terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Coronel Justo Dias de Siqueira

 


Na solicitação de um amigo, que mora justamente na Rua Coronel Justo Dias de Siqueira, em Capão do Leão, o qual não tínhamos nenhuma informação sobre este personagem histórico, resolvi buscar algum conhecimento sobre o mesmo, afim de dirimir essa dúvida. Segue o que encontramos:

Justo Dias de Siqueira era residente no Passo das Pedras, membro da Guarda Nacional da  Freguesia da Capela da Buena e pela ocasião da Proclamação da República em 1889 encontrava-se como funcionário da Estação Ferroviária do Passo das Pedras. Ainda era capitão. Neste mesmo ano, foi presidente do comissão executiva republicana da Freguesia da Buena.

Logo em seguida foi promovido a major e recebeu o comando do 25o. Corpo Provisório de Cavalaria da Buena, tendo atuado na região como chefe das forças legalistas (republicanas castilhistas).

Foi o 1o. sub-intendente do distrito de Capão do Leão, criado pelo intendente de Pelotas, Henrique Chaves, em 1893. Nesta ocasião, foi alçado ao posto de tenente-coronel.

Com o final da Revolução Federalista, foi promovido a coronel honorário com comenda de distinção, tendo se ocupado mais tarde com a supervisão do alistamento militar nas regiões do Capão do Leão, Capela da Buena e Santo Amor. Possuía um sítio em Capão do Leão, onde se aposentou.

Não dispomos dados de seu passamento.

A malta de bandidos de Lages

 



No Passo das Caneiras

Uma malta de bandidos que percorre as immediações da cidade de Lages, no Rio Grande do Sul, assassinou em dias do mez passado o Sr. Ernesto Canozzi, empregado viajante da firma commercial Santos & Almeida, de Porto Alegre. O Sr. Ernesto que ha seguramente cinco mezes se achava ausente d'aquella capital fôra a Lages em objecto de serviço da casa. Depois de fechar certos negocios e receber de seus freguezes determinadas quantias, teve aviso de que a policia perseguia um numeroso grupo de malfeitores que enfestava o municipio de Lages. Receoso de um ataque evitou a viagem, resolvendo somente a fazel-a em abril, tendo passado o seguinte telegramma aos seus patrões: Sigo direcção Caxias. Acompanhado de um leão sahiu de Lages e ao chegar no Passo das Caneiras foi aggredido, assassinado, saqueado e atirado o seu corpo e o do seu peão, cujo nome é ignorado, a um banhado. Dias depois foram os corpos encontrados pelo Sr. Carlos Hildebrando que caritativo ordenou enterramento. A policia procura capturar os criminosos.

Fonte: GAZETA DE NOTICIAS (Rio de Janeiro/RJ), 21 de Maio de 1902, pág. 02, col. 03

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