe Hassan).

159. Benloulou, Benlolo - filho (ben) da pérola (lûlû). Portanto: um patronímico ou um coletor ou comerciante de pérolas.

160. Benmaimoun - patronímico do nome de origem hebraica Maïmoun (significa afortunado, favorecido).

161. Benmaman, Maman - toponímico referente ao povoado de Meaman, província de Ourense, Espanha.

162. Benmoussa, Benmussa, Moussa - patronímico do nome árabe Mûssa (Moisés em português).

163. Benoliel, Oliel - patronímico do nome hebraico Oliel (significa sacrifício a Deus). Também pode significar aleijado - do termo árabe ôliel com o mesmo sentido.

164. Benoualid, Benalalid, Benwalid - nome árabe que une o termo ben (filho) e walid (nascido, nativo). Normalmente é usado para designar um bebê recém-nascido. Todavia, em arabe popular argelino, Walid também é um nome próprio.

165. Ben Qadra - ben (filho) e qadra - nome de origem berbere que significa destino, predestinação, mas também poder, potência.

166. Benrebbi, Berrebi, Berreby, Berribi - nome árabe que significa filho do rabino.

167. Benrouben, Benruben, Benroubine, Roubine, Ruben, Rubens - sobrenome patronímico que significa filho (ben) de Reuben (Rubem - o filho primogênito de Jacó).

168. Bensadon, Bensadoun, Saadoun, Sadoune, Sadon - filho da sorte; pessoa de muita sorte.

169. Bensaid, Bensid - patronímico do nome árabe Said (significa abençoado).

170. Bensalmon, Salmon, Salomon - patronímico do nome hebraico Shlomoh (Salomão em português).

171. Bensimon, Bensimoun - patronímico do nome hebraico Shimôn (Simão ou Simeão em português).

172. Bensoussan, Bensoussen, Chouchan, Chouchana, Shoushana, Soussana, Soussane, Benzazon, Benzazoun - nome patronímico do hebraico Soussan - que corresponde à derivação do termo shoshannah (lírio ou rosa).

173. Bentata, Tatta, Tattah - nome encontrado entre judeus marroquinos e argelinos, aparentemente um patronímico do nome tribal Tatta (significado desconhecido). Também pode ser um toponímico derivado da aldeia berbere de Tatta, região de Agadir, sul do Marrocos. Por último, o vocábulo tatta em berbere pode significar escravo negro.

174. Benyair, Yair - patronímico do nome hebraico Yair (Jair em português).

175. Benyoussef, Youcef, Youssef, Yousfi, Youssouf, Yussef - patronímico do nome árabe Yusuf ou do nome hebraico Yosef, sendo que ambos correspondem ao nome José em português.

176. Benzacar, Benzekri, Benzekry, Benzécri, Benzecrit, Bessekri - patronímico dos nomes berbere Zekri, árabe Zakariyya e hebraico Zekharyah, sendo que todos correspondem ao nome Zacarias em português.

177. Benzaken, Benzakin, Benzakine, Benzaquen, Benzaqui, Zaken, Zakin, Zakine - patronímico do nome hebraico Zaqen (Zaqueu em português).

178. Benzenou - filho (ben) de Zenou - anagrama da expressão hebraica zera yehoudi ve yachar que significa descendentes confiáveis.

179. Benzerti - toponímico referente a Bizerte, Tunísia.

180. Benzimra - patronímico do nome hebraico Zimra, cujo significado é cantar, cantor.

181. Benzrihen - patronímico do nome hebraico Zrihen.

182. Beraha, Berakha, Braka, Brakha - derivação do termo hebraico brakha que significa benção.

183. Berdougo, Berdugo - nome de origem espanhola que significa broto ou prole.

184. Besnaïnou - nome árabe composto pelo prefixo be (com), o termo sennîn (dentes no plural) e o pronome nhu (grande, cheio). Assim sendo: homem com dentes grandes.

185. Bessis, Beziz - pode ser um toponímico relacionado ao árabe bsays que é o nome de uma tribo da Cirenaica. Bem como pode ser um metanímico associado à palavra árabe basays que significa insolente.

186. Betito, Bettito - sobrenome de origem italiana que é uma contração do nome Benedetto (Benedito em português).

187. Bettach - nome de origem espanhola que designa alguém que é natural de Meknes, Marrocos.

188. Bibas - nome de origem espanhola. Significa aquele que mora, morador (de um lugar, no sentido de designar um residente sedentário).

