História, Genealogia, Opinião, Onomástica e Curiosidades.Capão do Leão/RS. Para informações ou colaborações com o blog: joaquimdias.1980@gmail.com
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Historias Curiosas XII
A Barbearia do Diquinho Contos
Não sei nem nunca perguntei por que Diquinho? Talvez por ser pequenino, não media mais que um metro e sessenta. Se chegava a isso. Cortava cabelo, tocava violão e outros instrumentos mais. Seu nome Flodualdo Braga.
É muito bom freqüentar uma barbearia. Nunca cortei a barba em barbeiro. Sempre tive dificuldade em cortar o cabelo. Passei quarenta e três anos usando o cabelo comprido. De vez em quando, para não deixa-lo longo demais, permitia minha esposa o apara-lo. Os últimos seis anos, antes de radicalizar, passei só aparando reto as suas pontas na altura do pescoço. Aí, um dia numa manhã quente de verão lá na Santaninha do Carrapato, mandei passar a maquina zero. Isso me levou de volta ao cabeleireiro, por pouco tempo, pois logo descobri como raspa-lo à prestobarba. Mas, cliente ou não, ainda gosto de freqüentar uma barbearia principalmente nas cidades estranhas. Meu parente longe nos laços e no espaço, Innocncio Jesus Viégas, em “Um sábado na barbearia!” no seu Livro Contos, Cantos e Encantos, faz uma certa apologia a pratica de freqüentar a barbearia. Ela é a mais forte fonte de recepção de informações das cidades. Talvez quase quanto o confessionário. Diferenciando logicamente pelo sigilo de que se cerca este segundo.
Na época se bem me lembro as barbearias do Capão do Leão eram, A do velho Fernando também na associação, A do João Madeira, a mais eletiva, freqüentada pelos homens sérios da Vila, Rui Vitória, Enedino Silva, Milton e Manoel Selmo, João viégas e outros figurões. A do Afoncinho ao lado Bar Xavantes do Cundunga. O Joâzinho Coveiro lá no Campo da Municipal, bem mais umildezinha, num rancho de pau-a-pique coberto de Santa Fé. Meu barbeiro durante muito tempo. Uma ou duas no Teodózio e Cerro do Estado. Além lógico, da do Diquinho. Enquanto corrijo este texto, para surpresa minha recebo um recado no Orkut, de Luci Avila, filha do Joãzinho, Alguém que quando eu sai do Capão do Leão teria uns dez anos de Idade. órfã de pai ainda na infância. Fato ocorrido nos dias em que eu deixava a villa.
Certa feita, quando acompanhava um amigo em uma barbearia, em Bagé. onde de repente aparece uma duvida sobre o número de cornos daquela quadra. O barbeiro começou a dizer que eram cinco e o meu companheiro teimava em serem seis. Cinco ou seis como nenhum declinava nomes o assunto ficou assim, até a nossa saída, quando o meu amigo me disse:
“Só ele não sabe e, nem pode saber, que são seis pois o sexto é ele.
O Diquinho era um gozador nato, baixinho magrinho, não sei se tinha algum filho fora de casa. Mas em casa só perdia em numero para os Godinho do Teodozio ou os Motas do Cerro do estado. Para alguns filhos ensinou a musica, para o Miséria a profissão. A barbearia nos tempos em que recordo era na Associação dos Trabalhadores do Capão do Leão. Numa das partes arredondadas da frente, onde nos idos da década de cinqüenta funcionara O Varejo da Cooperativa dos Trabalhadores das Pedreiras do Capão do Leão Nas barbearias anda, vira e mexe e os assuntos sempre acabam na descoberta de mais um corno ou na revelação de mais um enrustido. Foi de lá que se espalhou a noticia de quando uma esposa encontrou o marido faturando um cara, para pagar um caminhão financiado pelo faturado. Também foi lá onde ouvi o mais completo conceito de corno. Dito por, logicamente, alguém com muita propriedade e conhecimento do assunto. Diquinho nunca contava nada mas, instigava os clientes a contarem o que sabiam. Na grande maioria das vezes assuntos bem do seu conhecimento e, já bem comentados por outros clientes. Adorava fazer-se de fresco, até por que todo o mundo sabia não ser, muito pelo contrario, contanto as dificuldades enfrentadas para desfrutar desse prazer. Dizendo sempre:
“Eu necessito ter muito cuidado na escolha dos meus parceiros pois tenho minhas limitações.”
