Atualmente as redes sociais se tornaram uma ferramenta de expressão livre das pessoas, onde elas expõem parte de suas vidas, registram acontecimentos, falam de seus sentimentos, entre outras coisas. E também manifestam seus pensamentos críticos e seus apelos por causas por que acreditam. De forma alguma isso é errado. O que pensamos sobre algo, podemos expressar livremente, desde que haja respeito e discernimento. Sabemos que para alguns falta respeito na colocação das palavras, mas mais lamentável ainda é quando alguns conjugam a falta de respeito com a falta de discernimento, de informação, de saber o que estão afirmando. Isto é ignorância!
Ninguém sabe de tudo. Quando algo nos incomoda ou nos opomos a algum acontecimento ou ideia, podemos expressar nosso desconforto ou nossa desaprovação, ou ainda nosso questionamento. Porém, na posição de indagadores que querem entender determinada situação. Alguns ultrapassam esse limite razoável e imediatamente já se colocam como juízes de algo, proferindo suas sentenças sem nem saber se o alvo é realmente aquele e todas as circunstâncias de um fato. Esse é o problema!
Em Capão do Leão, tanto entre os que postam suas opiniões, quanto aqueles que as comentam nas redes sociais, a falta de discernimento é generalizada. O escritor italiano Umberto Eco afirmava que "as redes sociais deram voz aos imbecis". E não há como não concordar com esta sentença. Tem coisa que salta aos olhos de tão absurda. Mas daí pode se pensar assim: bem, quem sabe melhor tem que esclarecer então! Só que infelizmente não é assim. Quem não gosta de ser contrariado nos seus absurdos, tende a atacar usando subterfúgios comuns como "cupincha do governo tal", "alienado", "acomodado", "coxinha", "petralha", entre outros adjetivos.
Penso que, devido aos exemplos que abundam semanalmente nos principais espaços de comunicação nas redes sociais, uma prudente observância crítica daquilo que é postado e comentado é mais do que necessária para pessoas que querem ser mais esclarecidas, sem deixar de ser questionadoras. Como muitos vão na onda do "falar mal por falar mal", muita coisa distorcida está virando verdade. Não é um apelo à passividade. Para que não se perca o propósito de construir as coisas para o melhor, cumpre ser crítico diante da própria crítica.