189. Bihi - nome árabe que sofreu influência da língua berbere. Provém do nome próprio Brahîm, este por sua vez uma contração do nome Ibrahim (Abraão em português). Trata-se de um patronímico.

190. Binhas, Pinhas - nome de origem hebraica derivado da alcunha Pinhas (significado: visão piedosa, piedoso). É um sobrenome patronímico.

191. Bismuth, Bismut, Bismout, Beschmout - sobrenome que aparece principalmente entre os judeus de Constantine, Argélia, e da Tunísia. Pode ser uma derivação do termo árabe bajmat - uma espécie de pão amanhecido da região ou uma forma para denominar a disposição que os peregrinos de Meca levam consigo. A outra possibilidade é que seja proveniente da expressão árabe bissmalah (cujo significado é "Deus tenha sua alma"). Como era proibido pronunciar o nome divino (Allah), este nome foi substituído em berbere pela sílaba ut ou out; daí o nome bissm-ut.

192. Bitan, Biton, Bitoun, Bittoun - do termo árabe piton, que corresponde tanto a um tipo de flauta, um tipo de pássaro e a chifre. Mormente, compreende-se que o sobrenome seja uma referência a um instrumentista de modo geral.

193. Boaziz, Bouaziz - nome de origem árabe que aglutina bou (pai) e 'aziz (caro, poderoso, inacessível).

194. Boccara - toponímico referente à Beaucaire, cidade francesa que possuiu numerosa comunidade judaica na Idade Média e que, posteriormente, migrou para outros locais, dentre eles o norte da África.

195. Bocobza, Bokobza, Boukhoubza, Boukobza - nome de origem árabe composto por bû ou abû (pai, homem) e khubza (pão); portanto, homem do pão, padeiro.

196. Bohbot - do prefixo árabe ou abû (pai, homem) com o vocábulo berbere hbot (barriga); portanto, homem de barriga grande.

197. Bonan, Buonanno, Bonano - originário da expressão italiana buon anno (bom ano, Feliz Ano Novo). Nome dado a uma criança para que o ano de seu nascimento lhe traga felicidade. Sobrenome encontrado entre judeus imigrantes da Itália na região mediterrânea no século XVIII.

198. Bono - bom. Sobrenome de origem italiana.

199. Boubli, Boublil - nome de origem árabe que associa ou abû (pai, homem) e bellîl (contração da expressão Ibn al-lil = o filho da noite). Por isso: homem da noite, notívago.

200. Bouchara - nome de origem árabe composto por ou abû (pai, homem) e sha'ra (cabelo); portanto, homem cabeludo ou homem peludo.

sábado, 27 de abril de 2019

Exposição Poética Esportiva do G.A. Farroupilha no hall da Prefeitura de Pelotas


Esteve em exposição no hall da Prefeitura Municipal de Pelotas, durante esta semana que finda, um mostra de imagens e poemas referentes a um dos mais tradicionais clubes de futebol da cidade, o Grêmio Atlético Farroupilha do bairro Fragata. Com imagens de Gabriel Xavier e poemas de Carlos Eugênio Costa da Silva, o evento também foi alusivo aos 93 anos do "Fantasma" que, ontem 26 de abril, comemorou seu aniversário de fundação.












A Família Italiana


"Nada identifica mais os italianos do que a importância que atribuem à família. Desde o século XIX, observadores notaram, com apreciação negativa ou positiva, a força dos laços familiares na Itália. Claro que famílias desfeitas, ódios e conflitos familiares, traições e ciúmes sempre existiram, mas também havia a concepção de que, apesar dos pesares, a união da família era algo a ser defendido, assim como que nenhum dever era mais caro a uma pessoa do que garantir sua preservação e prosperidade.

As intensas transformações econômicas e sociais vivenciadas pelo povo italiano nas últimas décadas e, em especial, a liberação feminina e o divórcio com certeza modificaram bastante esse quadro. Muitos jovens querem levar uma vida independente, possuem gostos próprios e querem ficar longe dos pais. Indivíduos sozinhos, casais não legalmente casados, divórcios e outros sintomas de mudança tornaram-se relativamente comuns. Não obstante, a família ainda é vista, na cultura italiana, como o centro da vida social e da própria identidade do indivíduo.

As estatísticas de divórcios e filhos nascidos fora do matrimônio confirmam essa maior propensão dos italianos à vida familiar. Em 1994, por exemplo, foram verificadas 24 separações e divórcios para cada cem matrimônios na Itália, enquanto esse número subia para 35 na França e 44 na Grã-Bretanha. No mesmo ano, a porcentagem de filhos nascidos fora do casamento era de apenas 7,3% na Itália, contra 10,5% na Espanha, 15,4% na Alemanha, 32% no Reino Unido e 35% na França.