Tinha um chifre pendurado no espelho de parede e, quando lhe perguntavam de quem era ele respondia:
“Meu! e daí? Tem gente que usa na cabeça eu uso no espelho”
A partir do momento que o Miséria passou a trabalhar com o Diquinho aumentou a freqüência da gurizada, ali na barbearia, a noitinha. Alguém de alguma turma ia cortar o cabelo e em seguida aparecia o resto da patota, permanecendo ali, ou do outro lado da porta principal, na outra parte arredondada, no estúdio da “Voz do Pau”. O sistema de auto-falantes, onde eram transmitidos os recadinhos dos jovens, os pedidos de musica, algum comercial e avisos de importância local. O locutor era Nelson, filho mais velho do Diquinho, que durante o dia exercia a profissão de sapateiro e, nos fins de semana tocava, guitarra, em bailes junto com o pai.. O grupo saia dali e se não houvesse nenhuma outra opção seguia para a Padaria do Português ou, dependendo de como andavam os bolsos, para o bar e Restaurante Águia. Mas sempre o ponto de partida era a barbearia. Um local onde as idades se nivelavam. Os velhos e os guris falavam da vida alheia ouviam, contavam piadas, trocavam informações e fofocas.
Uma noite nós estávamos lá vendo os preparativos do inicio do Baile, a Associação tinha um dos três salões de baile do Capão do Leão, quando senta na cadeira o velho Cornellius (nome fictício), gabola de marca maior. Mal sentou e já iniciou comendo meio Capão do Leão e chifrando a outra metade enquanto nós, guris e velhos, já mal contínhamos o riso, pois se o Diabo viesse para apanhar alguém que tivesse comido a mulher do Cornelius, ali, talvez encapasse só ele. Não soube quando morreu, mas se eu estivesse por lá violaria seu túmulo para fazer com uma das suas guampas um borrachão de cachaça. Quiçá, com capacidade para um garrafão inteiro do, precioso liquido. Um certo camarada pegou uma camaçada de chato e, de passada pela barbearia avisou estar prestes a criar uma epidemia de chatos no Capão do Leão pois, estava indo contaminar a mulher do Cornélius. Minha Nossa Senhora dos Pecados Inconfessáveis! foi quase caso de calamidade pública. Era só os guris mais velhos ensinando aos mais moços como se tratar daquilo. Circulou por lá alguns boatos dando noticias de algumas mulheres casadas contaminadas pelos maridos .Mas o papo dele acaba recaindo sobre um outro colega dele de desdita. E assim ele seguiu falando:
“...pois a Maricota me disse que ia largar do Amassino a fim de ficar só para mim”.
Ao que lhe respondi:
“Não faz isso. Tu és uma excelente trepada para uma vez que outra. Eu não posso deixar a minha mulher e ficar contigo. Se não respeitas o Amansino vai ser a mim que vais respeitar? Nunca!. O teu marido é um grande homem um baita corno manso”.
E completou:
“Vocês sabem que não é só querer ser corno. Corno já nasce corno. Ele só vai casar quando encontrar alguém capaz de transforma-lo num verdadeiro boi franqueiro. Ou um guerreiro daqueles dos filmes com aqueles capacetes cheios de guampa. Corno tem de ter postura e dignidade de corno. Uma grande qualidade nele”.
O Diquinho enquanto vai apimentando o assunto, com algumas perguntas picantes, gira a cadeira de maneira a deixa-lo de costas para o espelho, posiciona a mão esquerda como se tivesse segurando um chifre e com a tesoura, na mão direita, finge estar cortando o contorno do aparelho. A barbearia esvaziou. Nós voamos todos para fora, ninguém agüentava mais prender o riso.
Texto extraído do Link: http://www.dominiocultural.com/ver_coluna.php?id=8598&PHPSESSID=a50de9434c4ed4d0d103d1afe284930f
Não sei nem nunca perguntei por que Diquinho? Talvez por ser pequenino, não media mais que um metro e sessenta. Se chegava a isso. Cortava cabelo, tocava violão e outros instrumentos mais. Seu nome Flodualdo Braga.
É muito bom freqüentar uma barbearia. Nunca cortei a barba em barbeiro. Sempre tive dificuldade em cortar o cabelo. Passei quarenta e três anos usando o cabelo comprido. De vez em quando, para não deixa-lo longo demais, permitia minha esposa o apara-lo. Os últimos seis anos, antes de radicalizar, passei só aparando reto as suas pontas na altura do pescoço. Aí, um dia numa manhã quente de verão lá na Santaninha do Carrapato, mandei passar a maquina zero. Isso me levou de volta ao cabeleireiro, por pouco tempo, pois logo descobri como raspa-lo à prestobarba. Mas, cliente ou não, ainda gosto de freqüentar uma barbearia principalmente nas cidades estranhas. Meu parente longe nos laços e no espaço, Innocncio Jesus Viégas, em “Um sábado na barbearia!” no seu Livro Contos, Cantos e Encantos, faz uma certa apologia a pratica de freqüentar a barbearia. Ela é a mais forte fonte de recepção de informações das cidades. Talvez quase quanto o confessionário. Diferenciando logicamente pelo sigilo de que se cerca este segundo.
