“Seguramente, temos conhecimento que a melancia, se não é a fruta mais consumida do mundo, está entre aquelas que melhor se adaptaram ao paladar de inúmeros povos e culturas ao redor do planeta.”
(The Dictionary of American Food & Drink)
A melancia – fruto da melancieira (Citrillus vulgaris, Schrad) – é um dos frutos mais populares do mundo, sendo consumida e cultivada em várias regiões do planeta. Não se sabe desde quando a melancia faz parte da dieta humana, porém remonta a tempos pré-históricos. Agrônomos ingleses identificaram sua possível origem na região do Deserto do Kalahari, na África. A melancia tal como se conhece seria resultado da domesticação de uma espécie de fruta selvagem comum naquele local: a Tsamma (Citrillus lanatus var citroides). Os primeiros registros históricos do cultivo da melancia datam de 3.000 a.C. no Egito Antigo, onde era considerada preciosa entre o povo, sobretudo por sua capacidade de armazenar água, qualidade mais do que óbvia numa região desértica. Na mitologia egípcia, a melancia era apreciada como uma dádiva, tanto que se supunha que fosse resultado da aspersão do sêmen do deus Set sobre a terra. Em tumbas de faraós, arqueólogos encontraram sementes de melancia e descobriu-se que isso era feito conforme a crença que a fruta serviria para alimentar o defunto no além-túmulo. Ainda na Antigüidade, a melancia transpôs a África e chegou à Ásia, percorrendo todo o continente, da Palestina ao Japão. Em qualquer lugar que fosse introduzida, logo adquiria grande aceitação por parte das populações nativas. Ao chegar à China, por volta do século X de nossa era, seu cultivo expandiu-se tão rapidamente, que este país foi considerado a pátria da origem da fruta, dado a grande quantidade de produção de melancia. Mesmo sendo esta uma hipótese totalmente incorreta, atualmente este país é o maior produtor mundial de melancia. Por volta do século XIII, os árabes introduziram a fruta na Europa, onde foi primeiramente conhecida como “melão-d’água”.
No século XVI, a melancia chegou às Américas, fato que inúmeros historiadores apontam como causa sementes que foram levadas por escravos africanos em navios. No Brasil, as primeiras plantações de melancia datam do século XVI. Cultivada inicialmente na Bahia, foi trazida para as capitanias do sul da colônia (São Paulo e Rio de Janeiro) no século XVIII durante o ciclo da mineração. O caráter de alimento popular nunca se perdeu e era comum observar nas feiras de interior grandes amontoados de melancia vendidos a preços módicos. Muito embora, somente no início do século XX, devido ao trabalho pioneiro dos imigrantes japoneses em São Paulo, esta cultura agrícola adquiriu uma produção essencialmente comercial, ultrapassando os limites da mera subsistência ou de um pequeno mercado local.
No Rio Grande do Sul, a melancia é conhecida e consumida desde os primeiros tempos da colonização, estando muito bem documentado tal fato no conto de João Simões Lopes Neto: “Melancia e Coco Verde”. Entretanto, somente nas últimas décadas é que a melancia granjeou importância considerável economicamente no estado, tanto que, atualmente, o Rio Grande do Sul lidera no País a produção agrícola da fruta. São as principais regiões de cultivo: Centro-Sul, Vale do Rio Pardo e Zona Sul.
(The Dictionary of American Food & Drink)
A melancia – fruto da melancieira (Citrillus vulgaris, Schrad) – é um dos frutos mais populares do mundo, sendo consumida e cultivada em várias regiões do planeta. Não se sabe desde quando a melancia faz parte da dieta humana, porém remonta a tempos pré-históricos. Agrônomos ingleses identificaram sua possível origem na região do Deserto do Kalahari, na África. A melancia tal como se conhece seria resultado da domesticação de uma espécie de fruta selvagem comum naquele local: a Tsamma (Citrillus lanatus var citroides). Os primeiros registros históricos do cultivo da melancia datam de 3.000 a.C. no Egito Antigo, onde era considerada preciosa entre o povo, sobretudo por sua capacidade de armazenar água, qualidade mais do que óbvia numa região desértica. Na mitologia egípcia, a melancia era apreciada como uma dádiva, tanto que se supunha que fosse resultado da aspersão do sêmen do deus Set sobre a terra. Em tumbas de faraós, arqueólogos encontraram sementes de melancia e descobriu-se que isso era feito conforme a crença que a fruta serviria para alimentar o defunto no além-túmulo. Ainda na Antigüidade, a melancia transpôs a África e chegou à Ásia, percorrendo todo o continente, da Palestina ao Japão. Em qualquer lugar que fosse introduzida, logo adquiria grande aceitação por parte das populações nativas. Ao chegar à China, por volta do século X de nossa era, seu cultivo expandiu-se tão rapidamente, que este país foi considerado a pátria da origem da fruta, dado a grande quantidade de produção de melancia. Mesmo sendo esta uma hipótese totalmente incorreta, atualmente este país é o maior produtor mundial de melancia. Por volta do século XIII, os árabes introduziram a fruta na Europa, onde foi primeiramente conhecida como “melão-d’água”.
No século XVI, a melancia chegou às Américas, fato que inúmeros historiadores apontam como causa sementes que foram levadas por escravos africanos em navios. No Brasil, as primeiras plantações de melancia datam do século XVI. Cultivada inicialmente na Bahia, foi trazida para as capitanias do sul da colônia (São Paulo e Rio de Janeiro) no século XVIII durante o ciclo da mineração. O caráter de alimento popular nunca se perdeu e era comum observar nas feiras de interior grandes amontoados de melancia vendidos a preços módicos. Muito embora, somente no início do século XX, devido ao trabalho pioneiro dos imigrantes japoneses em São Paulo, esta cultura agrícola adquiriu uma produção essencialmente comercial, ultrapassando os limites da mera subsistência ou de um pequeno mercado local.
No Rio Grande do Sul, a melancia é conhecida e consumida desde os primeiros tempos da colonização, estando muito bem documentado tal fato no conto de João Simões Lopes Neto: “Melancia e Coco Verde”. Entretanto, somente nas últimas décadas é que a melancia granjeou importância considerável economicamente no estado, tanto que, atualmente, o Rio Grande do Sul lidera no País a produção agrícola da fruta. São as principais regiões de cultivo: Centro-Sul, Vale do Rio Pardo e Zona Sul.
2 comentários:
Obrigado por Blog intiresny
Essa teoria de que a melancia chegou às Américas através de sementes levadas por escravos africanos em navios parece-me do mais ridículo possível. Os escravos eram capturados de forma violenta e sem aviso prévio e mesmo assim diziam aos captores: "deixem-me ir ali a casa buscar o meu saquinho de sementes de melancia para eu levar para as Américas", ou então, como eram pessoas precavidas, já tinham uma malinha pronta com duas mudas de roupa lavada e, é claro, o saquinho de sementes de melancia. Totalmente ridículo e anedótico.
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