quinta-feira, 16 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 09


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

161. Verástegui

O primitivo solar da linhagem foi estabelecido no vale de Laranque, na província de Guipúzcoa, de onde seus descendentes se espalharam por toda a Espanha. A linhagem tem parentesco com as linhagens de Noboa, Fajardo e Fonseca, dentre outras.

162. Velazquez

Blasco, Blascone, Belasco, Velasco, Belascuto, Belascón, Velascón, e os patronímicos Blazquez, Belazquez, Velazquez, são derivados todos do primitivo nome Blas.

Aparentemente, Vazquez e Velazquez são patronímicos com a mesma origem, porém constituíram linhagens e sobrenomes distintos com o tempo. As linhagens com o nome Velazquez são muito antigas, remontando ao início do segundo milênio. Por esta razão, são inúmeras em toda a Península Ibérica. Tanto que, ao longo da história da Espanha, as diversas casas fidalgais com esta alcunha acabaram por se distinguir por sua procedência, dentre as quais: Velazquez del Puerco, Velazquez de Figueroa, Velazquez de Cuéllar, Velazquez de Bazan, Velazquez de San Roman, Velaszquez de Velasco, dentre outras.

163. Varela

A linhagem tem origem em Payo Varela, fidalgo que estabeleceu seu solar próximo a Santiago de Compostella, na Galícia. Payo Varela foi rico-homem da corte do rei Fernando III de Castela (reinou de 1217 a 1252). Seu filho, Fernan Paez Varela recebera a alcunha de Capelo, por sua vez, dando origem a esta outra linhagem.

164. Feijóo ou Feijó

A linhagem tem origem num capitão cristão do fim do século X, que viveu no Reino de Leão, e que tinha por alcunha Giraldo Feijóo. Consta que o mesmo alcançou o título de conde.

165. Gamboa

A linhagem tem origem em Urribarri, na província de Álava, no País Basco. Foi fundadao por Sancho Perez Gamboa, filho de Pedro Vélez de Guevara e María Salcedo, no século XII. A linhagem tem parentesco com as famílias de Ayala, Haro, Leiva e Arteaga.

166. Solís

Linhagem de origem asturiana, que tem em Gutierre Rodriguez, senhor da aldeia de Solís, no século XII, como o seu iniciador fidalgal. A mesma família estará presente em séculos posteriores com os títulos do ducado de Badajoz, condado de Coria, condado de Montellano e marquesado de Rianzuela.

167. Reinoso

A linhagem tem início no alferes-mór do rei Afonso IX de Leão (reinado de 1188 a 1230), Sancho Gonzales de Reinoso, que participou de campanhas militares na Andaluzia e no Marrocos.

168. Revilla ou Rivilla

A linhagem tem origem na localidade de Revilla, na antiga merindade de Aguilar de Campoo, na província de Palência. Gonzalo Diaz de Rivilla está listado entre os duzentos cavaleiros que receberam o butim do repartimento de Sevilha, após esta ser conquistada por Afonso X de Castela (reinado de 1252 a 1284).

169. Quevedo

A linhagem tem origem na vila de Pie de Concha, na Cantábria. É um tronco familiar muito profícuo, com diversas ramais tanto na Espanha quanto em Portugal. Um dos primeiros fidalgos deste sobrenome foi Francisco de Quevedo, membro da Ordem de Santiago e senhor da Torre de Juan Abad.

170. Pacheco

Há muita discussão a respeito da origem deste sobrenome e sua própria linhagem. Alguns autores aludem mesmo que a ascendência da família remontaria à época romana, conforme os Comentários do cônsul Aulo Hírcio (90-43 a.C.), que cita um patrício de nome Lucius Junius Paciecus. Todavia, não é possível vincular essa família patrícia romana do século I a.C. como ancestral da mesma alcunha que vai aparecer em documentos ibéricos da Baixa Idade Média.

Segundo os autores Gudiel e Gândara, o primeiro portador deste sobrenome e inaugurador da linhagem foi Fernan Rodriguez, senhor da vila de Ferreira e alcaide de Celorico, que viveu na época do rei Sancho I de Portugal, que recebeu o apelido de "Pacheco" pelo próprio soberano. "Pacheco" seria uma palavra arcaica usada para indicar alguém atarracado e gordo. 

Contudo, as divergências prosseguem e não há consenso final, sendo a explicação acima uma das mais aceitas pela Genealogia Histórica.

171. Patiño

A linhagem tem origem na Galícia, com uma ramal bem importante na Andaluzia, principalmente após as campanhas de Reconquista Ibérica do século XIII.

