"Brasileiro, 1910-1989, filólogo
Aurélio, no Brasil, virou sinônimo de dicionário, como Webster nos EUA, ou Caldas Aulete em Portugal. O contista, poeta e tradutor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira passou a dedicar-se aos dicionários, a 'caçar palavras, como um caçador de borboletas', como dizia, a partir de 1952, quando assumiu a coordenação da revisão do Pequeno dicionário brasileiro da língua portuguesa, que fora editado pela Civilização Brasileira em 1941. Aurélio era encarregado dos brasileirismos, a língua viva. Em 1966, começou a elaborar um grande dicionário para a editora Delta, que não foi adiante, e o projeto foi comprado pela editora Nova Fronteira em 1970, que o ampliou e nele aplicou US$ 1,5 milhão. O dicionário tornou-se o maior best-seller da editora, o mais popular dos dicionários de português, teve uma segunda edição acrescida de 30 mil vocábulos, 25 impressões, edições escolares e de bolso, uma versão para microcomputador e foi exportado para Portugal e países africanos de língua portuguesa. Aurélio nasceu em Passo do Camarajibe, Alagoas, e tem parentesco com os Buarque de Holanda de São Paulo. Em 1961 entrou para a Academia Brasileira de Letras".
Fonte: ISTO É/THE TIMES. 1000 que fizeram o século 20. São Paulo: Editora Três, 1999, p. 41
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