As famílias também continuam a manter vínculos fortes entre as gerações, com os filhos, inclusive, demorando cada vez mais para deixar as casas dos pais. Na Itália dos anos 80, para quando estatísticas confiáveis estão disponíveis, 90% dos filhos e 65% das filhas entre 20 e 24 anos viviam com os pais, enquanto os números para a França eram 52% e 27%, para a Alemanha 43% e 31% e, para a Grã-Bretanha, 58% e 23%. Os números podem ter se alterado um pouco para os dias de hoje, mas não muito.

À parte fatores práticos, como a falta de empregos para os jovens e o alto valor dos aluguéis, e mudanças culturais, como a maior liberdade em família, que viabilizam a presença mais longa dos jovens na casa paterna, parece evidente que o apego à família também é elemento a ser levado em conta.

Realmente, os italianos tendem a viver em famílias mais 'longas' do que seus vizinhos europeus. Avós, pais e filhos vivem, muitas vezes, na mesma casa ou, no máximo, nas vizinhanças e os contatos cotidianos entre eles são contínuos. Os avós tendem a ajudar os filhos a criar os netos e são cuidados por eles, em especial pelas filhas. Mesmo entre os descendentes de italianos espalhados pelo mundo, esse traço de valorização da família e da proximidade com ela é uma característica cultural ainda bastante forte, como demonstram as pesquisas acadêmicas e a própria experiência cotidiana do sagrado 'almoço dominical em família' dos italianos ou descendentes no Brasil, por exemplo.

Aliás, sem cair no estereótipo, um almoço de família é um bom momento para entender a relação dos italianos com seus parentes. Normalmente, todos falam ao mesmo tempo e os ausentes são analisados e criticados. Quando estes chegam, contudo, sucedem-se as manifestações ostensivas de afeto e alegria, sobretudo em volta da mesa, assim como novas brigas e discussões. Para pessoas acostumadas a esse tipo de relação familiar íntima e quase ritualísticas, os filmes americanos nos quais os membros de uma família, após anos de relação distante, confessam finalmente seus verdadeiros sentimentos uns pelos outros, não fazem o menor sentido.

No que se refere aos papéis masculino e feminino, os homens italianos, como em quase todo o mundo, têm enfrentado dificuldades para se adaptar aos novos tempos e aos novos conceitos de paternidade. Os pais autoritários de outrora, contudo, praticamente desapareceram. Já o papel das mulheres na família italiana continua bastante próximo do padrão tradicional, ao menos campo teórico.

Um dos elementos culturais chave da família italiana é de fato a figura da mamma, superprotetora, e até mesmo controladora, especialmente no que se refere aos filhos homens. Apesar de o homem ser considerado o chefe da família, é a mulher, e a mãe, o seu centro, em redor de quem giram o marido, as filhas e, em particular, os filhos. Na verdade, a maior parte das culturas identifica a família como um ambiente matriarcal, mas a cultura italiana tradicional tende, por princípio, a levar esse traço ao limite.

Confirmações dessa característica da cultura italiana podem vir de várias fontes. Que outro povo apela para a mãe em momentos de aflição? Será que os alemães gritam Mutter diante de uma emergência, uma aflição ou um perigo? Já os italianos apelam sempre à mamma mia, enquanto uma das expressões mais comuns da língua italian é Madonna! (Nossa Senhora!), símbolo universal da mãe que sofre e se sacrifica pelo filho.

É realmente interessante observar como esse aspecto da cultura italiana é tão forte que tem resistido até mesmo às imensas transformações da vida na Itália nas últimas décadas. Mesmo quando a mulher tem apenas um filho e o deixa com os avós para poder trabalhar, ela ainda é a mamma, figura sempre presente, a vigiar os filhos, protegendo-os e sufocando-os com atenção e carinho. Não espanta, assim, que a língua italiana tenha um termo específico para identificar esse tipo de relação com os filhos - o mammismo - que causa admiração e espanto entre os 46 observadores estrangeiros.

Pesquisadores tentando compreender esse traço cultural levaram suas reflexões ao estudo da figura da Virgem Maria, da 'Grande Mãe mediterrânica' e do mito de Édipo, o que talvez seja um exagero. Do mesmo modo, levar uma possível tendência cultural ao terreno dos estereótipos e da uniformidade seria absurdo, pois, com certeza, nem todas as mães italianas são mammas, especialmente na Itália de hoje, pós-movimento de liberação da mulher. No entanto, os dados indicam que os contatos entre mães e filhos, e familiares em geral, continuam a ser mais fortes na Itália do que em outros países europeus.