172. Ulloa

A linhagem tem origem em Lope Ruiz, filho de Rodrigo Fernandez (conde de Traba), e Gontroda Perez de Trastâmara. Lope Ruiz foi senhor de Villamayor de Ulloa, às margens do rio Ulla, na Galícia, e foi rico-homem das cortes de Afonso VII (rei de 1126 a 1157) e Fernando II (rei de 1157 a 1188), ambos soberanos do Reino de Leão.

173. Obregón

A origem desta linhagem e também onde foi erigido seu primitivo solar foi a planície de Cayon, na Galícia. Desta linhagem descende Bernardo de Obregón fundador da ordem militar hospitalária dos Irmãos de Obregón.

174. Narvaez

A linhagem tem origem em San Juan Pie-de-Puerto, na vertente setentrional dos Pirineus, em Navarra. A mais importante ramal da linhagem constituir-se-á na Andaluzia.

175. Hoyos

A linhagem tem origem na localidade de Hoyos, na região de Valência, com diversos solares na Península Ibérica, destacando-se o de vale de Penagos e o de Trasmiera.

176. Galindo

A linhagem tem origem no século VIII, sendo o nome masculino Galindo já usado naquela época como patronímico, bem como sua variante direta Galíndez. O local de procedência é Aragão e os principais solares são os das vilas de Tresjuncos e Ecija.

177. Contreras

A linhagem tem origem em Fernan Sasa de Contreras, sobrinho de Fernan Gonzalez, conde de Castela de 931 a 944. Fernan Sasa tomou o nome do povoado de Cuevas Contrarias, do qual foi senhor, local que depois se aliterou historicamente em Contreras e existe até hoje com esta denominação na província de Burgos, na região de Castela e Leão.

Fernan Sasa destacou-se na conquista do castelo de Zarazo.

178. Chacon

A linhagem provém de uma aliteração de Tascon ou Tacaon, pequena aldeia medieval na serra de Sisa, na merindade de San Juan de Pie-de-Puerto, em Navarra.

179. Chaves

No ano de 1160, os irmãos Garcí e Ruy Lopez, guerreiros lusitanos, conduziram uma expedição que conquistou ao Reino de Portugal a vila de Chaves. Por isso, receberam a citada localidade com o fim de povoá-la e tornando-se seus primeiros senhores. Consequentemente, houve a incorporação do topônimo como sobrenome.

180. Biedma

A linhagem tem origem em Rodrigo Iñiguez, senhor da localidade de Biedma, no Reino de Toledo (já incorporado à Coroa de Castela, isto é, após o ano de 1085). Rodrigo Iñiguez era descendente da casa real de Navarra e casou-se com Aldonza Ponce de León e tiveram os seguintes filhos: Rodrigo Iñiguez de Biedma, sucessor dos feudos de seu pai; Juan Iñiguez de Biedma, que ingressou na Ordem de Alcântara; e Fernan Ruiz de Biedma, rico-homem e meirinho-mór na Galícia. Cada um deles deu origem a ramais distintas.

De Rodrigo procedem as famílias dos marqueses de Las Navas, dos condes de Riso, dos condes de Concentaina e dos condes de San Estéban del Puerto.

De Fernan procedem as condes de Monterrey.


Sobrenome Moacir


"MOACIR - Sobrenome brasileiro, de origem tupi. Significa dolorido, magoado, ou ainda 'aquele que nasceu em parto doloroso."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 17 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Gamarra


"GAMARRA - Sobrenome espanhol de origem basca. É a focinheira que se ata ao focinho da cavalgadura para não levantar a cabeça."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 09 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Azurara


"AZURARA - O antigo solar desta família foi construído perto de San Juan de Pic de Puerto, na região de Navarra. Tempos depois, deste primitivo núcleo saiu Eanes de Azurara ou Zurara, que se estabeleceu em Portugal como encarregado de guardar os aquivos da Torre do Tombo, em Portugal."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 22 de Julho de 1990, pág. 03

Major Antonio Mendes Ferreira


"Registro mortuario

Hoje, ás 5 horas da manhã, falleceu o major Antonio Mendes Ferreira, maior de 70 annos, e outr'ora fazendeiro no município de Uruguayana.

Da casa mortuaria á rua Riachuelo n. 181 sairá amanhã o cadaver, cuja encommendação far-se-á na Cathedral, ás 8 horas."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 11 de Abril de 1892, pág. 01, col. 06
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