Na época se bem me lembro as barbearias do Capão do Leão eram, A do velho Fernando também na associação, A do João Madeira, a mais eletiva, freqüentada pelos homens sérios da Vila, Rui Vitória, Enedino Silva, Milton e Manoel Selmo, João viégas e outros figurões. A do Afoncinho ao lado Bar Xavantes do Cundunga. O Joâzinho Coveiro lá no Campo da Municipal, bem mais umildezinha, num rancho de pau-a-pique coberto de Santa Fé. Meu barbeiro durante muito tempo. Uma ou duas no Teodózio e Cerro do Estado. Além lógico, da do Diquinho. Enquanto corrijo este texto, para surpresa minha recebo um recado no Orkut, de Luci Avila, filha do Joãzinho, Alguém que quando eu sai do Capão do Leão teria uns dez anos de Idade. órfã de pai ainda na infância. Fato ocorrido nos dias em que eu deixava a villa.
Certa feita, quando acompanhava um amigo em uma barbearia, em Bagé. onde de repente aparece uma duvida sobre o número de cornos daquela quadra. O barbeiro começou a dizer que eram cinco e o meu companheiro teimava em serem seis. Cinco ou seis como nenhum declinava nomes o assunto ficou assim, até a nossa saída, quando o meu amigo me disse:
“Só ele não sabe e, nem pode saber, que são seis pois o sexto é ele.
O Diquinho era um gozador nato, baixinho magrinho, não sei se tinha algum filho fora de casa. Mas em casa só perdia em numero para os Godinho do Teodozio ou os Motas do Cerro do estado. Para alguns filhos ensinou a musica, para o Miséria a profissão. A barbearia nos tempos em que recordo era na Associação dos Trabalhadores do Capão do Leão. Numa das partes arredondadas da frente, onde nos idos da década de cinqüenta funcionara O Varejo da Cooperativa dos Trabalhadores das Pedreiras do Capão do Leão Nas barbearias anda, vira e mexe e os assuntos sempre acabam na descoberta de mais um corno ou na revelação de mais um enrustido. Foi de lá que se espalhou a noticia de quando uma esposa encontrou o marido faturando um cara, para pagar um caminhão financiado pelo faturado. Também foi lá onde ouvi o mais completo conceito de corno. Dito por, logicamente, alguém com muita propriedade e conhecimento do assunto. Diquinho nunca contava nada mas, instigava os clientes a contarem o que sabiam. Na grande maioria das vezes assuntos bem do seu conhecimento e, já bem comentados por outros clientes. Adorava fazer-se de fresco, até por que todo o mundo sabia não ser, muito pelo contrario, contanto as dificuldades enfrentadas para desfrutar desse prazer. Dizendo sempre:
“Eu necessito ter muito cuidado na escolha dos meus parceiros pois tenho minhas limitações.”
Tinha um chifre pendurado no espelho de parede e, quando lhe perguntavam de quem era ele respondia:
“Meu! e daí? Tem gente que usa na cabeça eu uso no espelho”
A partir do momento que o Miséria passou a trabalhar com o Diquinho aumentou a freqüência da gurizada, ali na barbearia, a noitinha. Alguém de alguma turma ia cortar o cabelo e em seguida aparecia o resto da patota, permanecendo ali, ou do outro lado da porta principal, na outra parte arredondada, no estúdio da “Voz do Pau”. O sistema de auto-falantes, onde eram transmitidos os recadinhos dos jovens, os pedidos de musica, algum comercial e avisos de importância local. O locutor era Nelson, filho mais velho do Diquinho, que durante o dia exercia a profissão de sapateiro e, nos fins de semana tocava, guitarra, em bailes junto com o pai.. O grupo saia dali e se não houvesse nenhuma outra opção seguia para a Padaria do Português ou, dependendo de como andavam os bolsos, para o bar e Restaurante Águia. Mas sempre o ponto de partida era a barbearia. Um local onde as idades se nivelavam. Os velhos e os guris falavam da vida alheia ouviam, contavam piadas, trocavam informações e fofocas.