Em 1994, por exemplo, algumas estatísticas revelavam que um terço dos homens italianos casados viam suas mães todos os dias e outro terço ao menos uma vez por semana. Ao mesmo tempo, a maioria dos homens solteiros acima de 35 anos e boa parte dos divorciados vivia com as mães.

Para um norte-americano típico ou mesmo um francês, a ideia de viver com a mãe após o divórcio ou continuar na casa dos pais após completar 30 ou 40 anos de idade é intolerável e mesmo impensável, em nome da privacidade e da busca de espaço próprio. Já para os italianos e para boa parte dos seus descendentes espalhados pelo mundo, é perfeitamente natural e até mesmo lógico, o que indica como essa valorização dos laços familiares é realmente um traço da cultura italiana.

Tal valorização gera, inclusive, efeitos no mundo político e social mais amplo, nem sempre positivos. Já que a família é a fonte prioritária de lealdade e identidade, tudo é permitido, a princípio, em seu nome. Colocar primos e sobrinhos em cargos de prestígio ou privilegiar empresas de cunhados em uma concorrência pública não é, assim, considerado algo errado, mas apenas uma forma de garantir a prosperidade da família, o que explica a tolerância com essa prática na Itália desde os papas do Renascimento até os políticos da Democracia Cristã no século XX. Também associações criminosas, como a Máfia Italiana, só podem existir tendo base ideológica um solidariedade primária como a família.

Aquela velha família italiana, com o pai autoritário, a mãe aparentemente submissa, mas dona de imenso poder paralelo, e um monte de filhos, todos vivendo em harmonia e de forma solidária, com certeza nunca existiu, a não ser na teoria. Também os laços familiares 'longos' e duradouros, entre sobrinhos, tios, primos e avós, certamente não são tão fortes como chegaram a ser no passado. Mas a instituição familiar, na Itália, é ainda bastante sólida. A família ainda representa algo muito importante na vida dos italianos, o que traz alguns problemas (como a convivência nem sempre agradável, os inevitáveis conflitos entre os parentes), mas, no geral, acaba por torná-la bem mais agradável e suportável do que em outros países, onde impera o individualismo.

A valorização das crianças e dos filhos também é um traço da cultura italiana. Para os latinos, em geral, e para os italianos, em particular, a própria ideia do casamento é indissociável da geração de crianças e a imagem tradicional da família italiana sempre foi a do pai rodeado por uma multidão de filhos, enquanto a mãe está na cozinha, se preparando para alimentar a todos. Os filhos seriam a razão de ser da família e da própria vida e valeriam todos os sacrifícios."

Fonte: BERTONHA, João Fábio. Os italianos. São Paulo: Contexto, 2008, pág. 254-257.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Princesa Isabel no Passo das Pedras em 1885


"No dia 10 do corrente foi Sua Alteza a Sra. Princeza, acompanhada de sua comitiva e de muitas outras pessoas, á chacara do Sr. barão do Serro, situada no Capão do Leão, e d'ahi apreciou o esplendido panorama que d'alli se desfructa da cidade, sendo obsequiada, n'aquelle logar com um almoço, findo o qual regressou á cidade.

No dia 11 fez Sua Alteza uma excursão á estancia do Sr. commendador Mancio Ribeiro, que fica a sete leguas de distancia da cidade, indo em trem da estrada de ferro do Rio Grande a Bagé.

Em companhia de Sua Alteza, além de sua comitiva, foram muitas pessoas gradas e importantes da cidade, chegando o trem á estação do Passo das Pedras ás 9 1/2 horas da manhã. A estação achava se vistosamente enfeitada, bem como a frente da casa do Sr. commendador Mancio, que levantou vivas á familia imperial, logo que o trem parou na estação.

Em baixo de um caramanchão, via-se uma enorma mesa opiparamente preparada, e que mereceu dos conselheiros que fazem parte da comitiva, uns olhares gulosos cheios de appetite.

Escuso dizer que o almoço esteve magnifico, e que foi bastante appreciado.

Depois do almoço foi Sua Alteza assistir um rodeioi, no qual fizeram-se alguns trabalhos de campo, mostrando os gaúchos que n'elles tomaram parte, muita destreza, agilidade e coragem, principalmente o Sr. Porciuncula Costa, que trabalhou admiravelmente bem, apezar da sua idade, manejando com segurança e certeza o laço e as bolas.

