Segundo lémos, a Correspondencia de Roma publicou a seguinte estatistica dos quatro ultimos annos da emigração italiana:
Emigração permanente, 1888 - 195,993, emigração temporaria, 94,374, total 290,736;
1889 - permanente, 113,093, temporaria, 105,319, total 218,412;
1890 - permanente, 103,343, temporaria, 112,511, total 215,854;
1891 - permanente, 175,520, temporaria, 118,811, total 293,631.
Dá-se larga recrudescencia para o anno de 1891.
Vê-se que a emigração dividiu-se do seguinte modo:
Anno de 1888 - Republica Argentina 75,029, Estados-Unidos 47,856, Brasil 104,353.
Anno de 1889 - Argentina 80,647, Estados-Unidos 30,238, Brasil 36,124.
Anno de 1890 - Argentina 39,425, Estados-Unidos 62,969, Brasil 19,675.
Anno de 1891 - Argentina 15,514, Estados-Unidos 79,297 e Brasil 46,561.
A mesma Correspondencia diz o seguinte:
'O Brasil fechára seus portos em 1889 e 1890 e o ministerio italiano prohibiu o arrolamento de emigrantes para este paiz, por causa do estado revolucionario, das condições sanitarias e da sorte precaria dos colonos italianos. Mas desde que se tornaram normaes as condições, a corrente emigratoria tomou toda a força e o Brasil tornou-se o seu principal fóco.
Só ha poucos annos é que se estabeleceu corrente emigratoria para os Estados-Unidos, e essa corrente augmenta rapidamente. Os italianos levam á America do Norte maus fermentos de agitação operaria e si o numero de emigrantes augmentar muito, póde acontecer que se chegue a tratar os italianos, como foram tratados os chins."
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 23 de Setembro de 1892, pág. 01, col. 02
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