Uma noite nós estávamos lá vendo os preparativos do inicio do Baile, a Associação tinha um dos três salões de baile do Capão do Leão, quando senta na cadeira o velho Cornellius (nome fictício), gabola de marca maior. Mal sentou e já iniciou comendo meio Capão do Leão e chifrando a outra metade enquanto nós, guris e velhos, já mal contínhamos o riso, pois se o Diabo viesse para apanhar alguém que tivesse comido a mulher do Cornelius, ali, talvez encapasse só ele. Não soube quando morreu, mas se eu estivesse por lá violaria seu túmulo para fazer com uma das suas guampas um borrachão de cachaça. Quiçá, com capacidade para um garrafão inteiro do, precioso liquido. Um certo camarada pegou uma camaçada de chato e, de passada pela barbearia avisou estar prestes a criar uma epidemia de chatos no Capão do Leão pois, estava indo contaminar a mulher do Cornélius. Minha Nossa Senhora dos Pecados Inconfessáveis! foi quase caso de calamidade pública. Era só os guris mais velhos ensinando aos mais moços como se tratar daquilo. Circulou por lá alguns boatos dando noticias de algumas mulheres casadas contaminadas pelos maridos .Mas o papo dele acaba recaindo sobre um outro colega dele de desdita. E assim ele seguiu falando:
“...pois a Maricota me disse que ia largar do Amassino a fim de ficar só para mim”.
Ao que lhe respondi:
“Não faz isso. Tu és uma excelente trepada para uma vez que outra. Eu não posso deixar a minha mulher e ficar contigo. Se não respeitas o Amansino vai ser a mim que vais respeitar? Nunca!. O teu marido é um grande homem um baita corno manso”.
E completou:
“Vocês sabem que não é só querer ser corno. Corno já nasce corno. Ele só vai casar quando encontrar alguém capaz de transforma-lo num verdadeiro boi franqueiro. Ou um guerreiro daqueles dos filmes com aqueles capacetes cheios de guampa. Corno tem de ter postura e dignidade de corno. Uma grande qualidade nele”.
O Diquinho enquanto vai apimentando o assunto, com algumas perguntas picantes, gira a cadeira de maneira a deixa-lo de costas para o espelho, posiciona a mão esquerda como se tivesse segurando um chifre e com a tesoura, na mão direita, finge estar cortando o contorno do aparelho. A barbearia esvaziou. Nós voamos todos para fora, ninguém agüentava mais prender o riso.
Texto extraído do Link: http://www.dominiocultural.com/ver_coluna.php?id=8598&PHPSESSID=a50de9434c4ed4d0d103d1afe284930f
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Passeio Cultural Leonense
A Turma do Curso "Agentes Locais de Turismo", projeto desenvolvido na Casa da Cultura Jorn. Hipólito José da Costa, entre os meses de Agosto a Outubro de 2008, sob coordenação do turismólogo Márcio Moro, construiu CINCO PROPOSTAS DE ROTEIROS TURÍSTICOS NO CAPÃO DO LEÃO. Os roteiros ainda precisam ser melhor estruturados, mas já houve a experimentação do Roteiro 1. Todos os roteiros fazem parte da proposta maior que é o "Passeio Cultural Leonense", uma boa chance de conhecer-se e preservar-se a história e o patrimônio locais.
Roteiro 1: Casa da Cultura – Praça João Gomes – Hotel Águia – Casas da Avenida Narciso Silva – Igreja Santa Tecla
Passeio a pé – tempo aprox.: 45 a 50 min. - guia – alimentação no final do percurso
Roteiro 2: Casa da Cultura – Praça João Gomes – Centro Espírita Agostinho – antigo Armazém Moreira – Rua Professor Agostinho (Cine Guarani, Fábrica de Café Índio, Vila Operária, Antiga Sub-prefeitura).
Passeio a pé – tempo aprox.: 60 a 70 min. - guia – alimentação no final do percurso
Roteiro 3: Casa da Cultura – Estância Santa Tecla – Complexo do Cerro do Estado (Fluminense F.C., Capela Santa Luzia, Praça, Galpões do Deprc)
Translado motorizado – tempo aprox.: 100 a 120 min. - guia – água mineral – alimentação no final do percurso
Roteiro 4: Casa da Cultura – Estância Santa Tecla – Hidráulica Pelotense
Translado motorizado – tempo aprox.: 110 a 130 min. - guia – água mineral – alimentação no final do percurso
Roteiro 5: Casa da Cultura – Centro Agropecuário da Palma – Estância da Gruta
Translado motorizado – tempo aprox.: 120 a 150 min. - guia – serviço de bordo – alimentação no final do percurso
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