Depois do rodeio a Exma. Sra. d. Francisca Antunes Gomes da Costa, filha do Sr. barão do Arroio Grande, em casa do Sr. Mancio, fez ouvir sua bellíssima voz, cantando ao piano uma bella e difficil peça de concerto.

Ás 4 horas da tarde regressou S. Alteza ao palacio."

Fonte: GAZETA DE NOTICIAS (RJ), 04 de Março de 1885, pág. 02, col. 03

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Histórico do Município de Gramado/RS


"Gramado era um ponto natural de repouso de tropeiros na dura subida do litoral para a serra, na porção nordeste do Rio Grande do Sul. A sua localização geográfica acabou atraindo as duas principais correntes migratórias europeias no século passado.

Hoje, Gramado é um dos principais centros de turismo do país, reunindo excelente hotelaria e gastronomia, belíssimos parques e mirantes, além de inúmeros e consagrados pontos de visitação. Suas praças e ruas floridas durante todo o ano emolduram uma arquitetura colonial e um rico calendário de eventos.

AS QUATRO ESTAÇÕES

Situada na Encosta Nordeste do Planalto Sul-Riograndense, a cidade se desenvolveu numa região de particular topografia alternando montes e platôs diante dos vales de rios sinuosos e do famoso Vale do Quilombo.

Nas últimas décadas quando as estradas asfaltadas tornaram rápidos e acessíveis os caminhos da encosta serrana, o turismo transformou a geografia numa grande atração para visitantes de todas as partes do mundo.

Toda a região serrana gaúcha é caracterizada pelo relevo acidentado com fortes declives entremeados por trechos planos, são os Campos de Cima da Serra interrompidos bruscamente pelos cânions e vales.

Numa latitude de clima temperado a 900 m de altura, este ambiente apresenta temperaturas abaixo de zero nos meses de Junho, Julho e Agosto. É quando ocorrem nevascas, Gramado se veste de branco e brincar na neve é mais uma atração.

A cerração ou névoa também é frequente criando a poética de um inverno verdadeiramente cinematográfico.

A primavera é uma festa colorida onde as hortênsias e azaleias têm papel garantido. No outono várias espécies vegetais assumem um tom avermelhado e folhas de plátano decoram o chão.

No verão a temperatura se mantém amena, em torno de 20oC com alguns dias quentes, mas com noites sempre agradáveis moderadas pelo ar das montanhas e dos bosques.

A mata nativa ainda é encontrada em diversos pontos e nos arredores e nela podemos observar exemplares de árvores centenárias, além de pássaros e animais de pequeno porte.

Respirar o ar puro é um momento comparável ao de vislumbrar belos e exóticos horizontes. E por um capricho da natureza, exatamente em Gramado é possível unir estas duas satisfações em momentos que ficam guardados na memória.

A TRADIÇÃO COMANDA O ESPETÁCULO

Há mais de 150 anos, levas de imigrantes alemães começavam a chegar ao Rio Grande do Sul e tinham o norte do estado como rumo. A existência de férteis vales com rios navegáveis e de uma região serrana, apresentando temperaturas mais baixas, estimulava os sonhos de construção de uma nova pátria.

Naquela época, as montanhas representavam um horizonte imaginário, a perspectiva de um futuro vitorioso e feliz.

Ainda hoje as casas de descendentes dos imigrantes alemães refletem este bem estar pelo asseio, pelo extremo cuidado no ajardinamento e pela arquitetura que, mesmo despojada e adaptada ao Novo Mundo, guarda traços de um estilo inconfundível.

Já os imigrantes italianos marcaram Gramado pela sua inata cordialidade cujo símbolo maior é o próprio vinho e a peculiar gastronomia que o envolve em adegas, cantinas e outros locais onde a confraternização sempre está presente.

Hoje Gramado congrega os traços marcantes destes dois povos naquilo que de melhor e mais genuíno podem oferecer ao visitante. E o resultado é de encher os olhos e acalentar o coração: mesas fartas e variadas com receitas tradicionais italianas e alemãs, hotéis e pousadas com ambientes aconchegantes junto à natureza, produtos artesanais feitos com talento e esmero, frutos de um verdadeiro estado de felicidade e satisfação."

Fonte: ATLÂNTICO (RS), 16 de Novembro de 1998, pág. 04






quarta-feira, 24 de abril de 2019

Jogo do bicho em Pelotas em 1900!


