Diz uma lenda que o arroio foi encantado pelo grande chefe índio uruguaio Charrua, antes de morrer. Esse pajé tinha sido flechado, por questão de terras, por um cacique índio brasileiro, que sempre fora seu amigo. Não acreditou que tinha sido ele que o atingira e, moribundo, pendendo a cabeça para a esquerda e para a direita, ficou chamando pelo amigo. O rio ficou, pelos séculos afora, imitando o seu gesto, para lembrar sempre que a amizade de brasileiros e uruguaios nunca será quebrada, por causa do solo.
Fonte: MANCHETE (Rio de Janeiro/RJ), edição 694, 07 de Agosto de 1965, pág. 41