Fevereiro de 1884. Andreia Dani se instalou na localidade conhecida como Eduardina. Nome dado em homenagem a Eduardo de Azevedo de Souza, proprietário do terreno doado para a construção da igreja, praça e da escola. O nome Conceição também foi em honra a esposa do doador, Maria da Conceição que presenteou os moradores com uma imagem de N. Senhora da Conceição.
Andreia, também conhecido por Penacio, era casado com Maria Rosato, veio de Quarnieta, Itália, se estabeleceram as margens do Rio Belo. Feita a casa, de xaxim e corticeira, desbravando o mato serrado, enfrentaram a fome, jaguatiricas e javalis, que também dividiam espaço com os recém chegados.
Surgiu o moinho, utilizando a hidráulica que o rio propiciava, até pelo espírito inventivo de Penacio, Gigi Scápolo, solteiro, chegou em seguida. Os Lora foram os próximos. Giovanni, ou Nanni Lora, Massimiliano, Giovana e Adriana foram morar no lote 6, onde hoje é São Marcos da Linha Feijó. Em seguida chegaram, Bernardo e Gregório Massignani, Francisco Formigheri (Checo Frescon) e Antônio Dani (Batiston).
Já em 1886 chegaram os Zampiva, Giuseppe, Caetano e Andoleto. Também os Bettiato vieram em seguida. Outras famílias chegaram a partir de 1887. Zorzo, Zanchin, Gelain, Dani, Saeta, Miola, Mengato e Bettiatto. 1888, chegaram os Zattera, Batista, Massignani, Bettiato e Fochesatto.
A luta pela sobrevivência tornou os imigrantes unidos. Daí nasceram as edificações. O moinho, a igreja, o cemitério e as primeiras casas de madeira. Pobres, mas felizes, assim eram os antigos colonizadores.
A "aspa" foi o primeiro meio de comunicação destas localidades. Como se fosse um apito, quando acionada, significava aviso ou alarme. Assim, todos se reuniam num determinado local.
Mês a mês chegam mais famílias. Os Lain, Luca, Tonietto, Bonetto, Frizzo, Zanotto, Canutto, Roso, Dalle Molle, Serafini, Nichele, Pietrobelli, Ruffato, Dani, Soga, Zuccolotto, Munarotto, Silvestri, Preto, Poloni, Coltro, Dana, Perosa, Chiappin, Scussiato, Caregnato, Muraro, Pellizarie e Dossin.
No dia 8 de dezembro de 1891 foi inaugurada a capela. Daí os matrimônios se tornaram oficiais.
Fonte: UNO FATO (Caxias do Sul/RS), Novembro de 1997, número 1, página 02