"O jogo do bicho em Pelotas

Pelos telegrammas e noticias anteriores d'esta folha, já os leitores estão inteirados dos successos occorridos em Pelotas, relativos á prisão do bicheiro Rosauro Zambrano.

Este, confiando na sua fortuna e nas suas poderosas relações sociais, bancava alli o bicho, escandalosamente, e continuou a fazel-o com maior ostentação ainda, depois que o juiz da comarca julgou deserta a appellação da sentença que o absolvera no processo anteriormente instaurado.

O prestigio da auctoridade não podia ficar burlado pelo banqueiro recalcitrante, e então, novas providencias foram tomadas para constrangel-o á obediencia á lei, conforme se verá pela noticia que abaixo transcrevemos do nosso illustre collega do Diario Popular.

É de notar que o nosso dedicado amigo e energico sub-chefe de policia, major Euclydes Moura, desenvolvendo n'esta questão, como o faz em todas as que se relacionam com a moral publica e prestigio das instituições, toda a actividade de que é capaz, tem luctado com innumeras difficuldades.

Mas, por outro lado, conta com o apoio moral de prestigiosos republicanos pelotense e de orgam do partido local, que o tê rodeado sempre.

O nosso amigo major Euclydes Moura, em toda essa questão do bicho em Pelotas, tem procedido como um auctoridade á altura do cargo que occupa e digna em tudo dos applausos do publico bem intencionado.

Seu procedimento harmoniza-se perfeitamente, com a austeridade e respeito á lei, que são os caracteristicos do governo republicano do Rio Grande do Sul.

A Federação junta os seus aos parabens que o Diario Popular dá ao sub-chefe de policia, major Euclydes Moura, pela victoria da lei.

Rosauro Zambrano vem a esta cidade por motivo do habeas-corpus requerido ao sr. Poggi, juiz seccional, pelos seus muitos advogados.

É previsto o resultado, principalmente tratando-se de um bicheiro endinheirado...

Eis a noticia que o collega do Diario Popular inseriu a proposito dos successos:

<<O digno e activo sr. major sub-chefe de policia, tendo o denuncia do que o sr. Rosauro Zambrano continuava a bancar o jogo do bicho, deu, hontem, á tarde, rigorosa busca no escriptorio commercial do mesmo sr. Zambrano, apprehendendo diversas provas materiaes de sua criminalidade, taes como listas de bicho, papeis, operações arithmeticas em relação a esse jogo, nome de bicheiros conhecidos e o livro caixa firmado por Zambrano, contendo o balancete das operações mensaes.

N'essa busca foi egualmente apprehendido grande numero de bilhetes da loteria de Montevideo.

Em vista d'isso, foram lavrados os autos de prisão em flagrante e busca.

Os bilhetes da loteria de Montevidéo foram entregues ao sr. administrador da mesa de rendas federaes, que assistiu o auto de apprehensão d'esses bilhetes.

Terminadas as dilligencias legaes, de ordem do major sub-chefe de policia, foram o s. Zambrano e dois empregados do escriptorio conduzidos para a cadêa civil.

Ahi ficam relatados os factos.

A sociedade pelotense que os aprecie, devidamente.

Ainda ha poucos dias, processado pelo mesmo crime, saiu o sr. Zambrano victorioso da contenda, por uma circumstancia qualquer que lhe aproveitou a posição.

Esse resultado parece haver reanimado o sr. Zambrano para novas tentativas de jogatina, em solemne despreso pelas ordens da auctoridade, escarnecendo da lei.

As provas ahi estão colleccionadas, e, deante dellas, cumpria a auctoridade desafrontar-se desse gravissimo ultrage.

Trata-se de um reincidente cuja reputação de argentario fraudulento parece haver estimulado esse novo attentado ao prestigio da auctoridade e á austeridade das nossas leis.

Estão, porém, estas desafrontadas, confiadas, como foram, ás mãos de uma auctoridade energica, briosa, altiva.

Aceite o sr. major sub-chefe de policia sinceros parabens.>>

*************

O Correio Mercantil poz-se, hontem, ao lado, dos que combatem o acto do honrado major sub-chefe de policia, no caso Zambrano.

A declaração é um tanto odiosa.

Si se tratasse de um infeliz, desprotegido da sorte, o Correio talvez entendesse que o acto da auctoridade legitimava uma medida de repressão necessaria.

Não se dariam os commentarios, porque julguem perder o tempo em commentar a prisão de um pobre diabo qualquer, e o Correio, desobrigado, conseguintemente, de fazer acto de presença no caso.

