Por Fernando Osório
"Irradiando os tesouros de uma natureza moral privilegiada, os oitenta e três anos com que faleceu, a 13 de novembro de 1921, D. Maria Antonia da Cunha Mendonça fecharam para Pelotas o ciclo de amantíssima, de tradicional e querida existência. É belo viver assim! E, bela morte piedosa, dos que deixaram
'...a vida!
Pelo mundo, em pedaços repartida!'
A egrégia senhora, no adeus derradeiro da família estremecida, teve o seu féretro amado coberto de flores, orvalhadas pelas lágrimas de todo o meio social. Colhidos, especialmente, pela nova dolorosa, os pobrezinhos, a quem sempre D. Maria Antonia dedicava as abundâncias da sua ternura e a piedade excelsa da sua fé, sentiram, numa tristeza infinita, a turvação da perda formidável. E, numa onda de amor, a Ordem de Nossa Senhora do Carmo, de que era D. Maria Antonia priora jubilada, conduziu-lhe o corpo inanimado até a Igreja do S.C. de Jesus, onde, com expressiva aproximação popular, decerto tão cara à memória da extinta, teve a encomendação religiosa, seguindo, após em longo cortejo, para o regaço da saudade, branca de cinzas e de lajes... D. Maria Antonia Mendonça, tronco de respeitável família, era filha do Comendador Alexandre Vieira da Cunha e D. Maria Josepha Leopoldina da Silva e viúva do saudoso pelotense Francisco de Paula Jacintho de Mendonça."
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