Vale recordar que a região dos atuais países do Líbano e Síria, no Oriente Médio, fazia parte do secular Império Turco-Otomano até o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918. Por isso, imigrantes sírios e libaneses que chegaram a Pelotas durante o século XIX eram classificados genericamente como “turcos”, embora tivessem cultura, etnia, língua e muitas vezes religião bem diferentes dos “turcos” da região historicamente definida como Turquia.
Com o enriquecimento de algumas
famílias, seus descendentes diversificaram as áreas de atuação, tendo surgido
até arrozeiras e hotéis administrados por eles. Outro aspecto importante da
comunidade migrante é o fato de serem majoritariamente cristãos do rito
maronita e não muçulmanos.
Em 1957, a comunidade sírio-libanesa
de Pelotas voltou a se reunir em torno de suas tradições culturais e ocorreu a
fundação da Sociedade Libanesa de Pelotas, situada à Rua Professor Dr. Araújo.
Fontes:
FRANCISCO, Julio
César Bittencourt. Do Oriente Médio ao Sul do Brasil: a imigração de sírios e
libaneses no Rio Grande do Sul (1890-1949). In: Revista do Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS, n. 152, jul.
2017, pág. 69-97.
FRANCISCO, Julio
César Bittencourt. Turco de cuia e bombacha: sírios e libaneses no Rio Grande
do Sul. In: VII Encontro Regional Sul de História Oral, Joinville/SC,
Univille, jun. 2015.
GILL, Lorena
Almeida; LONER, Beatriz Ana; MAGALHÃES, Mario Osorio (orgs.). Dicionário de
História de Pelotas. Pelotas/RS: Ed.UFPel, 2010.
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