Mas o sr. Rosauro Zambrano adquiriu fortuna, e, por conseguinte, títulos tão valiosos que o excluem, por certa cathegoria social, da plana em que se acotovellam os pobres e os humildes...

Ainda hontem o Diario relatou, em termos claros, os factos que determinaram o acto da auctoridade policial.

O sr. Rozauro Zambrano, traduzindo, como uma victoria do vicio contra a lei, um incidente do processo que lhe deu ganho de causa, continuou a jogar, despejadamente, ultrajando a auctoridade, zombando do seu prestigio e do seu caracter.

Não havia, na cidade, quem não commentasse esse facto, e os mais exigentes, os mais rigorosos, contando sua razão e de seu criterio, tiravam d'elle deducções intimamente desfavoraveis á auctoridade da lei e á posição da policia.

Tratava-se, não já de uma reincidencia, não já de um caso de pathologia de egoismo imbecil, não de uma victoria do vicio dominando a fraqueza e a paixão de um vicioso perdido, mas de uma provocação tremenda, de um desafio baixo, inspirado n'um assomo de audacia selvagem.

A auctoridade não se deixa desmoralisar, e mal de nós, mal da sociedade, mal da justiça, si deante de um acto de despeito, deante de uma manifestação insidiosa de desacato, a auctoridade houvesse de cruzar os braços e tragar a affronta, sem sentir, pelo menos, a reacção do brio offendido!

O major sub-chefe de policia está no seu papel: procedeu, como procederia a auctoridade digna e altiva, deante de um ultrage, que não só reprime com admoestações futeis e banaes.

Tanto mais alta, tanto mais elevada fôr a situação dinheirosa do provocador, tanto mais espontanea e unisona fôr a conforto de bajuladores que vivem deante d'elle, a fazer exercicios de elasticidade dorsal, tanto mais energica, mais vigorosa, tanto mais decisiva deve ser a attitude da auctoridade menoscabada!

Ah! si o Correio Mercantil, que falla em commentarios, pudesse ouvir o pronunciamento da sociedade criteriosa d'esta terra, viria de que força e de que valor são os commentarios de que elle se tornou interprete inconsciente!"

Fonte: A FEDERAÇÃO (RS), 23 de Julho de 1900, pág. 01, col. 01-02

terça-feira, 23 de abril de 2019

Nomes Iorubás - Parte 08


A maior parte dos nomes usados como primeiros nomes também são correntemente usados como sobrenomes.

Fonte: https://findaname.wordpress.com/

601. Temitayo - meu caso vale a pena a alegria.

602. Temitope - minhas circunstâncias valem gratidão.

603. Tewogbola - estenda as mãos para receber riqueza.

604. Tirenioluwa - é seu, Senhor!

605. Tinuade - de dentro da coroa.

606. Titiola - riqueza infinita.

607. Titilayo - alegria infinita.

608. Tiwalade - nossa é a coroa.

609. Tiwalolu - o nosso é Deus.

610. Tiwatope - nossa situação é digna de agradecimento.

611. Tolulope - obrigado aos deuses.

612. Toluwalase - a palavra de Deus é a lei.

613. Toluwani - pertencentes aos deuses.

614. Towobola - mergulhe sua mão em riqueza.

615. Wura - ouro.

616. Wurade - ouro da coroa.

617. Wuraola - ouro da riqueza.

618. Ye - forma abreviada de IYA: mãe, avó.

619. Yejide - a mãe acordou.

620. Yetunde - a mãe voltou novamente.

621. Yewande - mãe me procurou.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Nomes Iorubás - Parte 07


A maior parte dos nomes usados como primeiros nomes também são correntemente usados como sobrenomes.

