Olá Sr Joaquim. Meu nome e Gilberto Sica Gastaud , neto de Alexandre Denis Gastaud, Nasci e moro em Pelotas e hoje vim a POA para o aniversário de uma neta Marina. Na casa de meu filho Eduardo, seu filho Pedro me mostrou o texto abaixo, razão porque quiz fazer algumas correções, Nasci em julho de 1931,filho de Edmundo penúltimo dos sete filhos de Alexandre.Convivi com meu avô Alexandre, ate sua morte, em 1945. Em Pelotas tenho dados mais completos sobre sua vida, fotos,etc e posso aprimorar o seu trabalho, se quiser.
Correções em destaque na obra obra Franceses no Rio Grande do Sul, de Armindo Beux (Porto Alegre: A Nação, 1975):
"Por volta de 1940 (1945) faleceu, com avançada idade (78 anos de idade), na cidade de Pelotas, o sr. Alexandre Gastaud, simples e modestamente. Entretanto sua atuação foi notabilíssima, sobretudo no que tange à eletricidade.
Gastaud veio para o Brasil, com seus pais, com poucos (5) anos de idade. Ainda era menor quando o casal Gastaud resolveu mudar-se para a Argentina (seu pai, Maurice, veio atrás de um sócio que veio com dinheiro para comprar bens no Brasil e não voltou para a França. Não o encontrando no Brasil, foi para Buenos Aires onde também não o encontrou e faleceu. Sua mãe veio para Rio Grande com 5 dos 7 filhos, os mais jovens, e 2 ficaram em Buenos Aires) , deixando em Pelotas o pequeno Alexandre que, sozinho, resolveu dedicar-se ao trabalho no comércio, iniciando sua vida como varredor de escritório e caixeiro, depois.(Errado) Com menos de 20 anos foi trabalhar na Viação Férrea, como limpador da Estação de Pelotas. Inteligente e curioso, embora mal soubesse ler e escrever, dedicou-se com especial carinho ao estudo do telégrafo. Um dia falece repentinamente no posto de trabalho o telegrafista, e, Alexandre Gastaud, diante do desespero do chefe da estação, resolve movimentar o aparelho e o fez com tanta perícia que assombrou o chefe da estação. Foi o começo de sua vida ascensional, pois chegou a telegrafista-chefe no Telégrafo Nacional, diretoria de Pelotas, tendo exercido sua atividade, como especialista, no Rio Grande, Bahia, Belém do Pará e outros pontos. (Exerceu a atividade de telegrafista junto a Rondon, pelo interior do Brasil. Até o estado do Pará. Em 1940 ele me mostrou carta-convite para ser governador do Pará, que recusou porque exigiu uma série de modalidades de condução do cargo que não foi aceito).
Não havendo ainda eletricidade em Pelotas, Alexandre Gastaud mandou buscar na Europa aparelhos e instalou luz elétrica e força na Santa Casa de Misericórdia. Mais tarde fabricou um aparelho de Raio X, realizando a primeira operação em radiografia do Brasil. (Com um aparelho Roentgen, que fora trazido da França para a escola de agronomia de Pelotas sem que ninguém soubesse manejá-lo, ele conseguiu montá-lo com os acessórios necessários e, desta forma, pôde realizar a primeira radiografia da América do Sul. A radiografia foi executada na mão de um funcionário de alto escalão da escola).
Na sua chácara em Capão do Leão, também instalara luz elétrica e força para água encanada em casa. Gastaud foi verdadeiro exemplo de trabalho e inventiva." (pág. 49-50)
Fiquei curioso em saber qual seria a chácara do sr. Alexandre Gastaud em Capão do Leão. Tenho documentos que narram vários piqueniques que ele realizava em sua chácara com os membros da Liga Operária de Pelotas. Suspeito de dois prédios, mas somente um exame mais apurado pode concluir algo. (Eu sei onde era a chácara, com casa de dois andares, além de galpões, pois lá veraneava todos os anos).
Adiante algumas citações sobre nomes de famílias que vieram a se estabelecer (ao menos em parte) no território de Capão do Leão.
(Os dados abaixo fogem de meu conhecimento. Lembro sobrenomes como Berchon, Gastal, Rouget Peres, des Essarts... mas nada posso confirmar sobre casamentos, etc.)
(pág. 118)