Fonte: https://findaname.wordpress.com/

601. Omolewa - as crianças são a beleza.

602. Omoleye - as crianças são dignas de nós.

603. Omolola - as crianças são riqueza.

604. Omolulu - criança é o mestre.

605. Omoloro - as crianças são riquezas.

606. Omoloso - as crianças são adornos, joias.

607. Omoluwabi - criança responsável.

608. Omoniyi - as crianças são honrosas.

609. Omoniyun - as crianças são tão preciosas quanto contas de coral.

610. Omopariola - as crianças são a conclusão da riqueza.

611. Omopekun - significado não-listado.

612. Omosalewa - a criança escolheu este lar para nascer.

613. Omosunsola - criança se aproxima da riqueza.

614. Omotade - a criança é o valor da coroa.

615. Omotara - a criança é o valor da família.

616. Omotayo - a criança é o valor da alegria.

617. Omotola, Omotolani - uma criança é tão digna quanto a riqueza.

618. Omotoso - as crianças são o valor dos adornos.

619. Omotunde - a criança voltou.

620. Omowafola - a criança é destinada à riqueza.

621. Omowon - as crianças são queridas (ou preciosas).

622. Omowunmi - a criança é agradável aos meus olhos.

623. Omoyeni - a criança é a certa (convém) para uma pessoa.

624. Oni - pessoa.

625. Onifede - vem aqui a pessoa do amor (amorosa).

626. Onipede - vem aqui o consolador.

627. Oniyide - aqui vem o digno.

628. Ope - obrigado. Palavra usual de agradecimento.

629. Opemipo - eu tenho muitos agradecimentos para fazer.

630. Opeoluwa - gratidão de Deus.

631. Opetunde - a gratidão voltou.

632. Opeyemi - sou grato pelos benefícios que me fez.

633. Ore - bondado, benefício, favor.

634. Oreofe - favor imerecido, favor que se faz gratuitamente; graça.

635. Oreolu - favor de Deus.

636. Òré - amigo.

637. Òrédola - amizade se torna riqueza.

638. Òrélolu - Deus é amigo.

639. Òréoluwa - amigo de Deus.

640. Òréotitololuwa - Deus é um amigo verdadeiro.

641. Ori - cabeça.

642. Oriade - cabeça da coroa.

643. Oridola - cabeça tornou-se riqueza.

644. Orimolade - a cabeça sabe quem deveria ser a coroa.

645. Oriola - chefe da riqueza.

646. Oriyomi - minha cabeça me salvou.

647. Oromidayo - meu caso se tornou o de alegria.

648. Otito - verdade.

649. Otitoju - a verdade é maior.

650. Otitoluwa -  a verdade de Deus.

651. Owo - dinheiro.

652. Owodunni - dinheiro é doce para possuir.

653. Owolabi - dinheiro é o que demos à luz.

654. Owoseni - dinheiro pode ser tido, adquirido.

655. Oye - ´titulo, honraria, cargo ou função de nobreza ou de status social. Também a honra pessoal (em sentido restrito).

656. Oyebamiji, Oyebanji - o título acorda comigo.

657. Oyebode - o título chegou.

658. Oyebola - o título encontra riqueza.

659. Oyebolujo - os títulos se encaixam em Deus.

660. Oyedele - o título vem para casa.

661. Oyediran - o título se torna hereditário.

662. Oyegoke - o título ascende a colina.

663. Oyekanmi - é a minha vez de receber o título.

664. Oyekunbi - significado não-listado.

665. Oyekunle - título preenche a casa.

666. Oyelakin - título é valor.

667. Oyeleke - título supera.

668. Oyelowo - título tem respeito.

669. Oyemade - título com coroa.

670. Oyenike - título tem necessidade de mimar.

671. Oyeniran - título tem pedigree, linhagem, origem nobre.

672. Oyeniyi - título tem dignidade.

673. Oyenola - título tem riqueza.

674. Oyenuga - o título é dono do palácio.

675. Oyerinde - o título andou comigo.

676. Oyesanya - o título compensa meu sofrimento.

677. Oyesina - o titulo abriu o caminho.

678. Oyetunde - o título chegou novamente.

679. Oyeyemi - títulos me fortalecem.

680. Oyeyipo - títulos me cercam.

681. Oyin - mel, ou figurativamente: doçura, amabilidade.

682. Oyindamola - o mel é misturado em riqueza.

683. Oyindasola - o mel derrama em riqueza.

684. Oyinkansola - o mel escorre para a riqueza.

685. Oyinlade - significado não-listado.

686. Popoola - estrada da riqueza.

687. Segilade - ornamentos são coroas.

688. Segilola - ornamentos são riqueza.

689. Similolaoluwa - tranquilidade da riqueza de Deus.

690. Sijuade - abra bem seus olhos na direção da coroa.

691. Sijuwola - olhe na direção da riqueza.

692. Siyanbola, Suulola - significados não-listados.

693. Tanimola - quem conhece o futuro.

694. Taraoluwa - do próprio corpo de Deus.

695. Taiwo, Taiye - sabor da vida. O nome dado ao mais novo de um grupo de gêmeos.

696. Tejumade - fixe seu olhar na coroa.

697. Temidayo - minha vida tomou um rumo para coisas boas.

698. Temilade - a coroa é minha.

699. Temilayo - alegria é minha.

700. Temilolu - Deus é meu.
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